quarta-feira, 21 de março de 2012

É possível amar uma pessoa em pouquíssimo tempo? Ou isso seria paixão apenas?

Resposta: Depende da definição dada à palavra amor e à palavra paixão... tarefa nem sempre fácil. Se condultarmos o dicionário Aurélio teremos:

Significado de amor

s.m. Afeição viva por alguém ou por alguma coisa: o amor a Deus, ao próximo, à pátria, à liberdade. / Sentimento apaixonado por pessoa do outro sexo: as mulheres inspiram amor. / Inclinação ditada pelas leis da natureza: amor materno, filial. / Paixão, gosto vivo por alguma coisa: amor das artes. / Pessoa amada: coragem, meu amor! / Zelo, dedicação: trabalhar com amor. // Amor platônico, amor isento de desejo sexual. // Por amor de, por causa de. // Pelo amor de Deus, expressão que dá ênfase a um pedido: não faça isso, pelo amor de Deus!

Significado de paixão

s.f. Movimento violento, impetuoso, do ser para o que ele deseja. / Atração muito viva que se sente por alguma coisa. / Objeto dessa afeição. / Predisposição para ou contra. / Arrebatamento, cólera. / Amor, afeição muito forte. / Religião Descrição, que é feita no Evangelho, da condenação, da agonia e da morte de Jesus Cristo. (Neste sentido, escreve-se com maiúscula.) / Tipo de música vocal dramática que relata os sofrimentos de Cristo de acordo com o Evangelho. &151; É uma espécie de oratório. Acreditam os historiadores que a paixão foi cantada pela primeira vez no ano 300 d.C. A Paixão Segundo São Mateus, de Johann Sebastian Bach, é a maior das paixões compostas.


Fica claro a diferença entre amor e paixão?


Não muito...


Se olharmos com cuidado, uma das definições de paixão, inclusive é: " amor, afeição muito forte"... Nesse sentido as palavras seriam equivalentes diferenciando-se apenas pela intensidade do sentimento.


Será que a diferença entre os sentimentos resume-se à sua intensidade?


Se considerarmos essa hipótese, a resposta à sua pergunta será: sim, é possivel amar ou apaixonar-se por uma pessoa em pouquíssimo tempo.


Afinal, a intensidade de sentimentos varia de pessoa para pessoa, não é?


A meu ver, porém, diferenciar amor e paixão apenas pela intensidade do sentimento é pouco. Existem outras diferenças e, como não nos contentamos com o óbvio, vamos a elas.


A intensidade da paixão, em geral, está altamente relacionada ao desconhecido. Podemos nos apaixonar por alguém que nem conhecemos pessoalmente, um artista, por exemplo ou por alguém que acabamos de conhecer. Como não convivemos ainda com essas pessoas, imaginamos que elas sejam exatamente como gostaríamos que fossem. E nos sentimos encantados pela possibilidade de estar com alguém tão perfeito. Fazemos de tudo para agradar e nos sentimos recompensados com qualquer migalha de atenção que recebemos desse ser sublime. É a paixão...


O amor, por outro lado, está mais relacionado com o sentimento que temos por alguém conhecido. Gostamos de uma pessoa, nos relacionamos com ela, ficamos conscientes de como ela é, percebemos suas qualidades e defeitos e ainda assim continuamos gostando dela. Quando isso acontece, podemos dizer que amamos alguém. Amamos uma pessoa real e não uma ideia de perfeição.


Levando-se em conta essas definições a resposta à sua pergunta será: "Não, não é possivel amar uma pessoa em pouquíssimo tempo, isso é apenas paixão".


Poderíamos levantar ainda uma série de reflexões sobre diferenças entre a palavra amor e a palavra paixão, mas os sentimentos, certamente, são muito maiores e mais variados do que as palavras que os definem. Quem quiser entendê-los e, consequentemente usá-los de forma construtiva, precisa mais do que meras definições. Precisa estar atento às suas vivências afetivas e ao quer elas provocam; precisa aprender quando é hora de expressar uma emoção e quando é hora de contê-la. Enfim, nada melhor do que atenção, autoconhecimento e sensibilidade para definir sentimentos com precisão. 

Saiba por que a mente possui 84 mil venenos

O que são e quais são os venenos da mente?

Os venenos da mente são divididos em três categorias principais. A primeira é o apego ou desejo, que inclui o ficar preso física ou mentalmente a pessoas, objetos e fenômenos. A segunda é a raiva, que significa rejeitar, não querer, afastar algo de você. O terceiro é a ignorância, que significa não ter uma noção clara da vida, não compreender a natureza verdadeira das coisas.

Estes venenos agem de maneira interdependente. O que ocorre é que, quando não temos uma visão real da vida, acabamos criando desejos e apegos. E quando não conseguimos o que queremos, criamos aversão e ficamos com raiva.

Os venenos da mente agem como toxinas, criando energias mentais negativas. Estas energias são expressas em nossas ações, palavras e pensamentos, causando um sofrimento cíclico, em cadeia, que se repete infinitamente.

Existem 84.000 venenos na mente?

Sim. Eles são uma combinação dos três venenos principais, sendo que podemos adicionar a eles o orgulho e a inveja. Estas combinações vão ficando cada vez mais sofisticadas e representam as diferentes formas errôneas com que nossa mente pode atuar.

 A raiva seria o principal veneno da mente?

A raiva é o veneno mais grosseiro e o que traz as conseqüências mais terríveis, cruas e diretas. O desejo é mais sutil e, em nossa sociedade atual, é até mesmo considerado uma coisa boa, apesar de trazer tanto sofrimento. Mas o veneno fundamental, realmente, é a ignorância, é o não reconhecimento da natureza verdadeira dos fenômenos. Não podemos dizer que a ignorância seja o pior veneno, mas ele é o primeiro, o que dá origem a todos os outros.

- Como fazer para eliminar a raiva ou domá-la?

  Há várias formas para começar a lidar com nossos venenos mentais. A primeira coisa a ser feita é reeducar-nos, no sentido de identificar os venenos em nossa própria mente, suas conseqüências e o que podemos esperar deles. Parece óbvio dizer que temos que nos reeducar, mas não é. Por exemplo, achamos que é OK ficar com raiva quando alguém faz algo errado conosco, nos fere, é injusto. E não é OK. A raiva é um veneno mental e produz experiências dolorosas para quem a sente, não importando se o motivo que a tenha criado seja "aparentemente justificável".

Você tem que ser educado para saber que não deve tomar veneno de rato, por exemplo. Se você entender isso, vai saber que se tomar veneno de rato, ainda que o gosto seja doce, sofrerá um dano imenso.

Há um senso comum entre as pessoas de que devemos expressar nossa raiva, "pôr para fora". O Budismo acredita nisso de alguma forma?

Não, o Budismo não acredita nisso, porque os venenos da mente agem como um bumerangue. Se você atirar sua raiva adiante, o que você vai receber de volta é mais raiva. Nós não compreendemos que nossas ações, palavras e pensamentos são como bumerangues, e não como uma bola, que jogamos em direção a alguém e lá ela fica. O bumerangue é atirado adiante e ele volta.

Quando não entendemos essa regra básica, nos tornamos nossas próprias vítimas e, feridos e ignorantes, jogamos o bumerangue de volta, causando sofrimento atrás de sofrimento.

O Senhor Buda ensinou que é importante termos paciência, mesmo quando momentos difíceis acontecem, porque estes momentos são resultado de bumerangues lançados por nós mesmos, anteriormente. Se um bumerangue estiver voltando, aceite-o, tenha paciência, deixe que ele caia. Não atire mais três ou quatro de volta, porque eles também vão voltar.

É melhor "engolir" a raiva?

  Temos que refletir e contemplar as conseqüências dos venenos mentais, para começamos a obter elementos para lidar com eles. No entanto, o que precisamos realmente é cortar esses venenos. E isso conseguimos fazer através da meditação.

Mas, enquanto não desenvolvermos estas técnicas de contemplação e meditação, precisamos evitar a raiva. Se ainda não tivermos os meios hábeis para lidar com a situação, é melhor correr do que reagir. Ou talvez você deva segurar sua respiração por um instante e esperar a raiva passar.
Quando você estiver um pouco mais treinado, talvez não precise correr nem prender a respiração, e consiga converter a situação negativa em amor e compaixão.

Talvez consiga transformar a raiva, lembrando-se de que todos querem ser felizes e as pessoas fazem o que fazem porque acham que aquilo trará felicidade. Ao lembrar-se disso, pode cultivar a compaixão e ver que você e aquela pessoa não são diferentes: você já agiu raivosamente antes porque achava que aquilo o faria feliz. E, compassivo pelo fato de que aquela pessoa não sabe das conseqüências que a raiva traz, você converte sua emoção negativa em emoções positivas, como amor e compaixão. E mais tarde, quando você já estiver ainda mais treinado, poderá não apenas converter o negativo em positivo, mas liberar as emoções negativas em sua própria essência, cuja natureza é a perfeição. Grandes mestres e praticantes lidam com sua raiva dessa forma. A raiva ocorre, mas ela é livre, assim como as nuvens, que ocorrem mas dançam livres no céu.

O que é a impermanência?

Encare sua vida como se fosse um banco no parque, em uma tarde de clima ameno. Você vai até lá passar algumas horas, sentado, aproveitando tudo ao máximo: a brisa fresca, os pássaros cantando, as borboletas, o sol batendo no rosto. Tudo aquilo dura pouco tempo e vai chegar ao fim. Por isso, você deve aproveitar o momento e criar boas condições. Você não deve se apegar ao banco. Não tente colocar uma etiqueta nele com o seu nome, querendo mantê-lo para você! Isso vai impedi-lo de sentir o prazer e a liberdade de estar lá, simplesmente sentado. E se alguém se sentar com você, seja gentil, tratando-a com amor e compaixão. Não brigue com esta pessoa. Seu tempo é muito curto. Vocês estão ali apenas de passagem.

