quinta-feira, 21 de abril de 2011

Está grávida? Confira 7 fatos sobre diabetes gestacional

1) Os sintomas de diabetes gestacional se confundem com sinais da gravidez, como aumento de apetite, fraqueza, vômitos, náuseas, infecções por fungos, visão turva e maior quantidade de urina. Isso dificulta a percepção da mulhere e do médico sobre a doença. Outro fator é a perda de peso mesmo quando a grávida se alimenta de forma excessiva. É preciso fazer o exame de glicemia no início da gravidez. Se o resultado for maior que 86, é preciso acompanhar o aspecto glicêmico
2) Durante a gravidez, a placenta produz uma substância que interfere na ação da insulina, o hormônio responsável pela colocação da glicose dentro das células do organismo. Em condições normais, a gestante passa a produzir mais insulina para dar conta do excesso de açúcar que vai acumulando no sangue. No caso de quem apresenta diabetes gestacional, a quantidade de glicose no sangue é maior que o normal e atravessa a placenta
3) Os principais fatores de risco para desenvolver a patologia são obesidade, casos da doença em família, partos anteriores de bebês com mais de 4 kg e histórico de abortos espontâneos ou morte fetal sem explicação
4) Alguns detalhes podem ajudar na prevenção. A prática de atividades físicas é um deles, pois colabora com a redução dos níveis de glicemia no sangue e melhora a ação da insulina. A lista conta ainda com a diminuição do consumo de doces e carboidratos
5) Após o diagnóstico da patologia, o primeiro passo para o controle é aderir a uma dieta restritiva, ou seja, sem nenhum tipo de doce e diminuição de carboidratos. É importante manter uma vida ativa. A glicose no sangue deve ser monitorada. Em último caso, se a taxa de glicose não diminuir, é preciso fazer aplicações de insulina durante a gestação
6) Os bebês acabam apresentando peso maior que o comum e, mesmo assim, são mais fracos que os outros. Consequentemente, na hora do parto, têm dificuldade para sair do útero por serem maiores. Normalmente, ainda apresentam problemas respiratórios, excesso de insulina e hipoglicemia. Por esses motivos, são mais propensos a serem diagnosticados com diabetes tipo 2 no futuro
7) Normalmente, o diabetes gestacional desaparece logo depois do parto, mas até 40% das mulheres que passaram pelo problema desenvolverão diabetes tipo 2 em um prazo de 10 anos. Caso fique grávida novamente, é muito provável que tenha o diagnóstico de diabetes mais uma vez

Distúrbios de sono de jovens pais tem relação com satisfação no relacionamento

O nível de satisfação com o relacionamento de pais de primeira viagem pode ser reflexo da quantidade de sono durante as noites após o nascimento de seus filhos.
O resultado é parte da pesquisa feita por Salvatore Insana, pesquisador da Universidade de West Virginia, e sua equipe, apresentada no encontro Associated Professional Sleep Societies. O estudo indica que o nível de satisfação ruim reportada por esses casais tem forte associação com as noites maldormidas.
“Nós ficamos surpresos ao descobrir que a mensuração direta da quantidade do sono tinha reflexos na satisfação dos casais, independentemente dos questionários subjetivos aplicados (em que os casais indicavam se estavam ou não dormindo bem)”, diz Insana. “Em outras palavras, o tempo que eles dormiam por noite, e não o quanto eles achavam que estavam dormindo, tinha grande impacto no relacionamento, e isso era igual tanto para os pais quanto para as mães.”
O estudo também afirma que esses níveis de satisfação eram mais altos do que os casais pensavam, apesar das médias serem abaixo daquelas encontradas nos casais sem filhos. As mães, em especial, subestimavam o nível de satisfação dos maridos. Em compensação, elas superestimavam o quanto os parceiros estavam dormindo.
Do lado dos homens, eles não conseguiram determinar exatamente qual era a qualidade do sono das esposas, o que indica que os jovens pais (com média de 27 anos), por diversas razões, desenvolvem falhas na comunicação sobre o próprio relacionamento.
Apesar do estudo não investigar a fundo as causas desse distúrbio nos padrões de sono, Insana diz que é provável que o período logo após o parto seja o mais crítico. O pesquisador indica que isso é algo que os médicos envolvidos no nascimento devem alertar aos casais.
Medidas preventivas para equilibrar o sono nesse período após o nascimento do bebê poderiam ajudar a manter a qualidade da relação em um nível mais alto, diz o pesquisador. “Afinal, um bom relacionamento entre os pais é comprovadamente associado aos comportamentos mais positivos no lar e isso leva a um desenvolvimento saudável da criança”, diz o pesquisador, que lembra que estudos anteriores também apontam os problemas que esse padrão de sono desequilibrado pode causar nas atividades rotineiras durante o dia (incluindo o ambiente de trabalho). Esses resultados comprovariam os benefícios de licenças-maternidade, ou paternidade, mais longas, pois isso ajuda na adaptação a uma nova vida em família com benefícios para a saúde de todos.

Jovens vêm bebedeiras como forma de se inserir socialmente, diz pesquisadora

Para muitos jovens, se embebedar é uma estratégia para ser aceito por seu grupo social.
Jovens vêm bebedeiras como forma de se inserir socialmente, diz pesquisadora
A afirmação é de Christine Griffin, pesquisadora da Universidade de Bath, no Reino Unido, cujo estudo foi apresentado no encontro anual da Sociedade de Psicologia Social na Universidade de Westminster.
“A embriaguez é normalmente associada à autoestima e à afirmação social entre grupos de jovens. Nossa pesquisa entrevistou diversos indivíduos e chegamos à conclusão de que os episódios de bebedeira são fatos considerados normais na juventude”, diz Griffin, que acompanhou um estudo amplo..
“A ‘cultura da intoxicação’ se tornou uma normativa na vida social desses jovens. E esse hábito de se embebedar junto com seus círculos sociais – que, de certa forma, fortalece os laços de amizade e é importante para fazer parte de um grupo – é uma forma de esconder os potenciais problemas do consumo de álcool”, aponta a pesquisadora.
“As políticas públicas devem focar nos hábitos de consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens e levar em consideração a importância social desses costumes antes de lidar com os problemas causados por eles”, diz Griffin.

