quinta-feira, 19 de julho de 2012

Com cuidado da casa e dos filhos, jornada de trabalho da mulher supera a do homem em 5 horas

Elas destinam 58 horas por semana para o trabalho e os afazeres domésticos, segundo OIT

A jornada de trabalho média dos homens é de 43,4 horas por semana, enquanto a das mulheres é de 36 horas. No entanto, ao somar o tempo que elas dispendem para o cuidado dos filhos e das tarefas domésticas, de 22 horas semanais, o tempo de trabalho das mulheres supera o dos homens em cinco horas por semana.

Significa dizer que elas trabalham dez dias a mais por ano que eles. Os dados são de um estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgado nesta quinta-feira (19). O relatório leva em conta os dados do emprego entre 2004 e 2009.


Ao todo, durante a semana, a jornada de trabalho feminina chega a 58 horas, enquanto a masculina atinge 52,9 horas. Somente com a casa, os homens perdem feio para as mulheres — eles destinam apenas 9,5 horas da semana para cuidar da casa e dos filhos, mostra o estudo.


No Nordeste, essa distinção entre a jornada de trabalho doméstica entre homens e mulheres é ainda mais expressiva. Enquanto elas destinam 24,9 horas para as tarefas da casa, eles gastam 10,3 horas para o mesmo motivo — uma diferença de 14,5 horas, ou seja, 2,5 vezes mais. No Piauí e Ceará, essa diferença sobe para 15,8 horas, e, no Maranhão, para 15,3 horas.


O levantamento indica que, entre todas as mulheres brasileiras que trabalham, 90,7% também faziam tarefas domésticas. Entre os homens, por outro lado, esse percentual cai para 49,7%.


A participação masculina nos afazeres domésticos está mais concentrada em atividades interativas, como fazer compra em supermercados, levar filho para a escola e fazer pequenos reparos e consertos em geral.


Salário


As mulheres trabalham mais, mas, por outro lado, receberam aumentos salariais maiores que o dos homens. Entre 2004 e 2009, o reajuste médio para elas ficou em 21,6%, enquanto para os homens foi de 19,4%.
Mesmo assim, elas continuam ganhando menos. Na média, o salário delas representa 70,7% do dos homens — em 2004, era de 69,4%.

Quanto mais escolarizadas, maior ainda é a diferença de salário entre homens e mulheres. Segundo a OIT, em 2009, as mulheres ocupadas com 12 anos ou mais de estudo recebiam 57,7% do salário dos homens com o mesmo nível de instrução. As mulheres também sofrem mais quando ocupa uma posição mais alta na hierarquia de uma corporação, de acordo com a OIT.


— Quanto mais se eleva o nível de escolaridade, e quanto mais se sobe na escala salarial, maior tende a ser a desigualdade de remunerações entre homens e mulheres, em função, entre outros fatores, da maior dificuldade de ascensão das mulheres nas carreiras profissionais.

 
Isso porque, segundo a organização, "a possibilidade dos homens terem promoções e passarem a exercer cargos de direção, e, portanto, aumentar os seus rendimentos, é muito maior que a das mulheres".

 

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