Ao lembrarmos de que tudo na vida é impermanente e chega ao fim, podemos ser generosos com ela, sabendo que provavelmente ela nunca pensa no fato de que terá que deixar o banco em breve, assim como você. Todos nós queremos manter as coisas e não conseguimos. Temos que ter compaixão por elas, e por nós mesmos. Compreender a impermanência nos faz ricos: temos tudo neste momento e podemos ser generosos, abertos, decididos a fazer o que pudermos para beneficiar a todos com o nosso amor, sem medo de perder.

É possível reduzir o carma?

  Sim, o carma é purificável através da educação e da meditação. O carma é algo criado por nós, e tudo o que é criado pode ser alterado. Só o que está além da criação - como a natureza absoluta da nossa mente - não pode ser alterado.

Há duas formas de eliminar o carma negativo: uma delas é experienciar as situações da vida sem rejeitá-las, e recebê-las com amor e compaixão, transformando carma negativo em positivo; a outra forma é purificar o carma negativo antes de vivenciá-lo, e ir além do carma, não importando se ele é positivo ou negativo. Esta segunda maneira de abordar a questão é crucial, mas só pode acontecer depois de treinarmos nossa mente através de avançadas técnicas de meditação.

De maneira mais imediata, a melhor coisa a ser feita é transformar carma negativo em carma positivo. Mas precisamos ter em mente que produzir carma positivo não é uma solução absoluta para nosso sofrimento. Porque todo carma, positivo ou negativo, é impermanente. Isso significa que, seja qual for o resultado positivo que você crie, ele também vai mudar, mais cedo ou mais tarde. É um ciclo: o que é positivo se transforma em negativo e o que é negativo, em positivo. A única saída é obter a realização da iluminação e tirar você e sua mente deste sistema cíclico de existência.
Enquanto isso não ocorre, faça seu melhor e crie condições positivas para suas experiências futuras, aceitando o seu carma, vivendo-o da melhor forma posssível e o purificando.

 Como fazer para terminar um relacionamento com alguém com quem não combinamos muito, sem criar carma negativo e nem sofrimento?

Podemos dizer que a principal religião de nossa sociedade atual é o amor - nossas músicas, nossos filmes e nossos anseios são todos a respeito de relacionamentos - e, no entanto, nós nem ao menos sabemos o que é o amor. As pessoas se preocupam muito com os relacionamentos mas, na verdade, elas se preocupam mesmo é consigo mesmas. Elas querem ter um amor porque isso fará com que elas se sintam bem.

E o Budismo traz um novo paradigma a este respeito: amar é querer que o outro seja feliz. Ao amar, devemos nos preocupamos com o bem-estar do outro e não em atender aos nossos interesses.
Se você está com uma pessoa, é por causa do carma. Enquanto estiver com ela, você deve fazê-la o mais feliz possível. E se você deve terminar ou não o relacionamento, vai depender se isso vai fazê-la mais feliz ou mais infeliz. Sua preocupação não deve ter nada a ver com a sua própria felicidade. Se você tiver isto em mente, é mais provável que tome a decisão mais correta.

O relacionamento vai acabar de um jeito ou de outro. Lembre-se da impermanência: você e a outra pessoa não duram para sempre. O próprio relacionamento é impermanente e vai acabar naturalmente, quando não houver mais carma entre vocês. Então, aproveite o momento, e não se esqueça de pensar no bem-estar dos demais, mais do que no seu próprio. Isso é libertador.
  

Para jovens, dinheiro e fama são mais importantes do que ajudar o próximo, diz estudo

Para geração Y, fama e dinheiro são mais importantes que afiliação e comunidade

De tempos em tempos nosso comportamento muda de acordo com a geração que vivemos e nos tornamos. Mas isso não quer dizer que melhoramos com o passar do tempo. Uma pesquisa realizada por 40 anos e com 9 milhões de jovens foi publicada este mês no "Journal of Personality and Social Psychology", e mostra que mudamos para pior.
De acordo com o estudo, desde a geração do "baby boom" --nascidos entre 1946 e 1961, que foram jovens durante as décadas de 60 e 70-- houve uma queda significante do interesse dos jovens americanos na participação política, preocupação com o meio ambiente e com o próximo.
Comparado a geração dos "baby boomers", as gerações posteriores consideram objetivos relacionados com valores como dinheiro, imagem e fama, mais importantes do que aqueles relacionados com autoaceitação, afiliação e comunidade.
Mesmo com os resultados do estudo mostrando que a geração Y --nascido entre 1983 e 1990-- está mais disposta a se voluntariar na escola ou participar de programas de serviço comunitário na faculdade, os autores afirmam que esta tendência está ligada à imposição desses serviços para que o aluno possa se formar. O desejo de salvar o meio ambiente, área considerada de especial interesse para a geração Y, revelou-se com uma das maiores quedas: a falta de esforço é três vezes maior do que a dos "baby boomers".
E o futuro? Os próprios pesquisadores se questionam na conclusão do estudo: " Será que a geração seguinte, os nascidos após 2000 ,irão continuar estas tendências ou revertê-las?"

Pare de se exigir tanto. Pessoas ambiciosas não se saem tão bem quanto você imagina

Você é do tipo que costuma acordar no meio da noite e conversar mentalmente com você mesma(o) se perguntando se todo o seu esforço para ser bem-sucedido profissionalmente vale tanto a pena assim? Bom, então aqui vai uma boa notícia: não vale. Um novo estudo revela que pessoas ambiciosas não se saem tão bem assim no fim das contas. Elas obviamente estudam nas melhores escolas e universidades, e têm carreiras bem-sucedidas, mas têm níveis baixos de satisfação, além de morrerem mais cedo. Ufa, agora os menos ambiciosos podem se consolar com o fato de que vão acabar numa situação melhor do que aqueles “mui amigos” que perseguem o sucesso a qualquer custo, com o Blackberry sempre em mãos.
Quem foi o gênio que nos presenteou com tão sábia conclusão? Seu nome é Timothy Judge, e ele é professor de Administração no Mendoza College of Business da University of Notre Dame. Em seu artigo, intitulado Sobre o valor das grandes metas: as causas e consequências da ambição (On the value of aiming high: The causes and consequences of ambition), que está para ser publicado pelo Journal of applied psychology, ele nos dá uma ideia melhor de quais são as consequências – tanto positivas quanto negativas – de se ter ambição. Ele revela que a ambição é, de fato, uma característica estranha. Ela não é algo que tem um valor claro e absoluto como, por exemplo, a paciência, mas sim é vista como virtude e vício ao mesmo tempo.
Para estabelecer como esse complicado conceito de ambição nos afeta, o prof. Judge acompanhou 717 sujeitos “altamente talentosos” por um período de setenta anos. Uma vez que as vidas deles mudaram drasticamente desde a infância até a maturidade, ele usou diversos critérios para mensurar a ambição. Muitos participantes do estudo estudaram em excelentes instituições, como Harvard e Yale, mas outros só chegaram a terminar o ensino médio ou cursos universitários de curta duração. O prof. Judge descobriu que, ao fim e ao cabo, a ambição realmente nos move a chegar cada vez mais longe.
Diz ele: “Crianças ambiciosas tinham notas mais altas na escola, e depois entravam em universidades de renome, tinham empregos cobiçados e ganhavam melhor. Assim, parece que eles tinham tudo para sentirem-se plenos”.
É nisso que somos treinados a acreditar, e é assim que provavelmente vamos orientar nossos filhos e netos: se você ralar muito e se sair bem na escola, vai conseguir tudo o que sempre sonhou. Na verdade, a coisa não é bem assim. O professor explica porquê: “Nós determinamos que a ambição tem pouca importância sobre a satisfação que um sujeito tem com a sua vida, e um impacto levemente negativo sobre a longevidade (quantos anos se vive). Desta forma, a conclusão é que as pessoas ambiciosas têm carreiras de maior sucesso, mas isso não se traduz numa vida mais feliz ou saudável”.
Ahá! Devagar se vai ao longe, então. Se a coisa mais importante é sentir-se satisfeito com a própria vida, além de viver pelo maior número de anos possível (desde que dê para aproveitar o que se tem), então por que desperdiçar tanta energia com a ambição? Você pode simplesmente relaxar, se deixar levar e acabar tão bem ou até melhor do que se ficar se estressando o tempo todo com ser bem-sucedido em tudo o que faz.
É claro que a ambição não é sempre uma escolha. Para algumas pessoas, seguir a própria ambição é a única maneira possível de aproveitar a vida. No entanto, para aqueles que não são nem obcecados com o sucesso e nem completos encostados, Deus criou a ioga, as redes sociais, o Twitter, o vinho e um monte de outras coisas que os ajudam a viver o agora e matar o tempo que seria desperdiçado com o trabalho e a busca pelo sucesso. Quando essas pessoas olharem para trás, terão a satisfação de ver os tweets que escreveram, as garrafas de vinho que esvaziaram e a paz que vem com o que de fato realizaram. Enquanto isso, o tonto que tem uma empresa de tecnologia que vale zilhões de dólares e um escritório com vista privilegiada vai ser forçado a contemplar toda a riqueza que acumulou e procurar nela um conforto vazio.