Parentagem invasiva: superproteção leva a indivíduos frustrados, explica pesquisadora

Pais muito permissivos e ansiosos estão colocando na rua uma geração incapaz de agir por conta própria e se arriscar. Segundo a psicóloga Lucia Willians, pesquisadora do Laboratório de Análise e Prevenção da Violência da Universidade Federal de São Carlos (Laprev/UFSCar) uma das consequências da má parentagem no futuro é o comportamento violento.
Parentagem invasiva: superproteção leva a indivíduos frustrados, explica pesquisadora (umut kemal/sxc)
Você ama seu filho e o cerca de cuidados. Quer que ele, no futuro, freqüente uma boa faculdade e tenha muitas oportunidades na vida. É por isso que hoje ele freqüenta uma boa escola, faz aulas de natação, curso de inglês, futebol, piano e… só tem três anos de idade. Será que isto está certo?
Certo ou não, esta tem sido a tendência da última década. Pais e mães estão excessivamente preocupados com seus filhos e querem que eles sejam felizes e a qualquer custo. Isto inclui estar sempre por perto – até no parquinho! – não permitindo, por exemplo, um tombo, uma briga com um coleguinha, uma frustração ou uma falha. “Neste esforço bem intencionado os pais acabam sendo invasivos, ou seja, acabam se intrometendo mais do que o necessário na vida da criança e do adolescente e se tornam super-protetores. Se é verdade que aprendemos com as experiências, aprendemos a enfrentar problemas com base em nossos desapontamentos, falhas e frustrações. Tais experiências negativas são fundamentais para nos tornarmos um adulto independente e emocionalmente saudável”, explica a psicóloga Lucia Willians, do Laprev/UFSCar.
A parentagem invasiva tem chamado tanto a atenção dos profissionais que em 2008 a jornalista americana Hara Estroff, há 17 anos editora chefe da revista on-line Psychology Today, escreveu um livro sobre o assunto: “A Nation of Wimps: The high cost of invasive parenting” (na tradução livre: Uma nação de covardes: o alto preço da parentagem invasiva). Nele, Hara coleta dados para mostrar o que psicólogos clínicos tem sentido de perto nos consultório: pais medrosos e ansiosos e jovens complacentes, incapazes de assumir riscos, com ataques de pânico, ansiedade e depressão. A autora menciona exemplos nos EUA, mas relata como sua tese encontrou eco na Austrália, Suécia e inclusive no Brasil.
Crianças como troféus
Segundo Lucia Williams, a parentagem invasiva é o resultado de diversos fatores. Pode ser motivada por medo e ansiedade – quando surge a superproteção – por culpa, raiva, emoções negativas. “Imagine um pai ou uma mãe que ligue toda a hora para seu filho, para saber o que ele está fazendo. Isso se chama monitoria estressante”.
Mas não são apenas atitudes exageradas ou abusivas as características deste tipo de parentagem. Na verdade, quando pensamos estar “ajudando” é que podemos estar atrapalhando o desenvolvimento psicológico saudável de nosso filho. No artigo de Hara Estroff, que deu origem ao livro, ela cita exemplos deste comportamento. “Damos aquele “empurrãozinho” para que eles (os filhos) consigam. Na escola. No campo de futebol. (…) Criamos uma estufa que paira sobre eles. Nós limpamos o caminho para que eles passem e limpamos seu rastro. Se eles saem de casa e esquecem um trabalho ou um livro, corremos até a escola para levar. Se eles tiram uma nota baixa, conversamos com o professor para ver se não há “um jeito”. Fazemos a lição de casa para eles. Nosso sentido de vida e status se baseiam no sucesso e conquistas deles, subvertendo suas necessidades de desenvolvimento às nossas necessidades psicológicas. Muitas vezes porque nossa própria vida adulta e nossos relacionamentos estão menos que satisfatórios”. Como explica Hara, as crianças são como pequenos troféus carregados por seus pais para todos os lados.
Mas, afinal, o que está acontecendo com os pais?
Não é o que está acontecendo com os pais, mas com o mundo. Na verdade, a forma como o vêem e interpretam. “Por alguma razão, os pais estão sendo movidos pela ansiedade do mundo atual e acabam por interpretá-lo como sendo um local perigoso e, portanto, precisam proteger o filho a todo custo”, diz Lucia.
E o mundo não é um local perigoso? Segundo a psicóloga, não exatamente. “Pelo contrário, hoje o mundo é mais pacífico que no passado. Temos leis que protegem crianças, mulheres. Basta lembrar que no passado tínhamos escravidão”. O que ocorre é a divulgação em massa da violência. “Vivemos em um mundo em constante mudança, com muita tecnologia nova que nos bombardeia com imagens todo o tempo – muitas destas de violência, o que nos dá a impressão de que o mundo é muito mais perigoso do que ele é na verdade. Isto aumenta a percepção de insegurança”.
Some a isto compromissos, muitos compromissos. “Sentimos culpa pelo excesso de trabalho e pela vida corrida que levamos e queremos compensar isso de qualquer jeito”. Segundo Lucia Williams “paparicar” é uma das formas mais comuns de tentar compensar a ausência e, ao contrário do que se pode pensar, este é um fenômeno que está atingindo pais de todas as classes e esferas sociais. “Fazer um crediário e pagar à perder de vista um presente caro para o filho era uma atitude infreqüente no passado. Entretanto, possivelmente quanto maior o poder aquisitivo maior a chance de cobrir a criança com excesso de objetos materiais e cercá-la de cuidados. Os pais parecem ter se esquecido de que nossa meta seria a de criar pessoas independentes”.
Crise no campus
A principal conseqüência em termos crianças cada vez mais frágeis – menos resistentes às frustrações – que desabam frente à menor contrariedade, é criarmos uma geração de “bonecos frágeis”, de jovens perfeccionistas, sem atitude, que não se arriscam, não suportam a incerteza e o debate argumentativo. Segundo Lucia, a ansiedade está entre outras variáveis associadas a esse fenômeno de baixa resistência à frustração e pouca independência emocional que pode resultar, inclusive, em comportamentos violentos.
“Muitas vezes vemos casos de agressões por parte de adolescentes de classe média que vivem em famílias que os super-protegem, que os acostumam a ter tudo fácil, sem ensinar a lidar com frustrações. Imagino que os pais fiquem também muito frustrados, querendo ser perfeitos em tudo. Pesquisas mostram que pais que ensinam para a criança o que é certo e o que é errado tem filhos menos violentos”, diz.
Segundo Hara Estroff, é na faculdade – fase em que deixam o casulo criado pelos pais – que estes jovens entram em colapso. “O estresse psicológico é tão impactante neste período que toma uma variedade de formas. Consumo excessivo de álcool, abuso de substâncias e automutilação são outras formas de desligamento”. Anorexia e bulimia afligem cerca de 40% das jovens americanas durante esta fase. No artigo de Hara, o então reitor da Universidade de Harvard, Steven Hyman, diz que o estado mental de alguns jovens é tão precário que está começando a interferir no objetivo central da universidade.
E, se considerarmos que as crianças de hoje são o futuro da sociedade, o que esperar? Como sustentar uma economia sem correr riscos inovadores ou ainda como manter um estado democrático sem tolerância para o debate? Afinal, há como conter esta avalanche?
Deixar cair para que aprendam a ter limites
Para Lucia há muita desinformação sobre qual a maneira mais eficaz de ser pai ou mãe atualmente. “Diga-se de passagem esta é a tarefa mais complexa do mundo e da qual existe menos preparo. Cabe lembrar que a pressa é a inimiga da perfeição e ser um bom pai ou uma boa mãe envolve muito tempo”.
Pais aprendem com seus pais a cuidar de seus filhos que, por sua vez, também não tiveram preparo específico – e assim por diante. A dica da psicóloga é buscar informação e uma capacitação contínua. “É preciso ler bons livros sobre parentage e ficar atento a palestras sobre o assunto, onde se possa fazer perguntas e obter respostas para indagações corriqueiras”. Para as situações em que livros não são suficientes, Lucia sugere a busca por ajuda profissional, como um psicólogo ou terapeuta que atue na área.
“Temos de deixá-los brincar e bagunçar tudo. E nós temos que parar de agir como se tudo que a criança faz fosse constar no currículo profissional dela”, cita Hara no final de seu artigo. Para ela, seu livro deveria iniciar uma discussão nacional sobre como estamos educando nossas crianças. “E já estamos atrasados”, conclui.

