terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Mulheres que tomam antidepressivos durante a gravidez duplicam as chances de ter filhos com hipertensão pulmonar

Embora a taxa do problema seja pequena, o risco aumenta se os medicamentos forem tomados no final da gestação

Gravidez: tomar antidepressivos durante esse período pode aumentar risco da criança nascer com hipertensão pulmonar persistente
Gravidez: tomar antidepressivos durante esse período pode aumentar risco da criança nascer com hipertensão pulmonar persistente

Mães que tomam antidepressivos durante a gravidez têm mais chances de terem filhos com problemas de hipertensão pulmonar persistente, segundo um novo estudo divulgado no periódico British Medical Journal. O problema, raro, é caracterizado por uma anormal pressão alta nos pulmões, e provoca dificuldades de respiração, cansaço e tosse. A pesquisa foi desenvolvida pelo Centro de Farmacoepidemiologia do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia.
No estudo, os pesquisadores acompanharam 1,6 milhão de bebês durante suas 33 primeiras semanas de vida entre 1996 e 2007, em cinco países: Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia. Foram analisados dados das participantes como índice de massa corporal (IMC), idade, se tinham hipertensão pulmonar permanente, se fumavam, quanto pesavam ao nascer e doenças maternas como epilepsia, artrite, doenças do intestino e lúpus.
Entre todas as gestantes, aproximadamente 11.000 tomaram antidepressivos no fim da gravidez e cerca de 17.000 no início. Geralmente, essas mulheres também fumavam e eram mais velhas do que as outras. Outras 54.184 mães haviam se submetido a antidepressivos antes da gestação, mas não estavam mais tomando medicação.
Resultados- Os pesquisadores concluíram que, entre as mães que haviam tomado antidepressivos no fim da gravidez, 0,2% tiveram filhos com hipertensão pulmonar permanente. Essa taxa entre crianças que nasceram de mulheres que tomaram antidepressivos no início da gravidez chegou perto de 0,2%.
Embora os autores do estudo reconheçam que o risco de desenvolver hipertensão pulmonar permanente é pequeno — cerca de três casos em mil mulheres —, a chance duplica se antidepressivos são tomados no final da gravidez e, por isso, eles ainda aconselham cautela no tratamento com antidepressivos em grávidas.

Estudo aponta falhas em pesquisa que relacionou terapia de reposição hormonal ao câncer

Um dos erros apontados é a escolha das voluntárias: elas faziam check-up periódicos, o que indicaria a pré-existência de nódulos ou lesões suspeitas

Uma pesquisa revolucionária que estabeleceu vínculos entre o tratamento de reposição hormonal (TRH) para mulheres na menopausa e a incidência maior de câncer de mama está repleta de falhas, segundo o periódico Journal of Family Planning and Reproductive Health. De acordo com uma avaliação publicada pelo periódico nesta segunda-feira, o estudo tem tantos problemas que não seria possível ter chegado a uma conclusão segura.
A pesquisa, denominada Estudo Um Milhão de Mulheres (Million Women Study ou MWS), estampou as manchetes dos jornais quando foi publicada pela primeira vez, em 2003. Baseado em questionários respondidos por mais de um milhão de mulheres na pós-menopausa na Grã-Bretanha, o estudo estabeleceu que a terapia de reposição hormonal (TRH) aumentava o risco de incidência de câncer de mama. Suas estimativas causaram uma onda de ansiedade — e muita confusão — entre entidades reguladoras, médicos e mulheres que fazem uso da TRH.
A terapia de reposição hormonal consiste no uso dos hormônios femininos estrogênio e progesterona — separados ou combinados —, para aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor, perda do apetite sexual e ressecamento vaginal.
Riscos superestimados — Atualizações na pesquisa original refinaram os dados sobre os riscos da terapia. Segundo o site do MWS, há um risco 30% maior de câncer em mulheres que fazem uso exclusivamente de estrogênio e duas vezes maior entre as que usam a terapia de estrogênio e progesterona em comparação com aquelas que não fazem uso destes medicamentos.
O risco aumenta de acordo com o tempo em que a mulher faz uso do tratamento hormonal, mas cai para o nível normal no prazo de cinco anos após sua interrupção, destacou o MWS. Mas a avaliação do periódico relata que o desenho do estudo MWS tem muitas falhas. "A TRH pode ou não aumentar o risco de câncer de mama, mas a MWS não estabeleceu que, de fato, o faça", determinou, secamente, o artigo.
Em meio à meia dúzia de tópicos, os autores afirmam que os cânceres detectados alguns meses após o início do estudo já estariam presentes quando as mulheres aderiram à pesquisa. Mas estes casos não teriam sido excluídos da contagem de incidências da doença.
A revista aponta ainda para "uma detecção tendenciosa" através da escolha das participantes: as voluntárias integravam um programa de check-up das mamas quando foram convidadas a participar do estudo. Por este motivo, elas já teriam conhecimento sobre nódulos mamários ou lesões suspeitas relacionadas ao câncer de mama. Como resultado, o MWS encontrou uma incidência 40% maior de câncer de mama entre as voluntárias — independentemente de terem feito uso ou não de terapia hormonal — em comparação com a população em geral.
O artigo também destacou que os cânceres de mama normalmente levam muitos anos para se desenvolver. Portanto, seria "biologicamente improvável" que tantos casos tenham aparecido no prazo de um ano ou dois em que as voluntárias participaram do estudo. "O nome 'Estudo Um Milhão de Mulheres' sugere uma autoridade, além da crítica ou refutação", afirmam os autores, chefiados por Samuel Shapiro, professor de saúde pública da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul.
Shapiro acrescenta ainda que a validade de qualquer estudo depende da qualidade de seu desenho, execução, análise e interpretação. O tamanho por si só não garante que as descobertas são confiáveis.
Resposta — Os responsáveis pelo estudo MWS refutaram as críticas, em e-mail. Eles afirmam que mais de 20 estudos replicaram suas descobertas e que um declínio no uso de TRH levou a uma queda nos casos de câncer de mama. "Cânceres sensíveis a hormônios ainda são três vezes mais comuns em usuárias de TRH do que em ex-usuárias ou não usuárias do tratamento", disse Richard Peto, professor de estatística e epidemiologia da Universidade de Oxford.
A comentarista independente Anne Gombel, professora francesa e membra da Sociedade Internacional da Menopausa, afirmou que emerge um panorama mais complexo sobre o câncer de mama. "A densidade dos seios, o álcool e a obesidade, e não apenas a TRH, agora emergem como fatores de risco que devem ser levados em conta, e não apenas a TRH", diz. "A TRH não traz os mesmos riscos e benefícios para todas as mulheres. Algumas terão riscos aumentados, outras terão só benefícios, e isto também se aplica ao câncer de mama."