Mulheres com medo de ser sexy construíram imagem preconceituosa da sensualidade

Algumas mulheres aprenderam a associar, erroneamente, a sensualidade à vulgaridade

Você foge de peças decotadas, não vê motivos para subir em um sapato de salto e tem pavor em imaginar um batom vermelho nos seus lábios? Para especialistas em comportamento, há mulheres que exercem a sensualidade com naturalidade, enquanto outras a rejeitam e passam a ter medo de ser sexy –e, algumas vezes, até se enfeiam. É claro que a vaidade não é a única ferramenta de uma mulher sensual. As atitudes contam muito, e também são evitadas por aquelas que temem a comparação com um tipo que, por preconceito, reprovam. 
Anos atrás, a sensualidade era encarada como arma de mulheres com deficiência em outros atributos –assim, a atitude sexy passava a ideia, aos olhares mais recatados, de ser uma muleta usada por "mulheres burras". Para a psicóloga clínica Fabíola Alvares Garcia Serpa, diretora do Interac (Instituto de Terapia Comportamental), de São José dos Campos, isso é passado. “O estereótipo da mulher inteligente como feia e mal arrumada foi superado. Hoje, não se duvida da capacidade intelectual e da competência de uma mulher sexy”. Ao menos, não se deveria duvidar.  
Quem também acredita que inteligência e sensualidade não são características mutuamente excludentes é a psicóloga cognitivo-comportamental Mara Lúcia Madureira. Segundo ela, essas características podem conviver em harmonia, desde que dosada a manifestação de cada uma delas. “Negligenciar uma competência tão valorizada pelo público masculino tem mais a ver com o autojulgamento do que com o julgamento alheio”, diz.
Por que camuflar a sensualidade?
Cedo ou tarde, toda mulher define como deseja ser vista. “Agimos como em um palco, no qual o outro é a plateia”, diz o psicólogo e professor do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo) Ailton Amélio da Silva. “Uma pessoa habita diferentes espaços psicológicos, que variam conforme o momento.”
A sensualidade é parte da natureza humana, e as mulheres desempenham comportamentos sensuais de acordo com parâmetros da cultura na qual estão inseridas. A rejeição dessa arma poderosa, está, em geral, ligada ao ambiente familiar. “Algumas mulheres aprenderam, por meio de modelos educacionais, a associar sensualidade a despudor e vulgaridade”, diz Mara Lúcia Madureira. “Então, para se manter longe das críticas, preferem abdicar do charme natural.”
É preciso, portanto, avaliar os motivos pelos quais uma mulher não se sente à vontade exercendo esse papel. Madureira alerta que meninas severamente criticadas na infância podem se tornar mulheres descrentes de si mesmas, que duvidem da própria sensualidade. Se o medo de ser sexy pode afastar a mulher de determinados comportamentos, usar o lado sensual é essencial no relacionamento a dois. “Uma mulher não teme ser desejada, mas rejeitada”, diz Madureira. “Como não é fácil discernir entre desejo duradouro e momentâneo, a mulher que tem medo evita o fim, inviabilizando o início de uma relação". 

Um erro comum é associar sensualidade a lançar mão de decotes profundos ou maquiagem exagerada. A mulher deve apostar na atitude sexy, diz Aílton. “A roupa é um recurso fixo; o comportamento é ajustável. Tem hora que é bom sumir, mas às vezes é preciso ser sensual. Uma mulher deve saber usar esses recursos.”


Ser sexy não é preciso

A mulher também pode adotar um comportamento avesso ao sexy por timidez, afirmam os especialistas. “Ela fica imaginando o que pensarão dela. E camufla-se, mistura-se à paisagem”, explica Ailton Amélio. Garcia Serpa afirma que evitar a exposição de atributos físicos só é problema se as consequências estiverem relacionadas a isolamento e à rejeição social. “Tais práticas podem, muitas vezes, estar relacionadas à dificuldades de interação ou timidez”. Porém, se, simplesmente, fizerem parte da personalidade, não há motivos para forçar uma mudança. Basta ter autoconhecimento suficiente para se avaliar e saber se a escolha de sua conduta a faz feliz ou não.

Densidade de ruas pode se relacionar a doenças circulatórias

Qual a relação entre o tráfego de veículos e a mortalidade em homens adultos? Segundo estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), quanto maior a densidade de vias de uma região, maior o número de casos de mortes por doença do aparelho circulatório.
Desenvolvido pelo geógrafo Mateus Habermann, o trabalho buscou indicadores indiretos da exposição da população a poluentes atmosféricos, ou seja, no lugar d medir diretamente a quantidade de poluentes presentes no ar, o pesquisador analisou o principal responsável pela emissão de poluentes: o trafego de veículos.
Habermann utilizou dois indicadores: um que media a densidade e comprimento da vias e dividia pela área dessas, e outro que somava a quantidade de trafego e dividia pelo comprimento das vias do distrito. Foi observado que o primeiro indicador está de fato relacionado à taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório, que incluem enfartes, AVCs e insuficiência cardíaca, por exemplo.
De acordo com a pesquisa, cada aumento de 10km de vias em um quilômetro quadrado resulta em uma morte a mais por alguma doença de origem no aparelho circulatório, num grupo de mil habitantes. Quanto ao segundo indicador, não foi encontrada relação entre a mortalidade e o trafego de veículos.

Efeitos da maconha sintética são imprevisíveis

O uso da maconha sintética pode causar efeitos colaterais severos em adolescentes, fazendo com que seja necessário até mesmo encaminhar os jovens para o pronto socorro.
Nos Estados Unidos, pesquisadores do Children’s National Medical Center desenvolveram um estudo em que três casos foram analisados. Em todas as situações, adolescentes com suspeita de uso da substância foram levados a um hospital. Eles demonstravam comportamentos incomuns, como agitação e transpiração intensas, incapacidade de falar e alucinações.
A maconha sintética contém uma mistura de plantas e ervas que receberam sprays de um ingrediente ativo - um canabinóide sintético. Esse ingrediente é semelhante à cannabis, e causa efeitos semelhantes ao da droga.
A pesquisadora Joanna Cohen afirma que “essas drogas não são regulamentadas. Os sintomas podem ser imprevisíveis porque a droga é misturada com outros tipos de químicos e substâncias. É importante saber reconhecer sinais de usos de drogas e ficar alerta”.
O uso de drogas causa riscos duradouros ao corpo, e adolescentes são especialmente suscetíveis a aos problemas que elas trazem. “Particularmente para adolescentes, o uso de drogas pode oferecer uma ameaça séria ao desenvolvimento do cérebro, como perda de memória e psicose”, completa Cohen.
A pesquisa foi publicada no periódico Pediatrics.

Orgasmo sem sexo: mulheres podem encontrar prazer na academia?

Um novo estudo americano fez descobertas interessantes quanto à sexualidade feminina. Submetendo questionários online, pesquisadores da Universidade Indiana obtiveram respostas de 124 mulheres que já tinham vivenciado orgasmos induzidos por exercícios e 246 mulheres que já tinham sentido prazer sexual através de atividades físicas.
45% das participantes disseram que seu primeiro orgasmo induzido por exercícios ocorreu enquanto elas faziam abdominais, 19% estavam fazendo spinning ou andando de bicicleta, 9,3% estavam escalando cordas ou mastros, 7% levantando pesos, 7% correndo e o restante estava praticando diversas modalidades de atividades.
A pesquisa abordou diversos pontos sobre a sexualidade feminina, mostrando dados interessantes. De acordo com as respostas, o prazer sexual e o orgasmo são algumas das principais preocupações das mulheres, e apenas uma entre cada quatro delas atinge o clímax.
Os pesquisadores não entendem ainda a relação entre o prazer sexual e os exercícios físicos, mas eles acreditam que essa é uma oportunidade para que elas e os médicos conheçam melhor o funcionamento do corpo feminino. “Pode ser que o exercício físico, que já é conhecido por ter benefícios significativos para a saúde e o bem estar, tem o potencial de melhorar a vida sexual das mulheres também”, especula a pesquisadora Debby Herbenick.

Por que bebês são tão fofos?

Bebês são vistos pela maioria das pessoas como algumas das coisas mais adoráveis no mundo. De acordo com uma pesquisa, essa sensação de fofura pode ser uma emoção “programada” no cérebro, vindo de circuitos específicos do sistema nervoso.
Pesquisadores americanos desenvolveram um estudo que aponta que os padrões de atividades cerebrais podem possuir impulsos que levem adultos a terem interações com crianças.
A literatura médica tem trabalhos que sugerem essa ligação, mas enquanto estudos passados foram feitos com mães e pais, a nova pesquisa avaliou esses impulsos em pessoas que não têm filhos.
Enquanto os participantes do estudo viam as imagens, seus cérebros mostraram atividade em áreas que seriam ativadas se eles pegassem uma criança no colo ou falassem com ela. A mesma relação não foi vista quando as pessoas olharam fotos de animais ou filhotes. Estudos anteriores mostram que pais, ao lidarem com seus próprios filhos, demonstravam atividade nas mesmas áreas do cérebro.
“Esses adultos não têm filhos. Ainda assim, imagens do rosto de um bebê desencadearam o que nós pensamos ser uma resposta profundamente embutida de cuidar da criança”, afirma o cientista Marc H. Bornstein. Esses dados indicam que pode haver uma relação evolutiva entre a fofura dos bebês e os cuidados prestados a eles pelos adultos.
A pesquisa foi publicada no periódico NeuroImage.

