sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

HPV oral é mais comum em homens do que em mulheres

Especialistas reforçam a necessidade da vacina de HPV para prevenção

Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association revelou que o papilomavírus humano (HPV) oral, vírus transmitido pelo contato sexual e que causa câncer oral, é mais comum em homens do que em mulheres. A análise foi liderada por uma pesquisadora do departamento de oncologia viral da Ohio State University?s Comprehensive Cancer Center, nos Estados Unidos.
A pesquisa foi baseada em dados 5.579 pessoas que participaram da National Health and Nutriotion Examination Survey entre 2009 e 2011. Todos fizeram teste para identificar o vírus HPV.
Os resultados mostraram que um em cada 15 americanos estava infectado com o HPV oral e que a taxa de incidência do problema em homens era de 10%, contra apenas 3% em mulheres. Além disso, o estudo descobriu que o vírus é mais frequente entre idosos de 60 a 64 anos (11,4% dos casos ocorrem nessa faixa etária), parceiros sexuais recentes, fumantes, pessoas que consomem muita bebida alcoólica e usuários de maconha.
A vacina de HPV é recomendada, principalmente, para pessoas a partir dos nove e 10 anos de idade, ou seja, antes do início da atividade sexual. Tanto pessoas do sexo masculino quanto do feminino podem ser vacinadas. Especialistas afirmam que a prevenção é extremamente importante, já que portadores do vírus oral têm um risco 50 vezes maior de desenvolver câncer oral.

Saiba como prevenir e tratar o HPV

O Human Papillomavirus, popularmente conhecido como HPV, é um vírus que provoca lesões de pele e mucosa tanto em homens como em mulheres. Os sintomas mais comuns são o aparecimento de verrugas na vagina, pênis e ânus. Mas em boa parte das vezes, a infecção por HPV aparece de maneira assintomática e as lesões - neste caso chamadas de subclínicas - podem passar despercebidas ao exame de rotina.
O que torna essa infecção ainda mais séria é que alguns desses vírus têm relação íntima com o desenvolvimento do câncer de colo de útero. "98% dos casos de câncer de colo de útero estão relacionados com a presença dos vírus HPV tipos 16 e 18", afirma professor do Departamento de Urologia da Santa Casa de São Paulo, Julio José Máximo de Carvalho.
Ele estima que cerca de 30% das mulheres está atualmente contaminada por um dos tipos de vírus HPV. A boa notícia é que apenas 4% delas desenvolvem câncer de colo de útero. O especialista explica também que, na maioria dos casos, as lesões causadas são transitórias e combatidas espontaneamente pelo sistema imune, sem maiores danos ao organismo.
Mesmo assim, é muito importante realizar o diagnóstico de maneira precoce. "Além do exame de Papanicolau, capaz de identificar a presença de células cancerosas, é também importante a realização periódica da Genitoscopia. Trata-se de um exame onde o médico verifica microscopicamente a existência de lesões no colo do útero e nos genitais", explica.
Segundo ele, os tratamentos são diversos e dependem do caso. Para a eliminação das verrugas, geralmente é usado o método da cauterização química ou elétrica. Em outras situações, pode ser recomendado o uso de cremes e medicamentos via oral que têm ação imunológica protetora das células.

É possível prevenir?

Como o HPV geralmente é transmitido através da relação sexual, o uso do preservativo diminui consideravelmente a possibilidade de transmissão do vírus, apesar de não evitá-la totalmente. Por isso, usar camisinha é recomendado inclusive entre parceiros casados.
O urologista aconselha, ainda, evitar o tabagismo e o uso de drogas que podem interferir negativamente no sistema imunológico, facilitando a infecção por HPV. A multiplicidade de parceiros sexuais também favorece a transmissão do vírus.
Por fim, é importante lembrar que já existem vacinas contra o HPV capazes de proteger dos tipos de vírus mais presentes no câncer de colo de útero.

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