quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Brasil inclui novas vacinas em calendário de proteção para crianças

Mudanças farão parte do calendário de imunização e provocarão economia de gastos

O Ministério da Saúde divulgou, nesta quarta-feira (18), o novo calendário de vacinação do país, em que serão incluídas a vacina injetável contra a poliomielite (no Brasil se popularizou a vacina em forma de gotinha para essa doença) e a pentavalente, que protegerá os brasileiros contra cinco doenças. As mudanças passam a valer em agosto deste ano.
A vacina injetável, que é feita com o vírus inativado “morto”, só serão aplicadas para crianças que estão iniciando o calendário de vacinação. A nova vacina contra a poliomielite deve ser tomada primeiro aos dois meses de idade (ela substitui a oral), aos quatro meses, aos seis meses e aos 15 meses. 
A adoção do novo produto será feita em paralelo com a campanha nacional de imunização, que continuará sendo realizada com as duas gotinhas da vacina oral, segundo o ministro da saúde, Alexandre Padilha.

- Ela [a vacina oral] tem um grande efeito de mobilização que precisa ser mantido. Mas a inativada tem uma grande vantagem que é a proteção. Embora a oral fosse de risco muito baixo de eventos adversos após a vacinação – foram 46 casos em 20 anos – a proteção passa a ser muito maior nas primeiras doses, onde tinha a maior notificação desses eventos.
A poliomielite é uma doença infecciosa causada pelo poliovírus selvagem, que pode atingir o sistema central e causar paralisia muscular ou até a morte.

A doença é altamente infecciosa e afeta principalmente crianças pequenas. O vírus é transmitido por meio de água e alimentos contaminados e se multiplica no intestino, de onde pode se alastrar e invadir o sistema nervoso. Com isso, ele pode destruir neurônios motores, que ativam os músculos. O paciente pode ter a chamada paralisia flácida, que atinge principalmente os membros inferiores.


Uma em cada 200 pessoas infectadas acaba ficando paralisada de forma irreversível. Entre essas pessoas, de 5% a 10% morrem porque os músculos envolvidos na respiração ficam paralisados.


Por causa das campanhas de vacinação contra a doença, realizadas no Brasil há mais de 30 anos, o país não registra casos da doença há mais de 20 anos – o último caso foi confirmado em 1989, na Paraíba. As vacinas são dadas para que o corpo fique crie uma defesa contra a infecção e fique “treinado” para combater o vírus.
Barbosa explica que a vacina poliomielite com vírus inativado foi incluída no calendário para acompanhar uma tendência mundial de acelerar o processo de extinção da doença no planeta.

Ainda há 25 países na Ásia e na África em que o problema persiste, como Índia, Paquistão, Nigéria e Afeganistão. A imunização ainda é necessária, portanto, porque há o risco de uma pessoa viajar e trazer o vírus para o país.
Proteção contra cinco doenças
A pentavalente une a atual tetravalente, que inclui vacinas contra difteria, tétano, coqueluche e gripe, com a imunização contra hepatite B. A dose deve ser tomada aos dois meses (substituindo a tetravalente e a de hepatite B que seria no primeiro mês), aos quatro meses (substituindo a tetravalente) e aos seis meses (substituindo a tetravalente e a de hepatite B)
O Ministério da Saúde vai comprar neste ano 8,8 milhões de doses da pentavalente, com um custo total de R$ 91 milhões, e 8 milhões de polivalente inativada, ao custo de R$ 40 milhões.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a economia estimada com a nova vacina será de R$ 600 mil por ano.
- Com a nova forma de imunização as famílias irão menos aos postos, as crianças vão levar menos picadas e vamos gastar menos com transporte e armazenamento dessas doses.
Em até três anos, o governo pretende chegar à vacina heptavalente, que unirá a pentavalente à imunização contra meningite C conjungada e a poliomielite inativada.

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