Efeito pode ajudar a prevenir e tratar desde doenças benignas até câncer
Remédios: a estatina, droga usada para combater o colesterol, pode ajudar a combater problemas da próstata
Um estudo feito na Universidade Duke, nos Estados Unidos, reforçou o que
outros trabalhos menores já haviam indicado em relação aos efeitos
positivos da estatina, medicamento que controla os níveis de colesterol
no sangue, sobre o câncer de próstata.
De acordo com a pesquisa, a substância reduz o crescimento da próstata —
quadro que pode indicar presença de um tumor e de outros problemas
benignos — entre homens com predisposição à doença. Os resultados foram
apresentados nesta segunda-feira no encontro anual da Associação
Americana de Urologia, em Atlanta.
A equipe de pesquisadores utilizou dados de um estudo feito com mais de
6.000 homens de 50 a 75 anos que tinham altos níveis de uma proteína
produzida pela próstata que pode indicar a presença de um tumor ou de hiperplasia benigna da próstata,
por exemplo. Entre eles, 1.032 tomavam estatina para controle do
colesterol. Os participantes foram submetidos a uma biópsia da próstata
no início do estudo e após dois e quatro anos. Ao final da pesquisa, os
autores identificaram que os homens que tomavam estatina tiveram um
crescimento menos significativo da próstata do que os outros que não
faziam uso da substância.
"Nós ainda não conhecemos todos os mecanismos provocam esse efeito.
Alguns estudos, por exemplo, sugerem que a estatina pode ter
propriedades anti-inflamatórias, e a inflamação tem sido associada ao
crescimento da próstata”, afirma Roberto Muller, que coordenou a
pesquisa. Ele explica que esses resultados ainda não são suficientes
para que os médicos passem a utilizar, na prática clínica, estatina no
tratamento de doenças da próstata. Como a pesquisa se baseou em um
levantamento que não foi feito especificamente sobre a substância, é
preciso que outros estudos sejam feitos.
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