Bom humor não é bom para a memória, aponta pesquisa

Tentar lembrar o que se ouviu em uma aula, sem procurar nas suas anotações pessoais ou outras forma de registro, é complicado. Entretanto, se você estiver de mau humor durante uma aula, por exemplo, é provável que consiga recorrer mais rapidamente a essas memórias.
Bom humor não faz bem para memória (foto: graur razvan ionut/freedigitalphotos)
É o que diz uma pesquisa feita na Universidade do Missouri, nos EUA, e que relacionou memória, esquecimento e humor. De acordo com Elizabeth Martin, principal autora do estudo, um nível alto de bom humor diminui a capacidade da chamada memória de trabalho (também chamada operacional ou de curto prazo).
“A memória de trabalho é a habilidade de se lembrar de detalhes de um assunto enquanto se fala sobre ele. E, de acordo com nosso estudo, é provável que alguém em uma festa – e que esteja se divertindo – se lembre menos de coisas corriqueiras como o número do telefone de um amigo que ainda não chegou. Nosso trabalho é um dos primeiros a mostrar que o bom humor, na verdade, impacta negativamente um aspecto específico da memória. Isso mostra que os processos no cérebro são conectados e que a ênfase em um deles diminui a habilidade de outro”, diz a pesquisadora.
Para a pesquisa, dois grupos de indivíduos assistiram a clipes de música, intercalados com outros vídeos. Um dos grupos assistia a trechos de comédia, enquanto o grupo controle assistia a vídeos instrucionais de trabalho (algo bastante maçante). Após essa primeira fase – que fez que o grupo que assistiu às comédias estivesse com o humor melhor – os participantes fizeram uma série de testes de memória. Aqueles com mais bom humor tiveram resultados bastante ruins, especialmente nos testes envolvendo memória auditiva.
“O bom humor não é algo ruim, é importante salientar. Pessoas de bom humor já demonstraram conseguir ter um desempenho extremamente eficiente em atividades de resolução de problemas, por exemplo. Entretanto, na hora de lidar com a memória de curto prazo, esse bom humor atrapalhava, por alguma razão”, diz Martin, que agora pretende ampliar o estudo envolvendo situações cotidianas na vida real.

Conheça o verdadeiro papel dos seios na sexualidade

Os seios de uma mulher são capazes de despertar o desejo e incitar a libido. Os homens sabem disto e por isso mesmo não resistem à vontade de olhar e tocar. Para que uma relação sexual aconteça, é indispensável justamente o desejo de olhar e tocar entre duas pessoas. No corpo da mulher, especificamente, os seios e toda a região do colo expressam a sua feminilidade, tanto consciente quanto subliminar. Fisiologicamente, eles são indícios da capacidade de procriar e da função de nutrir e amamentar.

