quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Relógio biológico tem ligação com ataques cardíacos

 Cientistas anunciaram na quarta-feira a primeira prova molecular de que o "relógio biológico" está ligado a um tipo súbito e fatal de ataque cardíaco.
Arritmia ventricular ou batimentos cardíacos anormais ocorrem com mais frequência pela manhã após acordar --e também, em menor escala, no fim da tarde-- e podem causar morte.
Em informações publicadas na revista "Nature", pesquisadores dos Estados Unidos disseram ter descoberto a primeira ligação molecular entre esse risco e o ritmo circadiano, que aponta a variação dos processos biológicos de acordo com um período de 24 horas.
Os dados apontam haver uma ligação com os níveis de uma proteína chamada Klf15, informaram.
Pesquisas anteriores descobriram que a Klf15 era uma controladora do ritmo circadiano. Surpreendentemente, ela não está presente em alguns pacientes com problemas cardíacos.
O grupo criou camundongos, manipulados geneticamente, para sofrer com a falta de Klf15 ou produzir esta proteína em excesso.
Nos dois casos, os roedores sofreram um risco muito maior de arritmias se comparados a seus pares.
"É o primeiro exemplo de um mecanismo molecular que provoca a mudança do ritmo circadiano relacionado à possibilidade de ocorrerem arritmias cardíacas", disse Xander Wehrens, do Baylor College School of Medicine em Houston, no Texas.
"Se houvesse muita Klf15 ou nenhuma, os camundongos estavam em risco de desenvolver a arritmia", completou.
A Klf15 é apenas um passo em uma complexa cascata molecular, acreditam os pesquisadores.
Ela controla outra proteína, a KChIP2, que afeta a corrente elétrica gerada pelo potássio que se dirige às células musculares do coração, chamada de miócitos cardíacos.
Quando os níveis de KChIP2 flutuam, isto causa instabilidades elétricas nos miócitos.
Como resultado, as ações do músculo cardíaco ficam comprometidas e este demora mais tempo (ou, inversamente, menos tempo) para esvaziar o ventrículo --a câmara de bombeamento do coração. O coração perde a regularidade dos batimentos e se esforça para bombear o sangue de forma eficiente.
O coautor da pesquisa Mukesh Jain, da escola de Medicina da Universidade Case Western Reserve, em Cleveland, Ohio, afirma que mais estudos podem ajudar a descobrir outras causas relacionadas ao ritmo circadiano.
A descoberta abre espaço para caminhos intrigantes de pesquisa, na identificação de indivíduos em risco de morte noturna e na escolha de medicamentos para protegê-los, disse Jain. 

Veja guia para a mulher preguiçosa ter um coração saudável

É possível queimar calorias sem colocar os pés em uma academia. Foto: Getty Images
É possível queimar calorias sem colocar os pés em uma academia


Ser uma pessoa inativa é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas. Mas existem opções simples para aquelas que não gostam de fazer exercícios diariamente. O iVillage listou algumas maneiras de você se mover sem colocar os pés na academia.
Mova-se no trabalho
Faça um esforço para sair de sua cadeira do trabalho com mais frequência. Vá até o seu colega ao invés de mandar um e-mail. Apenas 15 minutos de caminhada em seu dia podem eliminar algumas calorias.

Planeje um encontro romântico
Encontre alguém especial e tenha certeza de que você estará fazendo exercícios. Fazer para uma caminhada queima 75 calorias em 30 minutos. Dançar faz com que você queime 200 calorias em uma hora. Nunca subestime uma boa sessão de make-out: você queima de 15 a 20 calorias calorias em 15 minutos). Leve-o para o quarto e você vai queimar mais de 85 calorias em 30 minutos.

Corra atrás de seus filhos
Cuidar de crianças pequenas é uma ótima maneira de cuidar do coração. Trabalhe pesado carregando seus filhos em escadas, tirando-o do banco de trás do carro, perseguindo-o em torno da casa e até mesmo ajudando a colocar seus sapatos ou dando um banho.

Prepare um jantar
Do início ao fim, muita coisa acontece em um jantar. Tudo começa no supermercado enquanto você carrega sacolas pesadas com as compras. Você também gastará calorias enquanto prepara a refeição e conversa com os amigos. Dessa forma, você poderá se entregar a uma sobremesa.

Faça uma limpeza
Você pode queimar 45 calorias em apenas 15 minutos enquanto esfrega o piso, as janelas ou o fogão. Dedique seu tempo a um ambiente diferente por semana e você terá sua casa limpa e seu coração saudável.

Dê banho no cachorro
Não é tarefa fácil cuidar do seu filhote. Mas dar um banho de 20 minutos no seu cachorro pode fazer com que você perca cerca de 90 calorias.

Cuide do seu carro
Dedique uma manhã para fazer uma manutenção no seu carro. Isto inclui lavar e encerar a máquina.

Faça compras
Troque seus sapatos de salto alto por sapatos mais confortáveis e vá bater perna no shopping. Faça uma hora de caminhada olhando as vitirnes e dê um mimo a você mesma comprando um presente. Você provavelmente vai gastar 250 calorias por hora, um investimento saudável para a saúde do seu coração.

Cuide do seu quintal
Obtenha seu ritmo cardíaco cortando a grama, varrendo as folhas e plantando flores ou ervas. 

