Pesquisadores da Universidade de Amsterdã, na Holanda, realizaram um estudo no qual mostram que a fofoca tem, sim, um lado bom: ela pode ser usada como ferramenta contra o comportamento egoísta.
O estudo envolveu os participantes em uma atividade no laboratório. O grupo iria primeiramente se conhecer por computador e depois pessoalmente. A eles foi dito que seriam responsáveis por distribuir cem bilhetes referentes a um prêmio em dinheiro da loteria. Eles poderiam distribuir tudo ou pegar alguns para si.
A princípio, os pesquisadores disseram a cada um que ninguém sabia a quantidade exata de bilhetes – ou seja, eles poderiam separar para si a quantidade que quisessem e ninguém notaria. Depois de um tempo, voltaram e disseram que as pessoas sabiam a quantidade exata e por isso saberiam quantos bilhetes não haviam sido distribuídos. Depois, eles comentavam com os participantes que os outros costumavam fazer fofoca uns dos outros, mas depois voltavam e diziam que não era bem assim.
De acordo com os autores Bianca Beersma e Gerben Van Kleef, o objetivo era observar quão generosos ou egoístas os participantes seriam nas diferentes situações e sob a ameaça de virar assunto de fofoca.
O resultado: em todas as condições, os participantes foram egoístas em algum ponto – a maioria pegou mais bilhetes para si do que seria considerado justo. Mas quando aumentou o medo de ser alvo de fofoca, eles ficaram menos egoístas e distribuíram mais bilhetes entre o grupo.
“Quando houve a ameaça de fofoca, cada participante achou que sua ação poderia vir a ser o assunto. A fofoca pode ser maliciosa e prejudicial, mas tem um lado positivo – sua ameaça tornou-os mais justos e menos egoístas”, finaliza Beersma.
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