quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Droga artificial simula efeito de maconha e é vendida 'disfarçada'

A maconha artificial mais popular nos EUA, vendida como incenso, a K2 é alvo de resenhas em sites especializados, que também publicam vídeos ensinando a usá-la.
O fabricante, no entanto, já enfrenta problemas típicos do sucesso de qualquer produto: as falsificações. 
Os inventores da K2 --uma alusão à montanha no Himalaia-- até criaram um "selo de originalidade" para os pontos de venda, conforme seu próprio site indica, mas ainda há muitas cópias "piratas" por aí.
"Os usuários muitas vezes não fazem ideia do que estão usando. Eles se baseiam nos efeitos que os traficantes dizem que aquela droga vai ter", diz Rafael Lanaro, do Centro de Controle de Intoxicações do Hospital de Clínicas da Unicamp.
"O assunto está ganhando cada vez mais espaço nos congressos de toxicologia, mas ainda há pouca literatura sobre os efeitos, sobretudo os de longo prazo, dessas drogas", conclui.



Na foto acima, droga artificial que simula efeito de cocaína é vendida como sendo sais de banho nos EUA
Na foto acima, droga artificial que simula efeito de cocaína é vendida como sendo sais de banho nos EUA
SEM CONTROLE
O uso das drogas artificiais vem crescendo. Um estudo britânico divulgado na semana passada diz que a mefedrona (usada para fazer similares de cocaína e ecstasy) já é tão popular quanto a cocaína no Reino Unido. Mesmo assim, a maioria dos países ainda engatinha em seu controle.
Boa parte da Europa e os Estados Unidos estão se esforçando na proibição dessas substâncias, mas basta uma pequena engenharia química para que as drogas retornem à "legalidade".
"É muito fácil fazer uma pequena alteração química que muda sua nomenclatura", diz Lanaro.
Nos Estados Unidos, a maior frente de batalha é contra os canabinoides sintéticos. Trinta e oito dos 50 estados americanos baniram ou aguardam legislação para banir a venda dessas substâncias em seu território.
Por meio de sua assessoria, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) disse que, no Brasil, a análise e o subsequente banimento de substâncias vem da demanda de policiais e da própria população. No caso da recém-proscrita mefedrona, o apelo veio da Polícia Federal.
Apesar da proibição, coibir a venda e o uso dessas substâncias deve ser complicado. "Elas são mais difíceis de apreender porque os policiais não estão familiarizados com elas, a apresentação pode ser aparentemente inofensiva", avalia Lanaro.
Testes comuns de detecção de drogas não costumam identificá-las. A maioria passa desapercebida pelos cães farejadore.

Ameaça de fofoca pode inibir o egoísmo, afirma pesquisa

Pesquisadores da Universidade de Amsterdã, na Holanda, realizaram um estudo no qual mostram que a fofoca tem, sim, um lado bom: ela pode ser usada como ferramenta contra o comportamento egoísta.
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O estudo envolveu os participantes em uma atividade no laboratório. O grupo iria primeiramente se conhecer por computador e depois pessoalmente. A eles foi dito que seriam responsáveis por distribuir cem bilhetes referentes a um prêmio em dinheiro da loteria. Eles poderiam distribuir tudo ou pegar alguns para si.
A princípio, os pesquisadores disseram a cada um que ninguém sabia a quantidade exata de bilhetes – ou seja, eles poderiam separar para si a quantidade que quisessem e ninguém notaria. Depois de um tempo, voltaram e disseram que as pessoas sabiam a quantidade exata e por isso saberiam quantos bilhetes não haviam sido distribuídos. Depois, eles comentavam com os participantes que os outros costumavam fazer fofoca uns dos outros, mas depois voltavam e diziam que não era bem assim.
De acordo com os autores Bianca Beersma e Gerben Van Kleef, o objetivo era observar quão generosos ou egoístas os participantes seriam nas diferentes situações e sob a ameaça de virar assunto de fofoca.
O resultado: em todas as condições, os participantes foram egoístas em algum ponto – a maioria pegou mais bilhetes para si do que seria considerado justo. Mas quando aumentou o medo de ser alvo de fofoca, eles ficaram menos egoístas e distribuíram mais bilhetes entre o grupo.
“Quando houve a ameaça de fofoca, cada participante achou que sua ação poderia vir a ser o assunto. A fofoca pode ser maliciosa e prejudicial, mas tem um lado positivo – sua ameaça tornou-os mais justos e menos egoístas”, finaliza Beersma.

