domingo, 5 de junho de 2011

Limitação humana interrompe comunicação entre homem e mulher

"Falar da incomunicabilidade dos gêneros é falar da impossibilidade de homens e mulheres saberem o que se passa no interior de cada um, da inviabilidade estrutural da comunicação, qual seja, da improbabilidade humana de se conhecer efetivamente o outro.", explica o sociólogo e jornalista Ciro Marcondes Filho, responsável pela obra. 
O autor usa de diferentes teorias filosóficas, psicológicas, sociólogas e comunicacionais (naturalmente) para desvendar e chegar a um consenso próximo dos limites e possibilidades entre os personagens.
"Jamais saberemos o que vai pela cabeça do outro, nunca teremos condições de conhecer como esse outro sente as coisas, como as palavras rebatem em sua consciência, como esse outro recompõe internamente frases, situações, expressões, vivências estéticas, literárias, tecnológicas", indaga o estudioso. 
"Mas o que é o homem, o que é a mulher? É possível uma definição precisa ou estamos tratando de categorias oscilantes, ambíguas, transitórias, flutuantes, que jogam o jogo de espelhos e de esconde-esconde? Efetivamente, não há homem, não há mulher; a feminilidade e a masculinidade (chamada também de falicidade), estão presentes em proporções variadas em homens e igualmente em mulheres." 

Cientistas podem prever epidemias de cólera pelo calor e chuva

Surtos de cólera como os que recentemente atingiram Haiti e República dos Camarões podem ser previstos com meses de antecedência pela análise da temperatura e da chuva. A conclusão, publicada nesta semana na revista americana "American Journal of Tropical Medicine and Hygiene", é fruto de um estudo do Instituto Internacional de Vacina, em Seoul, na Coréia do Sul.
Os cientistas estudaram a região de Zanzibar, na Tanzânia, tradicionalmente afetada pela doença. Eles afirmam que aumentos de um grau Celsius na média mensal da temperatura mínima ou de 200 milímetros na média mensal de chuvas podem indicar altas de até 100% nos casos de cólera nos quatro meses seguintes.
Segundo os especialistas, os resultados podem instruir ações de autoridades públicas de saúde, já que as vacinas são menos eficientes quando a epidemia já está em curso e também amenizar um cenário pessimista.
Segundo Rita Reyburn, pesquisadora associada do instituto, diversas áreas endêmicas no mundo devem registrar aumentos na temperatura e nas chuvas nos próximos anos.
Também cientista da entidade, Mohammad Ali diz: "Prever os surtos é crucial para evitar que os governos só comecem a agir quando aparecem os primeiros doentes. [Neste momento], grandes porções da população já carregam a bactéria e é tarde demais para agir."
A cólera atinge principalmente áreas tropicais e pobres, onde a falta de saneamento básico facilita a contaminação pela água e pela comida.
Na República dos Camarões, um surto tomou a capital Iaundé meses depois de ocorrerem chuvas sem precedentes em janeiro.
No Haiti, onde uma epidemia da doença já matou mais de 5.000 pessoas e contaminou outras 300 mil, um recente aumento de chuvas e temperatura está sendo interpretado como alerta.

Cientistas estudam arte de imitar sons com a boca

Um estudo da universidade University College London (UCL) comparou a atividade cerebral do campeão britânico de "beatbox" (a arte de imitar sons de instrumentos com a boca) com a de um iniciante.
Os pesquisadores observaram com o equipamento de ressonância magnética não apenas a atividade cerebral, mas também os movimentos da boca e da laringe de Harry Yeff, conhecido como Reeps One.
Os cientistas da UCL constataram que o cérebro do mestre do "beatbox" apresentava atividade em bem menos áreas do que o do iniciante.
A explicação para isso, segundo a estudiosa Carolyn McGettigan, é que duas áreas do cérebro de Yeff, o cerebelo e o córtex motor, parecem trabalhar com muito mais intensidade e foco.
"Começou como brincadeira, mas agora tenho a prova científica, dada por médicos, de que realmente sou um mestre", disse Reeps One à BBC.
O artista afirma ter ficado fascinado pela experiência, mas que a primeira coisa que pensou foi que não tinha ideia da enormidade do tamanho da própria língua.