Sinta-se mais jovem com 7 passos simples

Já pensou como seria bom redescobrir o bem-estar, o otmismo e a energia de anos atrás? Saiba como. Coma alimentos revitalizantes: comece cada refeição com uma fruta ou hortaliça e um copo de água, sugeriu o médico Henry Lodge. Ingerir as vitaminas e os antioxidantes disponíveis nesses alimentos leva a se sentir renovado e recarregado. E também não é preciso pular sempre a sobremesa  Foto: Getty Images
Já pensou como seria bom redescobrir o bem-estar, o otmismo e a energia de anos atrás? Saiba como.
Coma alimentos revitalizantes: comece cada refeição com uma fruta ou hortaliça e um copo de água, sugeriu o médico Henry Lodge. Ingerir as vitaminas e os antioxidantes disponíveis nesses alimentos leva a se sentir renovado e recarregado. E também não é preciso pular sempre a sobremesa


Pense positivo: as pessoas costumam ficar mais melancólicas com o passar do tempo, porque passam por momentos ruins, como perda de emprego, divórcio. E o item final para se sentir mais jovem é justamente rejeitar a voz interna pessimista. O objetivo não é negar as coisas desagradáveis que estão acontecendo, mas se focar no que está indo bem, informou a psicóloga Elizabeth Lombardo  Foto: Getty Images
Pense positivo: as pessoas costumam ficar mais melancólicas com o passar do tempo, porque passam por momentos ruins, como perda de emprego, divórcio. E o item final para se sentir mais jovem é justamente rejeitar a voz interna pessimista. O objetivo não é negar as coisas desagradáveis que estão acontecendo, mas se focar no que está indo bem, informou a psicóloga Elizabeth Lombardo

Recorde: ouça música dos tempos da escola ou faculdade, veja algum filme de que gostava. Pode até parecer que a nostalgia faz com que se sinta mais velho, mas um pesquisa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, indicou efeito oposto. Os participantes que permaneceram em ambientes com filmes, músicas e recordações da juventude mostraram melhoras de memória, visão, saúde e nível de felicidade  Foto: Getty Images
Recorde: ouça música dos tempos da escola ou faculdade, veja algum filme de que gostava. Pode até parecer que a nostalgia faz com que se sinta mais velho, mas um pesquisa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, indicou efeito oposto. Os participantes que permaneceram em ambientes com filmes, músicas e recordações da juventude mostraram melhoras de memória, visão, saúde e nível de felicidade

Faça coisas diferentes: rRealizar as mesmas coisas, sempre na mesma ordem, faz com a pessoa se sinta velha. O cérebro anseia por novidade, contou Caroline Adams Miller, autora do livro Creating Your Best Life, em tradução livre: Criando Sua Vida Melhor. Para se sentir mais jovem, você tem que estimulá-lo com novas associações e novas coisas.  Foto: Getty Images
Faça coisas diferentes: rRealizar as mesmas coisas, sempre na mesma ordem, faz com a pessoa se sinta velha. "O cérebro anseia por novidade", contou Caroline Adams Miller, autora do livro Creating Your Best Life, em tradução livre: Criando Sua Vida Melhor. "Para se sentir mais jovem, você tem que estimulá-lo com novas associações e novas coisas."

Seja vaidoso: há uma grande diferença entre enlouquecer tentando parecer 10 anos mais jovem e tentar ficar melhor em qualquer idade, afirmou a psicóloga Vivian Diller, autora de Face It, (Encare). Prolongar a vitalidade da pele, do cabelo e do corpo faz com que se sinta mais confiante e jovial  Foto: Getty Images
Seja vaidoso: "há uma grande diferença entre enlouquecer tentando parecer 10 anos mais jovem e tentar ficar melhor em qualquer idade", afirmou a psicóloga Vivian Diller, autora de Face It, (Encare). Prolongar a vitalidade da pele, do cabelo e do corpo faz com que se sinta mais confiante e jovial

Faça musculação: treino de força é uma boa pedida, de acordo com o treinador Bob Greene, autor de 20 Years Younger (em tradução livre: 20 Anos Mais Jovem). Quando feito corretamente com o acompanhamento de um profissional, fortalece os músculos, deixando-os menos vulneráveis a lesões. Repita suas séries de duas a três vezes por semana  Foto: Getty Images
Faça musculação: treino de força é uma boa pedida, de acordo com o treinador Bob Greene, autor de 20 Years Younger (em tradução livre: 20 Anos Mais Jovem). Quando feito corretamente com o acompanhamento de um profissional, fortalece os músculos, deixando-os menos vulneráveis a lesões. Repita suas séries de duas a três vezes por semana

Durma bem: ter uma boa noite de sono é a maneira mais simples de se sentir mais jovem. A única hora em que seu corpo pode se restaurar verdadeiramente é quando está dormindo, disse o médico Henry Lodge, co-autor de Younger Next Year for Women  Foto: Getty Images
Durma bem: ter uma boa noite de sono é a maneira mais simples de se sentir mais jovem. "A única hora em que seu corpo pode se restaurar verdadeiramente é quando está dormindo", disse o médico Henry Lodge, co-autor de Younger Next Year for Women

Mulheres jovens devem fazer mamografia com mais frequência

O médico László Tabár, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Uppsala, na Suécia, alerta que o câncer de mama cresce mais rapidamente em mulheres que ainda não entraram na menopausa, entre os 40 e 54 anos. Nesta faixa etária, a mamografia deve ser realizada com mais frequência, entre 12 a 18 meses.

Tabar estará no Brasil entre os dias 1 e 4 de março para Seminário de Detenção e Diagnóstico Precoce de Doenças Mamárias, que acontece no Hotel Hilton, em São Paulo. Ele é autor do primeiro trabalho de rastreamento mamário, que durou três décadas, e mostrou a redução de 31% na mortalidade do câncer de mama entre as mulheres que realizaram mamografia contra as que nunca tinham feito o exame.

De acordo com o especialista, o chamado tempo de permanência principal (Mean Sojourn Time, MST) - que corresponde ao intervalo entre a detecção do câncer na mamografia e o aparecimento de sintomas - é menor nas mulheres mais jovens, expressando um crescimento mais rápido do tumor.

"Para detectar o câncer de mama mais cedo, as mulheres entre 40 e 54 anos devem estar atentas sobre a importância de realizar a mamografia no prazo de 12 a 18 meses. Para as mulheres de 54 a 74 anos, este prazo é maior, de 18 a 24 meses", afirma Tabar em texto de divulgação do seminário.

