Alguns depoimentos soam como cochichos no ouvido de outra usuária, que aproveita para confessar o mesmo desejo. Muitos têm uma dose de culpa ou deixam transparecer o medo do desconhecido. Partem de mulheres como todas nós, tão parecidas e ao mesmo tempo tão diferentes entre si: as solteiras, as que têm namorado, muitas têm marido, algumas são mães. Em comum, fantasias com outra mulher.
Dá jacaré?
Ainda que manifestem vontade, às vezes bate uma insegurança antes de colocá-la em prática, o que fica claro no depoimento da usuária Confusa Demais. "Às vezes tenho mais tesão quando vejo uma mulher nua do que um homem nu. Sinto muita vontade, mas morro de medo", diz. Da mesma forma, a usuária Escorpiana Ciumenta nutre a fantasia e tem receio de realizá-la: "Tenho atração, mas tenho medo. Acho que o preconceito interno fala mais alto".
Dá tesão
Em vez de ficar só na fantasia, elas partiram para a realidade. Aerovip, usuária do Bolsa, já viveu duas experiências com mulheres. "Foi encantador. O processo de sedução, os climas criados e as vias de fato foram obras de arte transpostas para a realidade", conta. Pixoxa, outra usuária, demorou alguns anos, mas experimentou uma noite com outra mulher. "Desde adolescente tinha uma fantasia de conhecer outra mulher intimamente. Tenho 46 anos. As pessoas me dão 36 e me sinto com 20. No ano passado realizei minha fantasia. Gostei muito e quero repetir", diz.
A usuária da rede social do Bolsa Linelili também já passou por experiências com outra mulher. Hoje ela é casada e o marido nem desconfia desse lado da esposa. "Foi ótimo quando aconteceu. Amei, penso muitas vezes e quero repetir", conta ela, assegurando que ama o marido e com ele quer construir uma família. "Apenas gostaria de ter algumas vezes uns encontros com mulheres. Não há nenhum constrangimento, é lindo. Vale a pena", afirma Linelili.
Na farra, ficar com outra mulher pode ser excitante. Mas e na hora de apresentá-la aos seus pais? A usuária do Bolsa Saak já ficou com meninas e conta sua história. "Gosto de ficar com meninas, mas a pressão da sociedade é muito grande. Então, fui me castrando um pouco", conta ela se dizendo em paz consigo mesma. "Para mim, assumo isso numa boa. Não me sinto culpada ou mal comigo mesma. Também gosto de meninos e não me sinto pervertida, pois faço com naturalidade e não porque está na moda", diz Saak.
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