Chocolate pode ajudar na malhação, diz estudo

Testes com ratos mostrou que flavonoide presente no cacau pode potencializar o desempenho físico durante a malhação. Foto: Getty Images
Testes com ratos mostrou que flavonoide presente no cacau pode potencializar o desempenho físico durante a malhação

Uma boa notícia para os amantes do chocolate: cientistas investigam o efeito do alimento na resposta do corpo aos exercícios físicos, com informações do jornal The New York Times.
Cientistas da Universidade da Califórnia testaram em ratos a potencialidade da epicatequina, flavonoide encontrado no cacau. Divididos em grupos, os animais ingeriam doses da substância duas vezes ao dia.
Um dos grupos foi submetido a uma rotina de exercícios que consistia em caminhadas em uma esteira por um curto período do dia. Após 15 dias, todos os animais fizeram o teste da esteira, correndo até a exaustão.
O grupo que estavam bebendo apenas água se cansou mais rapidamente do que o grupo que recebeu a epicatequina. Os mais aptos, no entanto, foram os que combinaram a substância a exercícios, que chegaram a percorrer uma distância 50% maior do que a dos demais grupos.
Francisco Villarreal, um dos professores envolvidos no estudo, disse que "é provável que as células musculares contenham receptores específicos para a epicatequina".
No entanto, os cientistas avisam que o cacau processado perde boa parte do flavonoide. Para quem está em busca do efeito, a indicação é dar preferência à versão amarga, que concentra maior quantidade da epicatequina. Eles também afirmam que um pequeno quadradinho do tablete já é suficiente para causar esta reação, que ainda não foi testada em humanos.
Estudos recentes mostram, ainda, que pessoas que ingerem chocolate amargo moderadamente estão menos propensas a desenvolver altos níveis de pressão arterial, doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

18% dos homens com câncer assumem abusar do álcool

Levantamento feito pela Secretaria do Estado da Saúde mostrou que quase 20% dos pacientes com câncer admitem ter abusado do álcool ao longo da vida. Foto: Getty Images
Levantamento feito pela Secretaria do Estado da Saúde mostrou que quase 20% dos pacientes com câncer admitem ter abusado do álcool ao longo da vida

Um levantamento feito pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) mostrou que 18% dos homens com câncer assumem o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, segundo informa a Secretaria de Estado da Saúde.
Dos 2,8 mil pacientes do Icesp que admitiram a postura, 36% desenvolveram tumores na região da boca e garganta. De acordo com o diretor da instituição, Paulo Hoff, o hábito pode contribuir para a evolução da doença. "O consumo exagerado de álcool eleva as chances de desenvolver câncer de boca, laringe, esôfago, pâncreas e fígado. Além disso, pode aumentar o efeito carcinogênico de outras substâncias, principalmente o tabaco."
A pesquisa mostrou também que a postura está mais ligada ao sexo masculino do que ao feminino: apenas 4% das mulheres questionadas assumiram o hábito do alcoolismo.
Contra o câncer na região da cabeça e pescoço, a Secretaria da Saúde alerta para a importância do autoexame na boca em busca de caroços, ferimentos e manchas brancas, bem como a visita periódica ao dentista, que pode identificar com mais facilidade este tipo de problema.
Evitar o excesso de álcool e cigarro e manter uma alimentação saudável também são medidas simples no combate à doença.
A pesquisa ouviu 12,5 mil homens e 13,6 mil mulheres, atendidos entre agosto de 2008 e fevereiro de 2011 pelo Icesp.

Morar em bairros mais pobres afeta função cognitiva em mulheres, diz pesquisa

Idosas que moram em vizinhanças pobres se saem piores em habilidades como atenção, percepção, memória e raciocínio

Função cognitiva: mulhers que vivem em vizinhanças mais pobres têm habilidades como memória, atenção e percepção diminuídas Função cognitiva: mulhers que vivem em vizinhanças mais pobres têm habilidades como memória, atenção e percepção diminuídas
Mulheres com 65 anos ou mais que vivem em vizinhanças pobres têm maior chance de possuírem uma menor função cognitiva se comparadas com as que vivem em bairros mais ricos. Segundo pesquisa publicada no American Journal of Public Health, vizinhanças com baixo status socioeconômico podem gerar um impacto negativo em funções como a atenção, percepção, memória e raciocínio nesse grupo de mulheres.
Ao contrário de estudos anteriores, a pesquisa não conseguiu encontrar nenhuma correlação entre a baixa função cognitiva e o tempo de moradia de cada mulher. Os pesquisadores também não conseguiram descobrir se os níveis de renda e de educação de cada voluntária haviam fortalecido ou enfraquecido a relação entre o status da vizinhança e a função cognitiva. 
O estudo, de autoria da instituição sem fins lucrativos RAND Corporation, ainda revelou que fatores que podem piorar as condições cognitivas no futuro, como saúde vascular, comportamentos de saúde e fatores psicossociais (como depressão) não explicam inteiramente a relação entre o status da vizinhança e a função cognitiva. Embora o estudo não chegue a uma conclusão, vários médicos chamam a atenção para o fato de que pessoas com menos tempo de educação formal têm prejuízos cognitivos durante a velhice.