Depressão pode acelerar processo de envelhecimento

Assim como o stress, a depressão foi relacionada com um encurtamento dos telômeros, marcador biológico do envelhecimento

A depressão é uma doença tratável que afeta o estado de humor da pessoa A depressão é uma doença tratável que afeta o estado de humor da pessoa       


Um estudo que acaba de ser publicado no periódico Biological Psychiatry afirma que o stress e a depressão podem ter uma relação direta no processo de envelhecimento. De acordo com a pesquisa, as duas condições têm uma característica em comum: um encurtamento precoce dos telômeros, que é o indicador cromossômico do envelhecimento do organismo. Isso significa que, assim como pessoas estressadas tendem a envelhecer mais rapidamente, aquelas que têm depressão correm o mesmo risco.
  O stress tem inúmeros efeitos danosos no corpo humano. Parte desses efeitos podem ser sentidos, como dores no estômago ou perda de cabelos. Muitos, no entanto, são invisíveis, como o encurtamento dos telômeros. Estudos recentes ja vinham relacionando o stress e a depressão a um encurtamento prematuro dos telômeros.
A resposta humana ao stress é regulada pelo eixo hipotálamo-pituitário-adrenal (HPA). Esse eixo controla os níveis de cortisol no corpo — alterações nas taxas do hormônio podem indicar situações de stress. O eixo HPA tende a não funcionar normalmente em pessoas com depressão e/ou doenças relacionadas ao stress.
Pesquisa — No estudo, os cientistas mediram o comprimento dos telômeros em pacientes com transtorno depressivo maior (depressão) e também em pessoas saudáveis. Foram medidos ainda os níveis de stress, tanto biologicamente, pelo cortisol, quanto subjetivamente, pelo uso de questionários. Descobriu-se, então, que o comprimento dos telômeros eram menores em pacientes com depressão – o que confirmava as hipóteses anteriores.
De acordo com Mikael Wikgren, coordenador do estudo, a descoberta sugere que o stress tem um papel importante na depressão. "O comprimento dos telômeros era especialmente mais curto em pacientes com sensibilidade demais no eixo HPA. Essa resposta ao HPA foi relacionada ao stress crônico e à baixa habilidade em lidar com o stress", diz.
Para John Krystal, editor do Biological Psychiatry, a relação entre o stress e o encurtamento dos telômeros vem crescendo consideravelmente. "As descobertas atuais sugerem que os níveis de cortisol podem contribuir para o processo, mas não é claro ainda se o comprimento dos telômeros tem um significado além de biomarcador", diz.                                   

Mulheres são mais propensas a enfartes sem sintomas

Muitos ataques cardíacos acontecem sem os sinais típicos, como dor no peito; dificuldade respiratória e até dor no estômago podem sinalizar doença

As mulheres, especialmente as jovens, são mais propensas do que os homens a procurar hospitais sem sentir dor ou incômodos no peito após um enfarte, e também têm mais chance de morrer do que os homens na mesma faixa etária, mostra um novo estudo americano.

A falta de sintomas pode ser resultado de uma atenção médica tardia e de diferenças no tratamento, disseram os investigadores, que publicaram os dados no Journal of the American Medical Association.  

"É possível que elas sequer saibam que estão sofrendo um ataque cardíaco", declarou John Canto, da Watson Clinic, em Lakeland, Florida, um dos autores do estudo.

O pesquisador destacou que ainda que os resultados estejam baseados em um estudo com mais de um milhão de pacientes que sofreram ataques do coração, ainda são dados preliminares.

No entanto, acrescentou que eles desafiam a noção de que o mal-estar e a dor no peito deveriam ser considerados os "sintomas chave" para todos os pacientes com ataques cardíacos.

"Se nossos resultados de fato estão certos, eu argumentaria que em lugar da ideia que o sintoma agrupa todos os casos, consideremos que as mulheres com menos de 55 anos têm ais risco de apresentarem sintomas atípicos", disse ele.

Tais "sintomas atípicos" podem incluir problemas para respirar ou dor em zonas como queixo, pescoço, braços, costas e estômago.

Canto e seus colegas analisaram os antecedentes médicos de uma base de dados nacional de pacientes com ataques cardíacos entre 1994 e 2006, incluindo cerca de 1,1 milhão de pessoas tratadas em aproximadamente dois mil hospitais.

Os cientistas descobriram que 31% dos homens e 42% das mulheres não apresentaram dor ou mal-estar no peito.

A probabilidade de esse tipo de "sintomas atípicos" difere mais entre mulheres e homens jovens. As mulheres também tendem a ser mais velhas do que eles quando sofrem o primeiro ataque cardíaco. No estudo, a média de diferença de idade foi de sete anos.

As mulheres de 45 anos tinham 30% mais risco do que os homens da mesma idade de ter um enfarte sem apresentar dor no peito. O número cai para 25% na faixa entre 45 e 65 anos, e a diferença desaparece após os 75 anos.

Um padrão similar foi constatado na probabilidade de morte por enfarte, ainda que com diferenças menores entre os gêneros. Pelo menos parte da diferença poderia ser devida à falta de ação de pacientes e médicos quando aparecem sintomas atípicos, diz Patrick O''Malley, do Uniformed Services University of the Health Sciences en Bethesda, Maryland.  

"Não tendemos a pensar em ataque cardíaco em mulheres jovens que não têm dor no peito (...) e, portanto, não somos tão agressivos. Isso atrasa o tratamento", disse o médico, que não participou do estudo.

Bactéria desenvolveu resistência a antibióticos em animais

Segundo cientistas, uso de remédio na produção de carne pode ter causado resistência; bactéria causa várias infecções nos seres humanos

Os cientistas descobriram que uma cepa de bactéria que sobrevive aos antibióticos e que se transmite do gado aos homens era, originalmente, humana mas desenvolveu sua resistência nos animais domésticos, segundo um estudo publicado pela revista "mBio".

Paul Klein, da Universidade do Norte do Arizona, e Lance Price, do Instituto de Pesquisa de Genoma Translacional (TGen), junto com cientistas de 20 instituições de diferentes países, focaram sua atenção em uma cepa da bactéria conhecida como Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM).

A SARM é uma cepa da bactéria Staphylococcus aureus que se tornou resistente a vários antibióticos, primeiro à penicilina em 1947, e depois à meticilina. Foi descoberta originalmente no Reino Unido em 1961 e atualmente está muito propagada.

Esta cepa é causa conhecida de uma variedade de infecções que invadem a pele e podem tornar-se rapidamente uma ameaça para a vida, mas em 2003 se detectou a presença no gado de uma forma nova da SARM, chamada CC398.