DNA: Hospital americano passa a usar sequenciamento genético no tratamento dos pacientes

A Clínica Mayo vai iniciar neste ano um projeto ambicioso: armazenar todos os dados do genoma dos pacientes junto com suas fichas médicas. A ideia é fazer um atendimento personalizado e cada vez mais preciso

No livro Seu Genoma por Mil Dólares, o respeitado geneticista Kevin Daves afirma que, em dois anos ou menos, qualquer pessoa terá condições de ter seu genoma detalhado por valores cada vez menores. Com esses dados em mãos, será possível determinar a predisposição para uma série de doenças. As informações genéticas também poderão indicar o melhor tratamento e a dose certa de remédios para combater vírus, cânceres e outras ameaças à saúde. "O sequenciamento de DNA será um processo rotineiro no futuro, como o raio-x e a ressonância magnética".

O futuro previsto por Daves já começa a se tornar realidade. A partir deste ano, seis bilhões de letras do genoma humano farão parte do prontuário médico de alguns pacientes da Clínica Mayo, em Minnesota, nos Estados Unidos. Cada um deles terá seu genoma sequenciado e armazenado. Os dados serão combinados com os registros médicos já existentes. O objetivo é utilizar o perfil do paciente para orientá-los de forma personalizada sober como prevenir, tratar e melhorar o prognóstico de doenças. "Não vamos fazer apenas pesquisa, vamos elevar nosso conhecimento para o próximo nível", diz Gianrico Farrugia, diretor do Centro para a Individualização da Medicina. "Nossos pacientes farão parte de uma nova geração da medicina personalizada."
Apesar de estar em fase experimental, o projeto da Clínica Mayo é pioneiro, já que começa a aplicar os resultados da interpretação genética desde já no cotidiano dos seus pacientes."Esse é um passo extremamente importante, algo que vai mudar definitivamente a forma como os pacientes são tratados", afirma Farrugia.
Uma das principais apostas da Mayo é na área de farmacogênomica. Ao decifrar o genoma do paciente, será possível testar sua resposta a determinados medicamentos, aumentando as chances de realizar um tratamento bem-sucedido. "Algumas pessoas não conseguem metabolizar determinados medicamentos no organismo e, por isso, nem sempre eles funcionam. De posse dessa informação, podemos prescrever um medicamento diferente, que possa ser metabolizado", afirma Farrugia.
Em um futuro um pouco mais distante, segundo Farrugia, será possível prever quais doenças as pessoas terão ao longo da vida. Até que as informações genéticas sobre as doenças sejam completamente decodificadas, o diretor do Centro para a Individualização da Medicina pede cautela: "Vamos conversar com os nossos pacientes. Assim, eles poderão decidir quanta informação querem ter e o quanto não querem saber."
Em quais áreas é possível esperar os melhores resultados do sequenciamento genético? Há três áreas específicas que acredito que serão as mais promissoras, com maior impacto. Com certeza, a primeira é em relação ao câncer. Com a capacidade de sequenciar o genoma e epigenoma (o epigenoma trata das características hereditárias não genéticas), poderemos depois utilizar essa informação para personalizar a abordagem da quimioterapia no paciente. Isso nos ajudará a definir quem precisa de tratamento e quem não precisa. A segunda área é a seleção de drogas para tratar doenças. Por exemplo, há certas drogas que o organismo de algumas pessoas não consegue metabolizar e, por isso, nem sempre funcionam. Então, se você sabe que o seu paciente não consegue metabolizar essa droga, você dá a ele algo diferente. Além disso, ao saber os genes que metabolizam a droga, podemos escolher a dose correta, fazendo com que o tratamento seja mais eficaz. Essas são as duas principais áreas que vamos focar para ter resultados no futuro imediato.
E na prevenção? Os dados do genoma também podem ser usados para prever quais doenças cada pessoa tem mais chances de desenvolver. A ideia é utilizar todas essas informações para prever isso. É claro, porém, que essa área requer muito mais trabalho. Até o momento, com as informações disponíveis, não temos como ser certeiros. Podemos dizer que você tem um risco aumentado de desenvolver certa doença, mas não podemos dizer com certeza que você irá desenvolvê-la. Já temos pacientes que nos pedem o sequenciamento genético e nós podemos fazê-lo. Porém, a informação até o momento não é tão sofisticada como deveria ser. Vamos precisar de mais tempo antes que fique totalmente disponível. Mas será muito importante quando acontecer.
E quando poderemos ter esses resultados? É preciso esclarecer que este é um novo aspecto de estudo, já que estamos fazendo pesquisa ao mesmo tempo em que estamos mudando a prática. Não é como os estudos científicos típicos em que você precisa esperar por muitos anos para chegar a um resultado. No nosso estudo, pegamos os resultados imediatamente. Por exemplo, se estamos escolhendo drogas a partir do genoma, o paciente receberá a droga selecionada imediatamente. Ele não vai precisar esperar por anos.