Durante a pesquisa, foram coletadas informações de 6.137 mulheres de 39 localidades dos Estados Unidos, todas com 65 anos ou mais. Elas receberam um teste padrão que media a função cognitiva por itens que avaliavam memória, raciocínio e funções espaciais. Descobriu-se, então, que aquelas mulheres que moravam em bairros pobres tinham resultados mais baixos nos exames.

Salmonela multirresistente a antibióticos alarma cientistas

Bactéria relacionada a infecções alimentares pode ter surgido a partir de aves comumente submetidas ao tratamento com antimicrobianos

Pesquisadores franceses identificaram o surgimento de uma cepa multirresistente da bactéria salmonela ao medicamento ciprofloxacina, antibiótico comumente utilizado para o tratamento de infecções alimentares. O estudo, realizado por pesquisadores do Instituto Pasteur, na França, foi publicado nesta quarta-feira no periódico científico The Journal of Infectious Diseases.
O levantamento foi realizado a partir de informações coletadas no banco de dados da Inglaterra, País de Gales, Dinamarca e Estados Unidos. Segundo o estudo, entre 2000 e 2008, uma cepa de salmonela multirresistente a antibióticos conhecida como S. Kentucky infectou 489 pacientes na França, Inglaterra, País de Gales e Dinamarca. Além disso, os pesquisadores relataram que as primeiras infecções podem ter se originado do Egito, entre 2002 e 2005, e também podem ter sido contraídas em várias partes da África e do Oriente Médio a partir de 2006. Estes casos são geralmente tratados com antibióticos chamados fluoroquinolonas, como a ciprofloxacina.
Cerca de 10% dos pacientes com a bactéria não relataram viagens internacionais. De acordo com os médicos, isso pode sugerir que as infecções também podem ter ocorrido na Europa em razão do consumo de alimentos contaminados importados ou por meio de contaminções secundárias.
A bactéria multirresistente S. Kentucky foi isolada a partir de galinhas e perus da Etiópia, Marrocos e Nigéria. Segundo os cientistas, as aves são um importante agente de infecção – já que a administração de fluoroquinolona é bastante comum em galinhas e perus de produção.
A infecção por Salmonela representa um problema de saúde pública no mundo inteiro. Estimativas sugerem que 1,7 milhão de pessoas sejam infectadas por ano na América do Norte. Entre 1999 e 2008, foram notificados 1,6 milhão de casos em 27 países europeus.
As infecções por salmonela costumam causar diarreia, febre e cólicas abdominais nos primeiros dias depois de comer o produto contaminado. Embora a maioria das infecções cause apenas uma gastroenterite leve, idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido são os principais afetados pelo problema e correm risco de ter que realizar tratamentos para o resto da vida.  Pacientes graves são tratados com antimicrobianos fluoroquinolonas, as principais opções para o tratamento de infecções graves ou sistêmicas causadas por salmonela.
O estudo destaca ainda a importância da vigilância sanitária em um sistema alimentar global. "Esperamos que a nossa publicação possa mexer na consciência das autoridades nacionais e internacionais de saúde, de alimentação e autoridades agrícolas para que eles tomem as medidas necessárias. É preciso controlar e impedir a disseminação desta cepa antes que se espalhe no mundo”, alerta Simon Le Hello, um dos autores do estudo. Nos anos 90, outra variante da Salmonela, a Typhimurium DT104, se espalhou mundialmente.

Medicações também podem contribuir para o aumento de peso

Alguns remédios agem no sistema nervoso, alterando o apetite e a saciedade 

Atualmente, a obesidade é um dos problemas de saúde pública que mais nos preocupa. Em parte por seu aumento nas populações e por todas as morbidades que acarreta, sendo difícil corrigir todos os seus fatores de risco.

Nos Estados Unidos cresceu 48% nos últimos 15 anos, anulando os ganhos de saúde atingidos pela redução de 20% do tabagismo no mesmo período de tempo. No Brasil, a obesidade aumentou entre 1989 e 1997 de 11% para 15%, sendo mais alarmante no sudeste do país e menos significativa no nordeste.

Entretanto, medicamentos que podem estar contribuindo para o aumento da circunferência da cintura da população muitas vezes não são considerados fatores de risco para a obesidade, conforme artigo publicado pelo grupo do Dr. Cheskin e por colaboradores no South Medical Journal.

A diferença é que ao contrário de uma dieta pobre ou da falta de exercícios, os medicamentos, por si só, não são um caminho rápido para a obesidade. Eles contribuem, desfavoravelmente, com os vários esforços de uma pessoa na modificação do seu estilo de vida.

