quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Maus tratos na infância ampliam chances de depressão

Abusos e negligência nessa fase também diminuem resposta ao tratamento da doença 

Pessoas que passaram por maus tratos quando crianças são duas vezes mais propensas a desenvolver episódios longos e múltiplos de depressão do que aquelas sem esse histórico, de acordo com estudo publicado no American Journal of Psychiatry. Os pesquisadores da King's College London Institute of Psychiatry, na Inglaterra, também perceberam que indivíduos maltratados são mais propensos a responder mal ao tratamento farmacológico e psicológico para a doença.

Para chegar às conclusões, foram analisados 16 estudos epidemiológicos envolvendo mais de 20.000 participantes e 10 ensaios clínicos envolvendo mais de 3.000 participantes.

A análise das pesquisas mostrou que indivíduos que sofreram maus tratos estão mais propensos a mostrarem anormalidades nos sistemas biológicos sensíveis ao estresse psicológico - como cérebro, sistema endócrino e imunológico -, tanto na infância quanto na vida adulta, o que pode trazer implicações clínicas importantes.

Outra descoberta foi de que os tratamentos tipicamente utilizados para o tratamento da doença - medicamentos antidepressivos, tratamento psicológico ou uma combinação dos dois - são menos efetivos em pessoas com esse histórico.

Os estudiosos acreditam que identificar os riscos desse tipo de depressão é crucial, de uma perspectiva de saúde pública. Portanto, prevenção e intervenções terapêuticas precoces, visando cuidar dos maus tratos na infância, podem ser vitais para ajudar a evitar a maior carga nos sistemas de saúde devido à depressão.

Saber que os indivíduos com histórico de maus tratos não respondem tão bem ao tratamento também pode ser uma informação valiosa para os médicos na determinação do prognóstico dos pacientes.

Apesar de já terem sido identificados quais são os fatores biológicos influenciados pelos maus tratos na infância, estudos futuros pretendem decifrar exatamente quais são as mudanças associadas aos múltiplos episódios de depressão.

A depressão está entre os transtornos psiquiátricos mais comuns em todo o mundo, com uma em cada 10 crianças expostas a maus tratos, incluindo o abuso psicológico, físico ou sexual ou negligência.
Atividade física na infância previne depressão na fase adulta

Incentivar bons hábitos desde cedo nos pequenos também ajuda a evitar a depressão. A atividade física durante a infância, por exemplo, pode prevenir a doença na fase adulta, segundo pesquisas feitas pela Universidade Deakin, na Austrália.

Os estudiosos analisaram 1.225 homens e mulheres, que responderam questionários sobre os níveis de atividade física que praticaram na infância. Essa atividade foi relacionada à tendência que esses indivíduos tinham à depressão na vida adulta. Como resultado, as pessoas que não praticaram atividade física quando crianças tinham 35% mais chances de sofrerem de depressão ao crescerem.

De acordo com os pesquisadores, a atividade física pode contribuir para o desenvolvimento de células cerebrais durante a infância, que auxiliariam o adulto a enfrentar melhor situações de estresse. Além disso, uma pessoa que não pratica muitos exercícios tem pouco apoio social, o que pode levá-la a ter maior chance de sofrer de depressão ao longo de sua vida.

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