sexta-feira, 24 de junho de 2011

Formol pode causar câncer

Autoridades sanitárias dos Estados Unidos classificaram o formaldeído (base do formol) como substância causadora de câncer. Desde 2004, a Organização Mundial da Saúde já classificava o formol como cancerígeno.  O produto é utilizado em processos de alisamento capilar, conhecido no Brasil como “escova-progressiva”, além de estar presentes em alguns produtos como esmalte para unhas, perfumes e placas de madeira.
O Departamento de Saúde dos Estados Unidos ainda apontou o estireno, conhecido como benzina de vinil e presente em copos e plásticos de papel, como um potencial causador da doença. Foram classificados como possíveis causadores da câncer outras substâncias, como o ácido aristolóquico, encontrado em plantas usadas em fórmulas contra artrite.

Dormir bem é fundamental para deixar o corpo regulado e em dia

Privação do sono pode acentuar disfunção hormonal no organismo 

Entre todos os problemas que podem ser causados pela privação do sono, os distúrbios hormonais estão entre os mais importantes. As pessoas que dormem menos do que o necessário estão dificultando a tarefa do organismo de realizar alguns processos que são fundamentais para o equilíbrio entre todas as funções que o corpo precisa desempenhar para ter saúde.

O crescimento, por exemplo, é especialmente afetado quando o sono é curto ou de má qualidade. É durante o sono que ocorre a maior quantidade de produção do hormônio GH, que é responsável pelo crescimento. Esse pico se dá durante a primeira fase do sono profundo, menos de uma hora após o início do período de descanso. 
Dormir bem é fundamental para deixar o corpo regulado e em dia - Foto: Getty Images
Assim, caso haja problemas nessa fase do sono, como, por exemplo, o despertar devido à apneia do sono ou o ronco estridente, a produção do GH ficará comprometida. Mas esse hormônio não serve apenas para crianças e jovens, pois ele também ajuda a manter a força muscular, causa melhora no desempenho físico e evita o acúmulo de gordura. Assim, os indivíduos mais velhos também sofrem quando há privação do sono.

A leptina, que controla a saciedade do indivíduo, é liberada em grande quantidade durante o sono. Assim, uma pessoa que tem dificuldade para dormir bem ficará mais propensa a se tornar obesa, devido à ausência da saciedade durante o dia e o aumento da ansiedade nas atividades cotidianas. 

 Entre as características associadas ao envelhecimento precoce está a ausência de um sono eficaz. Os insones e as pessoas que forçam o despertar de forma antinatural com muita frequência, em horários nos quais o corpo ainda não está preparado, estão diminuindo a sua própria capacidade intelectual, pois os lapsos de atenção de tornam mais longos e corriqueiros. Assim, o fato de exagerar no trabalho e negligenciar o sono tende a piorar o desempenho humano nas tarefas corporativas, em vez de melhorar. 

Estudo: milkshake de chocolate é bebida ideal para pós-exercícios

 . Foto: Getty Images
Milkshake de chocolate apresentou benefícios para atletas

Depois de uma sessão desgastante na esteira, muitos optam por se recuperar com uma bebida isotônica ou água. Mas novos estudos da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, mostram que um milkshake de chocolate é ideal para a recuperação pós-treino, informou o site do jornal Daily Mail.
O estudo constatou que atletas que tomaram a bebida após os exercícios tiveram uma melhora da composição corporal, ou seja, mais músculos e menos gordura. Após testes com ciclistas, os cientistas descobriram que eles tinham muito mais energia e pedalavam mais rápido quando consumiam milkshakes de chocolate de baixo teor de gordura ao invés de água ou isotônico.
Após quatro semanas e meia bebendo milkshake, os ciclistas também tiveram melhoria no consumo máximo de oxigênio, que é um indicador de resistência aeróbica. Segundo o pesquisador Dr. Ivy, ainda não se sabe exatamente o que causa as vantagens, mas "há algo na mistura de proteínas e carboidratos que oferece benefícios significativos".

Pedra nos rins aumenta em 31% o risco de infarto

Explicação seria capacidade do corpo para acumular cristais de cálcio nas artérias

Estudo apresentado no último Congresso Americano de Urologia, em Washington (EUA), sugere que quem sofre de cálculo renal tem risco 31% maior de desenvolver problemas cardiovasculares. Segundo os pesquisadores, uma possível explicação seria a tendência genética de acumular cristais de cálcio nos rins e nas artérias.
Foram acompanhados, por nove anos, 15.424 pacientes. Os 4.564 voluntários que sofriam de cálculo renal apresentaram, inicialmente, risco 38% maior de sofrer infarto. Quando os pesquisadores ajustaram a análise para anular a influência de outras doenças, como hipertensão, diabetes, obesidade, colesterol elevado, dependência de álcool ou cigarro, o índice passou para 31% - ainda considerado alto, afirma o nefrologista Andrew Rule, pesquisador da Clínica Mayo e principal autor do estudo.
- É possível que os inibidores de calcificação sejam a causa do cálculo renal e também das placas ateroscleróticas. No entanto, mais estudos são necessários para testar essa hipótese.
Rule ressalta que a relação entre insuficiência renal e problemas cardíacos é bastante conhecida pelos médicos, mas sua pesquisa foi a primeira a apontar o cálculo renal, isoladamente, como fator de risco para enfarte.
Daher Chade, urologista do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), diz que, se a hipótese for confirmada por estudos maiores, será necessário rever a conduta de prevenção das duas doenças. Para o especialista, é importante que os pacientes em tratamento renal passem por exames cardiológicos. O rastreamento para pedra nos rins, por outro lado, deveria ser incluído na prevenção da doença cardiovascular.
- Uma vez identificado o problema, o paciente terá de receber tratamento e orientação alimentar.