Os pacientes terão acesso a tudo que for encontrado? Eles podem escolher não saber?
Essa é uma questão à qual estamos dedicando muito do nosso tempo. No Centro para a Individualização da Medicina temos um programa de bioética, com uma equipe multidisciplinar formada por especialistas em genética, ética, oncologistas e clínicos gerais. Eles estão prontos para conversar com os pacientes e responder a qualquer dúvida. Nem todas as pessoas querem a mesma coisa. Umas dizem que querem saber de tudo. Por outro lado, temos pacientes que afirmam: "Eu só quero a resposta para determinada pergunta que foi feita e não quero saber se eu tiver uma estimativa de 5% de chance de ter certa doença, como hipertensão ou Alzheimer." Essas conversar servirão para decidir quanta informação eles querem ter ou quanto eles não querem saber. Além disso, vamos criar mecanismos para armazenar essas informações: se eles mudarem de ideia em cinco anos, nós ainda vamos poder ajudá-los.
Mas quando você fala da prevenção, como explicar ao paciente o que ele pode ou não saber nesse sentido? Muitas doenças estão ligadas não somente a um gene, mas sim a vários. E os fatores ambientais também são capazes de influenciar. Então, o que teremos de explicar é que ter o gene não significa que o paciente terá a doença. Há algumas doenças que realmente vão aparecer caso a pessoa tenha determinado gene, mas não é o que acontece com a maioria delas. A parte é desencadeada por vários genes. Por isso, observando a influência dos fatores ambientais nesses genes e vendo os resultados, baseando-se nos históricos pessoais do paciente, podemos prever essas chances. É necessário frisar que estamos falando de possibilidade e não de certeza.
Mas há preocupações em relação à privacidade dessas informações. Onde esses dados serão armazenados e quem terá acesso a eles? Esse é um tema que faz parte da essência da Clínica Mayo, já que fomos um dos pioneiros na adoção do prontuário eletrônico, com um dos maiores sistemas do mundo. Com o passar dos anos, desenvolvemos mecanismos de privacidade muito robustos para evitar que os dados fossem parar em mãos erradas. Para nós, isso não é diferente de assegurar que os registros médicos são privados e que somente as pessoas autorizadas tenham acesso a ele. Ou seja, não acho que vamos ter que nos preocupar com isso mais do que já nos preocupamos hoje em dia.
Você acredita que outros hospitais seguirão o exemplo da Clínica Mayo? Com certeza. O sequenciamento genético pode ser feito por qualquer companhia comercial. Por isso, acho essencial enfatizar que o sequenciamento genético não é o principal. O mais importante é o nosso conhecimento de base, o que nós fazemos com os dados, como nós o interpretamos. O sequenciamento genético será algo rotineiro e será oferecido por vários lugares diferentes. O nosso diferencial será a interpretação.
Qual será o custo total do projeto? A Clínica Mayo está investindo muitos milhões de dólares nisso. Sobre o custo apenas do sequenciamento, posso dizer que o preço caiu drasticamente. Há alguns anos, um genoma custou milhões de dólares. Hoje, você consegue sequenciar um genoma por alguns milhares de dólares. A expectativa é que, em algum momento do próximo ano, consigamos fazer isso com menos de mil dólares.
Como o senhor vê o futuro a partir dessa abordagem? É um projeto excitante. Temos nas mãos uma possibilidade de realmente conduzir nossos pacientes. Vamos trazer informações relevantes ao paciente e ao médico para que ele esteja hábil a prever, prevenir, diagnosticar, tratar doenças e ser mais preciso no prognóstico delas. Acredito que esse é um passo extremamente importante, algo que vai mudar definitivamente a forma como os pacientes são tratados.

Pais não sabem o que filhos fazem on-line; aprenda a evitar riscos

Tente pesquisar o nome do seu filho na internet. O resultado pode ser bem diferente do que você imagina. Estudos recentes mostram que pais pensam que sabem, mas, no fundo, não têm ideia do que os filhos fazem on-line. 
Um exemplo: 33% das crianças confessam que já fizeram compras virtuais, 24% delas sem consentimento. Mas só 17% dos pais pensam que seus filhos compram na rede, segundo o relatório Norton Online Family, da Symantec, feito com 9.888 pessoas.
Outro estudo mostra o que os adultos provavelmente não veem: 88% dos jovens de 12 a 17 anos já presenciaram crueldade na internet e 21% já humilharam pessoas em redes sociais --dados do relatório "Teens, Kindness and Cruelty on Social Network Sites" (adolescentes, bondade e crueldade em redes sociais), feito pelo Pew Research Center's Internet e American Life Project. 
Patricia Peck, especialista em direito virtual e criadora do projeto Criança Mais Segura na Internet, diz que o excesso de confiança reflete um desconhecimento. Muitos adultos não estão na rede e acham que estar em casa é estar seguro.
"Quando um filho dá uma volta na rua, perguntamos com quem ele conversou. Mas não questionamos o que rolou na internet."
Não é descuido, é inexperiência, opina o psicólogo Cristiano Nabuco, pesquisador na área de dependência em internet. "Não dá para imaginar os perigos de uma situação que você não viveu."
A lista de riscos inclui desde conversar com estranhos até ficar dependente e se desligar do mundo real.
"Se nós adultos checamos e-mail até na praia, imagine um adolescente, em que o controle cerebral de estímulos não está totalmente desenvolvido", diz Nabuco.
BATALHA PERDIDA

Seria mais simples proibir, mas é impossível evitar que crianças e adolescentes acessem a rede. Se não for em casa, vai ser na escola, com o amigo, no celular.
"É a mesma coisa que falar para seu filho nunca comer picolé. É inútil, quando ele puder, vai comer, e sem sua supervisão", diz a psicóloga Andrea Jotta, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP.
Melhor juntar-se ao "inimigo"? Os números dizem que sim. A última pesquisa TIC Crianças, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, mostra que os pais conectados são os que mais controlam o acesso e melhor orientam os filhos sobre o uso da rede, de acordo com Alexandre Barbosa, porta-voz da entidade.
É a estratégia da dona de casa Viviane Pereira, 35. Ela está no Facebook, Twitter, tem um blog (o "Mãe Digital") e segue os passos virtuais da filha Rafaela, 16.
"Eu não me importo, sempre foi assim. Também não faço nada de errado", diz a menina, dona de um laptop nunca rastreado pela mãe. "Fico de olho, mas ela tem a privacidade dela. Não sei tudo que ela faz. Sei que participa de fóruns de música."
Com o filho mais novo, Italo, 7, a rédea é mais curta. Ele usa um computador com bloqueio de sites e sempre tem alguém por perto. Mesmo assim, acidentes acontecem.
"Uma vez, ele estava pesquisando sobre a Grécia e chegou na palavra busto. Foi clicando e acabou em uma página com fotos sensuais de mulheres. Minha filha viu e me chamou." A situação foi contornada com conversa.
Nisso os especialistas concordam: se proibir não adianta e pode até piorar, diálogo sempre ajuda. Não é preciso aterrorizar a criança, mas alertar do risco da exposição e do uso de imagens, avisa Patricia Peck.
Antes dos dez anos é preciso supervisão constante, mas depois dá para soltar um pouco e, se houver desconfiança, usar ferramentas que geram relatórios de sites visitados.
Para Andrea Jotta, as mesmas regras do mundo real valem para o virtual. "A criança pode ganhar cada vez mais autonomia quando mostrar que é responsável e segue alguns combinados."
E regras são regras. "Se descumpridas, devem ter castigo", aconselha a psicóloga.
Se o pai descobrir que o adolescente está acessando conteúdo impróprio, em vez de brigar, pode aproveitar para discutir o tema. "Não tem como deixar os sites de sexo bloqueados para sempre", diz o especialista em segurança virtual Bruno Rossini, da Symantec.
SENSO CRÍTICO
Não tem uma idade certa para a criança começar a ter contato com a internet, de acordo com a psicóloga e educadora Carmem Rodrigues Schffer, da Universidade Fumec (Fundação Mineira de Educação e Cultura). Mas até os seis anos, ela não vê muitos benefícios.

