domingo, 13 de novembro de 2011

Disfunções hormonais afetam a saúde sexual feminina

Desequilíbrio na produção dos hormônios gera problemas físicos e psicológicos 

Durante a vida fértil da mulher, período que pode compreender dos 11 aos 55 anos, ela experimenta mensalmente uma variação programada de diversos hormônios que são responsáveis pela preparação do seu organismo para uma possível gestação. Quando não há fecundação do óvulo, ela menstrua e o ciclo recomeça.

Neste processo, além dos ovários, outras glândulas do organismo feminino - como a hipófise, as suprarrenais e a tireoide - também contribuem para manter a regularidade deste ciclo, em todos os seus aspectos. E quando há alguma disfunção relacionada à produção dos hormônios, a mulher experimenta variações na periodicidade, duração e intensidade da menstruação. Isso, sem contar as alterações de ordem psicológica, que incluem mudanças de humor, disposição e interferência no desejo sexual.
 
Disfunções hormonais afetam a saúde sexual feminina - Foto: Getty Images
O ginecologista colaborador do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Luís Flávio Fernandes, explica que a mulher não funciona apenas como uma peça que se ajusta ou desajusta. "Ela é um conjunto engrenado de relações hormonais que devem ser enxergadas de maneira global", afirma.

Mas as causas dessas disfunções hormonais nem sempre são identificadas. Fernandes esclarece que podem ser provocadas por questões primárias do organismo, por doenças ou até mesmo pelo uso de medicamentos. "Não são raras as vezes em que não é possível identificar a causa. Nesse sentido, procuramos tratar os sintomas tentando alcançar uma maior regularidade na produção dos hormônios", diz.

Como a disfunção hormonal se manifesta

O especialista esclarece que as disfunções hormonais provocam, por exemplo, a Síndrome dos Ovários Policísticos, caracterizada pelo aumento da produção de hormônios androgênios (masculinos) que deveriam ser liberados em pequena quantidade. 
Disfunções hormonais afetam a saúde sexual feminina - Foto: Getty Images
Outro exemplo são os desequilíbrios na hipófise, que geram alterações na liberação da prolactina, hormônio que estimula o crescimento das glândulas mamárias e a produção de leite materno.

É possível citar ainda as disfunções da tireoide, glândula que pode produzir irregularmente hormônio demais ou de menos. "Esses desequilíbrios levam a um quadro de falta de ânimo, sonolência e, inclusive, queda da libido", explica Fernandes.

Para o especialista, é importante compreender que cada mulher é única e os desequilíbrios hormonais se manifestam de maneiras diferentes em cada organismo. Portanto, o tratamento e os medicamentos a serem administrados devem ser definidos individualmente. 
Alimentação e exercícios físicos
Fernandes recomenda que manter a autoestima em alta, praticar exercícios físicos e cuidar da alimentação também são condutas que ajudam, e muito, para manter o ciclo hormonal em ordem. "O sobrepeso é comprovadamente uma das causas da irregularidade menstrual. Portanto, perder alguns quilos é essencial", diz. Segundo ele, a mudança de hábitos buscando uma vida mais saudável repercute positivamente não só no dia a dia, mas também no desejo sexual.

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