Massagear os bebês ajuda a reduzir cólicas e a melhorar o sono

Movimentos devem durar cerca de três minutos nos recém-nascidos


Massagear os bebês pode trazer diversos benefícios para a saúde dos pequenos, como a redução das cólicas e a melhoria na qualidade do sono.
A partir dos quatro meses, quando o corpinho já está mais firme e a mãe mais experiente, ela pode e deve fazer a massagem em casa.
Cynthia Buscovish, psicóloga e especialista neste tipo de massagem, usa um boneco para ensinar aos pais os movimentos, já que o toque na criança deve ser apenas deles.
Nos recém-nascidos, ela diz que a massagem deve durar cerca de três minutos. À medida que o bebê cresce, esse tempo aumenta.  Além dos benefícios à saúde,  massagear os bebês aumenta a interação entre mãe e filho.

Imaginação: arma contra a sensação de impotência

Às vezes as palavras se escondem de mim. Hoje mesmo, não sei onde foram parar.

Já procurei sob o sofá, sobre a mesa enfeitada pelas lindas rosas que acabei ganhar, já olhei dentro da geladeira e até o forno abri, quem sabe encontrava umas palavrinhas gratinadas para aquecer este artigo?

Nada!

Só esse branco tomando conta da minha mente, como uma montanha branquinha de neve, ou as areias de uma praia deserta, não tocada por pés que maculassem sua beleza virginal.

Pensei então que talvez pudesse simplesmente escrever sobre isso, sobre aqueles momentos em que uma espécie de inercia se apodera de nós. Sobre aqueles momentos em que nos sentimos como se fossemos estátuas, nos sentimos impotentes para desempenhar alguma tarefa ou decidir algo. Momentos nos quais não fazemos a menor ideia de como continuar. São tantos os desafios da vida que, vez ou outra, desejamos voltar a ser criança e escapar de tantas exigências e obrigações.

Ora. Escrever artigos no computador é coisa de gente grande e hoje a criança em mim resolveu se rebelar. Não quer escrever artigos. Quer brincar com as letrinhas da sopa na borda do prato, com o prazer de comer as palavras depois de terminar uma ou outra frase que faça sentido. (Será que os fabricantes de sopas de letrinhas sabem o quão difícil é encontrar certas letras?).

Aliás, essa ideia sempre foi altamente excitante para mim... A ideia de que, se eu comesse as letras, ou as páginas dos livros, acabaria sabendo tudo o que diziam. Eu chegava a pensar em formas de triturar o papel e fazer uma espécie de mingau de livros, para que a ingestão fosse mais fácil. Não... Nunca comi livros de verdade. Só na imaginação. Muitas coisas eu vivia na imaginação. Coisas boas e ruins. Sim, porque a imaginação é uma ferramenta muito poderosa. Com ela podemos nos fazer sentir leves como borboletas ou rastejar como serpentes por entre nossos dramas pessoais.

As pessoas não dão o devido valor à imaginação. Costumam dizer:

- Isso é “só” imaginação. - mas (acompanhem meu raciocínio)... Se aquilo que imaginamos é capaz de alterar nosso humor, nosso estado de espírito... Será mesmo “só” imaginação?

Se, em um dia em que nos sentimos tristes e irritados, conseguirmos usar nossa mente para imaginar algo que nos faça rir, ou sentir esperança ao sonhar com um desejo a ser realizado, ou um frescor no peito ao lembrar-nos de um momento especial... E se percebermos que, após certos tipos de imaginação nos sentimos melhor, talvez possamos dar à imaginação um pouco mais de crédito.

Foi a imaginação que me guiou pelas linhas neste artigo. Quando imaginei as montanhas branquinhas, a praia deserta, lá em cima, no topo da montanha de letras, todo o resto foi surgindo sem esforço. A imaginação me ajuda a escrever.

Assim, talvez possamos usar a imaginação para nos levar em direção ao novo. Para nos ajudar a sair daquele pensamento viciado que nos faz voltar sempre, tediosamente, ao mesmo lugar. Imaginar é sair do mundo conhecido do pensar. É nas montanhas do imaginário que se escondem caminhos nunca antes trilhados por nós. É lá que se escondem princesas, dragões, tesouros e grutas forradas por pedras preciosas.

Algumas frases vem soltas à minha mente agora. Eu as reproduzo aqui para atiçar sua mente...

- Há o tempo de pensar e o tempo de imaginar.

- A maestria está em levar a leveza da criança ao pensamento e o comprometimento dos adultos à imaginação.

- Brincar com seus pensamentos permite que você crie com sua imaginação.

Antes de apertar a teclinha do ponto final, lanço um ultimo desafio. Medite sobre isso:

Criar com sua imaginação faz com que você abandone a ideia de que é uma vítima impotente das armadilhas da vida.

Criar com sua imaginação ajuda você a descobrir-se capaz de modificar o que quer que esteja lhe causando infelicidade. 

Seu modo de amar pode se tornar uma doença; saiba quando

Prestar atenção, preocupar-se e cuidar do(a) companheiro(a) é um comportamento saudável e esperado dentro de um relacionamento amoroso. 

Quando esse comportamento passa a ocorrer de maneira repetitiva, descontrolada, de modo a priorizar o outro em detrimento de si, temos um quadro de amor patológico.
Essa doença causa sofrimento tanto para o portador, quanto para quem convive com ele, uma vez que o doente torna-se obsessivo pela pessoa amada e seus comportamentos ficam fora de controle, inúmeras vezes sufocando o outro e deixando sua própria vida e interesses de lado.
Segundo o DSM - IV (sistema de diagnóstico americano) são seis os critérios para a classificação desse transtorno, sendo três deles obrigatórios (para fechar esse diagnóstico).
1) Sinais e sintomas de abstinência - quando o parceiro está distante (física ou emocionalmente) ou perante ameaça de abandono, podem ocorrer: insônia, taquicardia, tensão muscular, alternando períodos de letargia e intensa atividade.

2) O ato de cuidar do parceiro ocorre em maior quantidade do que o indivíduo gostaria
- o indivíduo costuma se queixar de manifestar atenção ao parceiro com maior frequência ou período mais longo do que pretendia de início.

3)
Atitudes para reduzir ou controlar o comportamento patológico são mal-sucedidas - em geral, já ocorreram tentativas frustradas de diminuir ou interromper a atenção despendida ao companheiro.

