segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Especialistas enumeram dez motivos para ter filhos e dez para não ter

  Para alguns, é instintivo querer ter filhos. E até estranham quem opta por não tê-los. No entanto, com as crescentes demandas do dia a dia, está se tornando cada vez mais comum ver casais, mesmo os bem-sucedidos profissionalmente, que enumeram razões -muitas vezes, bem convincentes- para não colocar a prole no mundo.
A psicóloga Patrícia Spada, pós-doutoranda da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), explica que, muitas vezes, os parceiros acham que não vão conseguir dar o seu melhor para uma criança. "Muitos casais julgam que não terão tempo suficiente para garantir a qualidade da relação com o filho e seu desenvolvimento ou acham que não darão conta do recado”, explica
Para a psicóloga Sueli Castillo, ainda há o fator de que as mulheres da atualidade não se sentem mais obrigadas a ter filhos, como antigamente. “O ser humano apresenta condições de escolha, e nem sempre cumprirá os papéis que foram estabelecidos. A emancipação feminina acarretou liberdade e autonomia à mulher”.
Entre os que sonham com um bebê, os motivos são diversos. “Muitos querem ter a chance de aprender a dividir-se, ter disposição de doar-se. Querer crescer, pois crescemos emocionalmente e intelectualmente quando ensinamos o que sabemos”, avalia a psicóloga Silvana Martani. Os que não querem, porém, temem, por exemplo, o fim da vida social e sexual e o alto custo de criar uma criança.



  • Dez motivos para ter filhos

  • 1) Realização pessoal: sonhar que uma criança complemente o universo familiar faz com que casais optem por ter filhos. “O sentimento de ser pai ou mãe é intraduzível, é um amor que você não sentirá por nada ou ninguém, é singular”, explica a psicóloga Walnei Arenque. “O casal se ama tão imensamente que quer ter um filho para ver o amor de um pelo outro se refletir em futuras gerações”, diz a psicóloga Patrícia Spada.
    2) Adorar crianças: há quem cuide dos filhos dos outros por anos a fio sem reclamar. Algumas mulheres, desde a infância, gostam de crianças e se veem como mães desde pequenas.
    3) Religião: “A religiosidade tem e teve como princípio o sexo com a função de procriação. A visão da mãe com o amor incondicional também faz com que este modelo de comportamento seja admirado e aceito pela maioria”, avalia a psicóloga Sueli Castillo.
    4) Medo do futuro: para não se arrependerem por não ter tido a experiência de ser pai ou mãe, muitos casais sequer cogitam não ter filhos. Afinal, vai que os anos passem e o corpo da mulher não possa mais gerar ou que o casal não tenha amparo na velhice, tanto emocional quanto financeiro?
    5) Vaidade ou orgulho: a mulher grávida é enaltecida pela sociedade e, para ela, tudo pode. Inclusive, ter desejos descabidos e fora de hora. “A mulher que não tem filhos é vista por alguns como alguém que apresenta problemas físicos ou psicológicos. Algumas pessoas dão demasiada importância ao que os outros pensam”, diz Sueli.
    6) Valores morais e éticos: segundo o modelo considerado adequado pela sociedade, a vida só teria sentido quando se cria uma família com filhos, seguindo o padrão familiar em que a maioria foi educada. Além da pressão social, os próprios amigos e parentes  cobram o casal para ter filhos.
    7) Realizar-se por meio dos sucessores: querer dar aos filhos o que não teve ou ganhou dos pais, assim como projetar expectativas e sonhos não realizados na criança, também pesa. Dar melhores condições aos filhos faz com que o casal sinta-se útil.
    8) Projeto de vida: ser bem-sucedido profissionalmente, comprar um apartamento e se tornar pai ou mãe. Há casais que planejam todos os detalhes do futuro, incluindo o projeto de ter filhos.
    9) Amor incondicional: sente aquele desejo de ver a barriga crescer ou de acompanhar a evolução de uma pessoa que depende exclusivamente de você? Então você tem muita vocação para criar uma criança e vai ter o maior prazer em ensinar os primeiros passos e as primeiras palavras. Amar um ser mais do que a si próprio ou qualquer outro amor que passou pela vida é uma experiência realmente especial.
    10) Simplesmente quer: há pessoas que nunca cogitaram a hipótese de viver por anos sem ter filhos e, desde pequenas, sabiam que um dia os teriam. Essa pode ser uma necessidade biológica e psicológica.



  • Dez motivos para não ter filhos



  • 1) Crianças custam caro: para educar, alimentar, vestir e criar é preciso muito dinheiro. “Ter filho custa mais caro do que um carro de luxo, um cruzeiro ao redor do mundo, um apartamento de quarto e sala em Paris. Está entre as 'compras' mais caras que o consumidor pode fazer em toda a sua vida”, afirma a autora Corine Maier, autora do livro “Sem Filhos - 40 Razões para Você Não Ter”, da Editora Intrínseca. Em média, se gasta 30% do salário mensal com os filhos.
    2) Parto é uma tortura: dores, contrações e aumento de peso são alguns dos motivos para uma mulher nem pensar em gravidez. “A gestação e o parto acabam com o corpo da mulher”, diz a terapeuta de casal Sylvia Faria Marzano, diretora do Instituto ISEXP. E, neste caso, não é só a mulher que não quer ver seu corpo deformado, mas o companheiro dela também. “Parto é dor, sangue e cansaço. A anestesia local é de grande valia mas, mesmo assim, está longe de ser algo agradável”, afirma a escritora Corine em seu livro.
    3) Medo de não ser um bom pai ou mãe: “Há quem não acredite em sua capacidade de educar e amar uma criança”, afirma a psicóloga Patrícia Spada. Medo de errar no futuro faz com que nem se inicie a aventura da paternidade.
    4) Priorizar a carreira: “Ser bem-sucedida em uma profissão, ser reconhecida pela sua capacidade acarreta uma grande realização pessoal e filhos iriam atrapalhar a ascensão profissional”, conta a psicóloga Sueli Castillo.
    5) Fim da vida sexual: o amor pode não acabar com a chegada dos filhos, mas há quem diga que o desejo desaparece. “O atentado estético contra o corpo da mulher a faz, durante vários meses, parecer um bicho grande, disforme e engordado à força. Muitos homens até acham bonito, mas nem por isso têm tanta vontade assim de fazer amor com elas”, diz Corine.
    6) Evitar erros do passado: "Pessoas traumatizadas pela separação conjugal dos pais querem que os possíveis filhos não venham a sofrer desilusões como as que passaram”, diz a terapeuta Sylvia.
    7) Fim da vida social: por alguns anos, criar filhos significa abrir mão de festas, reuniões sociais, passeios e viagens com os amigos.
    8) Pressão da família e dos amigos: “Ter filhos é uma decisão que depende de possibilidades internas de cada um e não pode ser para atender a expectativa de outros”, afirma a psicóloga Silvana Martani.
    9) Ter atenção exclusiva do companheiro: Há casais que sentem dificuldade em dividir o amor com outro, mesmo que seja um filho.
    10) Simplesmente não quer: é uma opção e não uma obrigação imposta pela sociedade. “Não ter tempo para se dedicar a um filho, querer viver em função de si mesmo e não estar disponível para mudanças e novas rotinas são alguns motivos que levam a esta opção”, afirma a psicóloga Walnei Arenque.

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