Empresa brasileira anuncia sistema que identifica em 2 segundos fraudes nas compras via internet

Tecnologia rastreia informações do comprador, do cartão e de seu computador

As compras pela internet podem oferecer riscos de segurança não apenas para quem usa seu cartão de crédito e documentos em sites não confiáveis. Lojas online também podem ter prejuízos por supostos clientes mal-intencionados.

Para diminuir os riscos aos seus clientes lojistas virtuais, a Cielo – empresa de serviços de pagamentos – anunciou nesta terça-feira (20) no Brasil um sistema que analisa em 2 segundos a transação da compra pela internet e rastreia o IP – número que identifica a conexão via internet – de quem pretende fazer a compra, mesmo que um potencial fraudador use tecnologias que tentem mascarar essa identificação.


Durante esses dois segundos, o pedido passa por 260 provas eletrônicas de segurança e a compra é aprovada automaticamente, se nada de errado for encontrado. Em caso de alguma anormalidade, o sistema rejeita a compra ou encaminha o pedido para análise manual.


A análise inclui dados do cartão, informações pessoais do comprador e de seu computador. O rastreamento é feito para qualquer tipo de pagamento: cartões de crédito nacionais e internacionais de qualquer bandeira, inclusive os que foram emitidos fora do Brasil, cartões de débito, boleto bancário, entre outros.


Todo o processo é realizado por cinco datacenters, sendo dois localizados nos Estados Unidos, um na Inglaterra, um em Cingapura e um no Japão.


A Cielo vai oferecer a contratação do sistema para seus 9.000 clientes lojistas virtuais e para novos parceiros. O valor a ser pago depende de cada contrato.


Segundo estimativa da CyberSource, companhia parceira da Cielo na oferta desse sistema, os lojistas online de todo o mundo perderam por fraude no ano passado o equivalente a R$ 6,21 bilhões (US$ 3,4 bilhões).


Eduardo Chedid, vice-presidente executivo de produtos e negócios da Cielo, comentou o uso dessa tecnologia.


- O fraudador corre, mas nós temos que correr mais do que ele. Essa parceria diminui os riscos operacionais do lojista e faz com que a receita do lojista não fique prejudicada.


Comércio eletrônico deve crescer 25% neste ano no Brasil


De acordo com estudo da empresa e-bit, o Brasil teve no ano passado 32 milhões de consumidores online. Em 2011 o comércio eletrônico no País registrou vendas totais de R$ 18,7 bilhões, crescimento de 26% em relação a 2010. O gasto médio por compra foi de R$ 350.


A previsão é de que neste ano o e-commerce cresça 25%, atingindo R$ 23,4 bilhões em vendas.


Atualmente, os eletrônicos são os produtos preferidos pelos brasileiros que compram pela internet. Essa categoria representa 15% de todas as vendas pela internet. Depois, aparecem produtos de informática (12%), saúde, beleza e medicamentos (8%), moda (7%) e acessórios (7%).


A CyberSource calcula que 65% das compras online de toda a América Latina são feitas no Brasil.

Compulsão sexual é doença e precisa de tratamento

Transtorno do impulso geralmente se manifesta a partir dos 30 anos

Antes de começar a discutir qualquer questão a respeito da compulsão sexual, é preciso primeiro esclarecer que existe uma enorme diferença entre ser compulsivo e gostar muito de sexo. Quem alerta é a psicóloga dos Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, Liliana Seger.

De acordo com ela, o fato da pessoa ter uma vida sexual intensa, de maneira alguma é um sintoma da compulsão sexual. "Ter muita vontade de transar não caracteriza um transtorno. A diferença é que o compulsivo não consegue resistir aos pensamentos e desejos, que precisam ser saciados no mesmo momento, não importando com quem", explica.

De verdade, a compulsão sexual, definida por muitos como ninfomania, é um transtorno psiquiátrico do impulso em que o indivíduo tem pensamentos e atos obsessivos envolvendo o sexo. 
 
Compulsão sexual é doença e precisa de tratamento
Esse transtorno está intimamente relacionado à ansiedade e, não raro, a outros transtornos obsessivos compulsivos. "Quem sofre desse problema tem dificuldade de pensar e se concentrar em coisas que não estejam relacionadas ao sexo. Além disso, outra característica do compulsivo é agir por impulso, sem premeditar", afirma.

O grande problema de lidar com essa doença, conforme explica a especialista, é o fato de que o sexo envolve prazer. Nesse sentido, a compulsão não incomoda e, a princípio, não parece fazer mal. Por isso é bastante comum que o compulsivo sexual conviva com esse transtorno por muitos anos, antes de perceber que se trata de um problema sério. "Essas pessoas geralmente só buscam tratamento quando já estão com a vida social totalmente abalada, convivendo com problemas na família, no casamento e até no trabalho", diz Seger. 
E como o próprio compulsivo tem dificuldade de perceber que sofre de um transtorno do impulso, geralmente os primeiros que notam os sintomas são os familiares, amigos e colegas de trabalho. "A pessoa começa a apresentar modificações relevantes no comportamento: vai constantemente ao banheiro para se masturbar, deixa de conviver com outros indivíduos nas horas livres, e por aí vai", afirma.

Seger revela ainda que a compulsão sexual, em 95% das vezes, se manifesta em homens e, geralmente, a partir dos 30 anos. Para piorar, a própria sociedade acaba endossando esse comportamento, quando considera o homem que se dedica tanto ao sexo como viril e machão. Já em relação às mulheres, esse tipo de atitude é muito menos aceita.
É possível tratar?
Para os pacientes que sofrem de compulsão sexual, a médica recomenda terapia sexual, que se baseia na busca pelo controle do comportamento. Em associação ao processo terapêutico, geralmente também são administrados antidepressivos, que colaboram para inibir o desejo. "O indivíduo percebe que é dependente e que não está mais no controle das suas vontades e desejos. O importante é que ele entenda em quais situações fica mais ansioso e, a partir daí, possa aprender a se controlar", esclarece.

Espermatozóides sabem realizar cálculos complexos, dizem cientistas

"Direção dos espermatozóides é regulada pela velocidade da mudança de cálcio"

Uma equipe de pesquisadores do Instituto Max Planck alemão, liderada pelo espanhol Luis Álvarez, descobriu que os espermatozóides são capazes de realizar cálculos complexos.

Os cientistas do Centro Europeu de Estudos e Pesquisa Avançadas de Bonn determinaram que quando o óvulo libera emissores químicos que modificam a concentração de íons cálcio no interior dos espermatozóides (o que ativa sua movimentação), eles não reagem ao aumento dos níveis dessa substância, mas às suas variações.


"O que eles medem são as taxas de mudança ao longo do tempo, a rapidez ou a lentidão da alteração da concentração de cálcio que entra nos espermatozóides de seu exterior", disse à Agência Efe o cientista espanhol.
Assim, "em função do valor da taxa de mudança, alteram a forma como movimentam a cauda e mudam de direção. Em outras palavras, a direção dos espermatozóides é regulada pela velocidade da mudança de cálcio", explicou.

"Resulta bastante cômico pensar que o cálculo diferencial (ramo importante da matemática que se dedica ao estudo de taxas de variação de grandezas e a acumulação de quantidades) não era realizado até o século 18, mas os espermatozóides já faziam isso há mais de 400 milhões de anos", ressaltou.


Álvarez explicou que "os espermatozóides, como muitas outras células, fazem dezenas de cálculos". O fenômeno descoberto pela equipe foi observado por enquanto unicamente nos espermatozóides de várias espécies marítimas.


"É por isso que ainda estamos realizando esforços para conhecer quais espécies se comportam deste modo" e se este fenômeno também ocorre nos seres humanos, explicou o cientista.


Álvarez destacou que "o mecanismo que movimenta a cauda do espermatozóide foi conservado ao longo da evolução e se encontra em diferentes tipos de células do corpo humano".


"Estas células possuem extensões similares à parte final dos espermatozóides chamada cílios móveis, e desenvolvem diferentes funções", acrescentou.


Neste sentido, "é provável que estes cílios possuam estratégias parecidas a do espermatozóide para ajustar seu movimento como resposta a sinais", explicou.


Entre outras funções, eles "limpam nossas vias respiratórias empurrando a sujeira para o exterior, determinam que nosso coração fique do lado esquerdo e não do direito durante o desenvolvimento do embrião e empurram o óvulo das trompas até o útero".


Segundo Álvarez, a pesquisa é um passo importante no "entendimento de como as células processam os sinais que recebem".


Assim, "o cálculo da taxa de mudança é importante porque permite às células identificar e responder unicamente aos sinais que têm uma taxa de mudança adequada. Em termos técnicos, permite filtrar estímulos por freqüências", afirmou.


"As repercussões globais deste descobrimento... o tempo dirá", concluiu o pesquisador.

Mortes relacionadas ao tabaco triplicam na última década

Foram 50 milhões de óbitos, e a projeção é preocupante

O número de mortes relacionadas ao tabaco triplicou na última década, afirma nesta quarta-feira (21) uma pesquisa elaborada pela Fundação Mundial do Pulmão, a WLF, segundo a agência Reuters.

Caso a proporção se mantenha, um bilhão de pessoas vai morrer por uso ou exposição ao tabaco neste século - ou uma pessoa a cada seis segundos.


O tabaco matou 50 milhões de pessoas nos últimos dez anos, sendo responsável por 15% de todas as mortes entre os homens e 7% entre as mulheres.
Na China, já é a maior causa de mortes, provocando 1,2 milhão de óbitos por ano. Este número deve chegar a 3,5 milhões em 2030.

