terça-feira, 5 de abril de 2011

Cientistas encontram gene ligado ao consumo de álcool

Rara variante genética faz seu portador beber até 5% menos

Cientistas identificaram um gene que parece ter papel na regulação de quanto álcool uma pessoa bebe. Eles dizem que a descoberta poderia ajudar na busca por tratamentos mais eficazes contra o alcoolismo e as bebedeiras.
Em um estudo com mais de 47 mil voluntários, uma equipe internacional de cientistas descobriu que pessoas que possuem uma rara variante de gene chamado de AUTS2 bebem em média 5% menos álcool do que as com a variante mais comum.
O gene AUTS2, também conhecido como "candidato 2 de suscetibilidade ao autismo", havia sido previamente relacionado ao autismo e à desordem de hiperatividade do déficit de atenção, mas sua função real não está clara, explica Paul Elliott, do Imperial College de Londres, que integrou a equipe do estudo.
- Claro que há uma porção de fatores que afetam o quanto de álcool uma pessoa bebe, mas nós sabemos que os genes desempenham um papel importante. A diferença que esse gene particular produz é somente pequena, mas ao encontrá-la abrimos uma nova era de pesquisa.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o uso prejudicial do álcool resulta em 2,5 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Esse é o terceiro maior fator de risco no mundo para doenças como desordens neuropsiquiátricas, como é o caso do alcoolismo e epilepsia, bem como doença cardiovascular, cirrose do fígado e várias formas de câncer.
Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College, de Londres, disse que a combinação de estudos genéticos e dados comportamentais deve ajudar os cientistas a compreender melhor as bases biológicas dos motivos pelos quais as pessoas bebem, algumas delas em excesso.
- Esse é um primeiro passo importante em direção ao desenvolvimento da prevenção e tratamentos de abuso e dependência de álcool.
No estudo, publicado na revista da National Academy of Sciences, a equipe analisou amostras de DNA de 26 mil voluntários em busca de genes que parecem afetar o consumo de álcool e depois checou suas descobertas em outras 21 mil pessoas.
Em uma parte da pesquisa, depois de identificar o AUTS2, os cientistas analisaram o quanto o gene era ativo em amostras de tecidos do cérebro. Eles descobriram, então, que as pessoas com a variante do gene relacionada ao menor consumo de álcool tinham uma atividade maior no gene.

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