Consumo de laranjas diminui chances de desenvolver a doença em 19%
Conhecidas por fortalecer a imunidade devido ao teor de vitamina C, as frutas cítricas agora trazem outro benefício para a saúde - são capazes de reduzir o risco de AVC (popularmente chamado de derrame) em mulheres. A descoberta é de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Norwich, no Reino Unido, e da Escola de Medicina de Harvard, em Boston (EUA).
Durante 14 anos, os especialistas analisaram dados de quase 70.000 enfermeiras, que responderam a questionários sobre seus hábitos alimentares de quatro em quatro anos. As mulheres que tinham uma dieta rica em um flavonoide chamado flavanona, muito presente na laranja e em outras frutas cítricas, apresentavam um risco 19% menor de sofrer um coágulo de sangue no cérebro - relacionado ao acidente vascular cerebral - do que as mulheres com o menor consumo do composto.
Os autores da pesquisa afirmam que são necessários mais estudos para descobrir a verdadeira relação entre o consumo de frutas cítricas e o menor risco de AVC. Eles não indicam o uso de suplementos de flavanona, mas recomendam enriquecer a dieta com frutas, legumes e verduras, todos ricos em flavonoides e capazes de proteger o organismo de diversas doenças.
AVC é um dos acidentes vasculares mais comuns da vida moderna
Segundo o cardiologista do Instituto do Coração (Incor) Bruno Caramelli, o acidente vascular cerebral (AVC) é a causa mais comum de mortalidade em quase todas as regiões do país. Causado pela obstrução em uma artéria que leva sangue ao cérebro, o AVC acontece quando o sangue para de fluir para uma parte de seu cérebro, danificando essa região. Você pode perder a capacidade de executar atividades que são controladas por essa área do cérebro, tais como falar ou mover um braço ou uma perna.
O AVC (também chamado de acidente vascular encefálico - AVE) é mais comum em homens que em mulheres. Na maioria das faixas etárias, mais homens do que mulheres terão um acidente vascular cerebral. No entanto, mais da metade do total de mortes ocorre em mulheres. Em todas as idades, mais mulheres que homens morrem de derrame. O uso de pílulas anticoncepcionais, ingestão de doses hormonais, e a gravidez representam riscos especiais às mulheres. Veja que fatores de risco para AVC podem ser mudados, tratados ou controlados:
Hipertensão
A pressão arterial alta é a principal causa de acidente vascular cerebral e o risco mais fácil de ser controlável. O tratamento eficaz da hipertensão é uma das principais razões para o declínio acelerado das taxas de morte por acidente vascular cerebral.
Tabagismo
Substâncias como a nicotina e o monóxido de carbono do cigarro danificam o sistema cardiovascular de muitas maneiras. O uso de contraceptivos orais combinados com o tabagismo aumenta o risco de AVC.
Diabetes
Muitas pessoas com diabetes também têm pressão arterial elevada, colesterol alto e estão com sobrepeso. Embora a diabetes seja tratável, a presença da doença ainda aumenta o risco de acidente vascular cerebral.
Doenças do coração
Pessoas com doença coronária ou insuficiência cardíaca têm maior risco de acidente vascular cerebral do que aqueles com corações que funcionam normalmente. A cardiomiopatia dilatada (dilatação do coração), doença da válvula do coração e alguns tipos de cardiopatias congênitas também aumentam o risco de AVC.
Colesterol alto
Pessoas com colesterol alto têm um risco maior de sofrer arteriosclerose, a formação de placas nas artérias, que obstrui o fluxo sanguíneo.
Má alimentação
Dietas ricas em gordura saturada, gordura trans e colesterol podem aumentar os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue. As ricas em sódio (sal) podem contribuir para o aumento da pressão arterial e, se há excesso de calorias, pode levar à obesidade.
Sedentarismo e obesidade
Obesos e sedentários podem aumentar o risco de pressão alta, colesterol alto, diabetes, doenças cardíacas e derrames.
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