O estudo se concentrou na variedade CC398, conhecida como SARM suína porque infecta mais frequentemente às pessoas que estão em contato direto com suínos ou outros animais domésticos de consumo humano.

As pessoas afetadas mostram vários tipos de infecções agudas, inclusive na pele e nos tecidos brandos, infecções respiratórias e sépsis. A cepa CC398 pode ser encontrada atualmente em suínos, perus, gado bovino e ovino, e foi detectada em 47% das amostras de carne destinadas ao consumo humano nos Estados Unidos.

"Nossos resultados indicam firmemente que a SARM CC398 se originou nos humanos como uma bactéria S. aureus suscetível à meticilina", afirmaram os autores.

Porém, uma vez que se transferiu aos animais, a bactéria evoluiu tornando-se resistente à tetraciclina e à meticilina, provavelmente como resultado do uso rotineiro destes antibióticos, típico da moderna produção de carnes para consumo humano.

Em 2001 um estudo da União de Cientistas calculou que os produtores de gado nos EUA usavam 11 milhões de toneladas anuais de antibióticos para propósitos não terapêuticos, uma prática controvertida que agora está proibida na União Europeia (UE).

Price, que dirige o Centro de Microbiologia Alimentícia e Saúde Ambiental no TGen, ressaltou que estas conclusões "põem em evidência os riscos potenciais para a saúde pública que derivam do uso de antibióticos na produção de carnes".

"Os estafilococos crescem nas condições de aglomeração e falta de saúde", comuns nos recintos onde se mantêm ovinos, ovinos, suínos e aves na produção industrial de alimentos.

"Adicione antibióticos a esse ambiente e estará criando um problema de saúde pública", acrescentou Price.

A análise de vários genomas mostrou que a variedade SARM CC398 provavelmente evoluiu de uma cepa, que era sensível aos antibióticos, e proveio dos humanos.

Uma vez em contato com o gado a cepa mudou rapidamente, adquiriu novos genes e se diferenciou em muitos tipos diferentes que são resistentes a alguns antibióticos.

"Traçar a história da evolução da SARM CC398 é como observar o nascimento de um 'superanimal'. É ao mesmo tempo fascinante e desconcertante. A SARM CC398 foi descoberta há menos de uma década e parece propagar-se muito rapidamente", concluiu Price. 

Faça o possível, isso já é muito

 Aquelas pessoas que parecem ter algo de especial, um brilho, uma espécie de magia impossível de passar despercebida.

O que seria de nosso mundo sem a beleza? Sem aquelas coisas que nos tocam a alma, sem a inspiração que recebemos daqueles que mergulham dentro de si mesmos e saem de lá com um tesouro em mãos, esse tesouro que compartilham conosco, amenizando a secura de nossas vidas?

Pensando nisso, me ocorreu escrever e dizer a você, que me lê neste exato momento, que, assim como aquelas pessoas iluminadas que você tanto admira, existe, agora mesmo, um tesouro esperando para ser descoberto.

Onde? No seu íntimo!

Não é preciso ter nome famoso, a esperteza da raposa dourada ou a pena sagrada de uma rara espécie de pavão para que você faça diferença neste mundo. Cada um de nós tem algo muito precioso e especial a compartilhar com a humanidade. Acredite, você também!

Muitas vezes desqualificamos a nós mesmos, como se fosse necessário ser uma espécie de semideus para criar algo de significativo. Não é verdade!

Todas as pessoas que você admira, famosas ou não, são apenas... humanas. Não há nada nelas que não exista em você. A não ser, talvez, a coragem de arriscar. A leveza de se lançar, de brincar, de expressar a si mesma.

Se você esperar atingir a perfeição para só então revelar seu potencial, talvez acabe por perder a chance de manifestar a beleza do seu ser. Seria um desperdício! Não é preciso ser perfeito para tornar o mundo um lugar melhor, acredite.

Você pode não entender nada de jardinagem, mas se escolher um pedacinho de uma praça e se permitir acreditar que pode tornar aquele lugar melhor, eu estou certa de que conseguirá. Basta arrancar as ervas daninhas, regar a terra, plantar algumas sementinhas, um pouco da sua sensibilidade com certeza já fará daquele cantinho um lugar mais agradável e acolhedor. Não precisa ser um jardim perfeito, com a perfeita escolha de cada planta, com a adubação perfeita. Basta que derrame sobre aquele pedaço de terra seu carinho, sua atenção.

Isso vale para muitas coisas. Não importa para onde decida ir, vá inteiro e sem medo. Em cada relação, em cada escolha, em cada tentativa de sua vida, faça o seu melhor. Dedique-se, regue sua vida com delicadeza, acredite em si mesmo. Faça o possível, isso já é muito.

Coisas maravilhosas acontecem quando nos esquecemos que somos apenas meros mortais condenados à mediocridade de uma vida limitada, repetitiva e tediosa. Arrisque sonhar! Pense nisso: talvez você seja um ser maravilhoso, dotado das mais incríveis capacidades à espera de serem descobertas. Talvez você seja mais do que já tenha sequer imaginado. Talvez o mundo esteja à sua espera.



por Patricia Gebrim 

Psicóloga lista pequenos prazeres da vida que contribuem para o bem-estar

Vivemos numa sociedade que prioriza o ter, em detrimento do ser. Isto não é novidade. E, por tal motivo,  não custa nada ativar a imaginação de cada um, sugerindo prazeres preciosos a um custo financeiro zero ou próximo disso. Vamos pensar em algumas coisas?


Comer fruta no pé.

Uva sem semente congelada.

Limonada.

Chá de erva-doce.

Tomate fatiado com pouco sal e muito azeite, num pão francês fresquinho.

Caldo quentinho feito com cascas de legumes e folhas de beterraba e de cenoura.

As Quatro Estações de Vivaldi.

Os grafites nos muros da cidade.

Missa com canto gregoriano.

Som do atabaque batendo ritmos africanos.

Filmes antigos.

Relembrar cantigas de roda enquanto se come pipoca.

Picolé feito em casa.

Amassar pão.

Caminhar na praia, água batendo no tornozelo, o sol se pondo de um lado e a lua crescente se insinuando na outra direção.

Ver o sol raiar entre as montanhas.

Passarinhos em cantoria.