4) É despendido muito tempo para controlar as atividades do parceiro
- a maior parte da energia e do tempo do indivíduo são gastos com atitudes e pensamentos para manter o parceiro sob controle.

5) Abandono de interesses e atividades antes valorizadas
- como o indivíduo passa a viver em função dos interesses do parceiro, as atividades propiciadoras da realização pessoal e profissional são deixadas, como cuidado com filhos, atividades profissionais, convívio com colegas, entre outras.

6)
O amor patológico é mantido, apesar dos problemas pessoais e familiares - mesmo consciente dos danos advindos desse comportamento para sua qualidade de vida, persiste a queixa de não conseguir controlar tal conduta.
Amor patológico e dependência química
É interessante notar que existem estudos comparando os critérios para diagnóstico de dependência química com as características que geralmente são apresentadas pelos portadores de amor patológico e, constataram que grande parte deles (seis dos critérios acima) se assemelhem entre si, conforme o DSM – IV.
Outro ponto em comum é, do mesmo modo que o dependente químico adere à “droga de escolha” para aliviar sua angústia, ansiedade, timidez ou na busca do prazer, o portador de amor patológico acredita que alcançará isso através do “parceiro de escolha”.
Um estudo realizado nos anos 80 no New York State Psychiatric Institute constatou que o amor excessivo pode provocar no sistema nervoso central um estado de euforia parecido ao atingido pelo uso de anfetamina. Descobriu-se que o amor produziria uma substância intoxicante, a feniletilamina. Essa descoberta ajudaria a explicar o fato de que os portadores de amor patológico sentem um grande desejo por chocolate – o qual contém feniletilamina - quando estão na ausência do(a) companheiro(a).
O amor patológico
O responsável pelo amor patológico não é o amor em si, esse não é causador dos malefícios que ocorrem associados a esse transtorno, mas sim o grande medo que a pessoa tem de ficar só, o pavor de poder vir a ser abandonada, o receio de não ser valorizada, pensamentos esses que lhe causam muita angústia. É essa forte carência que faz com que a pessoa tenha um déficit na sua avaliação crítica (na verdade, ausência de crítica) sobre seu comportamento obcecado. A consequência é a falta de liberdade que o portador de amor patológico impinge a si mesmo e ao par, já que quando está na presente desse sente um bem- estar e alívio da angústia.
Quem sofre mais de amor patológico?
É provável que o amor patológico seja mais presente na população feminina porque as queixas são mais referidas pelas mulheres (no entanto, o que pode ocorrer também é que os homens não costumam compartilhar com tanta frequência seus sentimentos). As mulheres partilham mais o que sentem e dentre essas confissões, queixam-se de “que sofrem com o problema”, que são “obcecadas" ou "viciadas" pelo parceiro, ou ainda que deixam de viver a própria vida para "viver pelo outro", que o outro “é o centro de suas vidas”. Além disso, as mulheres costumam dar maior ênfase aos relacionamentos amorosos, assim como a situações relativas a eles, tais como: fazer coisas juntos, datas especiais, presentes, ciúmes, abnegação e sacrifícios pelo relacionamento, entre outros.
Além de psicoterapia, para auxiliar as pessoas com esse quadro, existem grupos de autoajuda que trabalham com esse tema, assim como o MADA (Mulheres que Amam Demais Anônimas), o qual somente permite a participação do público feminino.
Avalie sua maneira de amar
Para ajudar na avaliação da “dosagem” de seu amor com relação a(o) seu(ua) parceiro(a), procure se questionar sobre:
• Você costuma sentir-se satisfeito com a quantidade de atenção e tempo que dedica a(o) seu(ua) parceiro(a) ou percebe que fez mais do que gostaria ou do que ele(a) mereceria?

• Na ausência do(a) companheiro(a) você consegue continuar fazendo suas coisas normalmente, sem alteração física (ex. taquicardia, insônia, dores musculares, tontura, etc...) ou emocional (ex. tristeza, angústia, medo, etc...)?


• Você acha que a quantidade de atenção o de tempo que você disponibiliza a(o) seu(ua) parceiro(a) está sob o seu controle ou já tentou se conter e não conseguiu?


• Você mantém outros interesses e relacionamentos ou abandonou pessoas e atividades para privilegiar a relação com essa pessoa em especial?


• Você não se preocupa e/ou não despende tempo buscando controlar a vida do seu parceiro?


• Você continua se desenvolvendo pessoal e profissionalmente após o início de seu relacionamento amoroso?


Se você respondeu “não” à maioria das questões, é um sinal para que fique alerta. O mais indicado é que procure um psicólogo ou psiquiatra e faça uma avaliação clínica mais aprofundada para poder compreender melhor o que se passa com você e talvez receber tratamento adequado.

Veneno de aranha é testado para tratamento de arritmia a ereção

A picada da aranha-armadeira (Phoneutria nigriventer) costuma provocar dor local intensa e, em crianças, pode até causar a morte. Mas toxinas presentes em seu veneno apresentaram potencial terapêutico em pesquisas com camundongos. Ainda não foram realizados testes em humanos.
Quatro dessas toxinas se mostraram eficazes para arritmia cardíaca, isquemia (diminuição do fluxo do sangue) cerebral e da retina, dor e disfunção erétil.
Um dos grupos no país que pesquisa as propriedades do veneno da armadeira é o da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), sob coordenação do bioquímico Marcus Vinicius Gómez.
Nesta semana, ele apresentou o trabalho da equipe no segundo encontro global do Hospital A.C. Camargo.



