segunda-feira, 25 de julho de 2011

Repensando as raízes do vício

Há um debate antigo sobre o alcoolismo: é problema na cabeça do sofredor – algo que pode superar a terapia da força de vontade, espiritualidade e diálogo, talvez – ou é uma doença física, que precisa de tratamento médico contínuo da mesma forma que exigem diabetes ou epilepsia? Cada vez mais o estabelecimento médico está se sobrepondo ao último diagnóstico. Nas evidências mais recentes, dez faculdades de medicina nos Estados Unidos apresentaram os primeiros programas de residência credenciados sobre a medicina do vício, nos quais médicos que concluíram a faculdade de medicina e a residência primária poderão passar um ano estudando a relação entre o vício e a química do cérebro.
“Este é o primeiro passo rumo ao reconhecimento, respeito e rigor à medicina do vício”, disse David Withers, que supervisiona o novo programa de residência no Centro de Tratamento de Dependência de Álcool e Entorpecentes Marworth, em Waverly, Pensilvânia.
O objetivo dos programas de residência, que começaram no dia 1º de julho com 20 alunos de várias faculdades, é estabelecer a medicina do vício como padrão especialmente com as linhas de pediatria, oncologia e dermatologia.
Os residentes tratarão os pacientes com uma série de vícios: álcool, drogas, remédios controlados, nicotina e muito mais – e o estudo da química do cérebro envolvida e o papel da hereditariedade.
“Antigamente, a especialidade estava muito mais voltada para os psiquiatras”, disse Nora D. Volkow, neurocientista encarregada do Instituto Nacional de Abuso de Drogas. “É uma falha do nosso programa de treinamento”.
Ela considera a falta de educação sobre o abuso de substâncias entre os médicos em geral “um problema muito sério”.
As faculdades que oferecem a residência de um ano são: St. Luke’s-Roosevelt Hospital em Nova York, Sistema Médico da Universidade de Maryland, Faculdade de Medicina da Universidade de Búfalo, Faculdade de Medicina da Universidade de Cincinnati, Faculdade de Medicina da Universidade de Minnesota, Faculdade de Medicina da Universidade da Flórida, Faculdade de Medicina John A. Burns da Universidade do Havaí, Faculdade de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Wisconsin, Marworth e o Centro Médico da Universidade de Boston. Algumas, como a Marworth, oferecem programas de medicina do vício há anos, simplesmente sem credenciamento.
O novo credenciamento é cortesia do Conselho Americano de Medicina do Vício, ou ABAM, fundado em 2007 para promover o tratamento médico do problema. O grupo tem o objetivo de obter o credenciamento do Conselho de Credenciamento do Ensino Médico Graduado, passo que requer, entre outras coisas, o estabelecimento do programa em no mínimo 20 faculdades. Mas isso significaria que a especialidade em vícios iria se qualificar como residência 'primária’, que qualquer médico recém-formado poderia adquirir fora da faculdade.
Richard Blondell, presidente do comitê de treinamento do ABAM, disse que o grupo espera credenciar mais dez a 15 faculdades neste ano.

Fazer "contrato" na relação estável ajuda a evitar decepção

Nas relações estáveis seria muito bom que as pessoas pensassem seriamente o que querem do outro e o que podem dar de si para o bem comum.

Vale até a pena fazer um tipo de "contrato" em que cada um colocaria, com absoluta sinceridade, aquilo que espera do outro e o que pode oferecer consciente e inconscientemente. Acredito que se isso fosse feito, seriam evitados muitos relacionamentos hipócritas que, em pouco tempo, levam à profunda decepção.

Sexo faz bem à saúde e ao coração, afirma estudo

O periódico JAMA – Jornal da Associação Médica Americana – publicou uma revisão dos estudos científicos que analisaram o risco de um ataque do coração após uma relação sexual. Num mesmo indivíduo, a chance de um infarto do coração é maior durante a atividade sexual ou imediatamente após. Entretanto, esse risco é muito pequeno, ou mesmo nem existe, entre pessoas que praticam atividade física regularmente. Os resultados sugerem que existem corações não muito saudáveis por trás dessa associação entre sexo e infarto.
Pudemos ver também algumas notícias do tipo “Sexo esporádico aumenta o risco de ataque cardíaco”. Esse tipo de afirmação faz parecer que sexo pode fazer mal às pessoas saudáveis. O recado dessa pesquisa é que as pessoas com maior risco de eventos cardíacos devem colocar o assunto sexo na pauta de discussão na consulta médica.
Na verdade, a ciência tem demonstrado de forma inequívoca que sexo faz bem à saúde, especialmente ao coração. Algumas pesquisas acompanharam indivíduos de meia-idade e idosos por até 20 anos, e têm sido quase unânimes em mostrar que, quanto maior a atividade sexual, menor a mortalidade, inclusive por doença isquêmica do coração.