Michael Eriksen, um dos autores do estudo e diretor de Saúde Pública na Universidade de Geórgia (EUA), disse que o tabagismo está caindo nos países desenvolvidos, mas crescendo em regiões pobres.


- Se nós não agirmos, as projeções para o futuro são ainda mais mórbidas.


As seis maiores empresas de tabaco fizeram US$ 35,1 bilhões de dólares em 2010 - empatando o lucro combinado de Coca-Cola, Microsoft e McDonald's.

sábado, 17 de março de 2012

Mulheres com insuficiência cardíaca vivem mais que os homens

A insuficiência cardíaca (IC) é uma condição grave na qual a quantidade de sangue que o coração é capaz de bombear a cada minuto (débito cardíaco), é insuficiente para suprir as necessidades de oxigênio e nutrientes de todo organismo.
As mulheres portadoras de IC têm uma melhor sobrevida do que os homens, independentemente da fração de ejeção (parâmetro do ecocardiograma que avalia a força de contração do coração), de acordo com os resultados de uma grande meta-análise (análise conjunta dos resultados de vários estudos) sobre IC.
O autor da meta-análise, o Dr. Manuel Martínez Selles (Hospital Geral Universitário Gregório Marañón, Madri, Espanha) comentou : "estudos prévios têm sugerido uma melhor evolução em mulheres portadoras de IC, mas eles não foram suficientemente grandes para comprovar este fato de uma forma definitiva".
O grupo do Dr. Selles analisou ​dados individuais de 41.949 pacientes de 31 estudos."Podemos afirmar que as mulheres têm uma melhor sobrevida do que os homens com o mesmo grau de IC. A diferença definitivamente tem relação com o gênero, além disso, este efeito é independente de outros fatores que influenciam na evolução da doença.
Para a publicação da meta-análise os pesquisadores do Meta-Analysis Global Group In Chronic Heart Failure (MAGGIC) combinaram dados de 28.052 homens e 13.897 mulheres com IC. Durante os três anos de seguimento, 25% das mulheres e 26% dos homens haviam morrido. As mulheres eram mais velhas do que os homens, tinham mais chance de ter um histórico de hipertensão, e menos probabilidade de ter uma história de doença arterial coronariana (obstruções das artérias do coração por placas de gordura).Após o juste para estes fatores, o sexo masculino foi um preditor independente de mortalidade.

Veja 6 motivos que podem impedir um orgasmo

Você não está pronta: para o sexo, é preciso estar pronta. E não somente mental e emocionalmente, mas biologicamente também. Antes de atingir o orgasmo, o corpo da mulher passa por um ciclo. Ela fica excitada, o sangue flui mais em seus seios e na vagina, os músculos ficam tensos, a vagina se lubrifica e expande. O ciclo continua com algumas mudanças no corpo, até que os lábios vaginais fiquem realmente prontos  Foto: Getty Images
Você não está pronta: para o sexo, é preciso estar pronta. E não somente mental e emocionalmente, mas biologicamente também. Antes de atingir o orgasmo, o corpo da mulher passa por um ciclo. Ela fica excitada, o sangue flui mais em seus seios e na vagina, os músculos ficam tensos, a vagina se lubrifica e expande. O ciclo continua com algumas mudanças no corpo, até que os lábios vaginais fiquem realmente prontos

Você se sente culpada: depois da pele, nosso cérebro é nosso maior órgão. Se ele não está a fim de sexo, dificilmente seu corpo estará. A sexualidade feminina está cheia de tabus que nos são repassados desde crianças. Se você cresceu ouvindo comentários ruins sobre as garotas promíscuas ou atiradas, a mensagem transmitida é a de que você não deveria gostar de sexo. Culpa e vergonha tornam quase impossível curtir o sexo. Talvez seja a hora de virar o jogo  Foto: Getty Images
Você se sente culpada: depois da pele, nosso cérebro é nosso maior órgão. Se ele não está a fim de sexo, dificilmente seu corpo estará. A sexualidade feminina está cheia de tabus que nos são repassados desde crianças. Se você cresceu ouvindo comentários ruins sobre as garotas "promíscuas" ou "atiradas", a mensagem transmitida é a de que você não deveria gostar de sexo. Culpa e vergonha tornam quase impossível curtir o sexo. Talvez seja a hora de virar o jogo
Você não gosta do seu parceiro: não importa o motivo: se o seu parceiro não é tão excitante, o sexo também não será. Não precisa ser nada grave ou repulsivo, talvez só uma briga na noite anterior. Mas o sexo não irá remediar a situação. É preciso antes rever a relação  Foto: Getty Images
Você não gosta do seu parceiro: não importa o motivo: se o seu parceiro não é tão excitante, o sexo também não será. Não precisa ser nada grave ou repulsivo, talvez só uma briga na noite anterior. Mas o sexo não irá remediar a situação. É preciso antes rever a relação
Você tem uma percepção negativa do seu corpo: é muito fácil se menosprezar com tantas imagens de mulheres maravilhosas - e que na maioria das vezes são editadas, porque ninguém é tão perfeito. Mas não se sentir confortável consigo mesma afeta no tanto que você vai curtir o sexo. Seu parceiro não vai te satisfazer se você não estiver contente com você mesma  Foto: Getty Images
Você tem uma percepção negativa do seu corpo: é muito fácil se menosprezar com tantas imagens de mulheres maravilhosas - e que na maioria das vezes são editadas, porque ninguém é tão perfeito. Mas não se sentir confortável consigo mesma afeta no tanto que você vai curtir o sexo. Seu parceiro não vai te satisfazer se você não estiver contente com você mesma
Você está estressada: aqui está um dilema: o estresse enfraquece nossa libido, mas é ao mesmo tempo uma cura para o problema. Por isso, treine a capacidade de deixar os problemas com o trabalho, família, dinheiro, amigos, de lado para aproveitar mais um dos benefícios do orgasmo  Foto: Getty Images
Você está estressada: aqui está um dilema: o estresse enfraquece nossa libido, mas é ao mesmo tempo uma cura para o problema. Por isso, treine a capacidade de deixar os problemas com o trabalho, família, dinheiro, amigos, de lado para aproveitar mais um dos benefícios do orgasmo
Você tem algum problema médico: às vezes o prazer não depende só de nós. Algumas condições clínicas podem impedir ou bloquear o prazer  Foto: Getty Images
Você tem algum problema médico: às vezes o prazer não depende só de nós. Algumas condições clínicas podem impedir ou bloquear o prazer

Postura errada provoca barriga e dores nas costas; saiba evitar

Exercícios em casa podem ajudar a corrigir postura. Foto: Fernando Borges/Terra
 Exercícios em casa podem ajudar a corrigir postura

Sentar e andar com a postura correta não é apenas esteticamente mais bonito, como também pode evitar dores e lesões na coluna. Para quem se preocupa com a boa forma, vale ainda lembrar que a postura pode gerar barriga. É o que explica o fisioterapeuta e presidente da Sociedade Brasileira de RPG, Oldack Barros. "A má postura cria uma pequena barriga abaixo do umbigo, pois provoca a perda do tônus muscular na região", disse ele.
Segundo Barros, o abdômen é um músculo que precisa de contração e fortalecimento. Quando uma pessoa está com uma postura ereta, obriga a contração da barriga, explicou o profissional. Ele alertou ainda as mulheres que andam muito empinadas, jogam o bumbum para trás e, consequentemente, o abdômen para frente, tendem a ter uma barriga inteiriça causada pela má postura. Já aquelas que projetam o quadril e pescoço para frente, mas encolhem o bumbum, podem desenvolver a barriga abaixo do umbigo.
Outro problema postural é a linha do olhar abaixou ou acima do adequado. "O certo é seguir uma linha que vai do ouvido até o nariz e manter o olhar horizontal. Temos uma visão panorâmica, conseguimos ver o que está abaixo, acima e aos lados mesmo mantendo o olhar para frente", explicou ele. Um dos sintomas sentidos por quem tem este problema é dor forte no pescoço.
No dia a dia, são diversos os momentos em que as pessoas ficam em uma postura inadequada. Um exemplo é ao sentar na cadeira para usar o computador. "Quem senta sobre o sacro do bumbum, na última vértebra da coluna, força uma cifose em um local de lordose e muda a curvatura da coluna. A posição favorece o aparecimento de hérnia de disco", disse o fisioterapeuta.
Já os indivíduos que sentam em posição "corcunda" podem sofrer o achatamento das articulações do ombro e ter dificuldade para estender os braços para cima e lados. O ideal é sentar a 90°, segundo Barros. E, para isso, o abdômen precisa estar contraído. "Os problemas não surgem imediatamente, às vezes só anos depois ele se propaga. Dez anos depois a pessoa vai sentir os efeitos", exemplificou.
Diagnóstico de tratamentos
A dor nas costas, depois da na cabeça, é a que mais atinge a população, de acordo com o ortopedista especialista em fisiatria Farhad Shayani. "É uma das maiores epidemias do mundo para mim", disse ele. A má postura, segundo o médico, pode ser causada por mircrotraumas na coluna e articulações que impedem a pessoa em ficar na posição correta por causarem dor. "A pessoa senta com má postura para se sentir confortável", explicou.

O método de Shayani é investigar a origem da dor. Fazer "um Raio-X" está longe do ideal, segundo ele, o exame mostra apenas fraturas. A tomografia computadorizada e ressonância são procedimentos fundamentais para o diagnóstico, citou o ortopedista. "As pessoas são mal orientadas, tomam analgésicos e o problema continua lá", alertou ele sobre o perigo de um diagnóstico mal feito.
Depois de descobrir o problema, Shayani aplica um dos tratamentos laboratoriais indicados. Ele afirmou que na maioria dos casos não é necessária cirurgia, inclusive nos pacientes com hérnia de disco. "Usamos agulhas especiais para atingir o ponto da dor e tratar", resumiu ele. Após ocorrer a cicatrização do trauma, Shayani recomenda a prevenção para manter a estrutura da coluna adequada que pode ser encontrada com tratamentos posturais.