Psicológico revela que amigos de infância raramente se casam

A psicologia está presente em nosso dia a dia, e boa parte das vezes, nem sabemos que estamos sendo influenciados por outros e tomando decisões que não necessariamente correspondem à pura verdade de sua ética pessoal.
O livro "150 Pequenas Experiências de Psicologia", de Serge Ciccotti, reúne uma série de curiosidades a respeito do comportamento humano, tudo baseado em estudos clínicos feitos e refeitos na tentativa de encontrar padrões em determinados contextos.
É intrigante --e, às vezes, assustador--, acompanhar o resultado de algumas pesquisas e descobrir algumas verdades que tomam conta das pessoas quase que sem autorização. 
As situações psicológicas estudas e apresentadas são divididas em sete categorias, diferenciando contextos para que tudo fique às claras ao leitor. Em uma das análises mais curiosas e de interesse popular, estão as "influências sociais, poderes e manipulação".
Nesta parte o leitor descobre como fazer para obter boas gorjetas, por que é melhor evitar fazer compras vestindo um moletom, o impacto de 50 mil pessoas sobre as decisões de árbitros de futebol e por que raramente nos casamos com nossos amigos de infância.
Leia trecho e descubra por que seu primeiro amor, dificilmente, será o último também.
*
Por que raramente nos casamos com nossos amigos de infância? O efeito Westermarck
A designação efeito Westermarck se deve a um sociólogo finlandês que formulou, há mais de um século, a seguinte hipótese: quando duas crianças vivem juntas durante os primeiros anos de suas vidas, elas se dessensibilizam no plano da atração sexual futura.
Por outro lado, se filhos do mesmos pais forem separados nesse período durante um ano ou mais, o risco de um contato sexual posterior aumenta. Mas, se não houve separação, a familiaridade em tenra idade entre dois indivíduos inibe a atividade sexual ou, se se preferir, gera a repulsa sexual (1891/1291).
(...)
Conclusão
Mesmo que ele se refira principalmente ao incesto, o efeito Westermarck também sugere que se você foi muito próximo(a) de uma criança quando você mesmo(a) era criança, há pouca probabilidade de que, adulto(a), você sinta desejo por ele(a), exceto se você a(o) tiver perdido de vista durante um período relativamente longo...

Aumento da temperatura média do planeta pode afetar não só clima, mas a biodiversidade de uma região

