A deficiência de ferro é um dos principais problemas infantis apontados pela Academia Americana de Pediatria (AAP). Estudos recentes revelam que a falta do nutriente pode causar efeitos irreversíveis no desenvolvimento cognitivo e comportamental das crianças. Por conta disso, a AAP aumentou a quantidade recomendada de ingestão diária do nutriente para crianças com idade entre 4 meses e 3 anos (veja abaixo).
Nova recomendação da Academia Americana de Pediatria
Nova recomendação da Academia Americana de Pediatria
Idade: Até 4 meses
Quantidade de Ferro: 1 mg ao dia
Alimentos que a criança deve ingerir: Suplemento de ferro
Idade: De 6 meses a 1 ano
Quantidade de Ferro: 11 mg ao dia
Alimentos que a criança deve ingerir: Carne vermelha e vegetais ricos em ferro
Idade: De 1 a 3 anos
Quantidade de Ferro: 7 mg ao dia
Alimentos que a criança deve ingerir: Carne vermelha, vegetais ricos em ferro e frutas com vitamina C
Quantidade de Ferro: 1 mg ao dia
Alimentos que a criança deve ingerir: Suplemento de ferro
Idade: De 6 meses a 1 ano
Quantidade de Ferro: 11 mg ao dia
Alimentos que a criança deve ingerir: Carne vermelha e vegetais ricos em ferro
Idade: De 1 a 3 anos
Quantidade de Ferro: 7 mg ao dia
Alimentos que a criança deve ingerir: Carne vermelha, vegetais ricos em ferro e frutas com vitamina C
O problema mais frequente decorrente do baixo consumo de ferro é a anemia ferropriva. Quando detectada, de acordo com a AAP, o corpo já está há algum tempo sem o nutriente e pode ser tarde demais para impedir complicações futuras.
A suplementação
No Brasil, os pediatras seguem a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), administrando ferro em gotas a partir do sexto mês de vida, quando a criança se alimenta exclusivamente de leite materno, ou mesmo antes, quando o bebê recebe leite de vaca antecipadamente. Entre bebês prematuros, a suplementação ocorre a partir do primeiro mês de vida, independentemente do tipo de aleitamento que a criança recebe.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o uso de medicamento até os 2 anos de idade. De acordo com Virgínia Weffort, presidente do Departamento Científico de Nutrologia da entidade, após essa fase, deve-se estimular o consumo de alimentos que contêm ferro. “Os pais devem ficar atentos e manter em dia as consultas ao pediatra, que vai checar a necessidade de suplementação”, diz Virgínia.
Fora dessa faixa etária, às vezes, a suplementação também se faz necessária devido ao baixo consumo de alimentos ricos em ferro. “A falta de ferro pode levar a alteração do comportamento, como perversão do apetite. Crianças com anemia têm vontade de comer sabão, terra, espuma, gelo e outros elementos impróprios para o consumo. Quanto à cognição, o ferro é importantíssimo para o metabolismo celular e sua deficiência pode interferir, por exemplo, no rendimento escolar”, explica Janaína Emerenciano, hematologista pediátrica do Hospital Infantil Sabará.
Mesmo com a suplementação, garantir uma dieta equilibrada é uma boa dica para que o nutriente não falte no organismo, já que a sua absorção é limitada entre crianças pequenas. “Até os 3 anos de idade, a absorção de ferro ocorre de forma deficitária, por isso recomenda-se uma boa alimentação, reforçada de proteínas, verduras e açúcar”, reforça José Claudionor da Silva, pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana.
Alimentos que contém ferro
O ferro pode ser encontrado em alimentos como feijão, carnes em geral, vísceras (fígado de boi e de galinha), frutas, gema do ovo e verduras de folha mais escura, como o espinafre.
Se a criança rejeitar algum deles, os pais devem substituí-lo por outros de mesmo valor nutritivo. “Quando os pequenos rejeitam o feijão, podemos aumentar a oferta de carnes e verduras para compensar a quantidade de ferro não ingerida. Isso pode ser feito sempre em conjunto com frutas e sucos naturais, pois a vitamina C tem a propriedade de aumentar a absorção do ferro no organismo”, completa Janaína.
A suplementação
No Brasil, os pediatras seguem a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), administrando ferro em gotas a partir do sexto mês de vida, quando a criança se alimenta exclusivamente de leite materno, ou mesmo antes, quando o bebê recebe leite de vaca antecipadamente. Entre bebês prematuros, a suplementação ocorre a partir do primeiro mês de vida, independentemente do tipo de aleitamento que a criança recebe.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o uso de medicamento até os 2 anos de idade. De acordo com Virgínia Weffort, presidente do Departamento Científico de Nutrologia da entidade, após essa fase, deve-se estimular o consumo de alimentos que contêm ferro. “Os pais devem ficar atentos e manter em dia as consultas ao pediatra, que vai checar a necessidade de suplementação”, diz Virgínia.
Fora dessa faixa etária, às vezes, a suplementação também se faz necessária devido ao baixo consumo de alimentos ricos em ferro. “A falta de ferro pode levar a alteração do comportamento, como perversão do apetite. Crianças com anemia têm vontade de comer sabão, terra, espuma, gelo e outros elementos impróprios para o consumo. Quanto à cognição, o ferro é importantíssimo para o metabolismo celular e sua deficiência pode interferir, por exemplo, no rendimento escolar”, explica Janaína Emerenciano, hematologista pediátrica do Hospital Infantil Sabará.
Mesmo com a suplementação, garantir uma dieta equilibrada é uma boa dica para que o nutriente não falte no organismo, já que a sua absorção é limitada entre crianças pequenas. “Até os 3 anos de idade, a absorção de ferro ocorre de forma deficitária, por isso recomenda-se uma boa alimentação, reforçada de proteínas, verduras e açúcar”, reforça José Claudionor da Silva, pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana.
Alimentos que contém ferro
O ferro pode ser encontrado em alimentos como feijão, carnes em geral, vísceras (fígado de boi e de galinha), frutas, gema do ovo e verduras de folha mais escura, como o espinafre.
Se a criança rejeitar algum deles, os pais devem substituí-lo por outros de mesmo valor nutritivo. “Quando os pequenos rejeitam o feijão, podemos aumentar a oferta de carnes e verduras para compensar a quantidade de ferro não ingerida. Isso pode ser feito sempre em conjunto com frutas e sucos naturais, pois a vitamina C tem a propriedade de aumentar a absorção do ferro no organismo”, completa Janaína.
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