Amar alguém do mesmo sexo tem peculiaridades como um guarda-roupas dobrado e duas TPMs

Amar é saudável, inspirador e sexo é um ótimo exercício, mas cada casal é um caso. Uma reclamação comum de muitos namorados é um ser mais caseiro e o outro adorar festas. Há questões, porém, que afetam apenas alguns casais, como ter medo de caminhar de mãos dadas na rua. Namorar alguém do mesmo sexo é um caminho de felicidade e tropeços (assim como namorar qualquer pessoa, claro, mas com algumas particularidades).

Ter um relacionamento com um igual pode trazer benefícios que você jamais imaginou. “Uma grande vantagem é que eu ganhei um guarda-roupas inteiro” conta Juliana Ghirello, 24 anos. “Quando a Carol e eu fomos morar juntas, começamos a usar com frequência as roupas uma da outra. Hoje em dia fazemos as compras juntas e só não compartilhamos os sapatos, pois calçamos números diferentes."

Juliana trabalhava no mesmo restaurante que Carolina Aboud, 26, quando se conheceram. A empatia se tornou amizade e logo romance, que já dura um ano e meio. Antes mesmo de completar um ano, as garotas já estavam morando juntas. “É uma delícia morar com a Carol, ela é muito mais cuidadosa e carinhosa que qualquer garoto”, afirma Juliana. Embora sejam duas TPMs todos os meses, elas concordam que passar estes dias difíceis perto de outra mulher facilita as coisas. “Mesmo que uma mulher tenha um namorado sensível, ele nunca vai saber o que ela está sentindo. Em casa, eu cuido da Ju e ela cuida de mim. A gente se entende em todos os sentidos, até nisso”, diz Carolina.
Para elas, a vida a duas vai muito bem. Há problemas, mas o que mais incomoda são as situações sociais. “Não ficamos completamente à vontade para andar de mãos dadas na rua. Se namorasse um menino, nem pensaria nisso, mas o preconceito existe e precisamos de cuidados adicionais”, comenta Carolina. Para Juliana, o desrespeito dos homens é mais constrangedor. “Quando eles veem duas mulheres juntas, mexe com a imaginação deles e muitos nos abordam de uma forma muito desrespeitosa. Eles pensam que nossa relação é uma festa e que podem participar quando quiserem”, diz Juliana.
Carolina e Juliana dizem que entre elas nenhum problema passa sem uma boa conversa. “Mulher adora falar. Duas juntas falam sobre tudo. Isso é muito bom porque os homens geralmente não gostam de conversar”, diz Juliana. Entre os casais gays ouvidos pela reportagem, foi unânime a opinião de que as questões se resolvem mais rapidamente entre pessoas do mesmo sexo. Entender alguém igual a você parece mais fácil.
Entre eles
O arquiteto Guilherme Magalhães, 27, namora o professor doutorando Jorge Souza Junior, 29, desde 2001. “Nos conhecemos em um chat e marcamos um passeio no shopping. Estamos juntos desde então”, conta o arquiteto. Eles encaram a fidelidade como um compromisso de sentimento, companheirismo e respeito, mas admitem experiências sexuais fora de casa. Por conta da diferença de tamanhos, eles não compartilham roupas, mas às vezes dividem um terceiro elemento na cama.
“Fidelidade não é exclusividade sexual. Um homem entende isso com mais facilidade. Temos muito mais prazer e liberdade, até mesmo para ter experiências a três”, conta Jorge. Embora a ideia pareça ousada, a psicóloga e terapeuta de casais Claudia Feliciano explica que há muitos casais heterossexuais que admitem parceiros sexuais múltiplos, mas não falam a respeito abertamente. "É mais comum ouvir um gay falando de sexo com naturalidade, mas é errado pensar que heterossexuais não possam ter um acordo como esse" --assim como seria errado imaginar que todos os gays têm um relacionamento aberto. 
Guilherme e Jorge moram juntos há pouco mais de um ano com o cachorro Paco e o gato Pepe. A casa é responsabilidade dos dois. Antigamente, poderíamos dizer que esta é uma diferença dos casais heterossexuais, mas cuidar da casa já não é mais responsabilidade das mulheres. Para eles, o preconceito também é o principal desconforto de namorar um homem. “A primeira vez que saímos, fomos a um shopping e foi uma experiência muito estanha ver todo mundo parando para ver a gente caminhando de mãos dadas”, lembra Guilherme. Para Jorge muito do preconceito vem da imagem estereotipada que as pessoas fazem dos gays. Ele acredita que quando as pessoas conhecem um homossexual de perto entendem que não é nada de outro mundo.

Conquistar o compreensão da família e o respeito em ambientes profissionais pode levar tempo, mas para Juliana, Carolina, Jorge e Guilherme valeu a pena. Os casais fazem planos e pretendem passar ainda muitos anos juntos. As meninas planejam abrir um restaurante em breve e pensam e ter um filho. Eles esperam uma definição da bolsa de estudos que poderá levar Jorge a França por um ano para fazer planos mais concretos. Mas na França, no Brasil ou a distância, eles querem ficar juntos.

Pesquisa comprova: homens solteiros passam mais tempo em frente à televisão

Mulheres, por outro lado, fazem outras atividades enquanto estão solteiras, como leituras e passeios

Sedentarismo
Sedentarismo: as atividades feitas durante o tempo em que as pessoas passam sentadas nos dias de folga são diferentes entre homens e mulheres 

Homens adultos que são solteiros e moram sozinhos tendem a passar mais tempo sentados em frente à televisão aos finais de semana do que os casados ou mulheres. Elas, por sua vez, gastam mais tempo de seus dias livres fazendo outras atividades, como lendo ou saindo para jantar. Essas são as conclusões de uma nova pesquisa publicada nesta quarta-feira no periódico American Journal of Preventive Medicine e desenvolvida na Universidade de Queensland, na Austrália.
De acordo com os pesquisadores, pessoas que passam muito tempo sentadas estão expostas problemas como os musculares e dores nas costas e no pescoço, além de danos mais sérios à saúde, como pressão alta, doenças cardíacas e diabetes. Por isso, segundo o estudo, é preciso que os especialistas entendam quem são as pessoas que têm hábitos sedentários e como é possível mudar esse comportamento. De acordo com os autores da pesquisa, mesmo se um indivíduo pratica atividades físicas, sentar durante horas seguidas prejudica o seu bem-estar.
A pesquisa — Para chegar a essa conclusão, os autores do estudo aplicaram um questionário em 7.719 pessoas entre 40 e 65 anos. Elas responderam a perguntas sobre hábitos do dia-a-dia, como por quanto tempo assistiam televisão e quais atividades de lazer praticavam, tanto em dias de semana quanto nos momentos de folga.
Os resultados mostraram que, de maneira geral, homens solteiros que moram sozinhos e pessoas que não costumam praticar exercícios físicos são aqueles que passam mais tempo sentados nos dias de folga, independentemente da atividade que fazem enquanto estão sentados.
As pessoas que permanece mais tempo em frente à televisão, segundo a pesquisa, são os homens solteiros, os fumantes e as pessoas com baixos níveis de escolaridade. Além disso, homens de 40 a 44 anos com nível superior de escolaridade, renda financeira média e sobrepeso foram os que relataram permanecer maiores períodos sentados em frente a um computador, e esse hábito foi mais provável de acontecer por mais tempo aos fins de semana. Mulheres e desempregados, no entanto, foram aqueles que mais relataram realizar atividades diferentes enquanto sentados, como lendo, descansando ou socializando em algum ambiente que não sua casa, como um restaurante, por exemplo.
Segundo os pesquisadores, o próximo passo do estudo será avaliar as melhores estratégias para reduzir o tempo em que as pessoas permanecem sentadas todos os dias, trocando esses hábitos sedentários nos dias de folga por atividades que exijam mais movimento. “Algumas pesquisas estão sugerindo que diminuir o tempo em que as pessoas permanecem sentadas é importante. Elas podem quebrar esse hábito em pequenas atitudes do dia-a-dia, como andar pela casa de tempos em tempos, durante os intervalos comerciais de televisão, por exemplo”, afirma Nicola Burton, uma das autoras do estudo.