Pesquisas confirmam o aumento da temperatura média do Planeta. O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas por causa do aumento da emissão dos gases de efeito estufa. O aumento da temperatura que já foi registrado em quase 1 grau Celsius (ºC), pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, provocando desastres ambientais.
O mundo acompanha, pelos meios de comunicação, as catástrofes provocadas por desastres naturais e as alterações que estão ocorrendo, rapidamente, no clima global. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como têm ocorrido nos últimos anos.
A comparação com o corpo humano pode dar uma idéia das consequências do aumento de temperatura para o clima global. Basta imaginar um aumento de 2 ºC na temperatura corporal de uma pessoa. Essa elevação provoca várias alterações no funcionamento do organismo. Os batimentos cardíacos ficam mais lentos e a transpiração aumenta. Se houver elevação de 5 ºC, a situação se torna grave, podendo até provocar convulsões. Ao se comparar o estado febril de uma pessoa com o aquecimento do planeta, acontece algo semelhante.
Segundo cientistas, se a temperatura do planeta aumenta em 2 ºC, as chuvas e secas já se alteram. Com uma elevação de 5 ºC, o clima da Terra entraria em colapso, afetando fortemente a agricultura e a pecuária. Em boa parte das zonas tropicais, o aumento da temperatura em níveis mais altos inundaria cidades litorâneas e provocaria a formação de furacões de maneira mais frequente, em quase todos os oceanos, inclusive no Atlântico Sul.
De acordo com a professora de geologia da Universidade Federal da Bahia Zelinda Leão, mais de 50% dos corais estão ameaçados com a elevação das águas do oceano. Zelinda diz que o que se tem observado no mundo é que as anomalias térmicas de 2 ºC, por mais de uma semana, têm provocado branqueamento dos corais. Esses branqueamentos sucessivos, principalmente, nos últimos 20, 30 anos têm causado mortalidade em massa de corais no mundo.
O glaciologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Jefferson Cardía Simões diz que os fóruns climáticos confirmam que a temperatura média da atmosfera terrestre continua aumentando, causando descongelamento das geleiras. “O que se sabe, hoje, é que as geleiras pequenas, exatamente aquelas que respondem mais rapidamente às mudanças climáticas, tendem a se retrair ou mesmo, a desaparecer nas próximas décadas”, afirma.
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, atribui o aquecimento observado em 50 anos ao aumento da emissão dos gases de efeito estufa, que afetam a atmosfera. “Nos últimos 100 anos, a temperatura na superfície do planeta já subiu, em média, cerca de 0,8 ºC. É muito difícil frear essa elevação e demoraria muito tempo. É preciso diminuir o risco futuro”, alerta.
Para diminuir esse risco, Nobre diz que é preciso um esforço global. Em relação aos oceanos, o pesquisador afirma que a temperatura das águas já aumentou meio grau. Ele ressaltou que a elevação do nível dessas águas, em 2100, pode ficar entre 40 centímetros e 1 metro, gerando tempestades, agitação no oceano, provocando ressacas violentas e erosões costeiras.
O Ministério de Ciência e Tecnologia pretende lançar, ainda este ano, o Sistema Nacional de Alerta de Desastres Naturais. O projeto vai atuar inicialmente em municípios brasileiros que já tenham o mapeamento de risco de deslizamentos e inundações. Nobre revela que a meta é implementar o sistema em todo o país em quatro anos.

Trinta anos após descoberta da Aids, expectativa de vida de pacientes se aproxima dos não infectados

Trinta anos após a descoberta da aids, a expectativa de vida de pacientes soropositivos que se submetem a tratamento antirretroviral se aproxima de uma pessoa não infectada pelo HIV, de acordo com a diretora do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Valdiléa Gonçalves Veloso.
“No início da epidemia, a gente media a expectativa de vida dessas pessoas em semanas e meses. Hoje, ela é indefinida. Estudos mais recentes mostram uma proximidade com a expectativa de vida da população em geral”, explicou.
Em entrevista à Agência Brasil, a infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) listou alguns avanços registrados nas últimas três décadas no enfrentamento à doença, como o isolamento do HIV em laboratório, a disponibilização do teste-diagnóstico e de exames de carga viral e de contagem de linfócitos, que monitoram a infecção e a multiplicação do vírus no organismo.
Um dos marcos no cenário mundial, segundo ela, foi a implantação da terapia antirretroviral potente, também conhecida como coquetel anti-aids. A partir deste momento, a doença passa a ser vista como um problema crônico grave e não mais como uma sentença de morte. Além de uma expectativa de vida maior, a qualidade de vida dos soropositivos também aumentou.
“Hoje temos drogas que dão um conforto maior ao paciente. Os comprimidos diminuíram, a frequência e a exigência de restrição alimentar também e os remédios têm uma toxidade menor do que no início. São menos efeitos colaterais, o que faz com que o paciente tolere melhor os medicamentos”, ressaltou.
Outra vantagem é que pessoas com aids já podem ser submetidas a várias rodadas de tratamento. Há alguns anos, quando os primeiros medicamentos fracassavam, a expectativa de que uma segunda tentativa funcionasse era pequena. Atualmente, há uma lista de remédios que podem ser prescritos em casos de resistência ao HIV.
Valdiléa lembrou que mesmo diante do enfrentamento, a epidemia de aids já acometeu mais de 60 milhões de pessoas em todo o mundo, além de ter provocado a morte de cerca de 25 milhões. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que entre 30 e 35 milhões de pessoas estão infectadas.
“A infecção continua sendo transmitida, mas tivemos resultados de pesquisas muito animadores em relação à prevenção e que demonstram que o uso dos antirretrovirais pode contribuir para a prevenção”, destacou, ao se referir a um estudo com casais sorodiscordantes que indica que o risco de transmissão cai em 96% quando o parceiro soropositivo se submete a um tratamento eficaz.
Para a infectologista, o resultado do estudo atesta que, se a população atualmente infectada pelo HIV tiver acesso ao tratamento, isso poderá representar um impacto considerável no controle da epidemia no futuro.
“A ciência vai continuar avançando. Vamos gerar cada vez mais conhecimentos que vão permitir que as pessoas infectadas vivam mais e melhor. Mas tudo o que a ciência gera, no final, depende de uma outra parte, de fatores que não estão associados, de decisões políticas de grandes líderes mundiais que nem sempre optam por tornar o acesso mais igualitário”, concluiu.