Homens são 71,1% das vítimas de violência urbana

Vítimas, em geral, têm de 20 a 29 anos, são de cor parda e dizem ter de 5 a 8 anos estudo. Mais de 40% das vítimas do sexo masculino disseram ter ingerido bebida alcoólica antes de sofrer a violência
Os homens jovens, de 20 a 29 anos, de cor parda e com escolaridade média de 5 a 8 anos de estudo foram as principais vítimas de violência urbana no Brasil. Do total de 4.019 atendimentos em unidades de referência para acidentes e violências, 2.915 foram de pessoas do sexo masculino (71,1%), contra 1.098 do sexo feminino (28,7%).
Os dados são do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA) e foram coletados com base nos registros de 74 unidades sentinelas de 23 capitais e Distrito Federal, entre setembro e novembro de 2009. O número total de atendimentos decorrentes de violências correspondeu a 10,1% da amostra do estudo, que inclui, ainda, os casos de acidentes (89,9% do tototal).
Este inquérito permite ao Ministério da Saúde traçar o perfil de pessoas vítimas de acidentes e de violências para, a partir dessas informações, subsidiar ações de enfrentamento a esses problemas consolidados em políticas públicas de prevenção e de promoção da saúde e de cultura de paz.
“Sabe-se que os homens se expõem mais aos fatores de risco do que as mulheres e a maioria dos casos ocorreram em via pública, caracterizando violência urbana”, esclarece a coordenadora da área de Vigilância e Prevenção de Acidentes e Violências do Departamento de Análise de Situação de Saúde (Dasis), Marta Silva.
Os dados confirmam tendência verificada na primeira edição do VIVA, em 2006, de que os homens se envolvem mais em atos violentos do que as mulheres. As principais vítimas foram pessoas jovens, na faixa dos 20 aos 29 anos. Os percentuais foram de 36,5% para os homens e de 30,7% entre as mulheres.
Em segundo lugar, com 20,6%, estão as pessoas de 30 a 39 anos para o sexo masculino; e de 10 a 19 anos para o sexo feminino. Em terceiro aparecem pessoas com idade entre 10 a 19 anos para homens (17,9%) e de 30 a 39 para mulheres (20,5%).
Em 30,2% dos casos as vítimas declararam ter de 5 a 8 anos de estudo. Outros 27,7% dos entrevistados disseram ter entre 9 a 11 anos de escolaridade. O percentual dos que frequentaram a rede de ensino por um período de até 4 anos foi de 23,9%. O questionário não foi aplicado a crianças com menos de 6 anos e a portadores de transtorno mental grave.

BEBIDA ALCOÓLICA – Mais de um terço das pessoas que buscaram atendimento médico em unidades de urgência e emergências para violências chegaram alcoolizadas ao local. Do total de 4.019 pessoas avaliadas, 1.446 (37,5%) declaram ter ingerido bebida alcoólica antes de se envolver em situações de violência. Realizado desde 2006, esta é a primeira vez que o estudo incluiu a pergunta direta à pessoa atendida sobre uso de bebida alcoólica.
Além do alto índice de pessoas atendidas que admitiram ter bebido, outras 1.288 (31,3%) foram classificadas como suspeitas pelos entrevistados de estarem alcoolizados ao chegar aos serviços de atendimento a vítimas de violência.
Nesse quesito, os percentuais entre os homens são o dobro daqueles verificados para as mulheres – 41,6% dos pacientes do sexo masculino declararam ter bebido, e outros 36,7% foram suspeitos de beber álcool no dia que procuraram atendimento médico. Para as mulheres, os percentuais foram de 21,1% e 18%, respectivamente, para as que afirmaram ter bebido e as que ficaram sob suspeita.
Para o Ministério da Saúde, esse dado pode estar associado ao tipo de violência (89,5% dos casos registrados foram agressão/maus-tratos), ao local de ocorrência (41,4% ocorreu em via pública e 33,7% em residências) e ao provável autor de agressão (desconhecido 37,2% e amigo ou conhecido 29,7%), o que caracteriza a violência urbana e intrafamiliar.

RAÇA E COR – O número de pessoas de cor parda (2.207) e preta (714) vítimas de violências somou 2.921 atendimentos do total de 4.019 registrados pelo VIVA. Isso corresponde a 72,8% dos atendimentos entre setembro e novembro de 2009. O total de pessoas de cor branca somou 907 atendimentos (26,3%). Os serviços atenderam, ainda, 90 pessoas (2,3%) de cor amarela e 22 indígenas (0,5%). Setenta e dois (1,7%) registros ficaram sem informação sobre raça e cor.
“O fato de temos a maioria dos atendimentos ocorrendo na parcela identificada como parda e preta aponta para as relações de gênero e racismo. Sabe-se que as diferenças raciais associam-se às desigualdades sociais, que condicionam as ocorrências de eventos violentos nas comunidades”, afirma Marta Silva.

