terça-feira, 18 de outubro de 2011

Amor, sexo e relacionamento: verdades e mentiras

Vamos examinar aqui algumas afirmações sobre o amor, o sexo e o relacionamento que são muito divulgadas pela mídia. 

1. Não é correto usar a experiência pessoal ou informações sobre poucos casos para definir modelos que todos devem seguir.  As conclusões baseadas na experiência pessoal e nas informações sobre uns poucos casos não devem ser apregoadas como modelo para todas as outras pessoas. Existem vários tipos de amor e preferências sexuais. Se os casamentos de uma pessoa não deram certo, ela não pode concluir e passar a divulgar que os casamentos estão fadados ao fracasso. Se ela trai ou se foi traída várias vezes, isso não a autoriza a concluir que todo mundo trai.Também não é uma evidência muito forte citar alguns casos de conhecidos para apoiar conclusões. Geralmente ligamos o radar para localizar pessoas que têm experiências semelhantes às nossas ou experiências que confirmem as nossas conclusões.

2. Existem vários tipos de amor. Praticamente todas as pesquisas nesta área mostram isso (Eros, Ludos, Estorge, Mania, Seguro, Ansioso-ambivalente etc.). Existem estilos que combinam e que outros que não combinam . Por isso, é difícil definir o que é o amor. Também não dá para afirmar que a minha maneira de amar é a correta e que a dos outros não é boa ou que não é amor.

3. Acredito no casamento personalizado. Antigamente havia um modelo único de casamento que todos deviam seguir (o homem era o “cabeça do casal”, o provedor etc. e a mulher, a “rainha do lar”, a assexuada etc.). Somos muito diversificados para nos ajustarmos a um único modelo. É como o sapato número trinta e sete: embora este seja o número médio da população, se todos tiverem que usá-lo ficará pequeno para muitos, grande para outros tantos e só servirá para uma minoria.

4. Acredito que é possível ter amor romântico e atração sexual pelo mesmo parceiro indefinidamente. Uma pesquisa realizada por Helen Fisher mostrou que certa percentagem de casados há mais que vinte anos tinha padrões cerebrais similares aos dos casais apaixonados que estavam no início de seus relacionamentos amorosos. Creio que podemos aprender um estilo de relacionamento que prolonga o amor romântico e a atração sexual de quase todos os casais.

5. Homens e mulheres, somos essencialmente semelhantes. Quando ouço aquela afirmação de que os homens são de Marte e as mulheres, de Vênus brinco que o autor do livro que tem este nome é de Plutão. Isso porque ele não entende quase nada sobre os seres humanos. Não é necessário um manual para entender o sexo oposto! Todos nós, homens e mulheres, queremos ser felizes, gostamos de conforto, gostamos do reconhecimento das outras pessoas, gostamos de sexo, amamos, queremos ser correspondidos etc. Em algumas áreas existem algumas pequenas diferenças que são ampliadas por diversos autores alarmistas!

6. Vale a pena investir no relacionamento. Uma das áreas que mais afeta o nosso bem estar físico e psicológico é o relacionamento amoroso. Basta lembrar a quantidade de filmes, novelas, livros, músicas e horas de conversa que dedicamos a esse assunto para nos espantarmos com o tempo, esforço e dinheiro que são merecidamente dedicados a esse tema. Ter carrão, belas roupas, casa na praia, viajar para o exterior, tudo isso é, sem dúvida, muito bom. Nada se compara, no entanto, com a união com uma companheira que nos admira, apoia, ama, faz sexo como ninguém mais, compartilha o nosso destino e tem ousadia suficiente para estar sempre expandindo os nossos limites.

8. Namorar é preciso. Muita gente se descuida do romantismo depois que o relacionamento estabiliza. Creio que este é o caminho certo para matar o amor romântico. O casal tem que lembrar-se daquilo que fazia quando ia para os encontros, na época que o relacionamento começando e o amor era intenso: arrumar-se, perfumar-se, fazer programas diferentes e surpreendentes, considerar o outro como o foco da atenção, olhar nos olhos, falar frases de amor, beijar...Fazer tudo isso mantêm o romance vivo...manter o romance vivo induz tudo isso. Experimente!

9. Trair geralmente não vale a pena. Os custos da traição geralmente superam os seus benefícios. Trair é emocionante no início. A novidade é mais excitante do que aquilo que já estamos acostumados. Por isso, ser correspondido por uma nova parceira melhora a autoestima, traz uma sensação de aventura eo proibido é mais excitante do que o permitido. Depois o preço pode ser alto. O maior preço, creio eu, é a perda da integridade: ter que mentir, enganar o parceiro, simular e dissimular....tudo isso é um tanto degradante para quem age assim.Os risco externos são a perda do relacionamento, as consequências que podem ser impostas por quem foi traído, as consequências para os filhos e para o network.O melhor é terminar um relacionamento e iniciar outro ou se houver algo que impeça a continuidade do relacionamento, confessar, negociar e, se for o caso, sair dele. 
Claro que existem circunstâncias que  favorecem a traição e atenuam tal falta: alta de amor e sexo no relacionamento, maus tratos, perda da atratividade do parceiro são alguns exemplos.  Muitas vezes essas condições estão presentes e, ao mesmo tempo, existem motivos fortes para não terminar o relacionamento: filhos, dependências econômica, etc. Esse conjunto muitas vezes redunda em traições.

10. Acontecem menos traições do que imaginamos. As interpretações das estatísticas de traições geralmente são incorretas. Se uma pessoa passa 18.600 dias sem trair (quarenta anos) e trai uma vez, ela entra nas estatísticas dos traidores. Eu acho que a conclusão correta é o contrário desta anterior:esta pessoa resistiu bravamente a todas as tentações durante 18. 599 dias e só fraquejou em um dia! Um estudo americano de 1995 mostrou que cercas de 96% das pessoas tiveram apenas um ou nenhum parceiro no ano anterior à pesquisa. Ou seja, apenas cerca de 4% das pessoas haviam traido no ano anterior a pesquisa.

11. Somos capazes de amar várias pessoas ao mesmo tempo. Geralmente evitamos pensar dessa forma ou deixar que isso aconteça. Se não houvesse este tipo de autocontrole, amaríamos várias pessoas simultaneamente. Fazendo uma analogia: também temos desejos de roubar, matar, mentir etc. e tentamos evitar fazer essas coisas devido às consequências morais, psicológicas e sociais que elas acarretam. A paixão geralmente é dirigida a uma pessoa por vez. Ou seja, geralmente ficamos obcecados por uma única pessoa: pensamos nela o tempo todo, fantasiamos com ela e a achamos maravilhosa. No amor, essa obsessão cessa e, ai, podemos apreciar várias pessoas, tal como podemos gostar de vários amigos ou de vários parentes. Também podemos ter diferentes tipos de amor, cada um deles por uma pessoa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...]
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.