Várias classes de medicamentos atuam no sistema nervoso central. Eles alteram a região do hipotálamo e os centros de saciedade e da fome através de mecanismos ainda não totalmente esclarecidos. Medicamentos também podem alterar a quantidade e o tipo de alimento que uma pessoa escolhe, perturbando o equilíbrio e aumentando o apetite. Tais interações alimento-droga são pouco descritos na literatura médica.

As discussões mostram que médicos hesitam em informar os pacientes sobre o potencial dos medicamentos para alterar o apetite com receio de que o ele conclua, erroneamente, que apenas a droga prescrita é responsável por seu ganho de peso e que, portanto, não dará a devida importância para a modificação do estilo de vida.

Em contrapartida, discutir abertamente os potenciais efeitos de um possível aumento de peso pelo uso de determinadas medicações traz diversas vantagens. Pacientes obesos com muitas morbidades associadas, por exemplo, tendem a tomar vários remédios. Claramente, quanto maior o número de remédios tomados, potencialmente maior a possibilidade de interações medicamentosas indesejáveis, incluindo aquelas que influenciam no aumento do apetite.

As crianças e os indivíduos com diagnósticos de doenças mentais são outras populações em risco.

São inúmeras as categorias de medicações que favorecem o acúmulo do tecido adiposo. É necessária investigação sobre a forma como medicações concomitantes podem interagir para causar ganho de peso, identificando aqueles que funcionam sinergicamente para promover obesidade e integrar ações que ajudem a orientar a prática clínica.

São vários os vários exemplos desses "vilões silenciosos" e cada um tem um mecanismo de ação distinto e ainda não totalmente esclarecido. Entre eles, medicações para o tratamento do diabetes do tipo 2 (insulina, sulfoniluréias, tiazolidinedionas ), anti-hipertensivos (diuréticos tiazídicos, diuréticos de alça, bloqueadores de canal de cálcio, beta bloqueadores), anti-histamínicos, hormônios esteróides, anticonvulsivantes e medicações psicoativas.

Deve-se considerar que não são todos os representantes destas classes de remédios que têm o potencial obesogênico. Além disso, há também a avaliação médica sobre o benefício imediato ou a curto e médio prazo no controle de um quadro clínico do qual estas medicações ainda são as escolhas principais. Não se trata de não prescrever. Trata-se de avaliar as possibilidades de minimizar o aumento do peso.

A prevenção é - e sempre será - uma forte aliada contra o ganho de peso pelo uso de medicações. Assim, comer mais lentamente, limitar a ingestão calórica, permanecer bem hidratado com bebidas diet ou light, não pular as refeições, não abusar dos lanches noturnos, escolher alimentos que atendam a ingestão diária recomendada de fibras, consumir legumes e frutas, evitar alimentos que contêm componentes altamente processados de gorduras, açúcar e outros carboidratos refinados são a melhor forma de combater a doença.

Informar os pacientes sobre o desregulamento do apetite pode levar a uma decisão conjunta na escolha de outra medicação ou ainda pelo uso de uma dose mais baixa. Esta tomada de decisão compartilhada pode melhorar a adesão do tratamento e os próprios pacientes prevenidos tornam-se capazes de reconhecer um aumento na ingestão calórica, sentindo-se motivados a tomar as medidas preventivas antes do ganho de peso ocorrer.

Mulheres que sofrem de violência sexual sofrem mais com problemas mentais

Índice de tentativas de suicídio também é maior entre essas vítimas

As mulheres vítimas de estupro e outras formas de violência sexual sofrem mais com doenças mentais ao longo da vida. A conclusão é de um estudo australiano divulgado nesta quarta-feira (3).
A pesquisa, que levou em conta resultados de um questionário realizado pelo Departamento Australiano de Estatísticas em 2007 com 4.451 mulheres entre 16 e 85 anos. De acordo com o estudo, os problemas mentais em mulheres que sofreram essas agressões não são "somente mais freqüentes, mas também mais graves”.
Os especialistas da Escola Psiquiátrica da Universidade de Nova Gales do Sul separaram quatro tipos de violência: violência conjugal, estupro, outros tipos de violências sexuais, e o assédio. Fizeram a mesma coisa para as enfermidades mentais, separando a ansiedade grave, a depressão e o consumo de drogas.
O estudo aponta que 69% das mulheres que sofreram dois dos tipos de violências classificadas têm problemas mentais ao longo de sua vida, e o nível aumenta para 89,4% nas mulheres que sofreram três tipos de violências.
O índice de mulheres que têm doenças mentais, mas não sofreram agressões sexuais, é de 28%, diz a psiquiatra.
A taxa de tentativas de suicídio é de 1,6% em mulheres que não sofreram violências sexuais, enquanto que alcança os 6% nas que sofreram algum tipo de violência e 34% em mulheres vítimas de três ou quatro agressões.

