quarta-feira, 28 de março de 2012

Poucas mulheres jovens com câncer tomam medidas para preservar a fertilidade durante os tratamentos

Estudo publicado na edição on-line da revista Cancer, periódico da Sociedade Americana de Câncer, mostra que poucas mulheres jovens que sofrem com câncer procuram medidas para preservar sua fertilidade ao se submeter aos tratamentos para a doença.
Os pesquisadores da Universidade de Califórnia lembram que mais de 120.000 mulheres com menos de 50 anos de idade são diagnosticadas com câncer nos Estados Unidos por ano. Com o avanço tecnológico, o número de sobreviventes está aumentando e questões de qualidade de vida pós-tratamento estão se tornando mais relevantes.
A quimio e a radioterapia são tratamentos que podem aumentar os riscos de a mulher se tornar infértil ou entrar na menopausa precocemente. Dessa forma, algumas mulheres podem sofrer com o fato de não poder ter filhos. Contudo, hoje existem diversas técnicas de reprodução assistida que pode ajudar a mulher nessa realização, como o congelamento de óvulos ou embriões.
De acordo com os pesquisadores, o fato indica para a necessidade de fornecer a essas mulheres um aconselhamento mais eficiente sobre a preservação da fertilidade durante a após o tratamento do câncer.
“Embora as mulheres de hoje saibam mais sobre os riscos que o tratamento para o câncer traz para sua saúde reprodutiva, elas ainda não recebem aconselhamento sobre as opções disponíveis para manter sua fertilidade, e é isso que precisa ser mudado, diz Mitchell Rosen, coordenador do estudo.

Colesterol ruim deve ser controlado desde a infância

O controle do cholesterol LDL (ou o cholesterol ruim) já na infância pode trazer diversos benefícios, inclusive maior redução de risco de doença coronária, do que quando o tratamento é iniciado na vida adulta.
Uma pesquisa desenvolvida na Wayne State University School of Medicine, nos Estados Unidos, mostra que a maioria das pessoas que faz tratamento para controle do colesterol está lidando com uma condição que se desenvolveu silenciosamente através de décadas.
Cientistas usaram dados de mais de um milhão de pacientes, simulando um estudo natural randomizado. Para estimar os benefícios clínicos de diminuir as taxas de colesterol LDL no começo da vida, foram usados nove polimorfismos de nucleotídeo único (SNP’s) de seis genes associados ao LDL mais baixo como proxy para um tratamento que se inicia após o nascimento.
“Como cada um desses SNP’s é alocado aleatoriamente na hora da concepção, herdar um desses SNP’s é como ser aleatoriamente alocado para um tratamento que diminui o colesterol LDL desde o parto”, explica o Dr. Brian Ference, autor da pesquisa.
Os resultados mostraram que todos os nove SNP’s estavam associados a uma redução consistente de 54% do risco de condições coronárias.
Assim, os pesquisadores concluíram que a exposição prolongada a baixo LDL no começo da vida está associada a benefícios clínicos três vezes maiores para cada unidade de redução de LDL do que os obtidos por tratamentos com estatinas na vida adulta.
“Nós não estamos sugerindo que todo mundo tome estatinas desde a infância; mas sim que baixar o LDL através de mais cuidados com alimentação saudável e exercícios desde jovem poderia fazer uma grande diferença para a saúde pública”, afirma o Dr. Ference. “A grande questão para a saúde pública é se é melhor começar cedo e baixar o LDL em todos ao invés ou esperar para encontrar os indivíduos de alto risco e tratá-los mais tarde. E esses dados sugerem que é melhor escolher a primeira opção”, completa o autor.
A pesquisa foi apresentada na reunião anual da American College of Cardiology, que aconteceu em Chicago entre os dias 24 e 27 de março de 2012.

