terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ficar grudado não é prova de amor e pode destruir a relação

Casais que vivem em uma relacão grudenta podem estar com os dias contados
Casais que vivem em uma relação grudenta podem estar com os dias contados



  Estar junto o tempo todo nem sempre é bom para o relacionamento e, segundo especialistas, casais que não dão importância à individualidade podem ter os dias da relação contados. Laila Pincelli, psicóloga especializada em terapia de casal, revela que é comum presenciar depoimentos de frustrações de parceiros que abdicaram parte de sua vida pelo outro.
“Isso é muito comum, principalmente entre as mulheres. Geralmente, quem age desta maneira imagina que está agradando o parceiro e que essa atitude fará com que o outro a veja como uma pessoa especial e dedicada. Muitas vezes, o processo de abrir mão de suas coisas acontece gradativamente e sem que a pessoas tenha consciência dele e de suas consequências”, diz Laila.
A terapeuta ainda afirma que esse comportamento pode, inicialmente, ser confundido com uma prova de amor. “Algumas pessoas agem assim na ânsia de querer mostrar ao outro o quanto a relação é importante. No entanto, com o tempo, começam a surgir as cobranças e os ressentimentos. O casal que faz tudo junto e deixa de lado a individualidade tende a transformar o dia a dia em uma rotina cansativa, sem atrativos e alegria; inclusive, sem diálogo. Já vi muitos parceiros que não conversam mais por não terem o que falar. Afinal, ambos vivem na redoma de fazer tudo junto e em uma rotina metódica.”
Para Ceci Akamatsu, terapeuta e autora do livro “Para que o Amor Aconteça - Deixe as Ilusões de Lado e Transforme sua Vida Afetiva” (R$ 24,90, Verus Editora), ainda há outro problema a ser discutido: o grude não significa proximidade e intimidade dos casais.
“Nossa interação com o outro vai além do nível físico. Compromete também as dimensões emocional, mental e espiritual e para que tudo esteja em harmonia, é necessário que existam momentos isolados, em que precisamos estar bem e sozinhos para pensar ou meditar. Se não soubermos distinguir o que é nosso ou do outro, a interação passa a acontecer de forma distorcida e, em algum momento, esse desequilíbrio aparece na relação, seja na forma de cobranças, brigas, traições ou outras situações desagradáveis”, diz.
Desgrude
Paulo Tadeu, editor de livros, encontrou uma maneira inusitada para combater o grude: mora em casa separada de sua mulher, Elisa Stecca, designer de joias. Ambos estão no segundo casamento e comemoram o formato da relação.

“Tudo foi acontecendo gradativamente e chegamos à fórmula de sermos vizinhos de parede, por uma oportunidade de vaga na casa ao lado da minha. Posso dizer que nossos estilos de vida e personalidades somaram para que chegássemos a esse resultado. Hoje, temos o melhor dos dois mundos, estamos juntos o tempo todo, mas temos o privilégio de ter nossos espaços, quando precisamos de individualidade”, conta Tadeu.
No entanto, o editor também acredita que dá para viver debaixo do mesmo teto e de maneira saudável. “Eu acho que é possível ser feliz de uma maneira tradicional, mas é necessário respeitar a individualidade e as vontades do outro. O respeito ao espaço do parceiro também é essencial, já que todos nós temos momentos em que precisamos ficar um pouco sozinhos”, defende.
Mas se você não pode se dar ao luxo de viver em casas separadas ou ainda nem é casado e já vive um relacionamento grude, a terapeuta Ceci Akamatsu enumera dicas para evitar o efeito devastador desse comportamento para a relação. Navegue pelas abas abaixo e descubra maneiras de deixar o compromisso mais leve:

Combata o grude em cinco passos


  • Fique só

  • Cultive a sua individualidade e identidade. Marque encontros semanais com os amigos ou faça atividades sem a companhia do (a) parceiro (a), como academia ou algum curso.

    Vale, ainda, lembrar das coisas que você gostava de fazer quando estava solteiro, como ver televisão ou até ficar em casa sem nada para fazer. De maneira equilibrada e saudável, esse ciclo será saudável para ambos. Experimente!

  • Aceite o outro

  •  Busque aceitar a si mesmo e ao outro, sem julgamentos ou cobranças, e deixe a pessoa amada livre para tomar as decisões dela. Um (a) parceiro (a) não precisa ser absolutamente igual a você e as diferenças se complementam.
    Lembre-se: estar com alguém, antes de tudo, é uma escolha e não uma obrigação.

  • Escute

  • Aprenda a ouvir o outro, compreendendo as suas diferenças e individualidade. Para que isso aconteça, também tenha como base a aceitação, citada na aba anterior.

  • Desapegue

  • Cada um deve ter preferências, mas não apegos. Podemos preferir que o parceiro se comporte de tal maneira, mas não podemos esperar que ele atenda aos nossos desejos, criando expectativas sobre ele.

  • Sem drama

  •  Não leve tudo para lado o pessoal nem esteja sempre com uma postura reativa. E o mais importante: não faça dramas.
    Lembre-se que tudo que nos incomoda no outro, na realidade, também mostra aquilo que também temos em nós. Não necessariamente como um espelho, mas como algo relacionado.
    Portanto, se alguém do casal decide fazer algo sozinho e o outro se irritar, vale refletir se o irritado não gostaria de estar fazendo o mesmo.

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