quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Estudo sugere que gentileza tem fator genético

Variação é relacionada com a ocitocina, conhecida como "hormônio do amor"

Pessoas dotadas de um certo traço genético são mais gentis e carinhosas do que as demais e esta característica pode ser rapidamente identificada por estranhos, revelou um estudo publicado nesta segunda-feira (14) nos Estados Unidos.
Esta variação é relacionada com a ocitocina, gene receptor também conhecido como "hormônio do amor" porque costuma se manifestar nas relações sexuais e incita comportamentos sociais como união e empatia.
Cientistas da Universidade do Estado do Oregon desenvolveram um experimento no qual 23 casais, cujos traços genéticos eram conhecidos dos pesquisadores mas não dos observadores, foram filmados.
Pediu-se a um dos membros do casal que contasse ao outro sobre um período de sofrimento de sua vida. Os observadores deviam observar o ouvinte por 20 segundos, com o som desligado.
Na maior parte dos casos, os observadores conseguiram identificar quais ouvintes tinham o "gene da gentileza" e quais não, revelou a pesquisa, cujos resultados foram publicados na edição de 14 de novembro do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, explicou o principal autor do estudo, Aleksandr Kogan, estudante de pós-doutorado da Universidade de Toronto.
- Nossas descobertas sugerem que até mesmo a variação genética mais sutil pode ter impacto tangível no comportamento das pessoas e que estas diferenças comportamentais são rapidamente notadas pelos demais.
Nove entre 10 pessoas, consideradas "menos confiáveis" pelos observadores neutros tinham a versão A do gene, enquanto 6 entre os 10 considerados os "mais pró-sociais" tinham o genótipo GG.
Os participantes da pesquisa foram testados antecipadamente e identificados como detentores dos genótipos GG, AG ou AA para a sequência de DNA do gene receptor de ocitocina (OXTR).
As pessoas com duas cópias do alelo G foram geralmente consideradas mais empáticas, confiáveis e amorosas.
As dotadas dos genótipos AG ou AA tenderam a dizer que se sentiam menos confiantes de modo geral e menor sensibilidade parental. Pesquisas anteriores demonstraram que estes indivíduos também apresentavam um risco mais elevado de desenvolver autismo.
- Nosso estudo questionou se estas diferenças se manifestam em comportamentos rapidamente detectáveis por estranhos e demonstrou que são.
No entanto, nenhum traço genético pode prever totalmente o comportamento de uma pessoa e é necessário fazer mais pesquisas para descobrir como esta variação afeta a biologia comportamental.

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