Risada de bebês.

Amasso no sofá.

Massagem no pé.

Escalda pé.

Palavras-cruzadas.

Jogo da velha.

Resta um.

Mímica.

Ovo frito com arroz.

Caldo de feijão.

Cheiro de planta molhada.

Banho, chuveirada, piscina e mar.

Leitura ao pé da árvore.

Pic-nic.

Dia de entrar de graça em museu.

Café na casa da amiga que mora ao lado.

A vizinha que mora ao lado tomar chá aqui em casa.

Papo bom entre amigos.

Ser escutado amorosamente. Escutar compassivamente, sem julgar.

Lençol recém-passado.

Roupa limpa com banho tomado.

Dormir na rede, com a brisa no rosto.

Caminhar a esmo, descobrindo a arquitetura de sua velha cidade.

Prosear até com o poste e descobrir as histórias do mundo.

Ver fotos antigas e arrumar as novas.

Poderia passar um ano escrevendo a coluna, mas aí  ficaria sem tempo para cultivar meus prazeres, tantas delícias que a vida, ainda que dura e incerta, pode sempre nos oferecer...



por Regina Wielenska

Cientistas criam aplicativos para tratar transtornos sociais

 Imagine ter no smartphone, ao lado de jogos conhecidos como Angry Birds ou Fruit Ninja, um aplicativo que facilite o tratamento de transtornos como fobia social.
Essa é a ideia de cientistas que têm pesquisado terapias portáteis para celular como uma maneira de auxiliar os tratamentos convencionais.

A lógica desses pesquisadores é simples. Assim como alguns aplicativos para celular podem desenvolver processos cognitivos e melhorar o aprendizado, eles também podem trabalhar áreas cerebrais ligadas a transtornos.
O melhor é que a terapia cabe no bolso e pode ser levado para qualquer lugar.
A discussão veio à tona quando um grupo de cientistas da Universidade da Austrália Ocidental apresentou recentemente um aplicativo para tratar fobia social.
Pessoas com esse tipo de transtorno sentem uma ansiedade extrema ao serem "avaliadas" pelas outras. Além disso, quem tem fobia social relata sentir medo diante de expressões hostis (como ar de reprovação).
Os cientistas australianos criaram um game em que o paciente fica diante de expressões faciais dispostas como cartas de baralho. Uma delas é hostil e outra neutra.
Depois de aparecerem brevemente na tela, elas somem, e o usuário tem de identificar uma letra do alfabeto. Essa tarefa leva a pessoa a desviar sua atenção da área da tela na qual estava o rosto hostil e, em tese, minimiza sua reação a esse tipo de imagem.
De acordo com os pesquisadores a favor dos aplicativos (apps), a proposta é trabalhar os jogos junto com tratamentos em consultório. Os apps podem até estimular o paciente a fazer a terapia convencional.
Como os smartphones estão cada vez mais populares --jogos como o Angry Birds beiram os 30 milhões de usuários--, a expectativa é que os games terapêuticos também sejam bem aceitos.
"Isso é o que torna a ideia tão promissora", explica o psicólogo Richard McNally, da Universidade Harvard.
O laboratório dele concluiu recentemente um estudo com 338 pessoas que usaram um programa em smartphone para tratar fobias sociais.
Os usuários acharam o jogo repetitivo. Mas a facilidade de poder usá-lo "até no metrô" foi um ponto positivo.
A proposta da terapia portátil não é unanimidade entre os cientistas. "Sou cauteloso com esse tipo de tratamento", pondera Andrew Gerber, psiquiatra da Universidade Columbia, nos EUA
Na Europa, há testes de apps até para usuários que bebem demais. A ideia é que eles afastem imagens de bebidas alcoólicas e deem zoom nos líquidos sem álcool.
Ainda não se sabe quando --e se-- os apps estarão disponíveis para usuários. Mas há negociações em curso.
O psicólogo Nader Amir, da Universidade Estadual de San Diego, por exemplo, está se encarregando de comercializar um app que ele criou para tratar ansiedade. 

Brincar na infância é mais importante do que atividades extras, dizem especialistas

  Se você acredita que a agenda do seu filho precisa ser recheada de atividades extracurriculares, cuidado. Na ânsia de oferecer o melhor, você pode estar exagerando na dose, afinal, criança precisa de tempo livre. “Brincar é tão importante para a criança quanto alimentar-se, dormir, ir à escola. As crianças adquirem experiência brincando e elaboram vários sentimentos. Brincando, as crianças dominam os impulsos e dão escoamento à angústia. Brincar favorece a espontaneidade, que a acompanhará por toda a vida”, afirma a psicóloga Cynthia Boscovich.
Para a psicopedagoga Silvia Amaral de Mello Pinto, conselheira e membro titular da Associação Brasileira de Psicopedagogia, na hora de escolher uma atividade extracurricular para a criança, os pais devem se preocupar com com a qualidade, não com a quantidade. "Avalie o bem-estar e o benefício que determinado curso pode oferecer. E observe se o seu filho aguenta tal responsabilidade", diz Silvia.

Outra dica importante é manter o diálogo com a criança. "Qualquer escolha tem de ser negociada. Hoje, cada vez mais cedo, elas conseguem se expressar. E se perceber que seu filho não está aproveitando, melhor adiar para outra oportunidade”, diz o psicólogo Fernando Elias José, mestre em Cognição Humana na PUC-RS.

De acordo com a psicopedagoga Maria Irene Maluf, o pediatra também deve ser consultado. “O médico pode orientar se a atividade é adequada à idade da criança”, diz. Ela comenta que uma atividade complementar vai preparar o indivíduo para viver em sociedade, além de contribuir para o desenvolvimento físico e intelectual. “Mas é importante não preencher a agenda da criança com tantas regras. Ela precisa ter tempo para fazer a lição de casa, para brincar e até para não fazer nada”, avalia Maria Irene.
Participe mais
Com a correria diária, falta tempo aos pais para brincar mais com seus filhos. No entanto, isso é muito importante, pois transmite segurança às crianças. “A intermediação do adulto é indispensável. Não adianta diminuir as atividades extracurriculares e deixar a criança em frente à TV, computador ou videogame por horas”, diz Maria Irene. Conte histórias, mostre desenhos, assistam a um filme, brinquem... "Os pais que conseguem reservar um tempo para os filhos têm mais facilidade em descobrir seus talentos e encaminhá-los para atividades que o agradem."