VIOLÊNCIA FÍSICA – Os dados do Ministério da Saúde revelam que a agressão física é responsável por 94,1% dos atendimentos a pessoas vítimas de violências nas unidades de urgência e emergência. Do total de 4.012 pessoas atendidas, 3.346 foram vítimas de violência ou agressão.
A maior parte das agressões (37,2%) foi cometida por pessoa desconhecida. No entanto, amigos ou conhecidos aparecem como segundo grupo de prováveis autores das agressões (29,7%). Em terceiro lugar, surgem os ex-companheiros das vítimas (13,5%), o que revela a violência doméstica.
Porém, a soma dos percentuais em que os(as) prováveis autores(as) das agressões são pessoas próximas das vítimas (familiares, amigos, conhecido, companheiro ou companheira) chega a 55,6% dos casos.
Os homens são citados como prováveis autores da agressão em 77,7% dos casos. Para mulheres, o percentual é seis vezes menor (13,1%).
A força física foi relatada como principal meio de agressão, tanto no geral (61,7%) quanto para os sexos feminino (73,6%) e masculino (57,2%). Em segundo lugar as agressões com uso de armas brancas e objetos perfurocortantes como facas (29,8%) para os homens e ameaça verbal (27,7%) para as mulheres.
Em 50,3% de todos os casos, cortes ou laceração foram os resultados do ato violento. As áreas preferenciais para as agressões foram o rosto e outras regiões da cabeça (32,3%), especialmente entre homens (34,4%). Entre as mulheres o percentual foi de 27,2%.
No geral, os braços vêm em segundo lugar como alvo preferencial das agressões (20,7%). Os percentuais são próximos para os sexos feminino (21,6%) e masculino (20,3%). Aqueles que tiveram múltiplos órgãos e regiões do corpo atingidas corresponderam a 14,1% do total de registros, 14,7% entre mulheres e 13,8% dos homens.
De acordo com o Dasis, o inquérito realizado com as informações do VIVA capta mais facilmente as violências que resultam em algum tipo de lesão física, como os traumas, ferimentos e fraturas, os quais demandam atendimento de serviço hospitalar.
“As agressões físicas são as causas destes tipos de lesões, por isso o seu predomínio dentre os atendimentos provocados por violências. No entanto, ainda existem outros tipos de violência, que não a física, captadas pelo inquérito e que são minoria, pois às vezes nem chegam a procurar atendimento nos serviços de emergência”, explica Marta Silva. “Esses casos podem estar associados à violência contra criança sem lesão física grave, à violência sexual e psicológica ou negligência”.
O local mais comum da violência foi à via pública, como ruas e praças (41,4%), seguida da residência (33,7%). As pessoas do sexo feminino foram mais vítimas de violências nas residências (56%) e as do sexo masculino foram mais vitimados nas vias públicas (47,9%). Em geral, a violência ocorre nos fins de semana (44,2%) e os atendimentos são mais comuns à noite, entre 18h e 0h.

Homossexuais poderão realizar reprodução assistida em laboratório para ter filhos

O Conselho Federal de Medicina (CFM) mudou as regras de reprodução assistida abrindo espaço para que casais homossexuais possam ter filhos por meio da técnica de fertilização de embriões.
Outra inovação importante é que a técnica da reprodução assistida poderá ser usada após a morte do doador do material, desde que haja autorização anterior. As novas regras foram aprovadas em dezembro passado.
O CFM também estabeleceu um número máximo de embriões a serem implantados nas pacientes. Mulheres de até 35 anos podem implantar até dois embriões; de 36 a 39 anos, até três; acima de 40, quatro embriões. A ideia é prevenir casos de gravidez múltipla, que aumentam as chances de aborto e de nascimento de bebês prematuros.
Os médicos continuam proibidos de usarem técnicas para definir o sexo ou alguma característica da criança por meio de intervenções na reprodução assistida.

Jovens têm pouco interesse em fazer testes de HIV

As pessoas com 30 anos ou mais idade - principalmente as mulheres - são as mais preocupadas com a contaminação do vírus HIV, transmissor da aids, segundo o levantamento feito pela Secretaria Estadual da Saúde com base em 36 mil testes de diagnósticos gratuitos, realizados durante a campanha Fique Sabendo 2010, entre os meses de novembro e dezembro, do ano passado.
Uma em cada três pessoas que procuraram o teste pela primeira vez tinham mais de 40 anos de idade e a maioria dos interessados, 56,8% , na faixa dos 30 anos. Comparando-se homens e mulheres, o sexo feminino teve maior participação (53,6%), mas os resultados comprovando a infecção prevaleceu entre os do sexo masculino com número de casos três vez mais.
Entre os homens com diagnósticos positivos 53,3% tinham idade na faixa de 25 a 39 anos e a minoria 16,9% de 14 a 24 anos. Já os casos confirmados em mulheres, 56,2% tinham entre 25 e 39 anos e 13,3% de 14 a 24 anos.
Por meio de nota, a coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids, Maria Clara Gianna, alertou que “o diagnóstico tardio da doença prejudica o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes”. Diante disso, observou ser importante que haja maior interesse da população jovem porque “as pessoas iniciam a vida sexualmente ativa cada vez mais cedo”.

Conselho de Medicina mantém resolução que envolve proibição de cirurgia de redução de estômago

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta sexta-feira, 22, uma nota que ressaltando que Resolução CFM 1942/2010, que estabelece normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo indicações, procedimentos e equipe, não sofreu alterações.

Segundo a entidade, para que técnicas recentes indicadas para esse tipo de cirurgia - como a gastrectomia vertical com interposição de íleo - sejam autorizadas, é necessária avaliação de mais estudos e pesquisas que comprovem sua eficácia e segurança aos pacientes. Seu plenário, reunido em 14 de julho, deliberou aguardar o desenvolvimento e apresentações de novas pesquisas que justifiquem quaisquer alterações nesta resolução.

Ainda assim, a Câmara Técnica de Cirurgia Bariátrica, criada pelo CFM para analisar os trabalhos desenvolvidos na área, continuará ativa. O grupo será responsável por analisar estudos e pesquisas, sendo que se seus resultados indicarem eficácia e segurança, o debate poderá ser reaberto para oferecer ao brasileiro novas opções terapêuticas.