Indiferença e silêncio impulsionam sexo com criança

O que motiva a prostituição infantil que se vê nas estradas? Os 261 motoristas de caminhão ouvidos na pesquisa atribuem à indiferença, ao distanciamento da família e ao não-envolvimento dos adultos os principais fatores que contribuem para a disseminação do crime de exploração sexual de crianças e adolescentes, a pedofilia. Falta de cuidados, de educação e de amor no lar (21,1%); pobreza, fome e miséria (20,7%) e drogas (13,8%) são apontados pelos caminhoneiros como os principais motivos da exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasi.
Os caminhoneiros foram escolhidos para a pesquisa por serem a categoria que convive, lida, compartilha diuturnamente com indivíduos do grupo de risco infantojuvenil nas estradas, postos de combustíveis, borracharias e paradas de alimentação dos 72 mil quilômetros da malha rodoviária federal brasileira. Além dos itens citados acima, apontados por 55% dos entrevistados como base do tripé de formação da criança com perfil de risco, outras dez causas foram lembradas pelos pesquisados, somando, no total, uma espécie de 13 mandamentos da exploração sexual infantojuvenil no país.
OS 13 MANDAMENTOS DA EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL
segundo 261 caminhoneiros ouvidos pela pesquisa Foco/CNT/SestSenat
                                                
1. Falta de orientação, educação, cuidados dos pais e amor no lar (21,1%)
2. Pobreza, fome e miséria (20,7%)
3. Drogas (13,8%)
4. Coação dos pais à prostituição (6,1%)
5. Maus tratos e abuso sexual no lar (3,1%)
6. Convergência de motivos (droga, necessidade, abandono, ordem dos pais (2,7%)7. Financeiro (pelo dinheiro) (2,3%)8. Falta de cumprimento da lei (1,1%)
9. Exemplo dos pais (1,1%)
10. Meninos gostam; meninas fazem por necessidade (1,1%)
11. Extorsão (armação entre policiais e pais para tirar dinheiro de caminhoneiro (0,8%)
12. Falta de orientação sobre uso da internet e início da vida sexual (0,8%)
13. Baixa educação (0,4%)
- Abstenção - não tem opinião sobre o assunto (24,9%*)
* A MEDIDA DA INDIFERENÇA E DO DISTANCIAMENTO  A pesquisa Foco trouxe uma espécie de medida da abstenção dos entrevistados em relação à prática do enfrentamento, ao registrar e atribuir às posturas adultas de indiferença, distanciamento e não-envolvimento como fatores que contribuem para disseminação do crime. A quarta parte dos entrevistados (24,9%) preferiram declarar não ter opinião sobre prática de sexo com crianças.
Essa espécie de ‘abstenção’ é quase 20% maior que o item ‘falta de lar/educação/orientação e amor dos pais’, que lidera a relação dos 13 mandamentos. A abstenção obteve maior índice que qualquer outro indicador encontrado. E como o objetivo da pesquisa foi identificar as melhores formas e práticas para o enfrentamento da exploração sexual infanto-juvenil entre caminhoneiros, já se sabe de antemão que o maior obstáculo a ser vencido é a indiferença às campanhas.
 