CANAIS DA AÇÃO
Gómez e seus colegas têm mostrado que algumas toxinas do veneno inibem canais de cálcio ("poros" celulares) nas células nervosas, que aparecem aumentados em várias patologias.
Neste ano, as descobertas relacionadas à isquemia da retina e à arritmia foram publicadas nas revistas científicas "Retina" e "Toxicon".
Para tratar dor crônica, o pesquisador afirma que uma toxina se mostrou até dez vezes mais potente do que a morfina e que, ao contrário dessa substância, não deixa de fazer efeito com o tempo.
As toxinas da aranha também são tão eficazes quanto o Prialt, um remédio aprovado nos EUA para tratar dor, uma versão sintética de um princípio ativo encontrado em caramujos marinhos.
"Mas nosso experimento mostrou mais vantagens, e uma delas é a menor quantidade de efeitos colaterais, como hipertensão e confusão mental", afirma Gómez.
No caso da isquemia, as toxinas apresentaram uma função neuroprotetora, reduzindo a morte de neurônios provocada pela privação de oxigênio que há nesses casos.
Em 1998, no Instituto Butantan, foi identificada a toxina capaz de produzir ereção em homens (um dos possíveis efeitos colaterais da picada da aranha). Os testes também só foram feitos em camundongos.
Marta Cordeiro, coordenadora da pesquisa na Funed (Fundação Ezequiel Dias), que participa do estudo sobre o veneno com a UFMG, afirma que ainda há um longo caminho para que as toxinas sejam testadas em humanos e usadas em medicamentos.

Neurociência explica comportamento de risco sexual extremo

Por que alguém participa de uma orgia sexual sem camisinha que inclui sabidamente participantes contaminados com o HIV? É o que estudos de neurociência vem tentando explicar.
As convenções de "barebacking", também conhecidas como "roletas-russas sexuais", reúnem dois grupos de participantes (a maioria homens): os infectados com o vírus HIV e os não infectados.
O primeiro grupo é conhecido como "gift givers". Os que "dão presentes", em tradução literal. Eles estão dispostos a infectar outras pessoas com o HIV. Ou seja, entregar o "presente".
A segunda categoria é conhecida como "chasers": os caçadores do vírus HIV.
As convenções, marcadas por meio de fóruns na internet, exigem que todos fiquem nus e façam sexo em público.
"Para quem faz parte dessas reuniões, é só o prazer que importa. Todos nós temos um mecanismo que nos faz avaliar se um comportamento vale a pena ou não. Para essas pessoas, sempre vale", diz Alexandre Saadeh, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP.
Em palestra no "7º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções", que acaba hoje, em Gramado (RS), o psiquiatra apresentou uma abordagem científica para explicar a prática.


PRAZER E PERIGO
Para o especialista, trata-se de uma alteração no sistema de recompensa do cérebro --o responsável por nos fazer sentir prazer.
"No cérebro, a região responsável pela sensação de perigo é muito próxima à do prazer. Então, existe uma interferência", explica Saadeh.
"O mecanismo que leva à roleta-russa sexual é a excitação do perigo. É a mesma que faz alguém querer fazer sexo na rua ou no avião. A diferença é que, no primeiro caso, existe uma exacerbação extrema", diz o psiquiatra.
Para Saadeh, com os avanços da medicina, os participantes já não encaram a Aids como uma doença mortal.
Eles sabem que, se contaminados, poderão viver por muitos anos se usarem o coquetel contra o vírus. Por isso, passam a encarar a infecção de uma maneira positiva.
"Ser contaminado com o HIV representa o fim do medo. Como eles já estão infectados com o maior dos temores, acreditam que podem transar sem camisinha livremente", diz Saadeh, que também coordena o Amtigos (Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual)
SÓ HOMENS
Para o pesquisador, o fato de a prática ser mais masculina evidencia diferenças cerebrais em relação ao comportamento sexual. "A composição cerebral do homem aumenta sua tendência a essas compulsões pelo prazer."
O tema é tabu nos consultórios. "Os pacientes relutam em falar. Só é possível abordar o tema depois de estabelecer uma forte relação de confiança", disse Saadeh.

Sexo anal traz dano aumentado de Aids para gays

Há várias hipóteses para explicar o aumento das taxas de infecção do HIV entre homens homossexuais e transexuais. 
Uma delas, segundo a OMS, é que esse grupo pode ter abandonado a camisinha por causa da maior expectativa de vida trazida pelos antirretrovirais.
Segundo o infectologista Jean Gorinchteyn, há quem deixe de se proteger ao pensar que os medicamentos diminuem as cargas virais e também a transmissão do HIV.
"Mas menor chance não significa que não haja a transmissão. Há ainda o risco de pegar outras doenças sexualmente transmissíveis, e o contato com cargas virais maiores pode ser prejudicial à saúde."
Além disso, práticas como sexo oral também podem transmitir a doença ""e nem sempre são feitas com preservativo.
Há também a maior tendência à relação com múltiplos parceiros, documentada estatisticamente no caso desse grupo.
O infectologista explica ainda que o sexo anal tem maior chance de transmissão porque nele há menos lubrificação, mais atrito e mais lesões, com ruptura pouco perceptível de vasos sanguíneos do ânus.
Segundo a OMS, seja quais forem as razões para o aumento, está claro que, mesmo em ambientes de alta renda, o risco de transmissão reverteu a tendência de queda.

Exposição ao sol durante infância aumenta chances de câncer de pele na idade adulta

