terça-feira, 4 de outubro de 2011

Vaginismo tem origem psicológica

Mulher cabisbaixa com as mãos no rosto

Vaginismo é um espasmo involuntário dos músculos que cercam a entrada da vagina. Na maioria das vezes ocorre durante a tentativa de colocar o pênis no canal vaginal, mas pode acontecer também na tentativa de introdução de objetos eróticos ou mesmo em um exame ginecológico.
A mulher contrai não só a vagina, mas o períneo, as nádegas, os músculos da coxa e do abdome. É preciso ficar claro que não é uma doença, e sim uma condição psicológica de medo da relação sexual que se manifesta através de uma reação física. Trata-se de uma condição emocional em que a mulher deseja a relação sexual, mas no fundo a sua mente diz "não" .
Não se sabe precisar corretamente a sua incidência, já que a maioria das mulheres se sente envergonhada de abordar o assunto, inclusive com seus médicos, e não sabem a quem recorrer. Acredita-se que o vaginismo acometa em torno de quatro a cada 100 mulheres (4%).
Existem as mulheres vagínicas primárias, ou seja, que sempre manifestaram essa dificuldade desde a primeira tentativa, e as vagínicas secundárias, que já tiveram relações sexuais com tranquilidade e depois, por algum motivo, passaram a não conseguir o intercurso sexual. 
Mulher preocupada

As origens do vaginismo não residem na vagina e sim em outras áreas, como o medo da intimidade, da dependência, baixa autoestima, falta de confiança e sentimento de inadequação.
Quando a mulher manifesta o que para ela significa a penetração e o porquê da sua incapacidade em permiti-la, começa a revelar a profundidade do significado de uma relação a dois entre homem e mulher. O vaginismo parece não estar relacionado ao sexo em si, mas ao medo da intimidade e à sua incapacidade de se sentir amada.
Geralmente esta situação está associada a algumas fantasias cultivadas pela mulher, como o temor de que a vagina não seja elástica, não tenha espaço suficiente para o pênis ou que o hímen seja tão forte que tenha de ser removido cirurgicamente, assim como o temor de sentir dor ou ser machucada. Outros elementos como um sentimento negativo que a impede de olhar e tocar seu órgão sexual também estão presentes.
Por outro lado, essas mulheres relatam histórias que envolvem tentativas de penetração dolorosas ou violentas, abuso sexual e estupro, realização de exame pélvico traumático, medo de engravidar e de ter um parto doloroso e até competição com a figura masculina por histórico familiar de maus tratos do pai em relação à mãe.
As mulheres que têm vaginismo são normais e, apesar de não conseguirem o intercurso sexual, são sexualmente expansivas e desejam muito fazer a relação sexual. Excitação, desejo e orgasmo são comuns quando estimuladas pelo parceiro ou durante a automanipulação (masturbação) e os casais relatam uma vida sexual rica e variada.

Médica e paciente conversando

O vaginismo não deve ser confundido com dispareunia, que é a dor na vigência da relação entre pênis e canal vaginal, que pode ser sentida na entrada da vagina ou no fundo dela, sem, no entanto, impedir a penetração.
O médico ginecologista é geralmente o mais próximo para ouvir a queixa e tratar o vaginismo ou encaminhar a paciente para o especialista em sexualidade, como médicos ou psicólogos.
O tratamento geralmente consiste em psicoterapia junto com exercícios específicos de contração e relaxamento da vagina e de sensibilização vaginal ao toque e/ou objetos eróticos, para então partir para a relação com o parceiro. Os exercícios de Kegel também auxiliam no tratamento.
Alguns casos se beneficiam com aparelhos de eletroestimulação vaginal e até com o uso de Botox (toxina botulínica), levando à paralisia dos músculos de entrada da vagina para que não se contraiam.
O importante é a mulher procurar ajuda adequada que possibilite a ela ter uma vida sexual com tranquilidade.

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