Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que um composto formado por nanopartículas fabricadas à base de óleo de arroz promove a melhora da hidratação e da oleosidade da pele de pessoas diagnosticadas com dermatite atópica ou psoríase.
Alguns produtos dermatológicos, como cremes hidratantes e protetores solares, já utilizam as nanopartículas em sua composição, e alguns adicionam o óleo de arroz como base à sua composição.
De acordo com Daniela Spuri Bernardim, farmacêutica responsável pela pesquisa, o objetivo era saber se o uso da nanotecnologia poderia potencializar o óleo de arroz, permitindo seu uso não apenas na prevenção, mas também em situações críticas de problemas na pele. Para tal, a farmacêutica realizou testes com 26 voluntários em que o óleo de arroz foi aplicado no antebraço (sem lesões) de 17 pessoas com pele normal, 9 com psoríase e 8 com dermatite atópica.
Os resultados demonstraram alta hidratação da pele dos dois grupos e um aumento positivo de oleosidade. "Isto implica numa melhora na função de barreira da pele e não uma cura, mas na possibilidade de um tratamento complementar ao usual que pode atuar também como preventivo, uma vez que a pele menos ressecada causa menor possibilidade de formação de placas ou de feridas", explica Bernardim.
A substância utilizada pela farmacêutica atua como antioxidante e adjuvante no tratamento da pele ressecada de quem tem uma ou outra doença, pois ajuda na formação de uma proteção maior à camada mais externa da pele, além de evitar processos inflamatórios e reduzir a utilização de corticosteroides (hormônios sintéticos que inibem a inflamação).
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