Quatro em cada dez mulheres acreditam que as pílulas anticoncepcionais
afetam positivamente sua vida sexual, segundo pesquisa da Febrasgo
(Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Uma em cada três mulheres diz que o uso do anticoncepcional fez com
que elas aumentassem a frequência das relações sexuais, e o mesmo número
se mostra mais satisfeita quando faz sexo.
“A libido feminina depende de muitos fatores, não é tão simples como a
do homem. Tem a influência da testosterona, mas também é muito
importante como a mulher se sente. E as pílulas têm outros benefícios,
além de proteger contra a gravidez, aumentando a autoestima da mulher,
com a melhora da pele e cabelo e menores variações de humor, por
exemplo”, explica o ginecologista Gerson Lopes, presidente da Comissão
Nacional de Sexologia da Febrasgo.
A pesquisa ouviu 500 mulheres entre 15 e 45 anos de cinco capitais do
país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Porto
Alegre).
Pode-se perceber aspectos regionais como o tempo de uso da pílula. No
Rio de Janeiro e Porto Alegre a maior parte das mulheres usa o
contraceptivo por mais de 10 anos, já em São Paulo, Recife e Belo
Horizonte, o uso se concentra em até 5 anos.
De acordo com a Federação, a pílula é o método contraceptivo mais
usado no país e 70% das mulheres ouvidas não pretendem mudá-lo, sendo
que 86% nem sequer pensam em parar de usar o medicamento.
A grande maioria conhece outros métodos contraceptivos como camisinha
masculina (93%), DIU (81%) e camisinha feminina (72%). Apesar disto,
pílula do dia seguinte (11%), cirurgia de ligadura de trompas (11%),
adesivos (9%), vasectomia (9%) e anel vaginal (8%) são pouco familiares
ao público.
O projeto R.O.S.A. (Resultados e Opiniões sobre Saúde e
Anticoncepcional) da Frebrasgo pretende ouvir mulheres sobre sua relação
com os anticoncepcionais para melhor formar os médicos ginecologistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário