quarta-feira, 6 de julho de 2011

Saiba quais segredos você não pode esconder do ginecologista

Algumas informações não podem ser omitidas do seu médico. Foto: Getty Images
Alguns segredos devem ser relatados ao médico

Todo mundo tem segredos. Isso é fato. Afinal, muitas vezes não queremos revelar alguma peculiaridade do nosso passado, por vergonha ou por acharmos irrelevante. Todavia, há assuntos que devem ser expostos, principalmente com o seu ginecologista. "A relação médico-paciente deve ser pautada na mais estrita confiança", destacou o ginecologista Edílson Ogeda, do Hospital Samaritano de São Paulo (SP), lembrando que a mulher deve encarar seu médico como um aliado, não alguém que vai censurá-la ou criticá-la.
"Quando a paciente confia em seu médico, ela se sente segura para relatar tudo o que for preciso, necessário ou que a aflija, porque saberá que os princípios éticos que norteiam a profissão, como o sigilo, serão respeitados pelo médico. E o médico terá a empatia necessária para se colocar no lugar dela e buscar toda a forma possível de tranquilizá-la, dar esperança, amenizar a dor, o sofrimento ou a luta pela cura", disse o Dr. Edílson Ogeda.
Por isso, há informações que não devem ser omitidas e outras que são opcionais, como a orientação sexual. "Muitas vezes as mulheres se sentem constrangidas de falar sobre o seu tipo de comportamento sexual na primeira consulta e às vezes ela precisa explicar o tipo de relacionamento sexual envolvido. Por exemplo, se ela tiver relações sexuais com mais de um parceiro ou parceria, poderá ter mais chances de sofrer de corrimentos de repetição e, ao explicar seu comportamento, o médico pode buscar atitudes durante a vida sexual que diminuam esta incidência", contou Poliana Prizmic, ginecologista e obstetra da Clínica Dr. José Bento de Souza, da capital paulista.
Sobre as doenças de histórico familiar ou pessoal, ambos os médicos concordaram que nunca devem ser omitidas, sendo que até mesmo as enfermidades que afetam ou afetaram o parceiro e sua família devem ser relatadas para que o profissional possa dar orientações e realizar prevenções sobre o problema. Quanto às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), é essencial que o ginecologista saiba se há ou houve quaisquer contaminação porque, segundo Ogeda, alguns exames mostram infecção pregressa e não atual e muitas DSTs se correlacionam com outras e saber o problema facilita a investigação direcionada do mal. "Essas doenças devem ser acompanhadas principalmente se a mulher pretende engravidar", lembrou Poliana.
O uso de medicamentos ou drogas também deve ser descrito ao médico, "pois pode haver interação medicamentosa e as usuárias de drogas, lícitas ou não, devem saber quais os riscos e sequelas que elas podem causar, principalmente em casos de gestações, já que podemos ter fetos mal formados e gravidez de alto risco", contou a ginecologista, que listou ainda cirurgias realizadas, alergias, medicação usada no momento da consulta (até fitoterápicos e vitaminas), devem ser contados ao médico.
Sem vergonha
Muitos casais lançam mão de brinquedos eróticos para apimentar o relacionamento e não cair na rotina. Contar ao ginecologista sobre este hábito não é necessário, segundo os dois médicos consultados, a não ser que a paciente busque orientações de higiene e uso.

Alguns comportamentos de risco, como participar de swings e/ou ter múltiplos parceiros devem ser informados para que os médicos tenham como estabelecer uma rotina de exames e fornecer orientações sobre os riscos que estes comportamentos podem trazer.
Se a mulher foi vítima de violência sexual, ela deve relatar o ocorrido ao seu ginecologista para receber tratamento adequado, principalmente no ponto de vista emocional e fisiológico.
Chega de dor!
Algumas mulheres se queixam de dores durante o ato sexual e essa informação também precisa ser relatada ao ginecologista para que ele possa descobrir se há algum problema de saúde e também para ajudá-la na solução do problema que compromete a vida do casal. Saber localizar onde a dispaurenia (nome dado à dor durante o ato sexual) também pode ajudar no diagnóstico. "As dores mais anteriores podem estar relacionadas à problemas infecciosos ou inflamatórios vulvo-vaginais ou à diminuição da lubrificação. Já as dores posteriores ou no fundo podem estar ligadas à doenças como endometriose", explicou Ogeda.

Poliana falou que a dispaurenia pode ser causada por diversos fatores, como deficiência de estrógeno, tumores, infecções, inflamações, gravidez ectópica (fora do útero), dificuldades em relação à própria sexualidade, incompatibilidades físicas e emocionais com o parceiro etc. "Descoberta a causa, efetua-se o tratamento", frisou.
A dispaurenia é mais frequente durante a menopausa, mas também pode surgir antes. "Sempre devemos afastar as causas fisiológicas e, se possível, investigar as causas psicológicas que interferem diretamente neste problema", disse Poliana.

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