Segundo o terapeuta e médico vibracional Eduardo Navarro, a erotização das mamas estaria assim relacionada ao imaginário masculino de ser alimentado por sua parceira. "Existe um interesse consciente ou inconsciente do adulto em voltar a mamar", diz o especialista. Navarro acrescenta que nessa fase da vida, no entanto, há também o desejo do homem de proporcionar prazer à parceira.  
"Os seios são mais do que uma ferramenta para a amamentação e o imaginário masculino. Os mamilos, quando estimulados, causam a contração dos dutos de leite das glândulas mamárias proporcionando a mulher um prazer peculiar", afirma o médico. De acordo com ele, algumas mulheres, inclusive, podem chegar ao orgasmo só de ter seus mamilos estimulados, cumprindo função semelhante ao clitóris.

O colo oferece uma região rica em sensações para serem exploradas a sós ou a dois. Toda mulher deve aproveitar os momentos íntimos no banho para tocá-los, descobrir seu formato e como se sente enquanto eles são acariciados. Depois, estrategicamente, quem desejar, deve abusar dos decotes. Um decote bem explorado pode revelar tanto a consciência de si mesma quanto as intenções da sua aparência.
Conheça o verdadeiro papel dos seios na sexualidade - Foto: Getty Images
É perfeitamente normal que as mulheres queiram ser atraentes, incluindo nesta busca, muitas vezes, um seio farto e firme. "A aparência das mamas está relacionada à juventude ou à velhice. Por isso, dado o grande interesse dos homens pelas mamas as cirurgias de implante de silicone são das mais procuradas", afirma o médico.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o número de mulheres que recorrem à cirurgia de mama tem aumentado todos os anos. O último levantamento da entidade, divulgado em 2009, mostrou que de um total de 629 mil procedimentos de médio e grande porte feitos no país em 2008, em primeiro lugar, com 151 mil, aparece o de mama, seguido de lipoaspiração, com 91 mil.

O envolvimento íntimo parte de alguns princípios, como, por exemplo, o respeito ao próprio corpo. Mostrar seios bonitos pode passar por processos de autoaceitação, o que seria recomendado em primeiro lugar, antes das intervenções cirúrgicas.

É bom lembrar que, assim como um único tipo de corpo não pode ser chamado de ideal, o mesmo se aplica ao formato e tamanho dos seios. 

Orgasmo feminino chega mais rápido com masturbação

Conversar claramente com o parceiro e apostar nas preliminares também ajudam 

Na hora da relação sexual, atingir o orgasmo ainda é uma grande dificuldade para boa parte das mulheres. Dados da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo apontam que 18,2% das brasileiras recebem o diagnóstico de anorgasmia (ausência de orgasmo) e 5,2% de inibição sexual generalizada, que aponta para problemas de excitação durante as relações sexuais.

Mas, por que chegar ao clímax é assim tão complicado? De acordo com a terapeuta sexual Tânia das Graças Mauadie Santana, coordenadora do Centro de Referência e Especialização em Sexologia (Cresex), o que mais acarreta problemas é o lado psicológico da mulher. "A grande maioria dos diagnósticos de distúrbios sexuais é de natureza psicológica, social ou cultural. Somente 13% das pacientes têm problemas de natureza orgânica, como alterações hormonais ou distúrbios originados por alguma doença", explica. 
Orgasmo
A falta do orgasmo faz muitas mulheres acreditarem que são frígidas pelo fato de não chegarem ao orgasmo. Mas nem sempre é esse o motivo, já que a frigidez se caracteriza quando a mulher não apresenta nenhum desejo sexual. "Na realidade, ela não chega ao orgasmo porque não tem vontade alguma de fazer sexo. Outra característica do problema é a falta de lubrificação vaginal", diz o ginecologista.

Chegando lá
Ter paciência e conhecer o próprio corpo pode ser um grande passo para conseguir alcançar o clímax. "As mulheres, em geral, apresentam uma demora maior quando o assunto é chegar ao orgasmo, isso é fisiológico", explica o ginecologista e obstetra Edilson Ogeda, do Hospital Samaritano. "Os homens são mais rápidos, mas a relação sexual vai muito além da penetração, que normalmente é o que leva ao orgasmo masculino", diz ele. "Todo o preparo prévio, seja o clima romântico, as preliminares ou as carícias são fundamentais para que as mulheres cheguem ao orgasmo com mais facilidade", diz ele. Mas não é só isso.  
Orgasmo
Muitas vezes, pequenas atitudes podem agilizar o processo. A consultora de RH, Renata, diz que só resolveu o problema depois de reconhecer o que a fazia sentir prazer. "Namorava há mais de dois anos e nunca tinha chegado ao orgasmo. Então, resolvi procurar ajuda de um especialista, que sugeriu que eu me tocasse para conhecer melhor meu corpo, além de conversar abertamente com meu namorado. Segui seus conselhos e consegui me soltar mais na cama, e, consequentemente, o orgasmo apareceu", diz.