Exposição à radiação de celular pode prejudicar desenvolvimento cerebral de bebês

Aparelho usado durante a gravidez aumenta chances de o bebê apresentar problemas relacionados ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

Celular na gravidez: risco ao bebê
Celular na gravidez: risco ao bebê 

A radiação dos celulares usados durante a gravidez pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro dos bebês, elevando o risco de eles apresentarem, durante a vida, problemas como hiperatividade, ansiedade e outros sintomas que estão associados ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Essa é a conclusão de um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Yale, nos Estados Unidos, e publicado nesta quinta-feira no periódico Nature Scientific Reports.
Segundo Hugh Taylor, um dos autores dessa pesquisa essa é a primeira vez em que um estudo experimental evidencia que a exposição fetal à radiofrequência dos celulares pode afetar o comportamento deste quando adulto. "O aumento que vem sendo observado da incidência de transtornos comportamentais em crianças talvez possa ser explicado em parte pela exposição à radiação do celular no útero”, afirma o pesquisador.
A pesquisa — No estudo, a equipe de especialistas submeteu ratas grávidas à radiação de um celular no modo silencioso que recebeu chamadas durante a observação. Um grupo de controle de outros ratos foi mantido sob as mesas condições, mas com o celular desligado. Os pesquisadores analisaram a atividade elétrica do cérebro de todos os ratos e também dos fetos. Além disso, eles aplicaram uma série de testes psicológicos nos animais.
Os resultados indicaram que os fetos expostos à radiação do aparelho tinham maior probabilidade de ser hiperativos e mais ansiosos, além de ter reduzida a capacidade de memória. Esses, segundo o estudo, são sintomas relacionados ao TDAH. Os pesquisadores atribuíram essas alterações comportamentais a um efeito que ocorreu durante a gravidez que afetou o desenvolvimento dos neurônios na região cerebral do córtex região pré-frontal.
Segundo o coordenador da pesquisa, Tamir Aldad, a gravidez dos roedores dura apenas 19 dias e os filhotes nascem com um cérebro menos desenvolvido do que bebês humanos. Por isso, mais estudos são necessários para que seja possível determinar se os riscos da exposição à radiação durante a gravidez apresentados pelos animais são semelhantes nos homens. No entanto, o pesquisador considera justificável a limitação da exposição do feto aos telefones celulares.
Divergências — Em maio de 2011, Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou que que o uso de celular pode causar um tipo de tumor maligno no cérebro chamado glioma. Um grupo de cientistas de 14 países avaliou a capacidade das ondas eletromagnéticas emitidas pelos celulares de causar câncer e analisaram centenas de estudos sobre o assunto. Segundo eles, há evidências suficientes para se estabelecer essa associação.
No entanto, dois meses depois do parecer da OMS, um estudo publicado em julho no periódico American Journal of Epidemiology descartou a possibilidade de o celular provocar tumores cerebrais. Como os estudos, apesar de realizados por instituições criteriosas, apresentaram resultados discordantes, o mais indicado nesse caso, segundo médicos, é adotar medidas de prevenção, como não dormir com o aparelho perto da cabeça.

Paulistana com maior grau de escolaridade bebe mais, aponta pesquisa

Por outro lado, maior instrução é fator protetor para consumo de bebida alcoólica entre os homens

Hoje, uma mulher para cada 1,2 homem bebe em São Paulo; há quinze anos, essa proporção era de uma mulher para sete homens
 Hoje, uma mulher para cada 1,2 homem bebe; há quinze anos, essa proporção era de uma mulher para sete homens 

Diferentemente do que acontece com os homens, quanto maior o tempo de estudo entre as mulheres paulistanas, maiores os riscos que elas correm de beberem demais. Essa é a conclusão de um estudo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq - HC), publicado na edição deste mês da revista científica Clinics.

"Há quinze anos, a proporção era de sete homens que bebiam para cada mulher. Hoje, temos 1,2 homem para cada mulher que consome bebidas alcoólicas", constata a psiquiatra Camila Magalhães Silveira, uma das autoras da pesquisa. No caso das mulheres com grau de instrução maior e melhores condições econômicas, a situação pode ser ainda mais complexa. "Elas têm de dar conta de mais de um papel. São mães, esposas e profissionais. Sofrem uma cobrança social muito grande."


"A relação entre escolaridade e consumo de álcool reflete uma mudança cultural", diz o conselheiro da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), Carlos Salgado.


Considerada um indicador socioeconômico, a educação é um sinônimo de independência feminina, tanto emocional como financeira. "Mulheres com grau de escolaridade maior são mais independentes e estão mais expostas", explica a pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad), Ilana Pinsky. Para Salgado, o álcool acaba sendo utilizado com uma válvula de escape feminino contra o estresse.


Já entre o sexo masculino, aponta a pesquisa, a escolaridade é um fator de proteção. Homens com baixo grau de instrução apresentam oito vezes mais riscos para o alcoolismo. 

Exercícios físicos alteram o DNA

Mutabilidade do DNA
Que os exercícios físicos ajudam a manter o corpo saudável já se sabe desde a Antiguidade.
Mas foi necessário um pouco mais de estudos para descobrir como os exercícios ativam o corpo para gerar esses benefícios.
E tudo parece começar em um lugar aparentemente insuspeito, normalmente tido como um código que nos torna o que somos, ao menos fisiologicamente - no DNA.
O fato é que fazer exercícios altera o DNA em poucos minutos.
Mutação instantânea
Embora o código genético básico permaneça o mesmo em reação às atividades físicas - você não sofrerá mutações anômalas por se exercitar -, as moléculas de DNA no interior das células musculares sofrem alterações não apenas químicas, mas também estruturais, de formas muito específicas.
Elas ganham ou perdem marcadores de grupos metil em sequências específicas e bem conhecidas do DNA.
As mutações no DNA induzidas pelos exercício acontecem por meio das chamadas alterações epigenéticas.
E, segundo os pesquisadores, elas parecem estar na base de uma cadeia de eventos que responde pelos benefícios fisiológicos dos exercícios.
Metilação
Os experimentos mostraram que o DNA nas células musculares tem menos grupos metil - ou metilas - após os exercícios do que antes.
As alterações também envolvem áreas na superfície do DNA que funcionam como pontos de ancoragem para várias enzimas, os chamados fatores de transcrição.
"Já se sabia que os exercícios induzem alterações nos músculos, incluindo um incremento no metabolismo do açúcar e das gorduras. O que descobrimos é que a mudança na metilação vem primeiro," diz a Dra. Juleen Zierath, do Instituto Karolinska, na Suécia.
A metilação é um dos mecanismos da herança genética. As metilas funcionam como uma espécie de chave que ativa e desativa os genes.
As descobertas foram publicadas na revista Cell Metabolism.

Aumentam evidências de que a meditação fortalece o cérebro

A Universidade da Califórnia, em Los Angeles, possui um projeto continuado e aprofundado de pesquisas sobre a meditação.
Os resultados mais recentes haviam demonstrado que a meditação de certa forma "engrossa" o cérebro - de uma forma positiva - reforçando as conexões elétricas no cérebro inteiro.
Mas parece que não é apenas isso.
Segundo a Dra. Eileen Luders, especialista em neuroimagens, pessoas que praticam a meditação continuadamente têm grandes quantidades de girificação, as "dobraduras" do córtex, otimizando o funcionamento do cérebro.
Girificação
A girificação, ou dobragem cortical, é o processo pelo qual a superfície do cérebro - o chamado córtex cerebral - sofre alterações para criar fendas estreitas e dobras, chamado sulcos e giros.
O córtex cerebral está associado com processos como memória, atenção, pensamento e consciência. A formação de mais sulcos e giros otimiza o processamento neural.
O resultado da maior girificação é que o cérebro se torna capaz de processar informações mais rapidamente, além de um reforço na formação das memórias e melhoria na capacidade de tomar decisões.
Melhora com os anos
A pesquisadora encontrou ainda uma correlação direta entre o índice de girificação e o número de anos que as pessoas praticam meditação.
"Em vez de simplesmente comparar o cérebro dos meditadores e dos não-meditadores, nós queríamos ver se há uma ligação entre a intensidade da prática da meditação e a extensão das modificações no cérebro," disse Luders.
E as diferenças encontradas foram marcantes.
Isto, segundo ela, é uma comprovação adicional da neuroplasticidade, a capacidade do cérebro em se adaptar fisiologicamente em resposta a mudanças no ambiente.
A pesquisa foi publicada na revista Frontiers in Human Neuroscience.