Stella Perlatti, 6, entra em sites de bonecas, vê vídeos e pediu para ter um blog. A mãe, a design Priscilla Perlatti, 34, deixou. Priscilla vive na internet --é uma das autoras do site de maternidade Mamatraca. "Fazemos o blog dela juntas. Ela ilustra com desenhos feitos em um tablet."
A mãe ainda não usa nenhum filtro no computador e não sabe quando será necessário. "A Stella já está começando a sair do nosso controle, mas quero esperar para ver o que vai acontecer."
Com a alfabetização, o interesse das crianças passa a ser concreto: elas pesquisam coisas relacionadas ao cotidiano, mas ainda não são capazes de julgar os conteúdos. Depois da pré-adolescência, podem analisar conteúdos criticamente, explica Schffer. Ela acredita que o uso do computador ajuda no desenvolvimento cognitivo.
Valdemar Setzer, professor aposentado do Departamento de Ciência da Computação da USP, discorda. Segundo ele, a internet é altamente distrativa. "Computador e internet são instrumentos de adulto. Ninguém dá um carro para uma criança aprender a usar."
Para a educadora Eloiza Oliveira, diretora do campus virtual da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o risco está no excesso de credibilidade dado a informações da rede.
"É preciso ensinar a duvidar, mas nem tudo na internet é negativo. Temos preconceito. Os jovens se envolvem em campanhas, discutem temas sérios e convivem socialmente de forma positiva."

O uso de telefones celulares não aumenta o risco de tumores do sistema nervoso central

Um estudo publicado na revista BMJ investigou o risco de tumores no sistema nervoso central entre os dinamarqueses assinantes de telefonia móvel.

Foram estudados todos os dinamarqueses com idade = 30 anos, nascidos na Dinamarca depois de 1925, subdivididos em usuários e não usuários de telefones celulares antes de 1995. 358.403 titulares de assinaturas de telefonia celular acumularam 3,8 milhões de pessoa/anos.

No período de acompanhamento de 1990-2007, ocorreram 10.729 casos de tumores do sistema nervoso central. O risco desses tumores era próximo da unidade para homens e mulheres. Quando restrito a indivíduos com o maior uso do telefone móvel, ou seja, = 13 anos de assinatura, a taxa de incidência foi de 1,03 (IC 95% 0,83 a 1,27) em homens e 0,91 (0,41-2,04) em mulheres. Entre aqueles com assinaturas de = 10 anos, as taxas foram 1,04 (0,85 a 1,26) em homens e 1,04 (0,56 a 1,95) em mulheres para glioma e 0,90 (0,57 a 1,42) emhomens e 0,93 (0,46-1,87) em mulheres para meningioma. Não houve indicação de relação dose-resposta ou por localização anatômica do tumor, isto é, em regiões do cérebro mais próximas de onde o aparelho é normalmente utilizado na cabeça.

O estudo concluiu que não houve aumento do risco de tumores do sistema nervoso central com o uso de telefones celulares.

Conservante existente em desodorante é encontrado no tecido mamário retirado de pacientes com câncer

Um novo estudo realizado na Universidade de Reading, no Reino Unido, que analisou amostras de tecido mamário de 40 mulheres que se submeteram à mastectomia (cirurgia de retirada da mama)  devido a câncer de mama, verificou que as mamas retiradas continham traços de parabenos, que são substâncias químicas conservantes usadas em desodorantes, maquiagem, loções para o corpo, hidratantes e muitos outros produtos cosméticos. Embora o estudo não indique que os parabenos causem ou mesmo possam contribuir para o desenvolvimento do câncer de mama, estes achados levantam questões sobre seu uso.
Para este estudo, os pesquisadores examinaram um total de 160 amostras de tecido mamário, sendo quatro amostras de cada uma das 40 mulheres que foram submetidas a mastectomias por câncer de mama primário no período de 2005 a 2008. Em cada paciente, as amostras foram retiradas de quatro diferentes locais a partir da axila até no esterno (osso do peito). 158 dos 160 amostras (99%) continham pelo menos um parabeno, e 96 delas (60%) continha cinco deles.
Não foi possível identificar a fonte dos parabenos em cada caso, mas desde que sete das mulheres disseram que nunca tinham usado produtos desodorantes antiperspirantes, os pesquisadores sugerem que isto significa os compostos entraram na mama por outros locais.
Segundo os autores da pesquisa, estes resultados são motivo de preocupação, pois já se demonstrou anteriormente que os parabenos imitam a ação do hormônio feminino estrogênio, sendo que o estrogênio pode impulsionar o crescimento de tumores de mama em seres humanos.
O novo estudo foi publicado na edição de 12 de janeiro on-line do Journal of Applied Toxicology.

Linhaça ajuda a diminuir risco de doenças e faz bem para a pele

Semente auxilia no sistema digestivo e tem gordura que faz bem ao coração

O uso regular da linhaça pode diminuir o risco de algumas doenças e reduzir o ritmo de envelhecimento celular.
A linhaça é composta de 41% de gordura, 28% de fibras, 21% de proteína, 4% de resíduos e 6% de outros carboidratos (açúcares, ácidos fenólicos, lignana e hemicelulose).
A gordura encontrada nela é rica de ácidos graxos do tipo ômega 3, usados no combate a obstruções em artérias, responsáveis pelas doenças do coração.
Um estudo do Instituto Científico para Estudo da Linhaça do Canadá e dos Estados Unidos aponta o poder da linhaça na prevenção e cura de numerosas doenças degenerativas.
Por causa de suas fibras solúveis, ela ajuda a baixar os níveis de colesterol.
A semente também auxilia no sistema digestivo e ajuda no funcionamento do intestino e assim, deixa a pele mais saudável.
A casca da linhaça contém uma mistura de minerais, proteínas e vitaminas. Ela possui uma substância chamada lignana, que exerce o mesmo papel do estrógeno, o hormônio feminino. Por isso, seu consumo é indicado na fase da menopausa, quando a mulher deixa de produzir o hormônio.