Outras alternativas
Para facilitar a chegada ao orgasmo, é preciso conhecer o corpo feminino, e isso vale tanto para os homens quanto para as próprias mulheres. A masturbação é uma aliada, quando o assunto é chegar ao clímax, e a mulher pode usar o artifício em diversas ocasiões. "A mulher pode se masturbar sozinha, seja para reconhecer o corpo ou para sentir prazer, mas também pode usar o método durante as relações sexuais para provocar a excitação", diz o especialista.
Dicas para atingir o orgasmo com mais facilidade
- Converse com o seu parceiro

- Não se prenda só ao orgasmo, aproveite as preliminares

- Toque seu próprio corpo

- Fale o que você deseja na hora do sexo

- Esqueça os problemas e aproveite o momento

Como reconhecer que você teve um orgasmo
- Podem acontecer contrações involuntárias da plataforma orgástica (parte externa da vagina)

- O clitóris fica ereto e sensível ao toque

- Os lábios vaginais ficam inchados e podem ficar mais escuros

- A respiração, a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos aumentam

- Perde-se o controle muscular voluntário, podendo ocorrer diversas contrações de músculos, do rosto, braços e pernas

- Segundos depois do orgasmo, pode aparecer uma sensação de relaxamento e tranquilidade 

Diálogo sobre sexo com filhas é mais difícil para os pais

A comunicação sobre assuntos sexuais com os filhos nem sempre é muito fácil para os pais. Um estudo americano avalia se o sexo do genitor pode facilitar ou não este importantíssimo diálogo 

Nos Estados Unidos, quase metade das estudantes do ensino médio são adolescentes sexualmente ativas, sendo que muitas são vítimas de gravidez indesejada e/ou de doenças sexualmente transmissíveis. Os pais podem ter uma importante influência no comportamento sexual dos filhos, mas muitos não conversam com seus filhos sobre assuntos sexuais. Um dos fatores que pode atrapalhar esta comunicação é o sexo dos genitores e dos filhos.  Como isso ocore não é bem claro. Mas uma pesquisa tentou esclarecer a questão, mostrando como os fatores associados à comunicação entre pais e filhos sobre temas sexuais se diferenciam por gênero. Foram obtidos dados por meio da internet de 829 pais e mais de 1110 mães de crianças com idade entre 10 a 14 anos, classificados em 4 grupos de gênero (pais de filhos, pais de filhas, mães de filhos, mães de filhas).
 esultados: Os pais na comparação com as mães se comunicaram menos sobre assuntos sexuais com seus fillhos e filhas. Os pais também apresentaram escores níveis mais baixos de algumas muitas características que facilitam a comunicação sobre sexo (por exemplo, baixa expectativa de que a conversa com os filhos sobre sexo teria resultados positivos). Um dado interessantíssimo é que na comparação com os pais de meninos, os pais de meninas, tanto o homem quanto a mulher, estavam mais preocupados sobre a possibilidade desta comunicação sobre sexo ter conseqüências danosas. Mais ainda, eles são mais rigorosos com o início precoce das relações sexuais da filha na comparação com os filho. O estudo mostra que o sexo do genitor é sim um complicador na comunicação entre pais e filhos sobre assuntos sexuais e que, possivelmente, pais precisem de ajuda. Até mesmo por meio de intervenções destinadas a apoiá-los nesta superação de barreiras da já complicada para não dizer, às vezes, impossível, missão que é a comunicação com os filhos.

Saiba como lidar com o sofrimento após o fim de um relacionamento


 Kit para a sobrevivência após o fim do relacionamento amoroso

uita gente acha que o sofrimento causado pelo rompimento de um relacionamento amoroso tem a sua principal origem  na perda do amor do parceiro. Embora este realmente seja um motivo importante deste tipo de sofrimento, muitas vezes ele não é o mais importante. Os principais danos produzidos pelo término de um relacionamento que já está plenamente estabelecido são os seguintes: dores de amor, rebaixamento da autoestima, vazio provocado pela perda da companhia do parceiro, perda da identidade de casado, prejuízos nas ligações sociais, invalidação de planos de vida e perdas econômicas.

Quando o amor provoca sofrimentos

O amor pode ser fonte de intensos prazeres e, infelizmente, de imensos sofrimentos. Vamos examinar agora algumas das principais circunstâncias onde o amor provoca sofrimentos, os motivos desses sofrimentos e algumas formas de aliviá-los.
 - Amor não correspondidoMuita gente se apaixona unilateral e silenciosamente e, quando vai verificar se é correspondida, constada que o amado não sente o mesmo e, além disso, elimina todas as esperanças que isso possa acontecer no futuro (“Você não é o meu tipo”; “Estou apaixonado por outra e espero continuar assim”, etc.). O amado, muitas vezes, nem desconfiava do amor que inspirava em quem está fazendo esta revelação. Quase ninguém se satisfaz apenas por estar apaixonado, independentemente da retribuição do parceiro. Pelo contrário, a satisfação depende fortemente dessa reciprocidade.
- Amor que se extinguiu unilateralmente após ter sido correspondido. Segundo alguns teóricos dessa área, quando o amor foi correspondido anteriormente, mas uma das partes deixou de amar, essa perda da correspondência cria uma espécie de síndrome da abstinência – o apaixonado não correspondido apresenta reações semelhantes àquelas exibidas por um drogado que parou repentinamente de tomar a droga: após certo tempo, ele começa a experimentar sofrimento intenso, alterações fisiológicas, alterações do sono, alterações motivacionais, pensamentos intrusivos e obsessivos sobre o amado. Todas estas manifestações podem durar até que a dependência se enfraqueça, o que pode levar um bom tempo.
- Amor que perdura, embora o relacionamento seja ou tenha se tornado impossível. Muitas vezes os parceiros se amam, mas não podem se unir (por exemplo, ambos são casados e não se sentem em condições de terminar seus casamentos). Outras vezes, aconteceu algo muito grave entre eles e isso inviabilizou a continuidade de seus relacionamentos. Por exemplo, um dos parceiros cometeu algo que o outro considerou grave e imperdoável e isso  levou-o  ao termino do relacionamento .

Medidas para diminuir o apaixonamento

Esses casos onde há amor, mas ele não é correspondido ou o relacionamento entres os amantes é impossível, são muito doloridos e paralisantes (por exemplo, os envolvidos perdem o sono,  alteram o apetite, perdem a motivação para outras atividades e pensam obsessivamente no amado).