Se há algo que realmente “não é mais como era antigamente” é a luz do Sol. O astro rei pode até ser o mesmo desde que surgiu no céu há milhares de milhões de anos, mas sua radiação não é realmente mais a mesma – e por nossa culpa. Anos e anos de indiscriminada poluição atmosférica fizeram que a camada de ozônio, responsável por filtrar os raios UVA e UVB, diminuísse. A principal e mais temida consequência do aumento da radiação solar é o câncer de pele. A solução? Proteção.
806572 53345387 300x199 Exposição ao sol durante infância aumenta chances de câncer de pele na idade adulta
Talvez você não saiba, mas o que irá determinar a aparição ou não de um futuro melanoma é a quantidade de sol que tomamos durante a infância e adolescência. Segundo o dermatologista Leonardo Abrucio Neto, do Hospital Santa Catarina, 80% da exposição de um indivíduo ao sol acontece durante esse período. “Antigamente não se falava sobre a proteção solar. Só descobrimos que o sol causa câncer de pele no século XX. E tem relação com a exposição solar durante a infância, principalmente nas regiões do corpo menos acostumadas com o sol, como o tórax. Vemos que pacientes com melanomas têm queimaduras solares intensas nessas áreas”, explica.
Um exemplo é o crítico de cinema Leon Cakoff, 63 anos, idealizador e codiretor da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Em 2002, Cakoff foi diagnosticado com um melanoma maligno. Tratada, a doença reincidiu, mas no final de 2010 ele foi diagnosticado com dois tumores malignos no cérebro. Em um artigo publicado em maio deste ano no jornal Folha de São Paulo, o crítico aponta o responsável por sua condição atual: o sol e seus excessos. “O quadro: infância pobre; férias e litoral, raramente. Quando ia, me estorricava com a ilusão de guardar o bronzeado pelo resto do ano. Voltava muitas vezes com bolhas de queimaduras nas costas. Protetor solar? Naquele tempo, bronzeador, quando muito”.
Protetor ou bloqueador?
Acabar com as dúvidas foi o objetivo da Food and Drug Administration (FDA), agência americana que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos. Recentemente, a FDA determinou uma série de mudanças nos rótulos de protetores solares, entre elas a proibição de termos como “bloqueador solar”, “à prova d’água” e a denominação de “amplo espectro”, que promete proteção contra os raios nocivos UVA e UVB.
Segundo as novas regras, a proteção contra os raios UVA e UVB deverá aumentar na mesma proporção que os fatores de proteção solar (FPS), que deverão ser superiores ou iguais a 15. Os que passarem no teste poderão incluir em seus rótulos o seguinte texto: “Se usado como o indicado, pode reduzir o risco de envelhecimento precoce da pele e de câncer de pele, quando usado juntamente com outras medidas de proteção contra o Sol”. Entre as medidas estão o uso de roupas – como bonés e camisetas – e a proteção na sombra.
E se até o verão de 2012 estas mudanças já estarão acontecendo por lá, aqui no Brasil, pelo menos por enquanto, tudo permanece como está. Afinal, como escolher o produto certo para usar no seu filho?
Utilizando o sol a favor do seu filho
“Até os seis meses, a Sociedade Brasileira de Dermatologia não recomenda o uso, porque a pele do bebê é muito fina e imatura para metabolizar o protetor solar”, explica Abrucio. Isso significa que o bebê pode tornar-se alérgico aos componentes da fórmula do protetor. Nesse período, o ideal é evitar a exposição direta ao sol, utilizando bonés e chapéus.
O banho de sol, muito recomendado pelos pediatras, principalmente em casos onde a criança após o nascimento apresenta icterícia (amarelão) leve, deve acontecer em horários onde a radiação é menor, ou seja, antes das 10 horas e depois das 16 horas. “Mas quando estiver ao ar livre, a criança deve ficar sempre à sombra”, recomenda.
Um dos principais benefícios atribuídos ao sol é a produção e absorção de vitamina D, responsável por manter o nível de cálcio no sangue e a saúde dos ossos. “Vale lembrar que o leite materno fornece essa vitamina para o bebê, então não é necessário expor a criança ao sol”.
Passados os seis meses, já existem produtos específicos para crianças menores de 1 ano, os protetores infantis. “Eles têm uma maior concentração de filtros solares físicos, chamados inorgânicos, que provocam menos reação alérgica”. Estes protetores geralmente têm um fator de proteção solar (FPS) a partir de 30.
A diferença entre protetor e bloqueador está no fator de proteção. Quando o FPS é acima de 30, ele é considerado bloqueador solar. Os protetores ou bloqueadores também devem oferecer proteção aos raios UVA – responsáveis pelo envelhecimento da pele e que também podem causar câncer de pele – e UVB – que causam vermelhidão, queimadura solar e predispõem ao câncer de pele.
E o que vale para as crianças também vale para os adultos. “Além do câncer de pele, a exposição direta e excessiva ao sol diminui a imunidade, a elasticidade da pele, causa manchas e rugas”, finaliza.

Mudar a cor da nuvem pode ajudar clima, afirmam cientistas

Mudar a cor das nuvens e injetar aerossóis nas camadas altas da atmosfera podem servir para o combate das mudanças climáticas, afirmaram especialistas internacionais em geoengenharia, convocados em Lima por um programa das Nações Unidas para discussão sobre o tema.
Essas novas tecnologias poderiam reduzir os níveis de radiação solar sobre a vida terrestre e diminuir os efeitos do aquecimento global, acrescentou. 
Os cientistas pertencem ao IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU), organismo criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), cujo objetivo é propor medidas de mitigação para as mudanças climáticas.
O cientista Christopher Field, do Instituto Carnegie para a Ciência (EUA), disse na quarta-feira que uma das "tecnologias complexas" seria mudar a cor do brilho das nuvens. Outras mais simples incluem a semeadura de árvores.
Field afirmou que é preciso avaliar o impacto que a tecnologia poderia ter sobre o clima, os oceanos, as pessoas, os sistemas sobre o clima e os sistemas terrestres.
"Estamos nas etapas iniciais de um estudo sobre essas novas tecnologias, que poderiam ser úteis ou não para responder às mudanças climáticas", explicou.
Co-presidente do IPCC e catedrático da Universidade de Berna, na Suíça, Thomas Stocker informou que, entre os métodos modernos, também está a possibilidade de injetar aerossóis nas camadas altas da atmosfera e da estratosfera.
Outro cientista, Ottmar Edenhofer, do alemão Instituto Potsdam para a Pesquisa das Mudanças Climáticas, considerou que todas as ações devem ser analisadas para enfrentar o problema das variações climáticas.

