segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sintomas da síndrome do pânico aumentam gradualmente após evento estressante

Uma demissão repentina, por exemplo, gera estresse em qualquer tipo de pessoa. Naquelas com transtorno do pânico, eventos desse tipo podem desencadear crises de ataque. Mas ao contrário do que se pensava, as crises não são imediatas, mas gradativas, podendo ser percebidas apenas semanas ou meses depois, é o que aponta um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Brown, nos EUA.
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Segundo os pesquisadores, pacientes, familiares e terapeutas devem permanecer vigilantes em longo prazo. “Quando os pacientes não se sentem diferentes, eles podem diminuir a vigilância. De acordo com nossa pesquisa, o ataque pode se dar três meses depois ou mais. Por este motivo, essa pessoa deve ser assistida”, diz Martin Keller, autor do estudo.
O estudo, publicado no periódico Journal of Affective Disorders, aponta que os sintomas de pânico também não aumentam com antecedência a eventos estressantes previsíveis, como um divórcio se tornando oficial, por exemplo.
O estudo é baseado em avaliações anuais de mais de 400 adultos com transtorno do pânico ou transtorno do pânico com agorafobia (medo de espaços abertos ou multidões), que participaram de um estudo amplo intitulado Harvard/Brown Anxiety Research Project (HARP), feito entre 1998 e 2004. Os pesquisadores pediram aos voluntários que detalhassem questões padronizadas sobre eventos importantes em suas vidas e seus níveis de ansiedade.
A análise estatística dos resultados apontou que, para eventos estressantes da vida nas categorias “trabalho” – como uma demissão ou diminuição de cargo – ou “amigos/família” – como uma discussão familiar –, os sintomas de pânico que apresentavam níveis variáveis antes do evento aumentavam de forma constante e gradual, pelo menos 12 semanas depois.
Eventos de estresse em outras sete categorias, como “crime” ou “morte”, não pareceram afetar os sintomas de pânico
Segundo os autores, outras pesquisas têm relacionado o estresse aos ataques de pânico. “Eventos estressantes são associados com o início do transtorno do pânico na maioria dos casos”, diz Ethan Moitra, coautor do estudo. “Uma possível explicação para isto seria a tendência básica de pessoas com o transtorno perceberem quando uma crise de hiperventilação se aproxima, que por sua vez leva ao ataque de pânico”.
Moitra acredita que ainda são necessárias mais pesquisas para determinar o tipo de papel causal que os eventos estressantes podem ter. “Isso pode ser uma das razões pelas quais os transtornos do pânico podem piorar”, conclui.

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