Cientistas falam sobre procedimentos em caso de “contato alienígena”

Ainda há muita dúvida sobre como informar o fato ao público
Há décadas mandamos sinais, deliberados ou acidentais, ao espaço, além de procurar por emissões de sinais por alienígenas. Mas qual seria o plano caso um dia ouvíssemos alguma coisa?
Se isso acontecer, é mais provável que os cientistas da Seti (sigla em inglês para Search for Extra-Terrestrial Intelligence, ou Busca por Inteligência Extraterrestre) percebam primeiro os sinais.
Esse grupo de cerca de 20 cientistas espalhados pelo mundo, monitora constantemente o universo na esperança de captar comunicações alienígenas, geralmente contando com recursos parcos e sendo ridicularizados.
Eles buscam por algo estranho por entre os sinais dos maiores telescópios do mundo.
A Seti começou com um único homem com um telescópio em 1959. Hoje computadores são usados para vasculhar o tráfego de ondas de rádio, enviando para astrônomos possíveis indícios de vida alienígena.
Mas o que aconteceria caso fosse detectada uma comprovada comunicação alienígena?
Teorias da conspiração defendem que os governos impediriam a divulgação desta informação, mas o principal astrônomo da Seti, Seth Shostak, pensa diferente.
– A ideia de que os governantes iriam manter isso em segredo para evitar pânico não faz sentido. A história mostra que não é assim. No início do século 20 muitos acreditavam que existiam canais em Marte, uma vasta civilização hidráulica a apenas 50 milhões de km da Terra. A população dizia só que era coisa de marcianos, sem entrar em pânico.
O que fazer?
A primeira coisa a ser feita caso os computadores detectem algo seria confirmar a autenticidade com outros telescópios, o que levaria alguns dias.
– Neste período você pode ter certeza de que muita gente falaria sobre isso em e-mails ou blogs... O assunto não ficaria secreto.
É provável, portanto, que a notícia de um contato alienígena fosse divulgada primeiro por um astrônomo da Seti. Em 1997, um "alarme falso" mostrou a reação provável, diz Shostak.
– Observamos esse sinal durante todo o dia e a noite toda, aguardando alguém de algum governo se manifestar. Nem mesmo políticos locais telefonaram. Os únicos interessados eram da imprensa.
Não há nem um plano de ação detalhando quais organismos internacionais devem ser informados primeiro.
– O protocolo é simplesmente fazer o anúncio.
As Nações Unidas têm um pequeno escritório em Viena chamado Office for Outer Space Affairs (UNOOSA), ou Escritório para Assuntos do Espaço Sideral. Os cientistas da Seti tentam sem sucesso há anos estabelecer um plano comum de ação.
Perguntados o que aconteceria no caso de mensagem alienígena, a UNOOSA respondeu que seu mandato atual "não inclui nada referente à questão colocada".
Portanto, o planejamento fica a cargo de pessoas como Paul Davies, da Universidade do Arizona, que lidera a equipe de pós-detecção da Seti. Mas não sabemos que tipo de informação, se é que existirá alguma, estaria contida em algum sinal. E sua decodificação poderia levar anos ou mesmo décadas.
E o que eles poderiam dizer? Poderia ser uma saudação simples, como um “Olá terráqueos, estamos aqui", diz Davies.
– Poderia ser algo totalmente transformador e revolucionário, algo simples como a forma de controlar o processo de fusão nuclear -, que resolveria a crise energética mundial. Por causa do grande tempo que levariam as viagens de um ponto muitos e muitos anos-luz de distancia, teríamos tempo o bastante para refletir sobre as consequências de nos engajar em um diálogo nessa escala lenta.
O que dizer?
Pergunte a qualquer um na comunidade Seti se deveríamos responder e o consenso é de que sim. Mas o que dizer e como é motivo de discórdia, diz Davies.
– Quando lidamos com uma mente alienígena – o que eles poderiam apreciar, o que eles considerariam interessante, belo ou feio – será muito relacionado com o desenho de sua arquitetura neurológica que realmente não podemos adivinhar. Portanto, a única coisa que devemos ter em comum pode ser no terreno da matemática e da física.
De volta ao instituto Seti na Califórnia, o diretor de composição de mensagens interestelares, Doug Vakoch, concorda.
– É difícil entender como alguém poderia construir um transmissor de rádio se não souber que dois mais dois são quatro. Mas como usamos este conhecimento em comum para comunicar algo que é mais idiossincrático para outras espécies? Como diremos a eles como é realmente ser humano?
Alguns cientistas da Seti argumentam que, uma vez que saibamos para onde mandar um e-mail interestelar, poderíamos simplesmente enviar todo o conteúdo da internet por meio de um raio de laser.
Alienígenas teriam então informação bastante para construir padrões, identificar linguagens e ver imagens, de todos os tipos, sobre o que é ser humano.
Mas Vakoch diz acreditar que mandar um "carregamento de dados digitais" seria uma aproximação "feia".
– Deve existir algo mais elegante para dizer sobre nós mesmos do que isso.
Poderíamos expressar nossa ideia de beleza, embora de forma simples, ao enviar um sinal representando a sequência Fibonacci, na qual cada número é a soma dos dois anteriores: um, dois, três, cinco, oito, 13 e assim por diante.
Em uma sequência vista em galáxias espirais e como algumas conchas nautilus crescem, uma constante algébrica conhecida como Proporção Áurea, que é esteticamente prazerosa e usada na arquitetura clássica.
Vakoch também espera mostrar características possivelmente idiossincráticas como o altruísmo. Para isso, ele preparou uma animação simples de uma pessoa ajudando outra a subir um penhasco.
Mas qualquer mensagem precisaria de consenso internacional antes de ser enviada, coisa que só seria atingida por meio de negociações se um sinal realmente for captado. Até lá, ele pretende continuar pensando no que dizer em um microfone interestelar.
– Talvez mais importante do que se comunicar com extraterrestres, esse exercício de compor mensagens é uma oportunidade para refletir sobre nós mesmos, sobre com o que nos importamos e como expressamos o que é importante para nós.

