segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Começa contagem regressiva para colisão de sonda russa com a Terra

Fobos-Grunt estudaria a composição de uma lua marciana mas não conseguiu deixar a órbita da Terra

Concepção artística do planeta Marte com sua maior lua, Fobos, à frente. Se tivesse conseguido sair da superfície da Terra, a sonda Fobos-Grunt recolheria uma amostra de solo do satélite marciano
Concepção artística do planeta Marte com sua maior lua, Fobos, à frente. Se tivesse conseguido sair da superfície da Terra, a sonda Fobos-Grunt recolheria uma amostra de solo do satélite marciano

A agência espacial russa, a Roscosmos, começou a contagem regressiva para a colisão da estação interplanetária Fobos-Grunt com a Terra. A sonda deveria estudar uma das luas de Marte, mas está à deriva em torno da Terra desde o dia 8 de novembro de 2011.
De acordo com um comunicado da Roscosmos, a queda da nave deve ocorrer entre 10 e 21 de janeiro, mais provavelmente no dia 15. Quanto ao local da colisão da sonda, a Roscosmos só deve prevê-lo 24 horas antes da entrada na atmosfera.
Segundo a agência russa, a nave não representa nenhuma ameaça ao planeta. A superfície da Terra será atingida apenas por cerca de 20 a 30 fragmentos da nave, com uma massa conjunta que não ultrapassará 200 quilos. O resto da sonda será desintegrado ao reentrar na atmosfera terrestre.

Queda livre -
Nos últimos meses, duas naves também se chocaram com a Terra: o satélite meteorológico americano UARS, que caiu em setembro no oceano Pacífico, e o alemão ROSAT, um mês depois, no Índico.

O Centro Geral de Reconhecimento Espacial do Ministério da Defesa russo, que determinou com precisão a data e o local da queda do UARS e do ROSAT, vigia os parâmetros da órbita da estação ininterruptamente.


Defeitos -
A Fobos-Grunt pretendia ser a primeira nave espacial a pousar na superfície de Fobos, uma das duas luas do planeta vermelho, para estudar a matéria que deu origem ao sistema solar.

"A estação foi projetada e construída com graves defeitos, do sistema de comando ao programa de abastecimento", diz  Igor Lisov, diretor da revista Cosmonautics News.


Herança perdida -
O programa de lançamentos russo está em plena crise após vários acidentes. Lisov explicou que entre a desintegração da União Soviética, em 1991, e 2007, o programa espacial russo teve um financiamento estatal insuficiente e que o recente reforço de caixa não será notado na qualidade do trabalho em menos de cinco anos.
 Para Lisov, a respeitada herança da escola soviética, em grande parte, já se perdeu.  "Só conservamos o programa de naves pilotadas, os satélites de comunicações e o sistema de navegação GLONASS", disse.
Lisov acredita que a Rússia, a primeira potência a enviar um homem ao espaço (Yuri Gagarin, em 1961), ainda poderá competir com a China, mas não com os Estados Unidos.

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