Mulheres negociam sexo para conseguir o que querem, indica livro

Desde que o mundo é mundo, o sexo sempre foi um "negócio" interessante e que, na maior parte das vezes, satisfazia os dois lados, mesmo que de formas diferentes.
E nos tempos modernos, com menos tabus sobre a sexualidade, estudiosos do assunto buscam entender e divulgar todas as "vertentes" em que o sexo atua, desde na profissão mais antiga do mundo, na sedução da profissional por um cargo melhor até a esposa que quer a nova bolsa lançada na Europa.
Um dos tantos resultados pode ser acompanhado no livro "Por Que as Mulheres Fazem Sexo", dos pesquisadores Cindy Meston e David Buss.
A interessante obra afirma que homens e mulheres têm 237 motivos para fazer sexo, e entre o amontoado, algumas dessas razões naturalmente se destacam e merecem um olhar mais apurado.
É o caso do conceito (conceito é uma palavra muito formal, então digamos "ideia"), da ideia da venda e troca do sexo - seu valor literal e metafórico.
Para explicar a ideia, os autores contam as histórias reais de duas jovens que usaram o sexo como "moeda de troca", ou seja, fizeram um negócio, sem se preocupar com o romantismo ou mesmo a simples atração sexual. O desejo, que fique claro, era pelo bem maior, e nesse caso, o que conquistariam a partir da relação sexual.
Da primeira vez...
O primeiro exemplo é de Natalie, que para conseguir pagar o seu mestrado decidiu leiloar sua virgindade. Em cinco meses, os lances alcançaram o valor de 4 milhões de dólares. Curiosidade: a irmã mais velha trabalhava como prostituta para pagar suas contas. Observe, Natalie foi uma "empreendedora" e ofertou no mercado algo inédito. Princípios básicos da economia.
Um passeio alegre...
A segunda jovem, Stephanie, queria explorar a floresta amazônica antes de deixar o Brasil de volta para os Estados Unidos. Ninguém queria ser seu guia, até um rapaz que havia nascido na região se oferecer. Mesmo não achando o rapaz atraente, seduziu o jovem e passaram duas semanas explorando a mata e fazendo sexo. "Foi um bom negócio para ambos. Pude conhecer a floresta e ele transou com uma bonita garota americana", comentou depois.
O ato e o fato
Ambas as histórias têm o denominador comum comentado, a ideia do sexo como negócio, como moeda de troca. Sobre esse comportamento, os autores do livro explicam que isso é um fenômeno que ocorre em todas as culturas e faz muito tempo. Só não era dito assim dessa maneira.
O que as pesquisas apontam é que alguns assuntos coincidem no desejo feminino, como:
-Eu queria um aumento salarial
-Eu queria conseguir um emprego

-Eu queria ser promovida
Contudo, as motivações, como indica o livro, podem vir de outras partes. "No mercado dos parceiros, as mulheres acumulam notável poder em consequência da psicologia sexual dos homens - seu desejo de variedade, sua libido exigente, sua tendência ao exagero na percepção sexual, suas constantes fantasias eróticas e seu cérebro programado para responder a estímulos visuais", escrevem.
O estudo, que não quer concluir nada, e sim apenas considerar e compreender a sexualidade humana, deixa claro que o sexo é um negócio muito rentável, e provavelmente continuará sendo por um algum tempo.
"Por Que as Mulheres Fazem Sexo" é um esclarecedor ensaio sobre o desejo humano atuando em diversas frentes. E é sempre muito bom entender os motivos que pautam a sociedade e a vida de cada um.

Doses baixas de aspirina são suficientes para pacientes de ataques cardíacos

Um novo estudo desenvolvido nos Estados Unidos indica que dosagens altas e baixas de aspirina ingerida por pacientes de ataques cardíacos proporcionam efeitos semelhantes de proteção contra um segundo infarto ou outros eventos cardiovasculares, como os derrames.
A aspirina é um medicamento recomendado para quase todos os americanos que já sofreram infartos, mas médicos ainda não sabem qual é a melhor dose a ser recomendada. Dosagens mais altas do remédio frequentemente trazem maiores riscos de hemorragias. Assim, a dose deve ser cuidadosamente prescrita, para que o paciente não seja prejudicado.
Para o estudo, mais de 11.000 pacientes de ataque cardíaco em todo o mundo tiveram seus dados analisados. Alguns haviam recebido receitas de doses diárias pequenas (150 ml ou menos) ou de doses altas (mais de 150 ml), juntamente a outros medicamentos.
“Nós não observamos diferença entre os pacientes que tomavam uma dose alta versus uma dose baixa de aspirina em relação à morte cardiovascular, ataque do coração, derrame ou trombose de stent”, declara a pesquisadora Dr. Payal Kohli, do Brigham and Women’s Hospital. “Interessantemente, nós encontramos uma diferença dramática nos padrões de prática de médicos na América do Norte em comparação com os no resto do mundo. Médicos norteamericanos prescreveram uma dosagem alta de aspirina para dois terços dos seus pacientes, enquanto o contrário exato ocorreu no resto do mundo. Médicos internacionais prescreveram uma dosagem baixa de aspirina para mais de dois terços dos seus pacientes”, completa.
Entre as pessoas que consumiam doses altas, as probabilidades de surgimento de riscos cardíacos e de níveis mais altos de colesterol foram maiores, sendo que pacientes com dosagens baixas tinham mais chances de serem brancos e não terem histórico de pressão alta.

Futuro do prazer se equilibra entre a satisfação e o vício

Se fosse possível, viveríamos de prazer, como se fosse o ar que necessitamos. Acontece que a realidade é outra, e diariamente enfrentamos muitos obstáculos para alcançar o mínimo prazer no sexo, comida, jogo ou drogas.
Motivador da vida, o prazer também tem o seu lado negro, o que resulta no vício e nas censuras (não muito eficazes) da sociedade.
Mas afinal, como essas pequenas experiências atuam no cérebro e mente e fazem com que as pessoas se descontrolem e busquem aquela extasiante sensação por um instante? 
O neurocientista David Linden apresenta os fundamentos biológicos do prazer, e faz refletir a respeito dos aspectos morais e legais dos vícios cotidianos.
As pesquisas realizadas pelo profissional dão uma ideia sobre como as substâncias funcionam e como despertam sensações no corpo, na linha entre a satisfação e o eterno desejo que torna vício.
A análise acompanha o caminho da nicotinha, heroína, comidas fast food, sexo promíscuo e jogos de azar.
Diante disso, Linden busca responder qual o futuro do prazer.

