quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Cientista desenvolve no Canadá um chip que funciona como um laboratório portátil capaz de estudar glóbulos vermelhos infectados pela doença

Pesquisador da Universidade da Columbia Britânica (UBC), no Canadá, desenvolveu um simples e preciso dispositivo para estudar a malária, doença que causa cerca de um milhão de mortes por ano. O objetivo é compreender melhor as alterações nos glóbulos vermelhos do sangue causadas pelo parasita Plasmodium falciparum, espécie que transmite a forma mais perigosa da doença.
O aparelho desenvolvido por Hongshen Ma é um tipo do chamado “lab on a chip”, um único chip que integra uma ou muitas funções de um grande laboratório. O dispositivo em questão é portátil — mede 50 centímetros x 25 centímetros — e irá ajudar a avaliar a eficácia de diferentes compostos no tratamento da malária, uma vez que a doença se apresenta cada vez mais resistente aos fármacos, e as vacinas para preveni-la ainda estão em fase experimental.

"Nossos resultados mostram que é possível medir com precisão o enrijecimento das células vermelhas do sangue causado pelo parasita em vários estágios de infecção", diz o inventor. Os glóbulos vermelhos humanos saudáveis precisam se espremer através de vasos capilares muitas vezes menores que seu próprio diâmetro, a fim de entregar o oxigênio a todos os tecidos do corpo. Mas os glóbulos infectados com malária perdem gradualmente essa capacidade, o que perturba o fluxo sanguíneo, causando falência dos órgãos e até a morte.

O dispositivo de Hongshen Ma é capaz de comprimir, no seu interior, células vermelhas do sangue infectadas. A pressão necessária para empurrar a célula é medida e, em seguida, utilizada para calcular a deformação daquela célula. Ao calcular essa deformação, os pesquisadores podem obter informações sobre o estado da doença e respostas ao tratamento.

O pesquisador explica que há outras pesquisas sobre os mecanismos biológicos da malária. "Mas os métodos atuais para medir a deformação de células vermelhas são ou muito complexos para serem usados em situações clínicas ou não são sensíveis o suficiente", diz. A pesquisa realizada na UBC foi publicada na revista Lab on a chip, da Royal Society of Chemistry, que divulga estudos sobre miniaturização nas áreas de química, física, biologia e bioengenharia.

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