Conflitos na relação podem ser uma boa oportunidade para o crescimento

Propaga-se a ideia de que conflitos num relacionamento não sejam um bom sinal, pois provocam desgastes e consequentemente até mesmo sua ruptura. Afinal, em qual relacionamento não existem diferenças que provoquem desentendimentos e brigas? E obviamente a consequência é um grande mal-estar entre os pares.

Por mais que existam muitas afinidades entre o casal, ainda assim são duas pessoas distintas, que pensam e agem de forma particular.
Como esses conflitos fazem parte de qualquer relacionamento e da convivência, muitos casais estabelecem seus alicerces em estruturas pouco confiáveis ou seguras. Assim, é preciso ir por uma via oposta e transformar esses conflitos em aprendizado e crescimento dentro do próprio relacionamento. Caso contrário, a angústia e o sofrimento passam a prevalecer.

Ninguém deseja viver o relacionamento sempre em pé de guerra, ou num clima tenso o tempo todo. Afinal, o desejado é exatamente o inverso: um ambiente tranquilo e de entendimento para uma ótima convivência. Porém, como atingir esse estado? O que fazer para não entrar num ciclo repetitivo de confusão e desgaste?


Primeiro é preciso verificar como está a comunicação entre os dois: se está agressiva, irônica, ofensiva, sem eco, etc.. Enfim, se está mais desgastante do que resolutiva.


Segundo, se fora esses embates verbais, existe gentileza, receptividade e afeto. Esses comportamentos quase sempre desaparecem quando se tem problemas ou dificuldades interferindo no relacionamento.


Por fim, perceber como anda a tolerância entre as partes em todos os aspectos; desde assuntos triviais, até os mais importantes e delicados, como são pensados e resolvidos.


A convivência acaba dificultando a percepção de si mesmo em relação a iniciativas mais atenuadoras e reconfortantes frente aos desentendimentos. Assim muitas vezes deixamos tudo no automático, sem se dedicar a uma forma mais cuidadosa ao tratar o outro. E isso pode fazer toda a diferença dentro de uma relação.


Uma boa comunicação, tratar bem o outro, ser muito paciente e receptivo em qualquer situação, pode ser um bom ponto de partida para solucionar os desencontros do dia a dia. A superação dos conflitos consolida ainda mais os sentimentos entre o par e fortalece os laços afetivos.

Velhice faz cérebro enfatizar as boas memórias em detrimento dos acontecimentos ruins

Se há algo com o qual não é possível lutar contra é a passagem dos anos. Envelhecer de forma saudável é uma tendência mais positiva do que negativa, e que pode ser gratificante emocionalmente. Uma pesquisa publicada no periódico Biological Psychiatry mostra como esse efeito do envelhecimento é sentido pelo cérebro.
O estudo feito por neurocientistas alemães fez análises de imagens do cérebro para avaliar como jovens e adultos se comportavam durante atividades cognitivas especializadas, que incluíam fotos que deveriam ser categorizadas como felizes, tristes, amedrontadoras, irrelevantes ou neutras.
Durante os experimentos, observou-se que as pessoas mais velhas tinham maior propensão a se distraírem observando imagens que ilustravam sentimentos felizes. Quando isso acontecia, o cérebro desses indivíduos aumentava as atividades nas áreas correlacionadas com o controle de emoções e quanto maior o nível de estabilidade emocional, maiores essas atividades.
“Ao confrontarmos nossos dados com as teorias relacionadas com o envelhecimento, nossa hipótese é que os benefícios da idade são principalmente sentidos no controle emocional, mesmo quando ele não é acionado de forma perceptível”, explica Stefanie Brassen da Universidade de Hamburg-Eppendorf, na Alemanha. “Além disso, nossos resultados mostram que esse controle emocional também leva a um maior nível de bem-estar.”
“Uma velhice saudável é similar às experiências na construção da resiliência – a capacidade de lidar com problemas e situações estressantes de forma pouco traumática a partir do aprendizado pessoal – e o que notamos é a importância de lidar realisticamente com as situações, mas de forma positiva”, diz John Krystal, editor do periódico responsável pela sua aprovação e que também avaliou um estudo similar sobre os efeitos do estresse realizado por Dennis Charney e Steven Southwick, da Faculdade de Medicina de Yale.
As teorias que tratam do envelhecimento indicam que há uma tendência, na idade avançada, de enfatizar os momentos felizes em curto prazo, mais do que os anteriores. E o estudo de Brassen parece confirmar esse desvio para um impacto positivo e maior nível de bem-estar durante o envelhecimento. “O que faz o processo de envelhecimento possível é o foco do cérebro nos acontecimentos positivos”, finalizam.

