segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Carinho na infância reduz risco de AVC na vida adulta, diz estudo
Um estudo publicado nos Estados Unidos aponta
que a falta de carinho durante a infância pode resultar em um maior
risco de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) na fase adulta.
Anteriormente, estudos já comprovavam a relação entre a chamada
"negligência emocional" e uma série de distúrbios psicológicos. No
entanto, havia poucos dados sobre a influência que ela pode ter sobre o
AVC, que acontece quando o sangue é bloqueado em algum vaso sanguíneo
dentro do cérebro.
O estudo se baseou em entrevistas com mais de mil participantes acima de
55 anos que responderam a perguntas sobre suas infâncias. Eles
disseram se se sentiam amados ou não por seus responsáveis, se eram
submetidos a intimidação e se eram castigados violentamente. Também
foram incluídas questões sobre divórcio e problemas financeiros na
infância.
Nos mais de três anos que sucederam as entrevistas, 257 participantes
faleceram, e 192 deles passaram por autópsias em busca de sinais de AVC.
O estudo concluiu que o risco de AVC foi quase três vezes maior entre as
pessoas que receberam menos afeto na infância. Os autores chegaram a
esse resultado levando em conta fatores de risco comprovados para o AVC,
como diabetes, atividade física, fumo, ansiedade e problemas cardíacos.
Embora os participantes selecionados não tivessem nenhum diagnóstico de
demência, a metodologia depende da memória de cada um, que pode falhar. A
pesquisa foi liderada por Robert Wilson, da Universidade Rush, em
Chicago, nos EUA, e publicada pela revista "Neurology".
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