RISCO DO TAMANHO DA FRANÇA. Estimativa da Sedh indica que o Brasil possui cerca de 62 milhões de indivíduos com menos de 18 anos – população semelhante à da França continental, ou seja, corresponde a um grande país europeu. É para estes que vigora o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
. Dos 73 milhões de brasileiros considerados pobres (renda de meio salário mínimo), e miseráveis (19 milhões do total anterior; renda de até um quarto de salário mínimo/mês) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estima-se que cerca de 37 milhões (a metade) sejam crianças e adolescentes, encaixam-se no segundo mais representativo grupo de risco votado pela pesquisa (‘pobreza, fome e miséria’);
. Quase 27 milhões dessas crianças estariam vivendo na faixa da pobreza e, outras cerca de 10 milhões, na linha da miséria

Crianças em mais de 50% de prostíbulos em estradas

É o que revela pesquisa feita pela Confederação Nacional de Transportes com caminhoneiros sobre seus hábitos sexuais e a prostituição infantil. Na região Norte, a presença de crianças nos locais de prostituição chega a 70%
Em mais de 50% dos pontos de prostituição nas estradas brasileiras, há crianças se prostituindo. Especialmente meninas, em 53% dos casos. Mas há também meninos (27%). A intensidade da atividade de prostituição infanto-juvenil aumenta na direção Sul-Norte, superando 70% dos casos na região Norte e 60% no Nordeste. Esses números são informados pelos caminhoneiros. Trabalhadores nas rodovias brasileiras, eles foram escolhidos para um levantamento sobre o tamanho da exploração sexual de crianças no país por serem um dos públicos mais relacionados com o problema.
A pesquisa foi aplicada pela Foco, empresa de análise de opinião e mercado de Florianópolis, por encomenda da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e seus braços social (Sest) e de aprendizagem (Senat). Há quase dez anos, a instituição promove o combate ao crime nas estradas por meio do seu Programa de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes/Esca.
Dar um salto de qualidade na formulação e planejamento de metas e projetos para o programa de enfrentamento foi o objetivo da pesquisa. Paralelamente, os pesquisadores aferiram cinco instituições especializadas no tema. O conjunto de informações deu origem a dados inéditos, que poderão enriquecer a elaboração de políticas públicas –, embora suas conclusões sejam, em maior ou menor grau, visíveis aos observadores da temática.
Concluído no final do ano passado, para compor o conteúdo de um livro editado esta semana pelo Sest/Senat, o relatório final da pesquisa tem 160 páginas. Foram entrevistados 50 motoristas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste; no Sudeste foram 55 e, no Sul, 56. O relatório Foco, mostra um quadro recorrente de abuso e exploração do público infanto-juvenil, facilitado pela enorme população de risco, semelhante a de um grande país europeu, a França continental.
Cerca de 80% dos caminhoneiros afirma ser comum a prostituição de adolescentes, em maior ou menor intensidade, especialmente de meninas. Segundo eles, é comum ver colegas do volante com prostitutas em 97% dos casos; dar carona para crianças e adolescentes, apesar de proibido, acontece em 53% dos casos observados. Em 44,6% das ocasiões, os caminhoneiros admitem acontecer ‘programas’ com meninos e meninas.
