segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Discriminacao racial pode provocar problemas de saude a longo prazo

Uma pessoa que sofre discriminação racial, além de todos os problemas sociais que se vê obrigada a enfrentar, pode ter sua saúde prejudicada. Essa é a conclusão de um estudo feito na Universidade de Rice, no Texas, Estados Unidos, que avaliou tanto os problemas de saúde relatados por negros quanto por brancos. A pesquisa foi divulgada no periódico Journal of Health and Social Behavior.
A maioria dos estudos sobre esse tema havia analisado os problemas de saúde em decorrência da discriminação racial apenas com negros. Essa nova pesquisa, porém, considera o problema também em relação aos brancos, e compara as consequências para as pessoas das duas raças.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores levantaram dados de 5.902 adultos negros e 28.451 adultos brancos, registrados em 2004 pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco Comportamentais dos EUA. Com base nessas informações, estabeleceram a relação existente entre raça, classe social, percepção de comportamento discriminatório e problemas de saúde — que foram mensurados com base na avaliação do próprio participante, e não apoiados em diagnósticos médicos.

Um número maior de negros relatou ter saúde deficiente: 22.7%, em oposição aos 14% dos brancos, e cerca de 18% dos negros e de 4% dos brancos disseram já ter recebido um tratamento de saúde pior devido a sua raça. Essa mesma porcentagem de negros e brancos afirmou também que considerava ter altos níveis tanto de distúrbios emocionais quanto de sintomas físicos e que esses problemas se deviam a um tratamento discriminatório relacionado à raça.
Para os autores do estudo, a classe socioeconômica exerce um papel fundamental sobre a relação entre discriminação racial e problemas de saúde. “Na verdade, a influência da raça na saúde é mais ajustada conforme o nível socioeconômico”, afirma o estudo. Para os pesquisadores, o fator socioeconômico é mais determinante do que o fator racial nos prejuízos à saúde dos brancos, enquanto que, em relação aos negros, a piora na saúde se deve a ambos os fatores.
“O comportamento discriminatório pode muito bem ser um ‘elo perdido’ na análise das desigualdades racial e étnica na saúde. É importante reconhecer e estudar seu impacto na saúde a longo prazo”, diz a socióloga Jenifer Bratter, uma das autoras do estudo. “Em última análise, esperamos que os profissionais e pesquisadores no campo da medicina reconheçam a contribuição tanto da classe social quanto do tratamento interpessoal para a saúde de todas as populações raciais”, afirma.

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