- Desidealizar o parceiro. 
Um dos ingredientes essenciais do amor é a admiração pelo amado. Por isso, uma forma de desapaixonar é diminuir essa admiração. A admiração pode ser diminuída através do combate à idealização do parceiro. Existem várias evidências de que boa parte da admiração é fruto da idealização. Por exemplo, (1) existem estimativas que os esposos que convivem há muito tempo só conhecem cerca de 50% das características mútuas; (2) todos nós tendemos a cuidar da imagem que projetamos para os outros: tentamos ocultar nossos defeitos e ressaltar nossas qualidades. Isso contribui para que o outro tenha uma imagem distorcida a nosso respeito; (3) quem ama tende a exagerar as qualidades do amado e a minimizar ou a não focalizar seus defeitos. Uma evidência desse fenômeno foi apresentada por uma pesquisa que verificou que quem ama avalia o amado muito melhor do que os amigos o viam. Diga-se de passagem, que os amigos já idealizam bastante as qualidades dos outros amigos.
Uma forma de diminuir o apaixonamento é “corrigir” estas distorções demasiadamente otimistas sobre o amado rejeitador. Uma forma de fazer isso é questionar a percepção das suas qualidades e dedicar tempo para pensar e conversar sobre os seus defeitos. Pouco a pouco estes pensamentos ruins sobre o parceiro vão minando os sentimentos amorosos em relação a ele.
- Associar as lembranças do amado com coisas ruins
Essa medida tem efeito semelhante à anterior. Ela consiste na associação pura e simples de lembranças positivas do amado com eventos desagradáveis. Por exemplo, imediatamente após lembrar do seu sorriso maravilhoso, obrigar-se a lembrar nitidamente de uma ocasião onde ele se comportou de forma muito desagradável com você. Repassar na sua imaginação estes acontecimentos negativos, tal como você estivesse assistindo a um filme desagradável. Estas associações das boas lembranças do parceiro com as ruins vão diminuindo a conotação positiva que ele tem para você. Quanto mais intensas e vívidas as imagens negativas usadas nessas associações, mais eficazes elas são.
- Pôr a esperança à prova
Caso ainda haja esperança de reciprocidade amorosa por parte do parceiro, o que resta fazer é ir atrás dele e conferir se tal esperança é alicerçada em fatos. Caso o seja, o relacionamento é reassumido e o tratamento pode ser interrompido devido ao final feliz. Caso fique claro que a esperança era ilusória, haverá uma dor intensa, mas de curta duração, e, então, o amor se extinguirá.
- Amor com amor se cura
Nada melhor do que se envolver com outra pessoa para esquecer um antigo amor e melhorar a autoestima. Por outro lado, este remédio pode ter efeitos colaterais piores do que a doença: quem ainda não está curado de um amor frustrado tem mais chance de se envolver com outro parceiro que também seja inadequado.

Baixa na autoestima provocada pelo fora

Geralmente o “fora” produz um rebaixamento na autoestima. Os efeitos do fora em si, que independem das outras consequências abordadas nos outros tópicos desse artigo, ficam claros quando uma pessoa já ia terminar o relacionamento, mas a outra toma essa iniciativa primeiro. Quando aquela pessoa que já ia terminar o relacionamento leva o fora, a sua autoestima pode diminuir devido à rejeição explícita por parte da outra pessoa. Essa rejeição, além de rebaixar a autoestima, também indica que o parceiro que a tomou está autoconfiante e equilibrado.
A maneira correta de interpretar os significados e os motivos do fora contribuem para que os danos à autoestima não sejam exagerados e possam ser recuperados mais rapidamente. Uma parte desta “maneira correta” é ver como natural e esperado que várias tentativas de inícios de relacionamentos sejam realizadas e que vários relacionamentos já iniciados não durem muito, antes que um relacionamento satisfatório e duradouro seja estabelecido. Aqueles que atribuem significados profundos ao fora e acreditam que ele foi motivado exclusivamente pelos seus deméritos geralmente sofrem mais do que aqueles que são mais realistas neste tipo de interpretação. Trata-se de uma distorção bastante pessimista atribuir todos os foras aos defeitos pessoais e esquecer os problemas de quem deu o fora (por exemplo, o parceiro pode ter dado o fora porque não consegue assumir compromissos, porque pode estar estressado ou porque está deprimido) e as circunstâncias que podem ter contribuído para este acontecimento (por exemplo, o parceiro pode estar dando mais uma oportunidade para uma pessoa de quem ele gosta menos do que de você simplesmente porque tem filho com ela e está pensando mais no interesse dele).

Desintegração de setores da vida de quem se separa

O fora pode acontecer a qualquer momento, desde os primeiros momentos do início do relacionamento (por exemplo, durante as primeiras tentativas de flerte que podem não ser correspondidas ou as primeiras conversas que fracassaram), até o término de um casamento que já existe há bastante tempo.
À medida que o tempo de relacionamento vai aumentando, existe uma tendência de os parceiros amorosos irem integrando vários setores de suas vidas: lazer, compromissos, atividades econômicas, apoio psicológico, atividades sexuais e planos para o futuro. Quanto maior o grau de integração nestes setores, maiores os problemas que terão que ser enfrentados em decorrência da separação. Muitos dos desconfortos produzidos pelos danos nestes setores são confundidos com o amor não correspondido. Por exemplo, é muito difícil saber quanto do desconforto é produzido pela rejeição amorosa, quanto é produzida pela falta de programa no fim de semana e pela decomposição da identidade de casado.
A reparação deste tipo de dano da separação consiste em refazer, o mais rápida e eficientemente possível, aquilo que foi prejudicado pela separação. Este tipo de recomposição da vida de quem acabou de sair de um relacionamento pode ser bastante agilizado com o auxílio de um psicólogo
·        Desintegração da vida social de quem se separa
Quando o fora acontece logo no início do relacionamento, é mais provável que os parceiros ainda não tenham integrado os seus círculos de relações. Além disso, quando eles não têm outros tipos de relacionamento entre si (por exemplo, não têm relações comerciais entre si), os danos ocasionados pelo fora ficam mais restritos à auto-estima, à hetero-imagem e à visão das dificuldades para iniciar um relacionamento amoroso.
Danos para a heteroimagem. É possível que o fora provoque algum dano para a imagem social daquele que o recebeu: aqueles que tomem conhecimento deste acontecimento podem passar a valorizar mais quem foi rejeitado. É por isso que muita gente fica desconfortável quando leva um fora em público ou disfarça quando alguém pergunta sobre quem terminou o relacionamento.
·        Desintegração de parte da identidade de quem se separa
Quanto mais o parceiro que recebeu o fora incluiu o parceiro rejeitador na sua identidade pessoal e pública, maior vai ser o dano provocado pelo fora. (“Deixamos de ser eu e tu e nos tornamos nós”). Aquele cujo relacionamento foi desfeito terá que refazer, o mais rapidamente possível, o seu autoconceito de “eu sozinho”. O auxílio de um psicólogo pode ajudar muito a acelerar este processo.