Tal índice de respostas, que corresponde à quase metade dos entrevistados, revela o tamanho do problema da exploração sexual de menores nas estradas. A população de caminhoneiros que trafega pelas estradas do país corresponde a mais de dois milhões de pessoas. As respostas referem-se ao que esses caminhoneiros dizem ver nas estradas. Os próprios entrevistados negaram ter essas relações com menores. Os profissionais que se dispuseram a falar para a Foco são rigorosos na avaliação de adultos que mantêm relações com crianças: taxam-nos de loucos’, ‘doentes’, ‘anormais’, ’sem caráter, dignidade, sensibilidade; desprovidos de consciência ou vergonha dos atos’. Um grupo deles atribui a preferência pelo sexo infanto-juvenil à fantasia sexual, fetiche, elegia à mulher ‘zerada’, pouco ‘rodada’.
“Tem corpo de mulher”
“Além de serem novas e bonitas, oferecem-se à prostituição, insinuam-se aos caminhoneiros e estes não resistem”, reconhece o relatório. Os longos períodos longe de casa e o uso de drogas empurram ainda mais o caminhoneiro à prática sexual com crianças, dizem os caminhoneiros em algumas respostas Mas se os caminhoneiros entrevistados rejeitam o sexo com crianças, com adolescentes o comportamento já não é tão rígido. “O mesmo raciocínio não se aplica a sexo com adolescentes, que possui mais anuência por parte dos caminhoneiros’, observa o relatório.
Ou seja, a aparência corporal é decisiva para definir a escolha: quanto mais a garota aparentar maturidade física, maior a tolerância com a prática do abuso. Tal constatação corresponde ao depoimento de um dos voluntários ATS (Agente de Transformação Social), do Programa ESCA, da CNT/SestSenat, que, em seu diário de bordo, cita uma justificativa apresentada por um colega para a prática: ‘É criança, mas tem corpo de mulher!’.
Pobreza, miséria e drogas
Para 38,5% dos caminhoneiros, pobreza, miséria e drogas são fatores causadores da exploração sexual de crianças e adolescentes. Eles acreditam que a falta de renda para manter casa e família, a pobreza crônica, a fome, a necessidade de encontrar alguma forma de sobreviver, empurram a vítima fragilizada rumo à prostituição infanto-juvenil.
O questionamento que os entrevistados fazem é sobre a ausência do estado e do conselho tutelar: ‘Onde estão? Que fazem para minimizar a situação? Por que não apóiam a família para que filhos não sejam induzidos à prostituição?’ Outro ponto observado na análise: crianças e adolescentes que usam drogas encontram na prostituição uma fonte de renda alternativa e instantânea para sustentar o vício. “Neste caso, (os pesquisados) mostram menor compreensão, responsabilizando até mesmo a criança pelo uso de drogas e consequente prostituição. “As meninas de dez anos sabem muito bem o que querem”, garantem alguns depoimentos.
Quase 35% dos caminhoneiros acreditam que a exploração sexual tem origem na falta de estrutura familiar. Para esse grupo, o núcleo familiar “está esfacelado, desestruturado psicologicamente, deixando filhos abandonados, desamparados, destituídos de educação, de limites, orientação, cuidados e amor; jogados no mundo e, consequentemente, expostos às situações a eles inerentes”.
Os entrevistados também questionam a ausência dos pais e os maus exemplos de casa. Também testemunham a ocorrência de casos de pais que obrigam e oferecem os filhos à prostituição, especialmente no Norte e no Nordeste. Os maus tratos e até mesmo o abuso sexual dentro da própria casa forçam e estimulam as crianças a viverem nas ruas e à prostituição. Em alguns casos, os pais viveram, no passado, a realidade atual dos filhos.   