Sobral mantém índice zero de infestação do mosquito da dengue

Desde o ano passado, quando o Ministério da Saúde divulgou o Mapa da Dengue no Brasil, ou seja, a situação de risco de transmissão de dengue de acordo com os índices de infestação pelo Aedes aegypti no Levantamento de Índice Rápido Amostral (LIRAa), o município de Sobral mantém o índice zero de infestação do mosquito da dengue. Este ano, a Secretaria da Saúde da Prefeitura de Sobral reforça a importância de manter esse índice em 2012.
Para isso, a Secretaria vai continuar com o intenso trabalho de fiscalização dos agentes de endemias e, principalmente, estimular a participação da população no combate ao mosquito. De acordo com o Centro de Zoonoses, Sobral está fazendo seis ciclos de visitação às casas. Além das visitas, outras ações estão sendo realizadas. Uma das armas utilizadas pelo município para o combate a dengue é uma armadilha específica para o vetor. No local, o mosquito pode ser atraído pela água e por uma palheta onde ele pode pôr os ovos. Semanalmente os agentes visitam as casas onde foram colocadas as armadilhas para saber se há mosquito na região. O equipamento está instalado em mais de 300 residências de Sobral.

UVA oferece 39 vagas para professor substituto em Sobral

O Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, autorizou a realização de Seleção Pública Simplificada para contratação de 39 Professores Substitutos para a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). As inscrições serão recebidas no período de 24 de janeiro a 06 de fevereiro, para as áreas de Engenharia Civil, Letras e Disciplinas Pedagógicas.
As inscrições deverão ser feitas, exclusivamente, pela Internet, no site www.concursos.uvanet.br.
SERVIÇO
Outras informações por meio do telefone (88) 3677-4210 ou na sede da CEPS, em Sobral. O edital nº 186/2011-UVA, com todas as informações relativas sobre a Seleção, está disponível no site www.uvanet.br.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Consumo de alimentos à base de aloe vera não é seguro

Aloe vera, conhecida popularmente como babosa é uma planta nativa do norte da África com mais de 200 espécies catalogadas.

Dessas 200 espécies apenas 4 são seguras para uso em humanos destacandoAloe arborensis e a Aloe barbadensis (Miller). Esta última é a espécie reconhecida com a maior concentração de nutrientes no gel de sua folha.

Há muitos anos a aloe vera vem sendo utilizada para diversos fins medicinais e geralmente para problemas de pele como: acne, queimaduras, psoríase, hanseníase, etc. O uso dessa planta era comum na antiguidade, pois pesquisadores encontraram relatos de seu uso entre civilizações antigas como os egípcios, gregos, chineses, macedônios, japoneses e até mesmo citações na Bíblia foram mencionadas.

Reconhecida como um poderoso regenerador e antioxidante natural, possui também propriedades antibacteriana, cicatrizante, capacidade de reidratar o tecido capilar ou dérmico danificado por uma queimadura ou outros problemas na derme. A babosa quando aplicada sobre uma queimadura ajuda rapidamente a retirar a dor pelo seu efeito reidratante e calmante.

No Brasil representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(Mapa) e da Anvisa têm discutido sobre o uso da aloe vera como alimento. Isso porque não há um número suficiente de pesquisas cientificas que comprovem sua segurança para a saúde do consumidor.

No entanto, a aloe vera tem sido empregada em alguns países como suplemento indicado e vendido para tratamento de obesidade, hiperlipidemia (excesso de gordura no sangue) e acne (Wang et al., 2002). O uso interno do gel é regulamentado como suplemento dietético nos EUA (Code of Federal Regulations,1991) e Europa (Council of Europe, 1981). O uso do suco da folhas como alimento, entretanto, não é permitido no Japão (Shioda et al., 2003). Pela Legislação Brasileira somente cosméticos e medicamentos fitoterápicos podem ser fabricados industrialmente a partir da planta. Alimentos como suco e isotônico vendidos em outros países não têm sua produção autorizada no Brasil. .
Consumo de alimentos à base de aloe vera não é seguro

Informe publicado em novembro de 2011 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aponta que alimentos e sucos à base de aloe vera não devem ser consumidos pela população. Isso porque como já mencionado acima não há comprovação de segurança do consumo desses alimentos.

No Brasil a aloe vera tem o uso autorizado somente em produtos cosméticos e em medicamentos fitoterápicos de uso tópico com função cicatrizante. Para ser classificada na categoria de "novos alimentos", a aloe vera precisa de registro junto à Anvisa para então poder ser comercializada dessa forma.

No entanto, todos os documentos científicos apresentados para a Anvisa, em pedidos de registro de alimentos à base aloe vera foram insuficientes para comprovar que o consumo desses alimentos não represente risco para a saúde da população. A Agência constatou ainda a ausência de estudos toxicológicos sobre esse produto.

O informe técnico indica que as substâncias antraceno e antraquinona presentes na aloe vera são mutagênicas, ou seja, podem causar mutação nas células humanas. Segundo o documento, a aloe vera apresenta produtos de biotransformação potencialmente tóxicos. Assim não possuem efeitos somente imediatos e facilmente correlacionados com sua ingestão, mas também efeitos que se instalam em longo prazo e de forma assintomática, podendo levar a um quadro clínico severo, algumas vezes fatal.
Ingestão de aloe vera: consequências
Alguns autores associam a ingestão de aloe vera com diarreia, disfunção do rim, dermatites, entre outras. Em geral é preciso cuidado com o uso interno a longo prazo.

Um estudo publicado pelo Journal of Environmental Science and Health Part C-Envitonmental Carcinogrnesis & Ecotoxicology Reviews 2010 mostrou uma avaliação das propriedades biológicas e toxicológicas de Aloe barbadensis(Miller), aloe vera. O estudo mostrou que a planta é fonte de dois produtos, gel e látex, que são obtidos a partir de suas folhas carnudas. Possui potenciais atividades biológicas e toxicológicas, no entanto, a ingestão de aloe vera é associada com diarreia e *desequilíbrio eletrolítico, disfunção renal e interações medicamentosas convencionais. Outros relatos como dermatite de contato (reação inflamatória na pele), eritema (vermelhidão/doença inflamatória da pele) e fototoxicidade (espécie de queimadura solar) foram identificados a partir de aplicações tópicas.

Outro estudo publicado em 2008 pela Society for Applied Microbiology, concluiu que a aloe vera possuí atividade bacteriogenica in vitro e alterou a produção de ácidos acético, butírico e propiônico por micro-organismos selecionados para o estudo.
Babosa e sua comercialização

Atualmente é comum encontrar produtos de venda livre em farmácias, drogarias, supermercados ou até em detergentes, xampus e condicionadores. Apesar de alegações sobre possíveis propriedades curativas da aloe, não existem estudos que comprovem essas afirmações.