Bebidas lights não são causa direta de diabetes, revela estudo

Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que as bebidas gasosas adoçadas artificialmente e as lights, que utilizam substitutos do açúcar para reduzir as calorias, não causam diabetes.
O objetivo do estudo, publicado na revista "The American Journal of Clinical Nutrition", era investigar a relação da ingestão de bebidas com açúcar e adoçadas artificialmente com a incidência do diabetes tipo 2.
Durante muito tempo, refrigerantes lights foram apontados como responsáveis por aumentar o risco de a pessoa desenvolver diabetes, uma doença que afeta 25,8 milhões de pessoas nos Estados Unidos.
Frank Hu, coautor do estudo, afirmou que há alternativas às bebidas gasosas e, embora as dietéticas não sejam a melhor opção, seu consumo moderado não tem os efeitos nocivos que se pensavam.
O consumo de bebidas doces se associa a um risco significativamente elevado de desenvolver diabetes do tipo 2, enquanto a associação entre as bebidas adoçadas artificialmente e esse tipo de diabetes tipo se explica em grande parte pelo estado de saúde da pessoa.
O estudo também revelou que o consumo diário de café, tanto normal quando descafeinado, diminui o risco de a pessoa desenvolver diabetes. Os pesquisadores não têm certeza sobre o motivo para isso, mas acreditam que poderia ser por causa de antioxidantes, vitaminas e minerais presentes no café.
Os pesquisadores analisaram a evolução de 40 mil pessoas que consumiam este tipo de bebida por um período de 20 anos.
Os resultados indicaram que aqueles que tomaram bebidas gasosas e doces aumentaram a possibilidade de desenvolver diabetes em 16%, em comparação com as pessoas que não ingeriram essas bebidas.
No entanto, o resultado não foi o mesmo no caso das pessoas que ingeriram bebidas light.
Apesar de alguns consumidores de bebidas light adoçadas artificialmente terem desenvolvido diabetes, após analisar fatores como a pressão sanguínea, os níveis de colesterol e o peso, os pesquisadores perceberam que o desenvolvimento da doença estava vinculado a problemas como excesso de peso, dieta e índice de massa corporal e não às bebidas.