Praticar exercícios físicos regularmente ajuda no controle do transtorno do pânico e dos sintomas relacionados, aponta estudo

“Sensibilidade à ansiedade é um fator de risco para o desenvolvimento de pânico e sintomas relacionados”, diz o psicólogo Jasper Smits. Smits é autor de um estudo que aponta a prática de exercício físico regular como uma estratégia alternativa no tratamento do transtorno do pânico e redução dos sintomas associados.
O estudo, publicado no periódico Psychosomatic Medicine, é fundamentado em duas pesquisas anteriores realizadas pelo autor. Em uma, o exercício é apontado como tratamento alternativo para melhora do humor e diminuição da ansiedade, funcionando como “um remédio antidepressivo”. Em outra, ele é indicado como uma alternativa para o tratamento da alta sensibilidade à ansiedade – um sintoma associado ao transtorno do pânico que envolve náuseas, taquicardia, tonturas, dores de estômago e falta de ar.
“Para as pessoas com alta sensibilidade à ansiedade, os sintomas ansiosos são um sinal de alerta”, diz Smits. “Ao perceberem, elas imediatamente se perguntam: ‘eu vou ter um ataque de pânico?’, ‘eu vou morrer?’, ‘eu vou ficar louco?’, ‘eu vou perder o controle?’ ou ‘eu vou fazer papel de tolo?’. Este sintoma tem sido amplamente estudado como um dos fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, principalmente do pânico. E é um fator de risco relevante na medida em que tem sido replicado em vários estudos.”
O estudo atual envolveu 145 participantes adultos que não tinham histórico de ataque de pânico. Depois de responderem a um questionário com informações sobre o nível de atividade física que praticavam e o nível de sensibilidade à ansiedade, todos inalaram uma mistura gasosa enriquecida com 5% de CO2 – um procedimento benigno que geralmente induz ao pânico.
Após a inalação, os participantes manifestaram o seu nível de ansiedade, dizendo se sentiam qualquer um dos sintomas da alta sensibilidade à ansiedade. Os resultados mostraram que a reação ao estressor foi menor entre aqueles que praticavam exercícios ou atividades físicas com frequência.
“Não estamos dizendo para que as pessoas substituam a psicoterapia ou que façam exercícios em vez de se medicarem”, diz Smits. “Médicos já recomendam a atividade física para a saúde geral. O exercício físico é uma boa alternativa, particularmente para aqueles que precisam de tratamento para a depressão e ansiedade e que não têm acesso ao tratamento tradicional”, conclui o autor.

A mulher é o novo homem?

O mundo está mais feminino ou é a mulher que está mais masculina?

No Brasil, as mulheres representam 60% dos estudantes universitários. Ao mesmo tempo, ocupam mais postos de chefia do que nunca. Nos Estados Unidos, a maioria dos cargos de gerência já pertence à mulherada – que, por outro lado, anda com altos índices de doenças tipicamente masculinas, como hipertensão. Por tudo isso, é o caso de perguntar: A mulher é o novo homem? A repórter especial Nina Lemos, a escritora Marta Góes, a pesquisadora Denise Gallo e o psicanalista Oscar Cesarotto discutem. Se isso de fato for verdade, onde foi que erramos?


Denise Gallo

A mulher é o novo homem? Depois da Mulher Alfa, da Nova Mulher, da Mulher X, da Mulher Y, da Mulher 2.0, da Terceira Mulher, da Millenium Woman, da Mulher Polvo, olha só onde fomos parar: somos agora o novo homem. Tudo bem que os gêneros são mesmo frutos de práticas discursivas que mudam ao longo do tempo, mas as construções do gênero feminino na cultura contemporânea parecem mais sintonizadas com a lógica da moda – “o off-white é o novo preto” – do que com os reais e complexos desafios que afligem mulheres e homens do lado de cá das páginas das revistas.

Nas voláteis redes dessas significações, a pergunta feita por Freud no início do século passado – o que quer a mulher? – não só segue sem resposta, como agora vale também para os homens: o que quer o homem? Aliás, se pensarmos que masculinidade e feminilidade andam com contornos um tanto borrados, a própria afirmação “a mulher é o novo homem” não elucidaria muita coisa, já que ninguém mais sabe ao certo o que é ser homem também. Essas indefinições seriam muito positivas, caso servissem para impulsionar reflexões corajosas, para formular novas indagações e dar voz a outras respostas. A questão é que o (não) debate que se instaura na mídia é cheio de armadilhas perigosas que, no fim das contas, ora propõem uma mera inversão simétrica – homens-frágeis, mulheres-poderosas –, ora perpetuam os mesmos velhos clichês, como aquele que afirma que a nova economia é mais afeita ao talento feminino porque as mulheres são intuitivas e flexíveis, enquanto os homens são agressivos e competitivos e, por isso, não servem mais.

Quem mandou fazer sucesso?
Outra constatação “mil e uma utilidades”, repetida em praticamente todas as reportagens sobre o tema e que merece um olhar crítico, é que a emancipação da mulher é a grande responsável por suas mazelas. A mulher se igualou ao homem e, agora, está doente, está sozinha, está ferrada, coitada. Antes de mais nada, é preciso lembrar que não estamos na Suécia e que é bastante questionável falar em igualdade em um país onde uma mulher é agredida a cada 15 segundos, onde o debate sobre a legalização do aborto está no pé em que está, onde as capas das maiores revistas femininas ainda colocam no corpo belo o principal patrimônio feminino. Dessa forma, por aqui, ainda há bastante o que fazer antes de cantar a vitória da igualdade.