Também não vale colocar seu filho em atividades que você gostaria de ter feito na infância. "Isso é perigoso, pois a criança pode não ter talento para tal aula e sentir-se segregada", afirma Silvia. Isso também pode ocorrer quando a criança não tem espírito competidor, por exemplo, e os pais o colocam em uma atividade esportiva coletiva. “Cuidado. Não exponha seu filho. Se ele não se adapta a um esporte coletivo, procure estimular sua habilidade individual".  E nada de exigir apenas os melhores resultados e fazer comparações entre crianças.

Não existe regra para escolher a atividade das crianças, pois cada ser é único. Portanto, na hora de decidir, observe-o e dialogue bastante, além de consultar seu pediatra e seu educador: dois profissionais que poderão te ajudar a fazer a melhor escolha. 

Gripes podem facilitar o desenvolvimento do Alzheimer

As gripes são doenças comuns, de curta duração e que geralmente não parecem causar muito mal ao organismo. Mas de acordo com uma nova pesquisa, infecções virais como a gripe podem causar sequelas duradouras no cérebro.
Vírus causadores de doenças como a herpes e a influenza deixam as células do cérebro vulneráveis à degeneração quando o organismo atinge uma idade avançada, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças como o Parkinson e o Alzheimer.
Os vírus podem ter esse papel porque eles podem entrar no cérebro e desencadear inflamação, como uma resposta imunológica do corpo. Essa resposta pode causar danos às células do cérebro.
De acordo com o pesquisador Ole Isacson, da Universidade de Harvard (EUA), vírus e fontes similares de inflamação podem ser fatores iniciais de diversas doenças neurológicas.
De acordo com o estudo, o processo não se inicia após uma única gripe, mas ao longo dos anos, os danos se acumulam. Esse problema se une a estresses ambientais, provocando a morte das células e o desenvolvimento de doenças cerebrais. Variações entre o número de inflamações sofridas por uma pessoa podem acabar exercendo influência na idade do desenvolvimento de uma condição neurológica.
A pesquisa foi publicada no periódico Science Translational Medicine.

Vem ai o hambúrguer sintético

A carne usada para preparar os sanduíches mais famosos do mundo pode estar com os dias contatos. Isso porque pesquisadores da Universidade Maastricht, nos Países Baixos, anunciaram estarem próximos de produzir o primeiro hambúrguer sintético em laboratório.
Dr. Mark Post, considerado um dos principais pesquisadores da “carne sintética” no mundo, explica que usaram células-tronco de tecido muscular de bois para produzir células musculares adultas. A intenção dos cientistas é conseguir uma carne mais saudável, rica em proteínas e com menor teor de gordura, além de substituir a criação de gado, considerada pelos estudiosos como uma das atividades humanas mais agressivas ao meio ambiente.
O metano liberado pelos gazes e arrotos dos bois e vacas é considerado um dos maiores poluentes do ambiente. Para Post, a carne artificial pode reduzir esse dano em mais de 60%. As fibras desenvolvidas pelos pesquisadores se parecem com filetes de alguns frutos do mar. A equipe pretende misturá-las com sangue e gordura – tudo desenvolvido artificialmente – para criar o tão esperado hambúrguer sintético. Agora, falta o mais importante, desenvolver o sabor.

Os homens estão em extinção?

Usando como base o processo através do qual o esperma e os óvulos são formados, alguns cientistas desenvolveram a hipótese de que o cromossomo Y (do sexo masculino) poderia desaparecer. Os espermas e óvulos contêm pares de cromossomos, e quando eles se dividem, os pares trocam informação genética. Como o cromossomo Y não tem um parceiro equivalente com quem se parear, ele não pode ser recombinado, e é forçado a se unir ao cromossomo X.
“O Y nunca tem uma chance, porque nunca têm dois Y’s em uma célula. O que nós mostramos várias vezes é que se você não se recombina, você se degenera”, explica a pesuisadora Jennifer Hughes, do Whitehead Institute (EUA).
Porém, uma nova pesquisa mostra que o desaparecimento do Y (e consequentemente dos homens) não irá acontecer. Hughes comparou o cromossomo dos homens com o de uma espécie de macaco cuja linhagem se separou da dos humanos a 25 milhões de anos. De acordo com o resultado da pesquisa, o cromossomo Y mudou muito pouco desde então, e é muito semelhante ao cromossomo X. “Em maior parte, o conteúdo genético não muda a 25 milhões de anos. A taxa de degeneração parece ter basicamente parado a esse ponto”, explica Hughes.

Cavalos do tamanho de gatos eram comuns há 50 milhões de anos

Peso do animal era de aproximadamente 4 kg


cavalo gato 700x300

Há mais de 50 milhões de anos, fazia muito mais calor na Terra e os cavalos, para se adaptarem a essas temperaturas, eram quase que do tamanho de gatos domésticos, vagando pelas florestas da América do Norte, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (23) pela revista Science.
Esses primeiros cavalos conhecidos, chamados Sifrhippus, na realidade, tornaram-se menores ao longo de dezenas de milhares de anos, numa época na qual as emissões de metano dispararam, possivelmente devido às grandes erupções vulcânicas. E a pesquisa poderá contribuir com o conhecimento sobre como os animais modernos do planeta poderão se adaptar ao aquecimento da Terra.
Para chegar a esse resultado, os cientistas analisaram fósseis de dentes de cavalos descobertos no Estado americano de Wyoming .
Muitos animais se extinguiram nesse período de 175 mil anos de duração, conhecido como o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno, ocorrido há 56 milhões de anos.
Outros diminuíram de tamanho para sobreviver com recursos limitados.
Segundo um dos autores do estudo, Jonathan Bloch, do Museu de História Natural da Flórida, as temperaturas médias mundiais aumentaram 10 graus Fahrenheit durante esse período devido ao aumento significativo de  CO2 (dióxido de carbono) emitido no ar e nos oceanos.
A temperatura superficial do mar no Ártico era, então, de 23ºC, como a das águas subtropicais contemporâneas.
A pesquisa demonstrou que o Sifrhippus se reduziu em quase um terço, até chegar ao tamanho de um gato doméstico (de 4 kg) nos primeiros 130 mil anos do período.
Depois, voltou a crescer até chegar aos 7 kg, nos últimos 45 mil anos do período.
Aproximadamente um terço dos mamíferos conhecidos também se tornaram menores durante esse tempo.