Cardiopatas desconhecem alimentos saudáveis para o coração

Fatores inusitados podem afetar o coração. Foto: Getty Images
Estudo mostrou que pacientes não sabem o quanto ingerir de cada alimento

Uma pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo apontou a falta de conhecimento de pacientes cardíacos sobre alimentos que fazem bem ao coração. O estudo foi feito com cardiopatas do hospital estadual Dante Pazzanese, referência em tratamento cardíaco na capital paulista.
No questionário aplicado aos cerca de 50 doentes em tratamento, todos afirmaram conhecer apenas um de uma lista de 17 alimentos mais recomendados para o cuidado cardíaco, no entanto, desconheciam os benefícios da maioria deles.
Outro dado levantado pelo estudo foi que os pacientes não sabem qual a quantidade diária recomendada de cada alimento. Segundo o levantamento, os alimentos mais consumidos pelos pacientes dentro das quantidades recomendadas são o azeite (87,23%), o alho (82,98%), a linhaça (76,60%), os produtos integrais (72,34%) e a aveia (70,21%).
No trabalho de orientação alimentar realizado pela equipe de nutricionistas Dante Pazzanese, a dieta ideal para o cardíaco deve ser composta de alimentos como: linhaça, peixes, chá verde, chocolate amargo, azeite, alho, abacate, aveia, soja, cereais e produtos integrais, óleos vegetais, iogurte, tomate, vinho, suco de uva e margarina com componente que diminui o colesterol ruim.
Os alimentos cardioprotetores são compostos bioativos que possuem ação sobre a diminuição da pressão arterial, do colesterol ruim, triglicérides e controle do peso. Também contribuem na melhora do colesterol bom e a diminuição da agregação plaquetária, que é responsável por controlar a boa circulação sanguínea para evitar coágulos e derrames. ¿Uma alimentação saudável, quando aliada ao tratamento clínico, melhora não só quadro geral do cardiopata, mas possibilita qualidade de vida ao longo do tratamento, principalmente nos casos crônicos¿, explicou a nutricionista responsável do hospital, Renata Alves.
Uma dica é ingerir uma colher de farinha de linhaça na refeição do almoço para diminuir a absorção de gorduras e carboidratos.
Confira o cardápio para a saúde do coração:
Café da Manhã:
- Pão francês pode ser substituído por pão integral, bolacha de água e sal ou torrada com margarina com fitosteróis (para diminuição do colesterol ruim)

- Leite desnatado ou queijo branco, leite de soja, ou iogurte natural
- Pode-se substituir café por chá verde. Cereais, ou aveia
ou
Café da Manhã 2:
- Iogurte com morangos e cereais sem açúcar

- Vitamina de leite de soja com aveia em flocos e banana
- Leite desnatado com pão integral e margarina light
Lanche da manhã:
- Fruta da época ou suco natural (uva, ou suco de uva)
Almoço e jantar:
- Arroz (preferencialmente integral) ou batata ou mandioca ou milho ou inhame ou cará. Feijão pode ser trocado por ervilha, soja, grão de bico, ou lentilha

- Carnes magras e grelhadas, cozidas e assadas, preferencialmente frango ou peixe
- Ovo cozido ou omelete. Incluir legumes crus e cozidos como: tomate, cenoura, beterraba, nabo, rabanete, abobrinha, abóbora, chuchu, berinjela, quiabo, vagem, pepino, jiló. A sugestão é que sejam temperados com um pouco de azeite e alho
- Verduras cruas e cozidas como: alface, acelga, agrião, escarola, mostarda, espinafre, couve, rúcula ou almeirão; Fruta ou suco natural
ou
Almoço e jantar:
- Salada verde com abacaxi e azeite para temperar.

- Arroz (preferencialmente integral), ou batata cozida, ou purê de mandioca ou purê de mandioquinha
- Feijão ou vinagrete de grão (lentilha, soja, feijão branco ou ervilha)
- Filé de peixe assado empanado com linhaça e gergelim, ou filé de frango grelhado.
- Tomate recheado com queijo branco ou legumes cozidos (cenoura, beterraba, chuchu, abobrinha). Suco de laranja com couve. Queijo branco com geleia de goiaba sem açúcar ou fruta da época
Lanche da tarde:
- Abacate ou fruta com farinha de linhaça, ou suco de limão com água de coco
Ceia:
- Chá verde com suco de maracujá;

