domingo, 15 de abril de 2012

Casos de demência podem dobrar até 2030, diz OMS

Hoje, cerca de 35,6 milhões de pessoas vivem com a doença. A Organização Mundial da Saúde estima que, em 2030, o número possa chegar a 65,7 milhões

O Alzheimer, forma mais comum de demência, não tem causa conhecida e sua incidência aumenta com a idade
 O Alzheimer, forma mais comum de demência, não tem causa conhecida e sua incidência aumenta com a idade 
O número de pessoas com demência deve dobrar até 2030 - e atingir 65,7 milhões - e triplicar até 2050, para 115,4 milhões. Atualmente, cerca de 35,6 milhões de pessoas vivem com a doença no mundo. Os dados são do relatório Dementia: a public health priority (Demência: uma prioridade de saúde pública, em tradução livre), divulgado nesta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a OMS, o custo do tratamento e dos cuidados médicos para pessoas com a condição está estimado em 604 bilhões de dólares por ano. O valor inclui tanto os gastos com cuidados médicos e sociais, como a perda de poder aquisitivo das pessoas com demência ou daquelas que cuidam deles. Mais da metade dos doentes (58%) vivem em países de renda média e baixa, mas esse número pode aumentar para 70% em 2050.
Envelhecimento — "Uma vez que a prevalência da doença vai explodir neste século, porque todos vamos viver mais, o risco de demência é de um em cada oito para aqueles com mais de 65 anos. Uma proporção assustadora de um em 2,5 para os maiores de 85. O impacto vai se tornar maior ao longo das décadas," diz Shekhar Saxena, chefe do departamento de saúde mental da OMS.
"Precisamos aumentar nossa capacidade de detectar a demência precocemente para oferecer as condições sociais e de saúde necessárias," disse Oleg Chestnov, diretor geral assistente de Doenças Não Transmissíveis e Doença Mental da OMS. Segundo o relatório, são necessários diagnósticos muito mais eficazes, já que, até mesmo em países ricos, apenas de 20% a 50% dos casos de demência são rotineiramente reconhecidos. "Muito pode ser feito para reduzir o problema da demência. Os profissionais de saúde, com frequência, não são treinados adequadamente para reconhecer a demência."
Apenas oito países em todo o mundo (Austrália, Grã-Bretanha, Dinamarca, França, Japão, Coreia do Sul, Holanda e Noruega) atualmente têm programas nacionais para a demência. Alemanha e Suécia estabeleceram listas de recomendações.
Informação - O estudo também destaca um falta de informação e conhecimento geral sobre a doença, que alimenta o estigma e leva as pessoas a adiar a busca por apoio. "Agora é vital enfrentar os baixos níveis de conscientização e entendimento públicos e reduzir drasticamente o estigma associado com a demência," diz Marc Wortmann, diretor executivo da Alzheimer's Disease International. "Precisamos agir, precisamos deter essa epidemia."
No relatório, a OMS recomenda que as autoridades procurem minimizar o estigma que tem sido, há muito tempo, associado à demência e a melhorar os cuidados gerais para as vítimas, junto com o apoio para os enfermeiros. A demência não tem cura, mas o avanço da doença, em alguns casos, pode ser desacelerado.

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