sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Acúmulo de gordura no fígado afeta 32% dos paulistanos

Silenciosa, doença ligada a maus hábitos, como sedentarismo e dieta rica em carboidrato e frutose, pode evoluir para câncer de fígado e cirrose


Gordura no fígado pode causar cicatrizes e até tumores no órgão, além de complicar outras doenças pré-existentes como diabetes e hipertensão
Gordura no fígado pode causar cicatrizes e até tumores no órgão, além de complicar outras doenças pré-existentes como diabetes e hipertensão 

Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgada durante o Congresso Brasileiro de Hepatologia, em Salvador, mostrou que 32% das pessoas estudadas têm acúmulo de gordura no fígado, mais conhecido como esteatose hepática. Assintomática, a doença não está relacionada ao consumo abusivo de álcool, mas é capaz de evoluir para câncer e cirrose se não for tratada. Em geral, vem acompanhada de outras enfermidades ligadas ao aumento da taxa de obesidade da população brasileira, como diabetes, hipertensão, altas taxas de colesterol ruim, entre outras.
O levantamento foi feito com base em 14.292 exames de check up na cidade de São Paulo, realizados entre 2006 e 2010. Do total dos pacientes pesquisados, 77% eram homens com idade média de 40 anos. Para a pesquisa, foi também avaliada a presença de hipertensão arterial, diabetes, nível de atividade física, presença de risco para estresse e depressão. Dos 32%, somente em 15,1% a esteatose estava associada ao consumo elevado de álcool. Nos outros 84,9%, a esteatose estava associada a homens com mais de 45 anos, que tinham presença de síndrome metabólica e sobrepeso (IMC maior que 25).
A condição reduz a capacidade do corpo de responder a insulina, hormônio que ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue. "Uma pessoa que começa a depositar gordura na barriga e no fígado desenvolve resistência a insulina", explica Edison Parise, autor do estudo e chefe do serviço de hepatologia da Escola Paulista de Medicina. "Esses pacientes tendem a evoluir para complicações da doença de base e também podem desenvolver ou piorar doenças coronarianas e diabetes", diz.
O diagnóstico pode ser feito a partir de um ultrassom do abdome e um exame das enzimas do fígado. Algumas pessoas são mais propensas a ter a doença. De acordo com Parise, 90% dos obesos mórbidos têm a doença hepática gordurosa não alcoólica. Entre os diabéticos, a taxa pode chegar a 70%. Pessoas com sobrepeso têm três vezes mais chances de ter a doença do que aqueles com o peso normal. O especialista explica que é uma doença assintomática, que não causa nenhum tipo de desconforto ou sintoma visual.
Entre as possibilidades de tratamento, estão a adoção de hábitos saudáveis, como dieta e exercícios físicos, e até o uso de medicamentos que sensibilizam a ação da insulina.

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