Pesquisa revela que maioria dos homens considera mais fácil cuidar do carro do que da própria saúde

Cerca de 70% dos homens considera mais fácil cuidar do carro do que da sua própria saúde, segundo revela pesquisa realizada com 501 homens entre 45-65 anos, nos Estados Unidos, por iniciativa da Rede de Saúde do Homem dos EUA e da Abbott divulgada neste mês de junho – dedicado todos os anos a campanhas de saúde do homem, nos EUA.
Mais de 40% dos entrevistados declarou que considera mais fácil resolver problemas relacionados a seu carro do que questões associadas à sua saúde.  Por isso, grande parte dos entrevistados ignora sintomas de determinadas condições de saúde e reluta em procurar um médico. A pesquisa também revelou que 28% dos homens não procuram o médico com regularidade.
A pesquisa faz parte de uma campanha nacional realizada nos Estados Unidos, durante o mês de junho (“T-Talk Tune-Up”.), organizada pela Men's Health Network e a Abbott, com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre as questões relacionadas à saúde do homem. Terry Labonte, um campeão das corridas automobilísticas NASCAR, é um dos porta-vozes da campanha.
"Para muitos homens, levar o carro para uma revisão é mais fácil do que marcar um checkup ou uma consulta médica”, afirma Labonte. "Com a ajuda da minha esposa, consegui começar a pensar sobre o meu corpo e minha saúde da mesma forma que me preocupo com meu carro. Com isso, marquei uma consulta médica e realizei alguns exames para manter meu corpo saudável”.
O especialista norte-americano em saúde do homem e um dos coordenadores da pesquisa, o médico Harry Fisch recomenda que os homens conversem com seus médicos sobre cinco exames que devem ser realizados regularmente - testículos, próstata, colesterol, testosterona e pressão arterial. “É importante agendar checkups anuais porque alguns homens podem não reconhecer os sintomas de muitas doenças tratáveis, como a de baixo índice de testosterona”, afirma Dr Fisch, urologista e professor de medicina clínica do Hospital Presbiteriano de Nova Iorque/Escola de Medicina de Cornell e diretor do Centro de Medicina Reprodutiva Masculina.
Estima-se que milhões de homens americanos apresentam baixos índices de testosterona sem que procurem tratamento, já que os sintomas são semelhantes aos de outras condições, tais como disfunção sexual, diminuição do desejo sexual, diminuição da massa muscular, perda dos pelos do corpo, baixa contagem de espermas, diminuição da densidade óssea ou aumento da gordura corporal.

Adulteração em 70% da cocaína nos EUA causa necrose da pele, alertam médicos

Reações na pele causada por cocaína contaminada nos EUA
Reações na pele causada por cocaína contaminada nos EUA


Novo relatório aponta que uma droga veterinária que provoca graves reações cutâneas está presente em 70% da cocaína dos EUA. O artigo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology alerta para uma potencial nova epidemia de saúde pública.
No estudo, seis pacientes em Los Angeles e Nova York, depois de fumar ou cheirar cocaína, desenvolveram manchas roxas de pele necrosada nas orelhas, nariz, bochechas e outras partes do corpo, além de, em alguns casos, sofrerem cicatrizes.
Médicos de São Francisco já haviam reportado dois casos semelhantes. Outros relatos informam que usuários de cocaína contaminada desenvolveram uma doença relacionada ao sistema imune que mata de 7 a 10% dos pacientes.
O Departamento de Justiça dos EUA acredita que até 70% da cocaína do país esteja contaminada com a droga levamisole, que é barata, amplamente disponível e geralmente utilizada para a combater parasitas em animais.
A levamisole já foi prescrita para seres humanos, mas foi desaconselhada exatamente por causar efeitos colaterais semelhantes aos encontrados nos usuários de cocaína.
"Acreditamos que estes casos de reações na pele e de doenças ligadas à cocaína contaminada são apenas a ponta do iceberg de um problema iminente à saúde pública representada pelo levamisole", disse Noah Craft, pesquisador principal do Los Biomedical Research Institute em Harbor-UCLA Medical Center (LA BioMed) e autor do relatório.
"Publicamos este relatório para educar o público para os riscos adicionais associados com o uso de cocaína e para aumentar a consciência entre os médicos que podem ver pacientes com estas reações cutâneas que são uma pista para a causa subjacente da doença. Esta reação pode ser confundida como uma doença auto-imune chamada vasculite, então, é importante para os médicos saberem sobre esta nova doença”, completa Craft.

Bebês que mamam correm menos risco de sofrerem morte súbita

A síndrome de morte súbita infantil é um mal que causa a morte repentina de mais de 2.500 crianças nos Estados Unidos todos os anos. A doença causa a morte repentina, sem que haja um motivo aparente para o falecimento.
Para analisar a relação entre a síndrome e o aleitamento materno, pesquisadores da Universidade de Virgínia realizaram uma revisão de 18 estudos feitos sobre amamentação entre os anos de 1996 e 2009.
Os resultados mostraram que crianças que foram amamentadas tinham chances 60% menores de sofrerem morte súbita, não importando a quantidade de leite ou tempo da prática. Em crianças que foram alimentadas exclusivamente com o leite da mãe, a probabilidade de a síndrome ocorrer era 73% menor.
De acordo com os pesquisadores, a relação entre o aleitamento materno e a diminuição dos riscos de morte súbita pode ser devido à maior facilidade que bebês amamentados têm de despertarem durante o sono. Crianças alimentadas através de mamadeiras não têm essa mesma habilidade.
Outra explicação possível seria a presença dos anticorpos no leite da mãe, o que ajudaria no fortalecimento do sistema imunológico da criança. Isso reduziria o risco de o bebê desenvolver infecções durante o período de maior vulnerabilidade e de maiores probabilidades de ocorrência da síndrome.
A recomendação médica é de que as crianças devem ser alimentadas apenas com o leite materno durante os primeiros seis meses de vida e, se possível, durante todo o primeiro ano.
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo acreditam que a descoberta deve ser incluída em panfletos que incentivam a amamentação e também de prevenção da síndrome de morte súbita.