Estrogênio diminui riscos de câncer e doenças cardíacas, diz estudo

Em uma descoberta que desafia a ciência convencional a respeito dos riscos de certos hormônios usados na menopausa, um importante estudo de caráter governamental apontou que, após anos usando terapias de reposição apenas com estrogênio, algumas mulheres apresentaram risco consideravelmente menor de câncer de mama e ataque cardíaco.
A pesquisa, parte do difundido estudo Women's Health Initiative, acabou por surpreender as mulheres e seus médicos, que, durante anos, ouviram notícias amedrontadoras sobre os riscos da terapia de reposição hormonal. No entanto, muitos desses receios têm a ver com o uso de uma combinação de dois hormônios, o estrogênio e a progesterona, prescritos para aliviar a sensação de calor e outros sintomas decorrentes da menopausa, sempre mostrando aumentar o risco de câncer de mama nas mulheres.
As novas descobertas, recentemente divulgadas no The Journal of the American Medical Association (JAMA), provêm do estudo Women's Health Initiative feito com 10.739 mulheres que já passaram por histerectomia, a remoção cirúrgica do útero ou parte dele. Aproximadamente um terço das mulheres no mundo com mais de 50 anos já fizeram essa cirurgia.
O estudo Women’s Health Initiative foi iniciado em 1991 pelo National Institutes of Health como uma investigação minuciosa do uso de hormônios e outros problemas relacionados à saúde das mulheres em período pós-menopausa.
Enquanto a maior parte das mulheres desse estudo usou uma combinação de terapia hormonal, as mulheres sem o útero tomaram apenas estrogênio ou um placebo por aproximadamente seis anos, tendo sido acompanhadas durante quase 11 anos. O grupo que tomou apenas estrogênio não usou progesterona, que é geralmente prescrita para proteger o útero contra os efeitos prejudiciais do estrogênio. Embora todas as mulheres do estudo com estrogênio tenham interrompido o tratamento em 2004, os pesquisadores continuaram monitorando sua saúde, um procedimento comum em análises de clínicas maiores.
A descoberta mais surpreendente refere-se ao câncer de mama. Mulheres com histerectomia que usaram apenas estrogênio apresentaram redução de 23% de riscos de câncer de mama em comparação com as que tomaram placebo. Esse é um contraste rigoroso ao mais alto risco de câncer de mama apontado na parte combinada de estrogênio-progesterona da análise.
"O risco reduzido de câncer de mama neste grupo era algo totalmente inesperado quando iniciamos as análises de terapia hormonal do WHI", surpreende-se Andrea Z. LaCroix, autora líder do estudo e professora de epidemiologia do Fred Hutchinson Cancer Research Center em Seattle. "Este estudo faz uma diferenciação entre o estrogênio sozinho e o estrogênio combinado com a progesterona de forma intensa. Espero que a notícia se espalhe entre as mulheres, pois nós não iremos nos opor".
De fato, os pesquisadores enfatizam que os resultados não mudam as recomendações em torno da terapia de reposição hormonal combinada para os dois terços de mulheres na menopausa que ainda têm útero. Os dados do estudo Women's Health Initiative apontam, de forma consistente, que a combinação entre estrogênio e progesterona aumenta o risco de câncer de mama e que o tratamento deve ser indicado apenas para aliviar os sintomas mais severos da menopausa, usando-se dose mínima pelo menor período possível.
Contudo, os dados são reconfortantes para milhares de mulheres na meia-idade que não têm mais útero e que tomam estrogênio para aliviar a sensação de calor e outros sintomas decorrentes da menopausa.
Um editorial que acompanha o diário se manteve cético em relação aos resultados, com o argumento de que o projeto do estudo Women's Health Initiative, direcionado a mulheres mais velhas e que interromperam todas as formas de tratamento hormonal após anos de uso, não se associa à maneira como os médicos costumam prescrever tratamentos às mulheres com mais de 50 anos no início da menopausa.
O Dr. Graham Colditz, autor do editorial e professor de cirurgia da Washington University School of Medicine em St. Louis, afirmou pensar que os dados coletados de estudos observatórios que apontam maior risco de câncer de mama em associação ao uso de estrogênio fossem mais confiáveis do que os dados coletados na análise clínica do estudo Women's Health Initiative.
"Essa descoberta não reflete a forma como os hormônios são usados nos Estados Unidos hoje em dia", opõe-se Colditz.
A análise, contudo, mantém-se há anos como um padrão de ouro em pesquisas médicas, e suas descobertas relacionando hormônios combinados ao câncer de mama e doenças cardíacas levaram a mudanças significativas na forma como médicos do mundo todo tratavam a menopausa.
Uma das principais advertências ao interpretar os novos dados sobre o estrogênio é que o estudo usou estrogênios equinos conjugados, ou seja, compostos derivados da urina de éguas prenhas e comercializados pela Wyeth Pharmaceuticals sob a marca Premarin. A marca acabou caindo em desuso, visto que tantas mulheres estariam usando tratamentos que contêm estradiol, substância quimicamente semelhante ao estrogênio natural feminino. Ainda não se sabe se os benefícios do estrogênio apontados no estudo Women's Health Initiative seriam replicados caso fosse usado um tipo diferente de estrogênio.
Ninguém sabe por que o tratamento só com estrogênio pareceu diminuir o risco de câncer de mama no estudo, mas uma das explicações seria que, em mulheres na menopausa e com nível mais baixo de estrogênio natural, os efeitos medicamentosos do estrogênio induziriam a morte das células em tumores existentes. Ninguém está sugerindo que as mulheres comecem a usar estrogênio como prevenção contra o câncer de mama, mas a descoberta abre novos caminhos de pesquisa justamente para esse fato.
"Precisamos analisar a fundo essas descobertas e ver se conseguimos aprender mais sobre novas formas de prevenir o câncer de mama nas mulheres", alerta a Dra. JoAnn Manson, médica pesquisadora do Women's Health Initiative e autora do estudo sobre medicina preventiva no Brigham and Women's Hospital em Boston.
Na análise final feita apenas com estrogênio, o uso do hormônio não estava associado a quaisquer riscos ou benefícios significativos pertencentes a coágulos sanguíneos, derrame, fratura ilíaca, câncer de cólon ou índices gerais de morte.
No entanto, houve diferenças surpreendentes quanto aos riscos e aos benefícios do uso de estrogênio em riscos de doenças cardíacas quando o estudo comparou mulheres mais jovens e mais velhas. Mulheres que estavam com mais de 50 anos quando começaram a usar estrogênio também apresentaram riscos bem menores de doenças cardíacas, incluindo quase 50 por cento a menos de ataques cardíacos, em comparação com as mulheres do grupo do placebo.
Os dados indicam que para cada 10 mil mulheres com mais de 50 anos, as que usam estrogênio têm 12 ataques cardíacos, 13 mortes e 18 ocorrências adversas a menos, como coágulos sanguíneos ou derrames em certo ano de vida, comparando-se com aquelas que tomam placebo.
Mas os riscos do uso de estrogênio foram detectados nas mulheres mais velhas. Para cada 10 mil mulheres acima de 70 anos, usar estrogênio pode causar 16 ataques cardíacos , 19 mortes e 48 mais ocorrências adversas graves a mais. "A mensagem que fica aqui é de que os dados parecem muitos mais favoráveis às mulheres mais novas e mais arriscados às mais velhas", define LaCroix.
O Dr. Rowan Chlebowski, outro autor do estudo e médico oncologista do Los Angeles Biomedical Research Institute, aponta que as descobertas salientam o fato de que os riscos e os benefícios dos hormônios da menopausa mudam conforme o estado de saúde da mulher, sua idade e o tipo de hormônio usado.
Chlebowski já conduziu uma pesquisa que apontava os riscos de câncer associados a uma terapia de reposição hormonal combinada, mas ele afirma que os novos dados sobre o estrogênio sozinho mostram que, em certas mulheres, seu uso para aliviar os sintomas da menopausa é uma 'boa escolha'.
"Ao analisar a polêmica, as pessoas dizem que os hormônios são bons ou não_é tudo ou nada. Mas chama a atenção o fato de que há diferenças", conclui Chlebowski. "Espero que essa divisão fique mais clara agora".
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