Diante da falta de um numero suficiente de pesquisas que comprovem seus beneficios à saúde, minha recomendaçao é que não façam automedicação desse produto, pois muitas vezes os danos causados ao organismo poderão ser irreversiveis.
*Os distúrbios eletrolíticos mais graves envolvem anormalidades nos níveis de sódio, potássio e/ou cálcio

Estudo revela que há mais planetas que estrelas na Via Láctea

Um grupo de cientistas, que inclui astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO), utilizou a técnica de microlente gravitacional para determinar quão comuns são os planetas na Via Láctea. Após uma busca que durou seis anos e incluiu a observação de milhões de estrelas, a equipe concluiu que os planetas em torno de estrelas são a regra e não a exceção. Os resultados serão publicados na próxima edição da  Nature.

Durante os últimos 16 anos, os astrônomos detectaram mais de 700 planetas fora do nosso Sistema Solar (exoplanetas). A maioria foi descoberta ou pelo efeito gravitacional exercido sobre suas estrelas hospedeiras ou ao passarem em frente à estrela, fato que leva à redução de brilho desses corpos celestes. Ambas as técnicas funcionam para planetas com grande massa ou que estão perto de suas estrelas, o que pode ter excluído muitos planetas da conta.
Desta vez, a equipe procurou exoplanetas utilizando um método totalmente diferente - as microlentes gravitacionais - que permitem detectar planetas num grande intervalo de massas e também os que se encontram mais afastados das suas estrelas.
Microlentes
As microlentes gravitacionais  são uma ferramenta poderosa, com o potencial de detectar exoplanetas que não poderiam ser descobertos de outro modo. No entanto, é necessário o alinhamento, bastante raro, entre a estrela de fundo e a estrela que atua como lente para que se possa observar o evento. E para descobrir um planeta é preciso, ainda, que sua órbita esteja igualmente alinhada com a das estrelas, o que é ainda mais raro.
Embora encontrar um planeta por meio de microlente esteja longe de ser uma tarefa fácil, nos seis anos de procura, três exoplanetas foram efetivamente detectados nas buscas: uma super-Terra e planetas com massas comparáveis a de Netuno e de Júpiter. Em termos de microlente, ess é um resultado considerado excepcional.
Os astrônomos combinaram seguidamente a informação sobre os três exoplanetas com achados anteriores. A conclusão foi que uma em cada seis estrelas estudadas possui um planeta com massa semelhante à de Júpiter, metade têm planetas com a massa de Netuno e dois terços têm super-Terras.
A combinação desses resultados sugere que o número médio de planetas em torno de uma estrela é maior que um. Ou seja, os planetas são a regra e não a exceção na Via Láctea.
"Anteriormente pensava-se que a Terra seria única na nossa galáxia. Mas aparentemente há bilhões de planetas com massas semelhantes à da Terra que orbitam estrelas da Via Láctea", conclui Daniel Kubas, coautor do artigo científico.

Consumo moderado de maconha não afeta o pulmão, diz estudo

O consumo moderado de maconha aparentemente não afeta negativamente os pulmões, segundo um novo estudo divulgado na última terça-feira (10) nos Estados Unidos.
Pesquisadores concluíram que várias avaliações pulmonares na verdade apresentavam resultados ligeiramente melhores entre jovens que relatavam usar mais maconha - pelo menos mais de 2.000 baseados ao longo da vida.
"Sem dúvida, se você viu um filme de Harold e Kumar, observou que a maconha desencadeia uma tosse", disse Stefan Kertesz, da Universidade do Alabama, em Birmingham, que trabalhou no estudo. Mas ainda há dúvidas sobre os efeitos da droga sobre o funcionamento pulmonar em longo prazo.
"Estudos anteriores tiveram resultados ambíguos", disse Kertész. "Alguns sugeriram um aumento no fluxo de ar nos pulmões e de volume pulmonar (com o consumo de maconha), e outros não encontraram isso. Outros encontraram sinais de dano."
Embora o cigarro de maconha tenha muitas das toxinas presentes nos cigarros de tabaco, disse o cientista, as pessoas que usam maconha tendem a fumar menos baseados por dia em relação ao consumo de cigarro pelos tabagistas. Isso, junto com a forma de tragar, pode oferecer uma proteção relativa aos pulmões, propõem os pesquisadores.
Mas o trabalho não isenta a maconha quanto às consequências de longo prazo. "Acho que será preciso realizar muito mais trabalhos para fazer qualquer declaração abrangente sobre a segurança (do consumo de maconha)", disse Jeanette Tetrault, que pesquisa abusos de substâncias na Escola de Medicina de Yale, em New Haven (Estado de Connecticut), e que não se envolveu na nova pesquisa.
Os novos dados derivam de um estudo prolongado com mais de 5.000 jovens adultos em Oakland (Califórnia), Chicago, Minneapolis e Birmingham (Alabama). De 1985 a 2006, os pesquisadores perguntaram regularmente aos participantes sobre o uso de tabaco e maconha no passado e no presente. Também fizeram exames para avaliar quanto ar eles conseguiam segurar e qual era o fluxo máximo de ar saindo dos pulmões.
Os pesquisadores mostraram que, quanto mais cigarros de tabaco os participantes fumavam, pior era o desempenho deles em ambos os testes, segundo o artigo publicado pela equipe de Kertész na revista Jama (publicação da Associação Médica Americana).
Já o consumo moderado de maconha não parecia afetar a função pulmonar.
O volume pulmonar e o fluxo de ar aumentavam a cada "ano-baseado" - o equivalente a 365 cigarros ou cachimbos de maconha por ano - que os participantes diziam ter fumado, até cerca de 2.555 baseados.
As conclusões não significam que as pessoas devem fumar maconha para melhorar a função pulmonar, segundo os pesquisadores.
A maconha pode causar uma irritação pulmonar em curto prazo, e provocar problemas para pessoas que tenham asma, segundo os cientistas.