Chá de yácon em altas doses pode prejudicar o sistema renal

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Ribeirão Preto (FCFRP) da Universidade de São Paulo (USP) analisaram o efeito que o consumo exagerado de chá de folhas de yacón tem no organismo de ratos e descobriram que esse pode causar lesões renais.
Nos testes, os animais foram submetidos a regimes de doses repetidas por um período de 90 dias. Ao final, os resultados mostraram que o chá feito a partir das folhas da planta causou lesão renal nos ratos. “A dose que lesionou os ratos equivale a três xícaras de chá consumidas diariamente por um humano de aproximadamente 70 quilos”, estima Rejane Barbosa de Oliveira, autora da pesquisa.
O yacón é de origem andina e suas raízes são consumidas cruas devido ao sabor adocicado e grande quantidade de inulina que armazena. Esse é um oligofrutano de baixo valor energético, e podem ser consumidas por pessoas com diabetes, já que não elevam os níveis de glicose sanguínea. O mesmo não é válido para o chá de suas folhas. “Caso consumam em doses repetidas, estas pessoas podem ter agravado seu quadro hiperglicêmico e estarão expostas ao risco de lesão renal”, afirma a pesquisadora.

Diagnóstico tardio aumenta as chances de morte por câncer de pulmão

Por ano, cerca de 1,52 milhões de novos casos de câncer de pulmão são diagnosticados. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esse tipo de câncer é o que mais mata no mundo, já que apresenta rápido crescimento e grande probabilidade de disseminar-se para outros órgãos.
Aproximadamente 60% dos pacientes só procuram ajuda médica cerca de um mês de após o início dos sintomas, quando a doença pode estar em estágio avançado. “O câncer de pulmão geralmente não tem sintomas específicos, embora muitos casos possam apresentar falta de ar, tosse e escarro com sangue. Nestes casos, um médico deve ser procurado com rapidez, para que o diagnóstico e início do tratamento aconteçam o quanto antes”, afirma o dr. José Rodrigues Pereira, membro da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) e coordenador da Comissão de Câncer. 
Outro agravante é que, justamente por não apresentar sintomas específicos, o câncer de pulmão pode ser confundido com outras doenças, como tuberculose e pneumonia. Estima-se que no Brasil serão diagnosticados cerca de 27 mil novos casos, e outros 90 mil poderão ter a doença e não receber o diagnóstico correto só esse ano.
O câncer de pulmão, se não tratado, pode matar em um período de 4 a 6 meses. Aquele que iniciar o tratamento logo após o diagnóstico, poderá obter uma melhor sobrevida mediana entre 9 e 12 meses. “Com o emprego de uma nova geração de medicamentos alvo específicos, em fase final de desenvolvimento, essa expectativa de vida poderá ultrapassar dois anos”, diz Pereira.

Energia de luz focalizada destrói tumores

A ablação a laser está trazendo esperança a pacientes que antes tinham poucas opções. Usado na Clínica Mayo, nos Estados Unidos, o tratamento destrói células cancerosas através do calor. A técnica, guiada por imagens de ressonância magnética (IRM), foi usada para aquecer e destruir tumores no fígado, rim e próstata.
Eric Walser, radiologista intervencionista da Clínica Mayo, explica que com a ablação a laser é possível alvejar com precisão os tumores e matá-los, sem danificar o resto de um órgão. "Acreditamos que existem vários usos potenciais para essa técnica, o que é muito estimulante", afirma.
A técnica de ablação a laser consiste na introdução de uma agulha no tumor, pela qual a energia da luz é transmitida até destruí-lo. O procedimento é realizado com a orientação do IRM, que é capaz de monitorar com precisão a temperatura dentro e em volta do tumor. Segundo Walser, é a combinação do laser com o IRM que garante o sucesso do tratamento.
Cerca de 15 pacientes já foram submetidos à ablação a laser. Os cientistas trabalham agora na aprimoração da técnica a fim de utilizá-la no tratamento de outros tumores, como os de pulmão, tireóide e ossos. “Os candidatos mais indicados para esse procedimento são os pacientes com um tumor solitário ou com um câncer metastático que ainda está confinado a um órgão", Walser explica.
Tumores com 5 centímetros de diâmetro ou menores são mais receptivos a esse tipo de tratamento. Já os maiores são tratados com radio e quimioterapia. Contudo, a ablação a laser não pode ser aplicada em qualquer paciente. Como o procedimento é realizado dentro do aparelho de IRM, pessoas com marcapassos ou outros implantes metálico não podem fazê-lo.
Apesar de o procedimento ser rápido, com duração aproximada de 2,5 minutos no caso de tumores no fígado e no rim, o paciente é submetido à anestesia geral para impedir que ele se movimente durante a realização do mesmo. Geralmente, o paciente pode voltar para casa no mesmo dia, e os efeitos colaterais, como dores, desaparecem em uma semana.

Por que mulheres criam expectativas e homens somem? Veja erros comuns e como evitá-los

à esquerda, Fernanda Mol, que tem em mente o perfil do homem ideal para ela. À direita, Leandro Sophia, que garante que passou da fase de fugir de relacionamentos sérios
à esquerda, Fernanda Mol, que tem em mente o perfil do homem ideal para ela. À direita, Leandro Sophia, que garante que passou da fase de fugir de relacionamentos sérios

Qual mulher nunca esperou ansiosa o telefone tocar no dia seguinte ao encontro? E qual homem não teve medo da insistente que liga sem parar, mesmo que mal se conheçam? Nem sempre as pessoas estão na mesma sintonia. E isso explica as expectativas frustradas e os sumiços repentinos.
"As pessoas buscam a alma gêmea, mas não percebem que precisam procurar a fase gêmea. É típico do sul-americano acreditar em amor à primeira vista e no 'seremos felizes para sempre'. Os europeus procuram fazer dar certo”, comenta o escritor Heverton Anunciação, que lançou recentemente o e-book "Por que as mulheres criam expectativas e os homens somem?".
De acordo com o autor, o segredo é estar em fase gêmea –aquela em que as pessoas procuram um mesmo ideal para o futuro e estão dispostos a construir algo juntas, sem abandonar o relacionamento ao menor sinal de brigas. “Em minhas pesquisas para o livro, conheci casais maravilhosos, mas que não mantiveram a relação. Muita expectativa pode gerar conflitos. Não é racionalizar o amor, mas investir para entendê-lo melhor.”
 