Planta da mata Atlântica combate câncer de pele

Pariparoba
Um composto extraído da pariparoba (Pothomorphe umbellata), um arbusto originário da Mata Atlântica, é capaz de inibir o desenvolvimento do melanoma, o câncer de pele.
Os testes de laboratório mostraram que o composto ativo retirada da planta é capaz inclusive de impedir que as células tumorais invadam a camada mais profunda da pele e se espalhem para outros tecidos.
Esse composto ativo, uma molécula batizada de 4-nerolidilcatecol (4-NC), foi isolada e testada por Carla Abdo Brohem, na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.
A equipe já iniciou a etapa de testes em animais. Os primeiros resultados estão em artigo publicado na revista Pigment Cell & Melanoma Research.
Melanoma
Segundo Silvya Stuchi Maria-Engler, coordenadora da equipe, o melanoma é a forma mais agressiva de câncer de pele e tem origem nas células produtoras de pigmentos, os melanócitos - entre 20% a 25% dos pacientes diagnosticados com a doença morrem.
"Se tratado na fase inicial, as chances de cura são altas. Mas quando ele se torna metastático o tempo de sobrevida é curto, em torno de oito meses, pois o tumor é muito resistente às drogas existentes. Medicamentos novos, portanto, são bem-vindos", disse.
O composto 4-NC, encontrado no extrato da raiz da pariparoba, já havia demonstrado possuir um potente efeito antioxidante, capaz de proteger a pele dos danos causados pela radiação solar.
Em 2004, uma formulação em gel contendo extrato de raiz de pariparoba foi patenteada para uso cosmético para prevenção do câncer de pele.
Testes posteriores, em culturas de células tumorais, demonstraram que o 4-NC era capaz de induzir a morte celular.
Agora, no modelo de pele em 3D, o 4-NC impediu que as células tumorais migrassem da epiderme para a derme. Dependendo dos testes de toxicidade em animais, ela poderá ser testada em humanos.
"Mesmo que ele não se prove eficaz contra o melanoma nas demais etapas da pesquisa, o composto tem diversas qualidades. Podemos avaliá-lo contra outros tipos de câncer", disse a professora Silvya.
Pele artificial
Para testar o composto da planta medicinal, as pesquisadoras usaram uma pele artificial, também desenvolvida pela equipe.
"A gente chama de artificial, mas se trata de pele humana reconstruída em laboratório," explica Silvya. Tudo começa com um fragmento de pele doado após cirurgia plástica, que a equipe recebe graças a parcerias com o Hospital Universitário e com o Hospital das Clínicas.
Os cientistas então isolam os constituintes básicos da pele - fibroblastos, queratinócitos e melanócitos - e os armazenam em um biobanco.
"No momento em que precisamos testar uma nova molécula, remontamos esses elementos e construímos um tecido muito semelhante à pele humana", conta a cientista.
Modelo de pele
Além dos estudos com o 4-NC, a pesquisa tem outros desdobramentos. Em um deles, células do sistema imunológico estão sendo acrescentadas ao modelo de pele artificial, deixando-o ainda mais completo.
"Dessa forma, além de testar a toxicidade e a eficácia de um novo composto, poderemos avaliar se ele tem potencial para causar alergia ou irritação", explicou.
Em outra vertente, os pesquisadores simulam in vitro as condições de uma pele envelhecida.
"Com o passar dos anos, resíduos de glicose se depositam sobre as proteínas, como por exemplo o colágeno. Isso desorganiza a matriz extracelular que compõe a camada dérmica da pele, causando rugas e flacidez", disse Silvya.
Esse problema, acrescentou, ocorre de forma mais evidente na pele de pacientes diabéticos e tornam mais difícil a cicatrização de ferimentos. O modelo de pele envelhecida, portanto, permitirá testar a ação de cosméticos antirrugas e de medicamentos para a pele de diabéticos.
"Nosso objetivo, a longo prazo, é realizar transplante de pele para tratar feridas crônicas e queimaduras", disse.
A vantagem das pesquisas feitas com pele artificial é a redução no uso de cobaias, além de ser um tecido mais semelhante ao humano. No caso dos cosméticos, é possível eliminar totalmente os testes em animais.
Pele nacional
Na Europa e nos Estados Unidos são vendidos kits de pele artificial para a indústria cosmética e farmacêutica.
No Brasil, as empresas precisam enviar suas moléculas para serem testadas no exterior, embora o país já possua a tecnologia.
"Fomos procurados por diversas empresas, mas não temos condições de realizar esse serviço como rotina. Para isso, seria preciso grande investimento em equipamentos e treinamento de profissionais", disse a pesquisadora.

Gengibre pode combater náusea?

O gengibre é muito usado na medicina natural e caseira, e estudos recentes podem confirmar que essa planta realmente pode combater males como a náusea e o vômito.
De acordo com dados do National Institutes of Health (centro de pesquisa americano) as pesquisas feitas sobre o tema são muitas vezes contraditórias. Mas cientistas encontraram indícios de que o gengibre pode ajudar na redução da náusea em grávidas e pacientes de quimioterapia, podendo ajudar também no combate de enjôos causados por viagens ou operações.
Porém, o consumo da planta deve ser feito com cuidado. Ela pode causar interferências em medicamentos, como a aspirina e anticoagulantes. Portanto, pessoas que queiram ingerir o gengibre como forma de tratamento devem antes consultar um médico.

Perdeu a memória depois de beber? Descubra por que

Não acontece com todo mundo, mas também não é incomum que alguém acorde no dia seguinte a uma noite de bebedeira sem ter a menor idéia do que fez na noite passada.
A explicação do motivo pelo qual isso acontece apenas com uma pessoa, sendo que outra pode ter consumido a mesma quantidade de álcool (ou mais) pode estar no tipo de cérebro. As áreas de memória e processos de atenção do sistema nervoso de indivíduos diferentes reagem de formas distintas ao álcool,
“Pode ser que os cérebros (dessas pessoas) funcionem de forma diferente. Ou pode haver coisas subjacentes acontecendo, como níveis diferentes de dopamina”, explica o pesquisador Reagan Wetherill, da Universidade da Pensilvânia (EUA). “Algumas pessoas são feitas de formas diferentes e são capazes de lidar com coisas como o álcool, enquanto outras não são”.

Qual é a melhor idade para se ter filhos?

Um novo estudo desenvolvido na Universidade da California (EUA) avaliou 107 pessoas que se tornaram pais depois dos 40 anos, debatendo a idade em que essas pessoas tiveram filhos. De acordo com os participantes, a melhor época da vida para virar mãe ou pai é aos 30 anos.
Essas pessoas afirmaram que ter filhos em idade mais avançada tem mais vantagens do que desvantagens, como maior estabilidade financeira, relacionamentos mais fortes com família e parceiro e maior sucesso e flexibilidade na carreira.
Um dos homens que participou da pesquisa afirmou se conhecer mais aos 40 anos do que se conhecia aos 20. “Eu sinto que eu estou em uma posição melhor para me comunicar com o meu filho e ajudá-lo mais na vida, e eu entendo como ser um pai que demonstra apoio e encorajamento”.
Uma das mães disse: “eu tenho mais confiança em mim mesma (agora) do que eu tinha aos 20 anos, então não fico tão intimidada quanto eu poderia ficar quando eu era mais nova”.
Quanto aos pontos negativos, os pais disseram que teriam mais energia para os filhos se fosse mais jovens, se preocupam com saúde e longevidade, têm famílias menores do que eles planejavam e sofrem com o estigma de serem pais mais velhos.
O estudo incluiu, em sua maioria, pessoas brancas, casadas e com renda acima da média. Portanto, futuros estudos sobre o tema devem incluir grupos mais diversificados de pessoas e acompanhar os pais durante a adolescência dos filhos.

Escassez de água pode gerar conflitos no futuro, dizem especialistas

OCDE diz que a demanda mundial de água aumentará 55% até 2050

A escassez de água no futuro poderá aumentar os riscos de conflitos no mundo, afirmam especialistas que participam do Fórum Mundial da Água, em Marselha, na França.
Apesar da quantidade de água disponível ser constante, a demanda crescente em razão do aumento da população e da produção agrícola cria um cenário de incertezas e conflito, segundo os especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) diz que a demanda mundial de água aumentará 55% até 2050.
A previsão é que nesse ano, 2,3 bilhões de pessoas suplementares - mais de 40% da população mundial - não terão acesso à água se medidas não forem tomadas.
- O aumento da demanda torna a situação mais complicada. As dificuldades hoje são mais visíveis e há mais conflitos regionais, afirma Gérard Payen, consultor do secretário-geral da ONU e presidente da Aquafed, federação internacional dos operadores privados de água.
Ele diz que os conflitos normalmente ocorrem dentro de um mesmo país, já que a população tem necessidades diferentes em relação à utilização da água (para a agricultura ou o consumo, por exemplo) e isso gera disputas.
Problemas também são recorrentes entre países com rios transfronteiriços, que compartilham recursos hídricos, como ocorre entre o Egito e o Sudão ou ainda entre a Turquia e a Síria e o Iraque.
Brasil x Bolívia
O Brasil também está em conflito atualmente com a Bolívia em razão do projeto de construção de usinas hidrelétricas no rio Madeira, contestado pelo governo boliviano, que alega impactos ambientais.
Tanto no caso de disputas locais, que ocorrem em um mesmo país, ou internacionais, a única forma de solucionar os problemas 'é a vontade política', segundo o consultor da ONU.
O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) Vicente Andreu, que também participa do fórum em Marselha, acredita que hoje existe maior preocupação por parte dos governos em buscar soluções para as disputas.
- O problema dos rios transfronteiriços é discutido regularmente nos fóruns internacionais. Aposto na capacidade dos governos de antecipar os potenciais conflitos.
Durante o fórum, que termina neste sábado (17), o Brasil defendeu uma governança global para a água e a criação de um conselho de desenvolvimento sustentável onde a água seria um dos temas tratados de maneira específica.
- A água está sempre vinculada a algum outro setor, como meteorologia, agricultura ou energia. Achamos que ela tem de ter uma casa própria para discutir suas questões.
Direito universal
Na declaração ministerial realizada no fórum em Marselha, aprovada por unanimidade, os ministros e chefes de delegações de 130 países se comprometeram a acelerar a aplicação do direito universal à água potável e ao saneamento básico, reconhecido pela ONU em 2010.
No fórum internacional da água realizado na Turquia em 2009, esse direito universal ainda era contestado por alguns países.
Os números divulgados por ocasião do fórum mundial em Marselha são alarmantes. Segundo estudos de diferentes organizações, 800 milhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável e 2,5 bilhões não têm saneamento básico.
Houve, no entanto alguns progressos: o objetivo de que 88% da população mundial tenha acesso à água potável em 2015, segundo a chamada meta do milênio, já foi alcançado e mesmo superado em 2010, atingindo 89% dos habitantes do planeta.
Mas Gérard Payen alerta que o avanço nos números globais ocultam uma situação ainda preocupante.
- Entre 3 bilhões e 4 bilhões de pessoas não têm acesso à água de maneira perene e elas utilizam todos os dias uma água de qualidade duvidosa. É mais da metade da população mundial.
Ele diz que pelo menos 1 bilhão de pessoas que têm acesso à água encanada só dispõem do serviço algumas horas por dia e que a água não é potável devido ao mau estado das redes de distribuição.
Segundo Payen, 11% da população mundial ainda compartilha água com animais em leitos de rios.
De acordo com a OMS, sete pessoas morrem por minuto no mundo por ingerir água insalubre e mais de 1 bilhão de pessoas ainda defecam ao ar livre.
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