A tal da "ex": veja dicas e aprenda a lidar com ela

Na novela  Fina Estampa , a personagem Chiara, vivida por Helena Ranaldi, é uma ex que vem dando o que falar. Foto: TV Globo/Divulgação
Na novela Fina Estampa, a personagem Chiara, vivida por Helena Ranaldi, é uma ex que vem dando o que falar

Ela parece um fantasma: volta e meia aparece dando um susto e ameaçando a paz do namorado ou marido que decidiu tocar em frente sua vida amorosa. Quando não superam o fim do relacionamento, ex-mulheres ou ex-namoradas podem virar um tormento na vida do casal e dar início a muitas brigas.
É o que vem acontecendo com o personagem Letícia, vivida pela atriz Tânia Khallil na novela global Fina Estampa. Prestes a entrar no vestido de noiva para se casar com Juan Guilherme (Carlos Casagrande), que finalmente decidiu colocar sua vida amorosa nos trilhos, ela teve que se deparar com a misteriosa ex que morava na Europa e resolveu baixar no Brasil para a infelicidade do casal. Além de linda, Chiara (Helena Ranaldi) veio decidida a partilhar alguns problemas com o ex-marido, o que desestabilizou a relação dos pombinhos.
Assim como na ficção, muitas mulheres enfrentam este problema e acabam descontando no próprio parceiro. No entanto, mantendo um diálogo aberto, tudo pode voltar ao seu lugar - inclusive a "inimiga" em questão, voltando para o lugar de ex. Veja as dicas de alguns especialistas e evite problemas.
Primeiro passo: reconheça o inimigo
Antes de sair tirando conclusões precipitadas, é bom saber reconhecer os limites que separam uma relação saudável de uma baseada em segundas intenções.
De acordo com a psicóloga e terapeuta de casais Marina Vasconcellos, em primeiro lugar é preciso ser racional para saber diferenciar dois tipos de situação. "Uma mulher que termina o casamento e possui filhos com o ex terá uma relação totalmente diferente daquela que termina um simples namoro e não construiu uma história com o parceiro", explica.
A psicóloga Viviane Scarpelo reforça que é preciso estar atenta "quando se percebe que não existe o porquê do contato".
Sinais mais comuns De um modo geral, a ex-namorada que não consegue superar o fim da relação acaba tendo comportamentos que podem prejudicar o atual casal. "Provoca situações em que possa encontrar o ex 'coincidentemente', procura saber notícias dele por amigos em comum, checa suas atividades nas redes sociais para não perder nada de seus movimentos e novos relacionamentos, e pode ficar mandando mensagens ou mesmo ligando para ele com o intuito de marcar presença, para que ele não a esqueça", indica Marina.
Por outro lado, os hábitos ligados à ex-mulher que ainda se sente emocionalmente envolvida com o ex geralmente estão ligados aos filhos. Sendo assim, é normal que ligue mais do que o necessário para falar das crianças, ou use os filhos como "mensageiro" para vasculhar a vida do ex. "Pai e mãe eles serão para sempre, sendo necessário um mínimo de convivência para decidirem questões referentes aos filhos", observa Marina.
Quando a ex se torna amiga
Existem casos em que ex-casais se tornam verdadeiros amigos e, sendo assim, o ideal é ter tolerância para lidar com essa convivência de maneira pacífica. De acordo com Marina, "tudo que for resolvido às claras pode ser tranquilamente aceitável, desde que dentro do bom senso".
Conviver é preciso
Para a psicóloga Viviane, não é preciso forçar uma amizade ou conversa com ex. "A ex não precisa ser amiga", explica. No entanto, uma convivência harmônica é necessária para que ninguém se sinta desconfortável e, sendo assim, a sinceridade deve prevalecer. "Fale o que pensa se precisar. Indireta nem pensar. As pessoas que se tratam com respeito conseguem ser mais felizes", conclui.
Quando ele facilita a intimidade
Antenas ligadas também para notar se o seu parceiro não está sendo permissivo com essa invasão da ex no relacionamento de vocês. "Às vezes, por medo de brigas, o parceiro acaba facilitando a proximidade. Se perceber exagero, converse e pergunte. Não vá apenas pela aparência. É importante saber realmente o que está acontecendo e fale sempre do que sente", observa Viviane.
Dar muita abertura ou incluir demais a ex nos assuntos da família também é sinal de perigo. "A companheira atual deve colocar a ele sua percepção e dar exemplos de situações abusivas. Sempre colocar-se na primeira pessoa é melhor do que acusar o outro de algo. Por exemplo: 'sinto-me invadida quando a fulana faz isso ou aquilo e gostaria que você fizesse algo a respeito', ao invés de 'você não sabe impor limites pra sua ex'", reforça Marina.
Amizade com ex tem limite
Em nome de um relacionamento sólido, a convivência com a ex pode ser em alguns casos tolerável, mas as especialistas avisam: a proximidade deve ter limite. De acordo com Marina, aquela ex que liga várias vezes todos os dias, para falar sobre tudo, como se ainda compartilhassem uma vida de casal, pode representar problema.
Além disso, tentar se fazer muito presente é outro sinal de alerta. "Querer falar sempre em particular; impor sua presença constantemente na casa dele, como se ainda fosse 'dona do pedaço'; invadir a privacidade do casal em todos os aspectos, assim como falar mal ou induzir os filhos a não gostarem da atual parceira do ex, muitas vezes através de chantagem emocional, dentre outras coisas", orienta Marina.
Quando há filhos na jogada 
Quando o relacionamento deixou filhos, não há o que fazer: a convivência vai acontecer naturalmente. "Há casais que se separam e conseguem conviver tranquilamente entre si, inclusive entrosando os novos companheiros. Esse é o modelo ideal de separação, que evita mal estar e o sofrimento dos filhos, permitindo livre acesso de ambos ao telefone ou pessoalmente a qualquer momento", explica Marina.
Redes sociais: não surte
Se a ex é do tipo que vigia cada passo que seu atual parceiro dá nas redes sociais, comenta fotos ou o provoca com indiretas, o melhor a se fazer é respirar fundo e superar.
A psicóloga Viviane dá a dica. "Todos têm o direito de escrever o que quiser. Mas você tem o dever de cuidar bem de você mesma. Não é uma disputa, é você que esta com ele vivendo este momento e isso é o que importa. Deixe as redes sociais de lado e vá pra praia, faça uma surpresa, vá ao cinema, fale de você. A propaganda deve sempre ser de você mesma."
Diálogo sempre
De acordo com as especialistas ouvidas, a maioria dos problemas relacionados às ex podem ser resolvidos na base do diálogo e do respeito. "As conversas devem ser francas e, se possível, até na frente da parceira atual parceira para que ela não tenha qualquer dúvida a respeito dos sentimentos de seu parceiro", indica Marina.
E quando ainda assim a ex não supera o fim, aí é a vez do homem reforçar isso com ela. "Ele deve impor o limite de forma que não deixe transparecer qualquer dúvida a respeito de seus sentimentos por ambas, procurando colocar-se ao lado da companheira atual", finaliza Marina.
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