quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Novo modelo explica como os planetas se formaram

Americanos desafiam teoria vigente, segundo a qual o Sistema Solar teria se formado a partir de nuvem achatada e quente de gás

A nova proposta afirma que o Sistema Solar não poderia ter se formado a partir de um disco quente  formado após o aparecimento do Sol, como o mostrado na imagem A nova proposta afirma que o Sistema Solar não poderia ter se formado a partir de um disco quente formado após o aparecimento do Sol, como o mostrado na imagem       


Um novo estudo, que será publicado na edição de março do periódico Planetary and Space Science, propõe que os planetas nasceram ao mesmo tempo que o Sol, a partir de uma nuvem de gás fria.
  A ideia é contrária ao modelo mais aceito atualmente — uma variação da hipótese nebular, segundo a qual planetas resultam de colisões que ocorrem depois da formação da estrela a partir de uma nuvem quente e achatada, na forma de um disco, conforme a figura acima. Embora dominante, esta teoria não consegue explicar diversas características do Sistema Solar, daí o interesse por novas hipóteses.
De acordo com os autores do estudo, Anne Hofmeister e Robert Criss, ambos da Washington University em St. Louis, EUA, o modelo antigo não é convincente ao tentar explicar por que os planetas se organizam em órbitas, por que possuem movimento de rotação e por que os planetas mais próximos do Sol são rochosos, e os mais distantes, gasosos.

A ideia apresentada por Anne e Criss usa as leis da física para explicar por que uma nuvem de gás entrou em colapso formando o Sol e os planetas ao mesmo tempo. Anne explica que o primeiro acontecimento foi a formação de núcleos rochosos próximos do Sol. Esses núcleos se transformaram nos planetas rochosos. "A nuvem de gás começou a se contrair, e os núcleos rochosos se formaram para conservar a rotação da nuvem", diz.


A Nebulosa da Água, a 7.000 anos-luz, é o exemplo mais próximo do novo modelo de formação dos planetas
A Nebulosa da Água, a 7.000 anos-luz, é o exemplo mais próximo do novo modelo de formação dos planetas
A especialista explica que os núcleos também atraem gás, mas apenas quando estão longe do Sol. "Só assim eles conseguiram competir com a força gravitacional do Sol para atrair o gás para si". Isso explicaria a formação dos planetas gasosos, como Júpiter e Saturno.

O novo modelo, afirmam os autores, explicaria também a formação de planetas fora do Sistema Solar. Segundo os especialistas, o telescópio Hubble ajuda a comprovar a proposta. O observatório já registrou estrelas nascendo dentro de nuvens frias.

Criss afirma que existem evidências observáveis de que o modelo do disco achatado e quente está errado. "Não faz sentido que um bando de colisões aleatórias entre objetos pesados e maciços vá produzir um Sistema Solar com planetas orbitando a estrela em um plano magnífico, com todos os mundos girando para o mesmo lado”, diz. "Seria o mesmo que ativar uma bomba nuclear e esperar que todas as árvores caiam de maneira organizada."                                   

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