Cientistas descobrem novo planeta composto principalmente por água

Ele tem 2,7 vezes o comprimento de nosso planeta e sete vezes seu peso


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Um grupo de astrônomos descobriu a existência de um novo tipo de planeta, composto em sua maior parte de água e com uma leve atmosfera de vapor, indicaram nesta terça-feira (21) o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (Cambridge, nordeste dos Estados Unidos) e a Nasa, agência espacial americana.
Trata-se de um planeta fora de nosso sistema solar denominado GJ1214b, descoberto em 2009 graças ao telescópio espacial Hubble da Nasa, e que, segundo recentes estudos de um grupo de astrônomos, tem "uma enorme fração de sua massa" composta de água, indica um comunicado conjunto.
Em nosso Sistema Solar existem três tipos de planetas: rochosos e terrestres (Mercúrio, Vênus, a Terra e Marte), gigantes gasosos (Júpiter e Saturno) e gigantes de gelo (Urano e Netuno).
Por outro lado, existem planetas variados que orbitam em torno de estrelas distantes, entre os quais há mundos de lava e "Júpiteres" quentes.
- Observações do telescópio espacial Hubble da Nasa acrescentaram este novo tipo de planeta.
No comunicado, o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e a Nasa explicam os estudos realizados pelo astrônomo Zachory Berta e por um grupo de colegas.
O GJ1214b, situado a 40 anos luz da Terra, é considerado uma "superTerra", com 2,7 vezes o comprimento de nosso planeta e sete vezes seu peso.
Ele orbita a cada 38 horas ao redor de uma estrela vermelha anã e possui temperatura estimada de 450 graus Fahrenheit (232 ºC).
Em 2010, um grupo de cientistas liderado por Jacob Bean havia indicado que a atmosfera de GJ1214b deveria ser composta em sua maior parte por água, depois de medir sua temperatura.
No entanto, suas observações também podem ter sido feitas em razão da presença de uma nuvem que envolve totalmente o planeta.
As medições e observações efetuadas por Berta e por seus colegas quando o GJ1214b passava diante de seu sol permitiram comprovar que a luz da estrela era filtrada através da atmosfera do planeta, exibindo um conjunto de gases.
O equipamento do Hubble permitiu distinguir uma atmosfera de vapor e os astrônomos conseguiram calcular depois a densidade do planeta a partir de sua massa e tamanho, comprovando que tem "muito mais água do que a Terra e muito menos rocha".

Londres tem anúncio inteligente que identifica sexo de passageiros em ponto de ônibus

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Um anúncio inteligente, que identifica o sexo de passageiros em um ponto de ônibus, estreia nesta quarta-feira (22), em Londres.
O objetivo é que apenas mulheres vejam um vídeo de 40 segundos sobre meninas pobres ao redor do mundo, produzido pela ONG Plan UK.
Uma câmera vai medir a distância entre os olhos da pessoa, a largura do nariz, o tamanho do maxilar e o formato das maçãs do rosto para estimar seu gênero, com uma margem de acerto de 90%.
Os homens vêem apenas o endereço do website da ONG, enquanto mulheres assistem a três meninas de 13 anos, da Grã-Bretanha, Mali e Tailândia, falando sobre suas vidas.
O objetivo é chamar atenção dos homens para o fato de que mulheres e meninas não têm as mesmas escolhas e oportunidades que eles, devido à pobreza e à discriminação.
Tecnologia inovadora
A tecnologia do anúncio, desenvolvida pela empresa Clear Channel, reúne reconhecimento facial, touch screen e som, e está sendo usada pela primeira vez na Grã-Bretanha.
O outdoor interativo, que custou R$ 81 mil (30 mil libras), funcionará por duas semanas em um ponto de ônibus em um dos locais mais movimentados de Londres, em frente à loja Selfridges, na Oxford Street, a principal via comercial da capital britânica.
A tela é ativada quando o passageiro ou passante opta por assistir ao anúncio e se posiciona em frente ao outdoor.
Segundo a ONG Plan UK, nenhuma informação coletada pela câmera será guardada.
Educação
Ao longo de quatro meses, a ONG Plan UK pretende arrecadar R$ 680 mil (250 mil libras) com a campanha "Because I am a Girl" (Porque Eu Sou uma Menina) para fornecer acesso à educação a meninas pobres de países em desenvolvimento.
Marie Staunton, diretora da Plan UK, fala sobre a situação das meninas ao redor do mundo.
- Milhões de meninas ao redor do mundo não têm o direito e a escolha de estudar. Este anúncio é uma tentativa deliberada de aumentar a discussão sobre o assunto. A cada três segundos, uma menina é convencida, coagida ou forçada a se casar cedo. A campanha "Because I am a Girl" trabalha com mulheres e homens, meninas e meninos, para combater a discriminação que as meninas enfrentam devido a seu gênero.

Cafezinho sem açúcar ajuda na queima de calorias

Uso de adoçante também evita que consumidor tenha ganho de peso



Tomar dois copos de café por dia pode queimar até 50 calorias a mais durante as quatro horas seguintes à sua ingestão. A novidade foi divulgada pelo jornal "Metabolism".
O velho e bom cafezinho só engorda se for adoçado com açúcar. Uma vez bebido com adoçante, não engorda. De acordo com o estudo, a cafeína estimula o sistema nervoso, sinalizando o corpo que ele deve gastar energia do seu estoque de gordura.
O café é um excelente diurético e ajuda a evitar a retenção de líquidos. A cafeína tem o poder de atuar no processo metabólico ajudando a digestão e obrigando o organismo a queimar calorias mais rapidamente.
Por ser um energético natural, ele obriga o corpo a ficar mais ativo e isso ajuda no processo de emagrecimento.
Para quem quer perder peso, os nutricionistas recomendam a ingestão de uma xícara de café antes das refeições.
A bebida dá a sensação de saciedade porque a cafeína libera endorfina no organismo, provocando a sensação de saciedade. Seu consumo após as refeições também ajuda na digestão.