Sentimento de raiva faz que as pessoas foquem mais nos seus desejos imediatos

Para os psicólogos, a raiva é uma emoção interessante. De um lado há todos os pontos negativos que as pessoas já conhecem, mas há também momentos em que a raiva tem um viés positivo. Um estudo publicado no periódico Psychological Science mostrou que associar um objeto ao sentimento de raiva motiva as pessoas a desejarem intensamente esse determinado objeto. E desejo, a princípio, deveria ser um pensamento relacionado às emoções mais positivas.
Sentimento de raiva faz que as pessoas foquem mais nos seus desejos imediatos
Os autores do estudo indicam que a raiva – além dos efeitos negativos, como elevar os níveis de estresse – também ativa áreas do cérebro associadas a pensamentos bons e faz que as pessoas foquem muito mais eficazmente algo que desejam.
“As pessoas ficam motivadas a focar em um objeto de desejo e enxergá-lo como algo que trará recompensa. É o tipo de coisa que se busca quando se está feliz, por exemplo”, diz Henk Aarts, da Universidade de Utrecht, na Holanda. Aarts e sua equipe pesquisaram a ligação entre a raiva e o desejo de obter uma recompensa específica.
Para o experimento, diversos participantes assistiam a uma série de imagens de objetos cotidianos (como xícaras e canetas) seguidas de retratos de rostos de pessoas externando raiva, felicidade, medo ou uma expressão neutra. Ao final do experimento os participantes foram entrevistados para saber quais objetos projetados eram os que eles mais desejavam no momento.
Os participantes foram então convidados a “concorrer” entre si pelos objetos de desejo: eles deveriam apertar um dispositivo que media força e aqueles que apertassem mais fortemente o dispositivo ganharia o objeto que desejava. Os objetos associados com a expressão de raiva eram os mais disputados (interessantemente, a associação com as expressões de medo foram os menos desejados).
“Isso faz sentido quando vemos esse tipo de reação a partir da nossa história evolutiva. Em um ambiente com pouco acesso a recursos naturais, como comida, associar um objeto de desejo – um alimento – com a raiva pode aumentar as chances de, durante um ataque físico, vencer uma disputa e sobreviver. Nesse ambiente hipotético, se aquele objeto não despertar a raiva em você é possível que você não sobreviva”, diz o pesquisador.
O mais interessante, aponta o estudo, é que os participantes não indicavam ter consciência de que os objetos de desejo indicados haviam sido associados com o sentimento de raiva. “Ao serem questionados por que havia o desejo tão intenso por uma caneta, por exemplo, os participantes simplesmente respondiam: ‘é somente porque eu gostei disso’. Isso mostra como sabemos pouco sobre nossas próprias motivações”, finaliza Aarts.

Estudo aponta que adolescentes podem estar se tornando mais egocêntricos e depressivos

Uma pesquisa, feita pela Universidade de Columbia, EUA, e capitaneada por Suniya Luthar, mostrou que adolescentes de famílias com maior poder aquisitivo têm maiores taxas de depressão, ansiedade e abuso de substâncias químicas do que os de outros grupos socioeconômicos.
“As famílias de estratos socioeconômicos mais baixos enfrentam grandes desafios”, diz a pesquisadora, que assina outro estudo sobre saúde mental em crianças de famílias com baixo orçamento. “Mas ao que parece, existem fatores atenuantes para que elas não desenvolvam os mesmos tipos de problemas de crianças de outras faixas econômicas.”
Os adolescentes privilegiados parecem ter obstáculos mais constantes, entre eles aqueles relacionados a uma sociedade cada vez mais narcisista. Além disso, diz Dan Kindlon, outro pesquisador envolvido no estudo, as famílias encolheram e esses adolescentes são vistos como crianças preciosas. “É difícil acreditar que o mundo gira ao seu redor quando se tem muitos irmãos e irmãs”, diz Kindlon.
Algumas pesquisas também apontam que o problema pode ser gerado pelos pais desses indivíduos, que enfatizam as notas e as performances acadêmicas, em vez de ações que valorizem o caráter.
Madeline Levine, autora de um livro sobre o assunto, intitulado “O preço do privilégio” (The Price of Privilege: How Parental Pressure and Material Advantage are Creating a Generation of Disconnected and Unhappy Kids, HarperCollins, 2006) aponta que as mães desse tipo de adolescente estão em preocupação constante, quase doentia, quando o assunto são seus filhos. E isso pode gerar respostas conflitantes em seus filhos, mesmo que as intenções dos pais sejam as melhores possíveis.
Geração “tudo para mim”
A primeira opção de título para seu livro, diz Levine, era “Como criar uma criança tipicamente normal”. “O problema é que nenhum pai acha que seu filho é uma criança ‘na média’”, diz a autora. E os pais não são os únicos que insistem na ideia de que seus filhos são especiais ou “acima da média”. Os filhos parecem acreditar nisso também.
Jean Twenge, pesquisador da Universidade Estadual de San Diego, EUA, analisou a incidência de transtorno de personalidade narcisista (TPN) em mais de 16 mil estudantes americanos do ensino médio durante 1979 e 2006. O pesquisador indica que a incidência desse transtorno começou a aumentar a partir de meados da década de 1980 (passou de 1 em cada 7 para 1 em cada 4 adolescentes com traços de TPN).
Alguns traços do narcisismo – como o autoritarismo e o sentimento de autossuficiência, por exemplo – podem até ser saudáveis, diz Robert Horton, pesquisador da Faculdade Wabash de Indiana, EUA. Mas essa espécie de “projeção constante da própria imagem” pode levar a problemas nos relacionamentos interpessoais, ele completa. Os narcisistas tendem a agir de forma mais defensiva, não perdoam facilmente, têm problemas com os relacionamentos afetivos e na manutenção de amizades. Na opinião de Twenge, isso pode ser um sério obstáculo para a felicidade.
“O narcisismo está relacionado a um impacto negativo para o indivíduo. Mas ao que parece, nossa sociedade aceita esse transtorno cada vez mais facilmente”, diz Twenge, cuja pesquisa foi publicada no periódico Journal of Personality.