Mas, mesmo olhando com otimismo para os avanços, é curioso notar como a mídia gosta de falar do preço que as mulheres pagam por suas conquistas: “Conquistaram o mercado de trabalho e pagam o preço de continuarem solteiras”, “priorizaram a carreira e pagam o preço de não terem se tornado mães”. Pagar o preço, nessa fala, pressupõe que exista um desejo único que une todas as mulheres, uma “natureza feminina” que berra, inconformada, com o corpo que não obedece aos seus verdadeiros instintos: casar, acasalar com amor e ter filhos. Absorvemos essas verdades sem perceber que há nelas um determinismo do qual precisamos nos libertar, mesmo que seja para escolher ter a mesma vida que nossas bisavós. A mulher é o novo homem, o homem é a nova mulher, o que é ser homem, o que é ser mulher? Se está tudo em aberto, por que não experimentar novas configurações, sem a urgência mercadológica de dar contornos ao “target”? Feminino e masculino continuarão a ser aprendidos mas, quem sabe, com novas e mais surpreendentes lições.

Mulher: o futuro do homem

Oscar Cesarotto

Anos há, um poeta disse que a mulher era o futuro do homem. Demorou. O futuro já chegou, com os homens sendo agora o passado das mulheres. Tudo o que eles faziam, elas também são capazes, igual ou até melhor. O parque humano, composto de dois grandes grupos, sempre dividiu os afazeres da vida cotidiana. Uns labutavam, outras pariam; dominava-se o mundo com o suor da testa, enquanto a dor alumbrava a existência, dentro de casa.

Num novo milênio, as conquistas femininas extrapolam o âmbito doméstico, abrangendo o planeta; ao mesmo tempo, o corpo de cada uma é reconquistado em causa própria. A medicina muito tem contribuído para harmonizar períodos & vontades, possibilitando ou impedindo a perpetuação da espécie, liberando das regras & suas exceções. A histeria (do grego hysteros, útero), como Freud demonstrara, é uma estrutura psíquica, para além do órgão, tanto que existe em versão masculina. Historicamente, porém, no comunismo soviético, quando todos desempenhavam as mesmas tarefas produtivas, as camaradas foram dispensadas de dirigir tratores, para que a vibração não afetasse as funções reprodutivas. Respeito à diferença, não discriminação.

Hay que enternecer
Hoje, nos Estados Unidos, são mais as trabalhadoras do que os operários. Não que eles sejam zangões, é que perderam o que elas ganharam. O desemprego joga os homens na rua, ou para dentro de casa, para serem os reis derrocados do lar. Na crise atual do capitalismo apátrida, consolida-se o matriarcado perante o declínio da figura do pai, humilhado pela inadimplência. Casamentos acabam quando a carteira assinada vale mais que o papel passado. As novas configurações familiares dependem de quem traz o leitinho para as crianças.

Em outras terras, a paternidade é reconhecida pelo Estado com meses de licença-prêmio para crescer junto com o recém-nascido. Assim caminha a humanidade. A oportunidade de ficar no ninho propicia que o macho vire coruja, para felicidade geral da prole & noites de choro mais bem distribuídas. Com essa previdência social, todos se beneficiam, podendo enternecer, mas sem perder a virilidade. As próximas gerações agradecem.

A grande questão, entretanto, é quem veste as calças; antes, o que tem por baixo. Para a fecundação, a tecnologia dispensa a penetração, outrora patrimônio & orgulho dos que não apenas produzem a semente, como também realizavam o delivery in loco. Tomara que não se percam certos costumes ancestrais, como fazer neném à moda antiga, ou brincar de kama sutra, ou pecar sem conceber, o céu não tem limite. O risco, mais do que a mulher ser o novo homem, é que o novo homem, o proletariado do consumo, não possa dar conta do recado sem Viagra ou cartão de crédito.

Cientistas criam sutiã que promete suporte extra às esportistas

Cientistas desenvolvem peça que oferece sustentação extra às mulheres durante os exercícios. Foto: Getty Images
Novo produto garante 83% de redução do movimento dos seios em exercícios de alto impacto, como a corrida na esteira

Para as mulheres que têm seios grandes, ter um sutiã forte e resistente é imprescindível para evitar o desconforto durante a prática de exercícios de alto impacto. Pensando nisso, um grupo de cientistas desenvolveu uma peça que promete revolucionar a sustentação dos seios, segundo informa o jornal britânico Daily Mail.
A novidade promete inibir o "salto" das mamas durante as atividades esportivas, porque as sustentam separadamente em estruturas que reduzem o movimento em diferentes ângulos. Os criadores atestam a eficácia, afirmando que a peça atua como "duas mãos segurando os seios", diferentemente dos sutiãs tradicionais, que acabam achatando as mamas contra a caixa toráxica.
A empresa Panache, que irá desenvolver o produto e se prepara para lançá-lo no mês de outubro, investiu três anos de estudos em torno deste sutiã esportivo. Durante os testes, os cientistas descobriram que o sutiã reduz o "salto" em até 83%, em oposição aos 65% garantidos pelos seus concorrentes.
Uma pesquisa feita pela marca constatou que 42% das mulheres sentem que seus sutiãs esportivos não são adequados, e mais da metade sentiu dor nos seios enquanto se exercitavam. 