Dietas fazem células do cérebro se canibalizarem, diz estudo

Um estudo publicado na revista científica Cell Metabolism pode ajudar a explicar por que é tão difícil seguir uma dieta de emagrecimento. Segundo a pesquisa, quando se passa fome, os neurônios responsáveis por regular o apetite passam a comer partes deles mesmos.
Os cientistas acreditam que isso aconteceria porque após um período de jejum e o uso emergencial de reservas de gordura, o corpo receberia um sinal de que há uma falta de comida e faria com que as células se alimentassem delas mesmas.
Os experimentos realizados com camundongos em laboratório revelaram que o ato de "autocanibalismo" destas células gera a liberação de ácidos graxos, que por sua vez resulta em níveis mais altos de uma substância química no cérebro (a proteína agouti, AgRP) que estimula o apetite.
Um dos responsáveis pelo estudo, o pesquisador Rajat Singh, do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, acredita que remédios que interfiram neste processo de autofagia das células do cérebro poderiam ajudar a tratar a obesidade, fazendo com que as pessoas sintam "menos fome e queimem mais gordura".
Segundo ele, quando a autofagia foi bloqueada nos neurônios dos camundongos, os níveis de AgRP não se elevaram em resposta à fome e os níveis de outro hormônio, o hormônio estimulante dos melanócitos, permaneceram altos. Esta alteração na química do corpo levou os camundongos a ficarem mais magros, já que eles comiam menos após um período de jejum e gastavam mais energia.
Por outro lado, Singh explicou que níveis cronicamente altos de ácidos graxos na corrente sanguínea, como acontece em pessoas com dietas ricas em gordura, podem alterar o metabolismo dos lipídios, "criando um circulo vicioso de superalimentação e equilíbrio de energia alterado." O estudo também pode ajudar a explicar por que o apetite tende a diminuir com a idade, já que as células de um corpo mais idoso não conseguiriam realizar a autofagia tão bem.

Choro não está diretamente ligado ao humor, segundo estudo

 . Foto: Getty Images
Apenas uma minoria dos episódios de choro foram associados a melhora de humor

A expressão "chora que passa" está com seus dias contados. Pelo menos é o sugere pesquisa publicada no periódico americano especializado Journal of Research in Personality. O estudo descobriu que derramar algumas lágrimas não tem efeito sobre o humor. Pelo menos para quase dois terços de um grupo de mulheres que tiveram as emoções diárias.
"Chorar não é tão benéfico quanto as pessoas pensam que é", diz Jonathan Rottenberg, principal autor do estudo e professor associado de psicologia na Universidade do Sul da Flórida. "Apenas uma minoria dos episódios de choro foram associados a melhora de humor".
Rottenberg suspeita que o choro não é o ato físico de catarse que muitos assumem que é. Em vez disso, sugere que aqueles que se sentiram melhor após uma sessão de choro podem não ter se beneficiado das lágrimas tanto como o apoio social, como de amigos e família.
Como parte do estudo, 97 mulheres holandesas com idades entre 18 e 48 anos registraram um total de 1.004 episódios de choro. Para 61% das mulheres, chorar não melhora o humor em tudo, embora as lágrimas não as façam sofrer mais. Apenas 9% das entrevistadas relataram sentir-se mais triste depois de uma crise de choro, enquanto 30% relataram se sentirem melhor.
O estudo também analisou o tempo médio no ato do choro e porquê as mulheres chegam a se emocionar. As participantes relataram sessões de choro com duração média de oito minutos, sozinhas ou na presença de uma outra pessoa. Mulheres relataram que a principal razão para as lágrimas foram conflitos, perdas e empatia ao sofrimento alheio.

Universidades federais têm menos de 10% de estudantes negros

Apesar de políticas afirmativas direcionadas à população negra, esse público ainda é minoria nas universidades federais. Estudo que será lançado nesta quarta-feira pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre o perfil dos estudantes de graduação mostra que 8,72% deles são negros. Os brancos são 53,9% , os pardos 32% e os indígenas menos de 1%.
Ainda que a participação dos negros nas federais seja pequena, houve um crescimento em relação à pesquisa anterior produzida pela Andifes em 2003, quando menos de 6% dos alunos eram negros. Isso significa um aumento de 47,7% na participação dessa população em universidades federais.
Para o presidente da associação, João Luiz Martins, a evolução é "tímida". Ele defende a necessidade de políticas afirmativas mais agressivas para garantir a inclusão. "A universidade tem uma dívida enorme em relação à inclusão de negros. Há necessidade de ampliar essas ações porque o atendimento ainda é muito baixo", avalia.
A entidade é contra uma legislação ou regra nacional que determine uma política comum para todas as instituições, como o projeto de lei que tramita no Senado e determina reserva de 50% das vagas para egressos de escolas públicas. "Cada um de nós tem uma política afirmativa mais adequada à nossa realidade. No Norte, por exemplo, a universidade precisa de uma política que tenha atenção aos indígenas. No Sul, o perfil já é outro e na Bahia outro", explica Martins.
O estudo mostra que os alunos egressos de escolas públicas são 44,8% dos estudantes das universidades federais. Mais de 40% cursaram todo o ensino médio em escola privada. O reitor da Universidade Federal do Pará (Ufpa), Carlos Maneschy, explica que na instituição metade das vagas do vestibular é reservada para egressos da rede pública. Desse total, 40% são para estudantes negros. Ele acredita que nos próximos anos a universidade terá 20% de alunos da raça negra. "Antes, nem 5% eram de escola pública", diz.