Erros comuns

Um dos maiores defeitos é a cobrança no relacionamento. “É preciso lembrar de dar algo em troca. Ao menor sinal de pressão, o parceiro ou a parceira pula fora mesmo, se não estiver a fim. Dê sinais do que quer sem cobranças. Mostre que a intenção é ter ou não uma família. Costumo dizer que em 45 dias de convivência ou o cara volta com tudo ou cai fora”, explica Heverton Anunciação, autor do e-book "Por que as mulheres criam expectativas e os homens somem?".

Chance para os errados
A empresária Fernanda Mol, 31 anos, tem um perfil de homem ideal e dispensa todos os que não passam em seu crivo. “Eu chuto mesmo. Eu quero um homem independente, seguro. Mas, às vezes, acho que devo dar chance para caras legais que não estão neste perfil. Quem sabe? Quando não damos nada para o relacionamento ele pode dar certo”, diz.

O comportamento é fruto de quem já teve muitas ilusões. “Hoje, se percebo que o cara criou expectativa, eu fujo. Dá para perceber quando ele te cerca demais, é muito bonzinho, muito amoroso. Eu não acredito em amor à primeira vista. Acho que tudo tem sua hora e forçar uma barra é ruim.”


Cheia de expectativa
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Suzana, que prefere não revelar o nome completo, achou que havia conhecido "o homem de sua vida". Recém-separado e com uma filha, embarcou no novo romance com ela. Em seis meses já faziam planos de casamento. Vestido alugado, apartamento financiado, data marcada na igreja e festa parcelada. Só que, dois meses antes, o noivo desistiu.

"Hoje, pensando melhor, percebi que ele não estava vivendo o mesmo momento que eu. Já vinha de um casamento e ficou com medo de entrar em outro sem se dar um tempo", conta.

Ele quer se casar uma vez só
Haroldo Saboia/UOL "Quero casar, comprar um apartamento, ter filhos", afirma Leandro Sophia, 32 anos
Quem disse que todos os homens fogem? Leandro Sophia, 32 anos,  não. Namorando há dez meses, o agente autônomo de investimento diz que está em uma fase "mais tranquila". “Fiquei solteiro por três anos, escolhia muito, pegava birra por besteiras, criava barreiras sem querer e procurava um perfil de mulher. Acho que não tinha encontrado a pessoa certa ainda”, comenta.
Leandro diz que sente-se resolvido emocionalmente,  profissionalmente e pronto para dar um passo adiante. “Quero me casar, comprar um apartamento, ter filhos. Mas tudo ao seu tempo e com planejamento. Vou casar uma vez só, então quero tudo bem certinho para não frustar a todos ao  meu redor.”

Filme reprisado

Angela Pereira, 36 anos, administradora de empresas, atrai os olhares masculinos na balada, com seus 1,86 m de altura e cabelos loiros. Mas não é por isso que ela troca telefone tão facilmente. "Eu estou fora! Sei que não vira nada. Já tenho experiência no assunto", diz ela, que afirma evitar homens bonitos. "Eles dão muito trabalho", explica.
Angela diz que, hoje, não cria expectativas. “A gente bate a cabeça e aprende com o tempo. Se o cara não liga no outro dia, paciência. Parto para outra. Sou bem pé no chão. Sei que causo um certo medo nos homens por ser independente. Hoje, me considero uma pessoa que mais foge do que cria expectativas. Ainda acredito na máxima: antes só do que mal acompanhada.”
 
Dez passos para não sofrer
Conheças as dicas do autor de "Por que as mulheres criam expectativas e os homens somem?", Heverton Anunciação, para não criar expectativas demais e nem querer fugir de um relacionamento:
 
1. Não existe relacionamento bom ou ruim. O que existe são níveis de maturidade ou atitudes boas e ruins. Esteja ciente de que o amor e a maturidade serão colocados à prova
2. Converse sobre tudo com seu par antes de assumir uma relação conjugal séria. Esconder pequenos defeitos, camuflar opções ou divergir em sonhos para o futuro podem arruinar o romance
3. Ninguém muda sua essência. Aceite o outro como é. É pela empatia que ambos aprenderão
4. Não pense em casar por causa de padrões familiares, amizades ou por solidão. Pense no amor, depois nos complementos. Afinal, é com o sentimento darão continuidade à família
5. Observe e aprenda com os erros e acertos em relacionamentos de amigos, familiares e vizinhos
6. Separe alguns dias exclusivamente para vocês se curtirem. Mesmo que o dinheiro e as horas sejam poucas. E não importa quanto tempo estão namorando ou casados
7. Pessoas interessantes aparecem a todo momento. Isso não significa que você irá querer ou será substituído. A traição é perigosa. Se o relacionamento não tem uma base forte, será o início do fim
8. Cada um tem seus próprios objetivos. Não queria absorver a individualidade total do par. São dois inteiros que se completam
9. Incentive o progresso emocional, espiritual, material, físico e intelectual de quem você ama. Assim, você enriquece a si mesmo
10. Não prenda a pessoa que você ama. O que é seu sempre voltará

Câncer de próstata não acaba com a vida sexual

Homens temem diagnóstico de câncer de próstata por medo da doença extinguir sua vida sexual. Esse comportamento faz com que os casos sejam detectados tardiamente, o que pode levar à morte.
Roger Kirby, especialista do Centro de Próstata, em Londres, diz que o acompanhamento psicológico é muito importante em casos de câncer de próstata, pois ele é capaz de amenizar as preocupações dos pacientes quanto à sua futura atividade sexual.
Segundo Lorraine Grover, especialista do Centro, as principais preocupações masculinas quando se fala do tratamento de câncer de próstata são: não conseguir manter a ereção; que sua libido diminua; que a parceira tenha um caso; e de não conseguir uma parceira, no caso dos solteiro.

O índice de pacientes que voltam às atividades sexuais sem nenhum problema é de 80%. Os outros 20% podem apresentar alguma disfunção, que é tratada por especialistas. "É por isso que os homens não devem ignorar os problemas de próstata, mas obter-se check-out”, Grover diz.

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