Regra das oito horas de sono pode ser "mito"

Processo biológico natural prevê sono dividido em duas partes, dizem especialistas



Dados científicos e históricos sugerem que a recomendação de oito horas ininterruptas de sono por dia pode ser baseada em um mito. Segundo especialistas, o processo biológico natural prevê um sono segmentado em duas partes, mas o padrão foi aos poucos sendo alterado por transformações sócio-culturais.
No início da década de 90, o psiquiatra Thomas Wehr realizou uma experiência na qual um grupo de pessoas ficou em um ambiente escuro durante 14 horas por dia em um período de um mês.
Os voluntários precisaram de um tempo para regular o sono mas, na quarta semana, eles apresentaram um padrão de sono muito diferente: eles dormiam por quatro horas, acordavam durante uma ou duas horas e depois dormiam por mais quatro horas.
Além desta pesquisa, em 2001 o historiador Roger Ekirch, da Universidade Virginia Tech, publicou um estudo depois de 16 anos de pesquisa que revelou várias provas históricas de que o sono humano é dividido em dois períodos.
Quatro anos depois, Ekirch publicou o livro At Day's Close: Night in Times Past ("No Fim do Dia: A Noite no Passado", em tradução livre), que mostra mais de 500 referências a um padrão de sono segmentado, em diários, registros jurídicos, livros médicos e literatura, desde a Odisseia, de Homero, até um relato antropológico a respeito de tribos modernas da Nigéria.
Estas referências descrevem um primeiro período de sono que começava cerca de duas horas depois do anoitecer, seguido de um período em que a pessoa ficava acordada por uma ou duas horas e então um segundo período de sono.
"Não é apenas um número de referências, é a forma como é relatado, como se fosse de conhecimento de todos", disse Ekirch.
Atividade noturna
Na experiência de Wehr, durante o período de duas horas em que as pessoas ficavam acordadas, havia atividade. Estas pessoas se levantavam, iam ao banheiro ou fumavam e algumas até visitavam os vizinhos.
A maioria das pessoas ficava na cama, lia, escrevia ou rezava. Vários livros de orações do final do século 15 traziam preces especiais para as horas entre os períodos de sono.
Estas horas nem sempre eram solitárias, as pessoas geralmente conversavam ou tinham relações sexuais.
Um manual médico da França do século 16 até aconselhava os casais que a melhor hora para conceber um filho não era no final de um longo dia de trabalho, mas "depois do primeiro sono".
Ekirch descobriu em sua pesquisa que as referências ao primeiro e segundo sono começaram a desaparecer no final do século 17. Isto começou nas classes sociais superiores do norte da Europa e nos 200 anos seguintes se espalhou para o resto da sociedade ocidental.
E, por volta da década de 20, a ideia do primeiro e segundo sono já tinha desaparecido.
O pesquisador atribui esta mudança à melhoria na iluminação pública, na iluminação doméstica e a um aumento do número de cafeterias, que, em alguns casos, ficam abertas a noite inteira. A noite se transformou em um período de atividade normal e o tempo de descanso diminuiu.
Noite, crime e luz
O historiador Craig Koslofsky, tem uma explicação para como a noite mudou, em seu liro Evening's Empire ("Império da Noite", em tradução livre).
"Antes do século 17, as associações feitas com a noite não eram boas", afirmou o historiador. Segundo Koslofsky, a noite era um período ocupado por criminosos, prostitutas e bêbados.
- Mesmo os ricos, que podiam pagar pela luz das velas, tinham coisas melhores nas quais gastar o dinheiro. Não havia prestígio ou valor social associados à noite.
Mas, tudo começou a mudar na época da Reforma e da Contra Reforma, no século 16, quando protestantes e católicos começaram a participar de cerimônias noturnas.
Esta tendência se espalhou pela esfera social, mas apenas para aqueles que tinham dinheiro para pagar por velas. Mas, com o início da iluminação pública, as atividades noturnas começaram a se espalhar por todas as classes.
Em 1667, Paris se transformou na primeira cidade do mundo a ter luzes nas ruas. Lille ganhou sua iluminação com velas no mesmo ano e Amsterdã, dois anos depois. Londres ganhou suas luzes em 1684 e, no final daquele século, mais de 50 grandes cidades da Europa contavam com iluminação noturna.
A noite virou moda e passar estas horas na cama era visto como perda de tempo.
E, segundo o pesquisador Roger Ekirch, a Revolução Industrial intensificou ainda mais este processo.
Um livro médico de 1829 pede que os pais obriguem suas crianças a não seguirem o padrão do primeiro e segundo período de sono, por exemplo.
Preferência
Nos dias de hoje a maioria das pessoas parece ter se adaptado ao padrão de oito horas ininterruptas de sono, mas Erkich acredita que muitos problemas do sono podem ter suas raízes na preferência natural do corpo humano por um período de sono dividido em períodos. E também à popularização da iluminação artificial.
E esta parece ser a raiz do problema que acomete muitas pessoas que acordam durante a noite e não conseguem voltar a dormir.
"Na maior parte da evolução nós dormimos de uma certa forma. Acordar durante a noite é parte da fisiologia normal humana", afirmou o psicólogo do sono Gregg Jacobs.
A ideia de que precisamos dormir em um único período pode ser prejudicial à saude, segundo Jacobs, caso as pessoas que acordem à noite fiquem ansiosas.
"Muitas pessoas acordam durante a noite e entram em pânico. Digo a elas que isto é apenas uma volta ao padrão de sono segmentado", disse o neurocientista especialista em relógio biológico da Universidade de Oxford Russell Foster.
Mas, a maioria dos médicos não reconhece que o sono ininterrupto de oito horas pode não ser natural.
"Mais de 30% dos problemas de saúde relatados por médicos têm origem direta no sono. Mas o sono tem sido ignorado em treinamentos médicos e existem poucos centros para o estudo do sono", afirmou Foster.
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