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Felicidade e pensamento positivo podem levar ao sucesso

Estar satisfeito pessoal e profissionalmente pode não só trazer felicidade como também levar ao sucesso. Isso porque pessoas felizes estão predispostas a buscar e realizar novos objetivos na vida e isso reforça as emoções positivas. Este é o resultado de um estudo publicado pela Associação Americana de Psicologia, de autoria de Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia.
A pesquisa, que envolveu mais de 275 mil pessoas, aponta que pessoas felizes são, emgeral, mais bem-sucedidas em vários aspectos de sua vida e que essa felicidade é uma consequência dessas emoções positivas e não o contrário. Segundo a autora, pessoas felizes têm mais chances de buscar condições melhores “e isso pode ser porque o bom humor leva as pessoas a terem mais ânimo e serem mais ativas, focando sempre novas metas”, explica. “Quando as pessoas se sentem felizes, também se sentem confiantes, otimistas. Em alguns casos, a felicidade torna as pessoas mais sociáveis e então elas podem se beneficiar disso”.
Para chegar aos resultados, os autores escolheram três tipos diferentes de evidências que visaram a reforçar a autoconfiança dos participantes e estabelecer relações de causa e efeito entre felicidade, afeto positivo e sucesso. Nos três casos, a conclusão sugere que a felicidade leva a comportamentos que geram mais sucesso no trabalho, nos relacionamentos e na saúde, e esse resultado está relacionado em parte ao pensamento positivo.
Também ficou comprovado que sentir-se bem está associado a percepções positivas de si mesmo e dos outros, sociabilidade, criatividade, comportamento pró-social, um sistema imunológico forte e eficaz e habilidades de enfrentamento. Os autores observam também, que as pessoas felizes são capazes de sentir tristeza e emoções negativas em resposta a eventos negativos, “o que é saudável e adequado”, afirma Lyubomirsky.
Grande parte das pesquisas anteriores sobre a felicidade pressupunha que ela e rao resultado de realizações de sucesso. “Nós descobrimos que nem sempre isso é verdade. Outros aspectos, como a inteligência, a família, experiência e aptidão física também podem desempenhar um papel no sucesso das pessoas”, explica a autora.  “Nossa análise indica que a felicidade, em muitos casos, conduz a resultados satisfatórios, em vez de simplesmente mantê-los”, finaliza Lyubomirsky.
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