É que são eles os responsáveis pela transmissão da doença em mais da metade dos casos
Atualmente a coqueluche é a quinta causa de morte em menores de 5 anos. A grande preocupação está ligada à contaminação dos bebês menores de 6 meses. Isso porque crianças nesta idade podem não ter recebido as três doses da vacina contra a doença que, geralmente, são dadas aos 2, 4 e 6 meses de idade. No Brasil é feito ainda o reforço da vacina aos 15 meses e 4 anos. O problema é que os bebês só ficam protegidos mesmo após as três doses. Nesse meio tempo, podem ser contaminados pela doença e isso pode trazer consequências preocupantes.
A coqueluche, também conhecida como tosse comprida ou ainda, pertussis, é causada pela bactéria Bordetella pertussis. O que acontece hoje em dia é que grande parte dos casos se dá pela exposição da criança à doença pelos próprios pais ou cuidadores. Os números apontam os pais como sendo os responsáveis em 55% das vezes. Por isso, a estratégia adotada pela Costa Rica foi de fazer um “casulo” de proteção em torno da criança: vacinar pais, irmãos, cuidadores como babás e profesoras e até a própria equipe médica que tem contato com os bebês. Aplicando este método o país conseguiu reduzir o número de casos em 67% nos anos de 2008 e 2009.
Durante o ponto mais crítico a Costa Rica registrou uma proporção de 45 casos por 100 mil habitantes, quando o aceitável pela OMS é de 1 caso por 100 mil habitantes. Enquanto isso, o Brasil registrou 0,5 caso por 100 mil habitantes em 2009, o que em números absolutos representaria algo em torno de 10 mil casos.
Os sintomas da coqueluche são: crises de tosse que podem durar até 30 minutos e acontecem várias vezes ao dia, principalmente à noite. A tosse provoca a falta de ar, já que fica difícil recuperar o fôlego durante a crise.
Nos bebês, a doença vem com mais força que nos adultos. Quando o bebê é bem pequeno ele nem chega a tossir, mas fica um tempo sem respirar e, isso sim, é bem preocupante porque afeta a oxigenação no cérebro, compromete a realização de tarefas vitais do corpo e pode até levar à morte.
Por isso é importante não só garantir que a caderneta de vacinas do seu filho esteja em dia, como que você, os irmão e os cuidadores da criança estejam protegidos. “Dez dias após tomar a vacina, de 88% a 90% dos adultos e adolescentes já desenvolveram os anticorpos necesarios ao combate à doença”, afirma a diretora da Clínica Internacional da Criança Adotada do Children’s Memorial Hospital de Chicago, nos EUA, Tina Tan. Muitas vezes a doença não é dignosticada corretamente porque em grande parte dos casos em adultos a doença vem na forma de uma tosse chata que dura algunas semanas e pode não ser detectada em um exame clínico.
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