Um quinto das crianças de até 5 anos tem dificuldades para ouvir

 . Foto: Getty Images
 Como nesta faixa etária a criança ainda não se expressa bem, há dificuldade de perceber que há um problema

Cerca de 20% das crianças em idade pré-escolar - entre 1 e 5 anos - apresentam algum nível de perda auditiva. No grupo que já frequentava a escola - entre 6 e 12 anos -, a incidência de problemas de audição é de 6%. Os dados estão em estudo, feito no Rio de Janeiro, entre outubro de 2010 e março deste ano, que avaliou 433 crianças até 12 anos. O trabalho serve de alerta a pais e médicos.
"Este resultado mostra que é preciso ter mais cuidado na investigação auditiva em crianças em idade pré-escolar", afirma a autora da pesquisa, a fonoaudióloga Viviane Fontes, acrescentando que a diminuição da capacidade auditiva pode ocorrer por fatores como otites, dores de ouvido, alergias respiratórias, sinusite e rinite crônicas. Além de perfuração de tímpano, caxumba e até pelo uso inadequado do cotonete.
Segundo a fonoaudióloga, as perdas nem sempre são totais, e muitas podem ser revertidas se identificadas logo. Ela alerta que o problema pode comprometer o desenvolvimento da criança: "Nesta fase, o pequeno está adquirindo a linguagem. Não ouvir bem acarreta dificuldade na fala, escrita e aprendizado".
Para piorar, como nesta faixa etária a criança ainda não se expressa bem, há dificuldade de perceber que há um problema. Além disso, a forma de diagnóstico mais comum, a audiometria, é mais eficaz nas crianças mais velhas.
Para diagnosticar as perdas auditivas, o melhor é o teste da orelhinha. "Ele é feito em recém-nascidos, mas pode ser realizado em qualquer idade", diz Viviane. No Rio, maternidades municipais fazem o teste. Ele pode ser feito ainda nos Centros de Saúde Waldir Franco, em Bangu, e Madre Teresa de Calcutá, na Ilha do Governador.
Sinais
Entre as crianças que podem ter problemas de audição, estão as que falam muito alto, precisam ser chamadas muitas vezes antes de atender e as que ficam muito de boca aberta e coçam muito os ouvidos.
Teste
Para ter acesso gratuito ao Teste da Orelhinha, basta ir a qualquer unidade de saúde do município e obter encaminhamento para locais que fazem o teste. Até o fim do ano, ele será oferecido em 10 unidades.

Beber para aliviar o estresse pode ser perigoso para a saúde

Beber para aliviar o estresse pode levar a beber mais. Foto: Getty Images
O estresse pode levar ao aumento do consumo de álcool

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Chicago e divulgada pelo Jornal da Tarde na noite deste domingo (24) destacou que beber para aliviar o estresse pode ser mais perigoso do que imaginamos, pois o estresse altera as reações psíquicas e fisiológicas em relação ao álcool e pode fazer a pessoa beber além da conta. A relação seria bidirecional: o estresse estimula o consumo do álcool e o álcool expõe quem o consome a situações estressantes.
O estudo submeteu 25 homens saudáveis entre 18 e 32 anos a uma tarefa estressante e outra não. Após cada atividade eles recebiam doses de álcool por via intravenosa, equivalente a dois drinques. A reação variou entre os indivíduos, mas entre os que usavam o álcool como estimulante, o estresse fez com que a bebida agisse como um sedativo. Já entre os que não se sentiam estimulados pela substância, o estresse aumentou a vontade de beber. Em todos os casos, o álcool bloqueou o hormônio cortisol, relacionado ao estresse. "O álcool diminui a resposta hormonal ao estresse, mas também estende a experiência negativa do evento", contou Emma Childs, autora do estudo.
Diversos especialistas concordaram que usar a bebida como um escape dos problemas é o que torna o estresse perigoso quando relacionado ao álcool, pois aumenta o consumo da bebida e em indivíduos com propensão ao desenvolvimento do vício, gera outros problemas como ansiedade, depressão, além de males físicos como cirrose, entre outros.

Brasil, rumo à potência submarina

O Brasil deu início na semana passada à construção de novos submarinos para renovar a frota da Marinha, em um importante passo rumo à concretização de um sonho de quase quatro décadas: a montagem do primeiro equipamento movido por um reator nuclear, feito inteiramente com tecnologia nacional.
Previsto para ser entregue à Marinha em 2023, o submarino nuclear colocaria o Brasil na elite das potências navais - atualmente, apenas cinco países detêm a tecnologia para este tipo de embarcação. Conheça a história dos submarinos na Marinha brasileira, os futuros projetos e as vantagens da energia nuclear:

Futuro

Em 2008, o Brasil firmou um acordo com o governo francês para a construção de quatro submarinos convencionais Scorpène no País. A iniciativa, segundo o Ministério da Defesa, representa o primeiro passo para a concretização do submarino nuclear brasileiro, já que a França se comprometeu a repassar seu know how na fabricação do equipamento.
O último dia 14 de julho, a presidente Dilma Rousseff participou da cerimônia que simbolizou o início da construção do primeiro Scorpène em Itaguaí (RJ). O programa prevê a construção de um estaleiro e uma base naval para os novos submarinos, com inauguração esperada para 2014. A previsão é de que o primeiro das quatro embarcações convencionais (que receberão a sigla S-BR) esteja pronto em 2016 e seja entregue à Marinha em meados de 2017. Os demais serão entregues a cada ano e meio de defasagem. O primeiro com energia nuclear (SN-BR) deve ficar pronto em 2023, segundo o Ministério da Defesa.

