sexta-feira, 27 de maio de 2011

Adolescente brasileiro é despreparado para iniciar vida sexual; indicam estudos

Sexualidade e gestação na adolescência no Brasil em números

- Entre 14-15 anos em média dá-se a iniciação sexual
- Só 12,9% das meninas são levadas pelas mães, avós e tias para uma primeira consulta ginecológica antes de iniciarem sua vida sexual

- 47,8% das adolescentes já tiveram uma ou mais gestações quando da primeira consulta
- O Brasil tem 35 milhões de adolescentes e 28% dos recém-nascidos são filhos deles
- 60% dessas adolescentes grávidas afirmam nunca terem utilizado método contraceptivo ou deixaram de usar após um tempo, pois não acreditavam que isso poderia acontecer com elas
- Menos de 60% dessas relações sobreviveram até o nascimento dessa criança
- Após um ano de vida, menos de 15% dessas relações terão os pais vivendo um relacionamento a dois
Fonte: pesquisas apresentadas no Congresso da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de SP (Sogesp - outubro 2009)
Falar de adolescência e sexualidade implica em repensar a atitude de pais, educadores e profissionais da saúde com relação à educação sexual de crianças e adolescentes.
Temos que ter clareza que a ingenuidade é uma ficção criada por muitos pais para não lidar com a realidade da sexualidade, dos desejos e descobertas vividas nessa fase da vida.
E que mal há em se viver descobertas?
Nenhum mal haverá se essas adolescentes estiverem orientadas e conscientes do que significa viver a sexualidade, para que essa experiência seja uma escolha sem diversos tipos de risco. Isso se pais, professores, profissionais da saúde assumirem o compromisso de orientar o adolescente para a sexualidade.
Falar de sexo ainda é tabu
A maioria das famílias brasileiras não fala sobre sexualidade.
Os filhos namoram, saem, ficam, mas o máximo que alguns pais dizem é: "cuidado hein", ou "juízo", ou o famoso "cuide-se".
Que significado isso pode ter para um adolescente que não foi educado para viver uma sexualidade segura? Como fica a prevenção de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis, gravidez inesperada e ganho precoce de responsabilidade?
Reforço a importância de trabalhar a educação sexual de adolescentes, pois a vida sexual desses está cada vez mais precoce. Em média entre 14-15 anos dá-se a iniciação sexual.
Segundo pesquisas apresentadas no Congresso da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de SP (Sogesp - outubro 2009), apenas 12,9% das meninas são levadas pelas mães, avós e tias para uma primeira consulta ginecológica antes de iniciarem sua vida sexual.
Quase metade das nossas adolescentes - 47,8% delas -, já tiveram uma ou mais gestações quando da primeira consulta.
Temos hoje no Brasil 35 milhões de adolescentes e 28% dos recém-nascidos são filhos de adolescentes. E esse número não é maior, pois muitas adolescentes (principalmente as de classe média e média alta) têm erroneamente usado a pílula de emergência em alta frequência; como se esse fosse um método contraceptivo. Mas não é, o nome já diz, é uma pílula de emergência!
Muitas dessas adolescentes engravidam na primeira relação sexual e a maioria engravidará no primeiro ano após a iniciação sexual.
60% dessas adolescentes grávidas afirmam nunca terem utilizado método contraceptivo ou deixaram de usar após um tempo, pois não acreditavam que isso poderia acontecer com elas.
É preciso orientar o adolescente sobre:
- Aprender a conhecer o corpo, pois aprender maneiras de ter prazer, trazem ao adolescente uma responsabilidade e um cuidado especial com o corpo, aliado a isso, falar de sexo, de prevenção à gravidez e DSTs;
- Ter cuidados de higiene;
- Ter o cuidado e direito para evitar abusos. A grande maioria das meninas inicia a vida sexual por apaixonamento e pressão do garoto. Muitas delas, talvez a maioria, em busca de achar e viver seu sonho de um grande amor e, por medo de perder essa chance, se entregam à vivência sexual sem nenhuma proteção (preservativo) ou anticoncepção.
Mas a realidade dos contos de fada não acontece. Com a gravidez, a maioria das adolescentes se veem afastadas dos amigos, sofrem pressão familiar, sofrem com a mudança do corpo e sofrem com a precoce responsabilidade de ter uma criança. Muitas vivem isso solitariamente, pois o "tal príncipe" desencantou e continua saindo com colegas e vivendo sua vida. Menos de 60% dessas relações sobreviveam até o nascimento dessa criança. E depois de um ano de vida menos de 15% dessas terão os pais vivendo um relacionamento a dois.
Por isso é preciso ajudar essas adolescentes a terem uma boa autoestima e estruturar um caminho de conquistas contra essa ilusão do imediatismo. Ou seja, construção de um projeto de vida: faculdade, carreira profissional... sem que o sexo seja um vilão na vida desses jovens.

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