Nicotina protege o cérebro contra Parkinson, aponta estudo

Pesquisadores parisienses descobriram que a nicotina pode proteger o cérebro contra o Mal de Parkinson.
Os cientistas fizeram experimentos com ratos geneticamente programados para não terem um receptor de nicotina específico e ratos com um receptor funcional. Eles usaram tecido de embriões de ratos para preparar condições de culturas que favorecessem a perda progressiva de neurônios de dopamina – uma das principais características do Alzheimer.
Os experimentos mostraram que a nicotina tinha a capacidade de resgatar os neurônios de dopamina nas culturas de ratos normais, mas não podia fazer o mesmo nas culturas de ratos que não tinham o receptor de nicotina.
Para o co-autor da pesquisa Patrick P. Michel “esse estudo aumenta a esperança de um possível tratamento neuroprotetor de pacientes em um estágio precoce da doença ou até mesmo antes em um estágio onde a doença ainda não foi diagnosticada de acordo com o critério motor”. Os resultados encontrados sugerem que novas terapias para a doença podem ser desenvolvidas com foco nos receptores de nicotina.
A novidade não deve ser vista pelos fumantes como um benefício do hábito.
“Se é você é um fumante, não fique animado”, aconselha Michel. “Mesmo se fumar te proteger do Parkinson, você pode não viver o suficiente para desenvolver a doença porque fumar aumenta muito o risco de cânceres mortais e doenças cardiovasculares. Mas agora, nós devemos ser capazes de encontrar formas não-tóxicas de atingir o mesmo alvo”, completa.
A pesquisa foi desenvolvida no Institut du Cerveau et de la Moelle Epiniere, em Paris, e foi publicada no periódico The Federation of American Societies for Experimental Biology Journal.


Pacientes em tratamento de câncer devem evitar sol

Pacientes com câncer sofrem mais riscos ao se expor ao sol do que pessoas sem a doença, dizem médicos norte-americanos. "A pele que foi tratada com radioterapia pode perder parte de sua capacidade natural de proteção por causa das mudanças que ocorrem com o tratamento”, explica Elizabeth Kvale, da Universidade do Alabama. “A região da pele exposta à radiação deve estar completamente protegida da exposição ao sol", diz.
De acordo com a Sociedade Americana de Oncologistas Clínicos, pacientes com câncer de pele também deve tomar cuidados especiais para proteger a áreas da pele que serão tratadas. As cicatrizes cirúrgicas devem ser cobertas, uma vez que podem escurecer em contato com a luz solar.
Pacientes que perdem o cabelo durante o tratamento de quimioterapia devem proteger o couro cabeludo, pois a região é frágil e pode queimar facilmente. O calor elevado também oferece riscos, por essas pessoas estão mais suscetíveis à exaustão e desidratação, além de aumentarem os casos de vômitos, diarreia e náuseas.
Kvale recomenda a ingestão de muito líquido ao longo do dia, incluindo a mastigação de gelo para aliviar a secura na boca, e evitar bebidas alcoólicas ou que contenham cafeína. Comer frutas e verduras também auxilia no alívio dos sintomas.

Um em cada dez idosos não consegue comprar medicamentos

Pesquisa realizada pela Universidade de Harvard mostra que um em cada dez idosos, incluindo pacientes com câncer, não conseguem terminar o tratamento devido aos altos custos dos medicamentos.
A pesquisa baseou-se em dados de sondagem coletados em 2005 e comparou pacientes que tiveram câncer com os que sofreram com outras doenças. Os resultados mostraram que 6% dos sobreviventes de câncer e 9% das pessoas sem tumores disseram gastar menos com necessidades básicas, como comida, para comprar medicamentos.
Os idosos adotam técnicas para baratear o tratamento, como comprar drogas genéricas, solicitar amostras grátis, comparar preços, e alguns optam por práticas perigosas para fazer o remédio durar por mais tempo, como pular comprimidos.

Brasileiro de 17 anos vence Olimpíada Internacional de Informática

Estudante conseguiu 598 pontos de 600 possíveis e superou mais de 300 concorrentes

Felipe Olimpíada
Felipe Abella diz que ainda tem tempo de namorar

Se concorrer no mercado de trabalho para um adulto, formado e aparentemente seguro é uma tarefa difícil, está na hora de aprender com o paraibano Felipe Abella Cavalcante Mendonça de Souza. O estudante conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil na IOI (Olimpíada Internacional de Informática), realizada na cidade de Pattay, na Tailândia.