Cientistas da maior máquina do mundo esperam descobrir "segredo" do Universo em 2012

O equipamento LHC busca uma partícula que explica vários fenômenos físicos

Os cientistas do Centro Europeu de Investigação Nuclear (Cern, na sigla em francês) esperam dispor de dados suficientes extraídos do Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês) que é a maior máquina do mundo até o final de 2012 para checar a existência do bosón de Higgs, uma partícula hipotética essencial para entender por que as partículas elementares têm massa.
Rolf Heuer, diretor-geral do Cern, comentou o desafio dos pesquisadores em entrevista coletiva concedida em Grenoble na qual foram apresentados os resultados obtidos com o LHC no último ano.
- Ainda estamos esperando a partícula mais aguardada, o bosón de Higgs.
Trata-se do primeiro dos mistérios físicos que os especialistas tentam esclarecer com o mais potente acelerador de partículas do mundo, construído em um túnel circular de 27 km situado sob a fronteira entre França e Suíça.
Caso seja encontrada, será comprovada a teoria apresentada na década de 1960 pelo professor Peter Higgs, que serve para compreender as razões do comportamento da matéria. Por outro lado, se a partícula desejada não aparecer, o modelo padrão da física de partículas - que descreve as relações entre as interações fundamentais conhecidas entre partículas elementares que compõem toda a matéria - estaria incompleto.
Porém, aparecendo ou não, "seria uma descoberta", considerou Heuer, que afirmou que "o LHC está funcionando extremamente bem" e que se trata apenas do primeiro ano de funcionamento desse complexo aparelho.
- Planejamos que funcione outros 20 anos.
O cientista pediu "paciência" para a divulgação dos resultados.
No final de março do ano passado, o colisor conseguiu pela primeira vez recriar uma situação similar aos instantes posteriores ao surgimento do Universo. A colisão de partículas, feita a uma energia de 7 TeV (teraelétron-volts), foi alcançada após duas tentativas fracassadas – o recorde anterior havia sido obtido em 2009, quando a energia chegou a 1,18 TeV.

Na escala de nosso mundo cotidiano, 7 TeV ou 14 TeV é a energia cinética de sete ou 14 mosquitos voando. Parece pouco, mas esses valores são enormes quando se trata de prótons porque durante o choque, a energia se concentra em uma área um bilhão de vezes menor que um mosquito.


O sucesso do experimento abre as portas para uma nova fase na física moderna, já que agora será possível dar respostas a inúmeras incógnitas sobre a origem do Universo e a matéria.


Em junho de 2010,
a supermáquina produziu uma taxa de colisão de feixes de partículas recorde: 10 mil colisões de prótons por segundo, o dobro de sua marca anterior.

Equipamento já teve vários problemas


Com 27 km, o acelerador de partículas é uma estrutura circular construída a 100 m de profundidade na fronteira entre a França e a Suíça, ao custo aproximado de R$ 10 bilhões (US$ 5,2 bilhões).
O LHC começou a processar partículas em novembro de 2009, depois de ser desligado em setembro de 2008, mês de sua inauguração, devido a um superaquecimento.

Cinquenta e três dos 1.624 grandes ímãs supercondutores (alguns deles com 50 m de comprimento) foram danificados e precisaram ser substituídos.


Sua construção envolveu 7.000 físicos de todo o mundo e durou 12 anos.


Em novembro de 2009, a máquina precisou ser desligada novamente porque um pedaço de pão, provavelmente levado por um pássaro, obstruiu o transformador elétrico.


O equipamento gigante chegou a despertar temores infundados de que poderia criar buracos negros capazes de destruir a humanidade. O aparelho foi citado no best-seller
Anjos e Demônios, de Dan Brown.

Nasa buscará sinais de vida em cratera do planeta Marte

Veículo deve explorar superfície do planeta com tripulação antes de 2030

A Nasa escolheu uma cratera em Marte para onde enviará seu rover Curiosity, um veículo de exploração equipado com um laboratório que será colocado no próximo ano na superfície do planeta para buscar sinais de vida, anunciou nesta sexta-feira (22) agência espacial americana.

O Curiosity, que custou 2,5 bilhões de dólares, explorará a cratera Gale. Nesse local, onde existe uma montanha, os cientistas estudarão a argila e os depósitos de sulfato situados em vários níveis de altitude. Jim Green, diretor da divisão da Nasa encarregada do estudo de planetas, com sede em Washington, comentou o projeto.
- Os cientistas escolheram a Gale para continuar com seus ambiciosos objetivos dentro desta nova missão. O local oferece uma paisagem visualmente espetacular, mas também um grande potencial de descobertas científicas importantes.

Os pesquisadores não esperam que o rover - cujo nome oficial é Mars Science Laboratory (MSL) - descubra seres vivos e sinais de demonstrem que, nas profundidades desse local, existiu vida microbiana e água.

A Nasa, que já enviou dois rovers - Spirit e Opportunity - para explorar a superfície de Marte, espera enviar uma missão com tripulação antes de 2030.

O lançamento do Curiosity está previsto para o fim do ano e sua chegada ao Planeta Vermelho programada para agosto de 2012.

O anúncio do destino exato do Curiosity chega 35 anos depois da primeira aterrissagem de uma máquina em Marte: a sonda Viking 1, em março de 1976.

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