quinta-feira, 6 de outubro de 2011

É preciso reagir à desilusão com perdão e bondade

As desilusões estão por aí. Faz parte da experiência de viver enfrentá-las, faz parte da capacidade de amadurecer desenvolver mecanismos para superá-las. Lidando diariamente com elas, noto algo interessante. 
No terreno amoroso-afetivo e no profissional-financeiro, o peso da desilusão é maior: ela desaba mais contundente, deixa marcas amargas, cicatrizes fundas, ódio, raiva, decepção.
No campo familiar, por sua vez, a desilusão acaba mitigada, se manifesta, geralmente, menos impactante e psicologicamente devastadora. Por que será? Ora, a explicação possível está vinculada ao tipo de expectativa que se nutre, às esperanças envolvidas nas situações. Vamos entender melhor.
Uma flechada disparada por alguém que amamos deveria doer tanto (e talvez mais) do que uma desferida por desconhecido, alguém distante e sem intimidade. Mas não é o que ocorre. Nossa capacidade de perdão funciona como bálsamo para a alma agredida, alívio para as dores e injustiças.
A sabedoria espiritual indica, portanto, a necessidade de compreendermos e ativarmos mais e melhor, justamente, esse mecanismo de perdão. Ele é poderoso agente de regulação do tipo de preço simbólico que vamos pagar nessa ou naquela situação existencial. Extrair um dente dói exageradamente, por isso mesmo somos gratos à anestesia, que bloqueia o sofrimento desnecessário.
No plano esotérico, a angústia, aflição e amargura são equalizadas e niveladas pela tranquilidade do coração. Em diversos arranjos e provações que precisamos superar, enrijecer não é a melhor proposta. Mobilizar um conjunto de forças pode se mostrar uma burrice inútil. Nossos avós repetiam, do alto de suas sabedorias, "não dar murro na ponta da faca!". Estavam cobertos de razão, contra a brutalidade do aço afiado, nada de descer o braço.
Devemos transportar para as arenas exteriores à nossa casa a capacidade de aceitação e perdão que exercitamos dentro dela. Ver o outro com os olhos amorosos com o qual divisamos nossos entes mais queridos - pais e filhos, netos e avós - é possibilidade de acalmar a alma e conectá-la com sentidos maiores do amor universal.
Pode parecer, numa primeira abordagem, que estou pedindo e defendendo uma tolerância exagerada. Nada disso. Estou defendendo uma opção mais serena no modo de viver, cada vez mais necessária, aliás, nas cidades e vidas enfurecidas que estamos enfrentando nesse início de século.
Ganham todos? Claro que sim... mas, antes de mais nada e acima de tudo, ganha você que aceitar essa verdade evidente e tiver desenvoltura espiritual suficiente para dela se servir: bondade é a trilha para a vida plena.

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