Classificado entre mais de 300 participantes de 80 países, Felipe atingiu uma marca que é um sinônimo de orgulho para qualquer pai: conseguiu 598 de 600 pontos possíveis nos testes. A viagem do “pequeno gênio” à Ásia foi apoiada pela Fundação Carlos Chagas e, além dele, outros três competidores da equipe brasileira trouxeram na bagagem suas medalhas de bronze: Renato Ferreira Pinto Júnior e Marcos Massayuki Kawakami, de São Paulo, Caíque Porto Lira, do Ceará.
Eles contribuíram para que o Brasil ficasse à frente de países tradicionalmente vencedores na categoria, como Inglaterra, França, Canadá e Alemanha no quadro de medalhas.

Modéstia

O que mais surpreende no campeão Felipe é sua sinceridade e objetividade, quando questionado sobre como desenvolveu a paixão pelos computadores e pela programação, antes de mesmo de escolher seu curso superior. Mas a escolha desse último, claro, não é surpresa para ninguém.

- Eu sempre tive curiosidade sobre como os computadores funcionam, desde criança. E pretendo seguir carreira fazendo exatamente isso: já iniciei meus estudos na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), no curso de Ciência da Computação.

Felipe contou que uma das questões mais difíceis da prova foi a questão “Race”, mas não explicou muito bem do que se tratava o desafio. Algo nada simples que relacionava, num mesmo problema, matrizes bidimensionais e vetores. De qualquer maneira, o estudante do ensino médio avaliou bem sua participação e a de seus colegas na olimpíada.

- Acho que fomos muito bem, pois além da medalha de ouro, todos os brasileiros conseguiram medalhas. O país está com resultados cada vez melhores. As medalhas, antigamente duas a cada edição, transformaram-se em quatro, desde 2007.

O paraibano campeão não conhecia a Tailândia e aproveitou a chance proporcionada pela competição para também passear pela Bulgária e Canadá, em outras etapas pelas quais passou até chegar à final. Para ele, uma experiência interessante por ter a oportunidade de conhecer a cultura de países diversos. Mas, em plenos 17 anos, com tanto estudo, dá tempo de namorar?

- Apesar de estudar bastante, ainda sobra algum tempo para o lazer, embora a maior parte eu gaste saindo com amigos.

Felipe, que além da medalha, também ganhou um software de matemática que ainda não teve tempo de testar, deixa seu valioso conselho para quem quer trilhar seus passos, nos próximos anos.

- O segredo é estudar muito e treinar com questões de todos os tipos, para estar tranqüilo no momento das provas.

Química do cérebro explica por que o fumante se sente triste ao parar com o vício

Proteína da mudança de humor é ativada horas depois de o tabagista deixar o cigarro

Um dos sintomas mais comuns de quem para de fumar é a sensação de tristeza, uma leve depressão. Isso acontece porque ao pararem bruscamente de consumir cigarros, o cérebro começa a liberar uma proteína responsável por essa sensação.
A descoberta foi realizada por uma pesquisa do Centro de Dependência e Saúde Mental (CAMH, na sigla em inglês), do Canadá, divulgada nessa semana no Archives of General Psychiatry.
Segundo o cientista Jeffrey Meyer, autor do estudo, o abandono do cigarro, entre aqueles que acendem um atrás do outro, leva ao aumento de proteínas do cérebro relacionada à alteração de humor, chamadas monoaminas cerebrais (MAO-A, na linguagem médica).
Ao analisarem o cérebro de 48 pessoas, divididas em grupos de fumantes e não fumantes, a equipe liderada por Meyer descobriu que os níveis de MAO-A em regiões do cérebro que controlam o humor aumentou 25% após o então fumante ter deixado de dar as baforadas por oito horas. Esses níveis eram muito mais elevados do que o apontado no outro grupo.

A proteína MAO-A age como “comedora” de substâncias químicas no cérebro, como a serotonina, que criam a sensação de bem estar. Quando os níveis da proteína são muito elevados, como o que ocorre quando o fumante exclui o cigarro da sua vida, significa que esse processo de remoção está bastante ativo, fazendo com que as pessoas se sintam tristes.


Todos os 48 participantes preencheram questionários e os fumantes com os níveis mais altos de MAO-A também eram os que mais sentiam tristeza.


- Compreender a tristeza durante a abstinência do cigarro é importante porque essa sensação torna difícil para as pessoas pararem de fumar, especialmente nos primeiros dias. Além disso, o tabagismo pesado está muito associado com a depressão clínica.
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