Venda de notebooks aumenta 60% em 2011, diz pesquisa

A venda de notebooks no Brasil cresceu 60 por cento em 2011, informou nesta quarta-feira a agência de pesquisa de mercado GfK Consumer Goods.
Segundo o levantamento, o valor total de vendas no ano foi de 5 milhões de unidades. Além disso, os preços dos produtos caíram 20 por cento em relação ao ano anterior. Segundo a consultoria, mais de um terço das vendas de notebooks já está abaixo de 1.000 reais.
Os computadores tablet responderam por cinco por cento das vendas no varejo brasileiro.

Sexo ajuda a combater a dor nas costas, indica livro

Um das "50 Coisas que Você Pode Fazer para Evitar a Dor nas Costas" é transar.
"Geralmente uma vida sexual ativa e amorosa é boa para as pessoas, pois relaxa e aumenta o bem-estar. Qualquer coisa que ajuda as pessoas a relaxar tenderá a reduzir os níveis de dor e pode se tornar uma meta para qualquer um com um problema crônica nas costas", explica o médico e autor Keith Souter.
A dica 38, 'Desfrute de sua vida sexual', apresenta as melhores posições para desfrutar do êxtase e não prejudicar as costas.
Confira:
A posição do missionário
Esta é uma das posições sexuais mais comuns. O casal fica de frente um para o outro, com um parceiro por baixo e o outro por cima. Se o parceiro embaixo tiver problema nas costas, experimente apoiar as costas numa toalha enrolada que deixará a coluna numa posição boa e confortável.
Se o parceiro que estiver em cima sofrer de um problema nas costas, a posição do missionário continua sendo confortável, mas pode valer a pena escorar a pélvis do outro em almofadas para que você possa se ajoelhar, tornando as coisas mais fáceis.
Sentado
Usando uma cadeira para se sentar irá apoiar as costas do parceiro que está com dor, permitindo ao outro que se abaixe sobre aquele que está sentado de maneira confortável.
Ajoelhado
Para um parceiro com dor nas costas pode ser mais confortável ajoelhar-se e se apoiar, inclinando-se para frente numa pilha de almofadas, permitindo ao parceiro penetrar por trás.
Deitado de lado
Deitar-se de lado pode ser útil por permitir uma boa inclinação dos quadris, o que ajudará a coluna a ficar na posição certa.
O médico ainda explica que não há problema nenhum em tomar analgésico caso você desconfie que sentirá dor durante o ato sexual. Basta tomá-lo meia hora antes e acabar com a ansiedade em relação à dor.

Assexuados são minoria incompreendida do momento

Para o jornalista Millôr Fernandes, entre todas as taras sexuais não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência. A pedagoga Elisabete Oliveira, que escreve sua tese de doutorado sobre assexualidade, não poderia estar mais de acordo: "As pessoas têm mais facilidade para entender as variações do desejo do que a falta dele".
A área de estudo de Oliveira é particularmente nova: há poucos trabalhos científicos sobre o tema no mundo, e a maioira deles apresenta a assexualidade como transtorno, segundo ela. "Até hoje foram escritos menos de 30 artigos que enxergam o desinteresse pelo sexo como opção". 
Os próprios assexuais contribuíram para transferir seu comportamento do campo da patologia para o das escolhas. A partir dos anos 2000, eles passaram a se organizar em comunidades virtuais e a tentar se definir. Aos trancos e barrancos, chegaram à definição atual do que vem a ser um assexual: "É uma pessoa que sente pouco ou nenhum desejo por outras pessoas", explica a estudante colombiana Johanna Villamil, 26, representante da Aven (Asexual Visibility and Education Network) na América Latina.
Dentro da definição há espaço para quem sente repulsa ao sexo, namora sem transar, pratica masturbação e até transa sem interesse, no intuito de agradar o parceiro.
Com 40 mil membros, 2 mil na América Latina, a Aven é a maior organização do gênero e acha que poderia ser maior: "Pouca gente se identifica como assexual, o termo é desconhecido e parece pejorativo. Nossa intenção é sair do armário para que outros se reconciliem com a opção de não transar", diz Villamil.
No DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), catálogo de doenças mentais da associação americana de psiquiatria, assexualidade tem nome e sobrenome: é síndrome do desejo sexual hipoativo, considerada um desvio.
"Para o DSM ninguém é normal", relativiza Carmita Abdo, coordenadora do projeto de sexualidade do Hospital das Clínicas. A psiquiatra lembra que há mais diversidade entre quatro paredes do que fazem supor as revistas femininas: "Por vivermos numa sociedade hipersexualizada, não transar parece problema grave, mas ninguém deve ser medicado por não ter desejo, a não ser que isso gere sofrimento".
Deficiência hormonal, depressão, vaginismo, problemas de tireoide ou de ereção, menopausa, hipertensão e diabetes são alguns fatores que podem minar a vontade de sexo. É comum, no entanto, que pessoas saudáveis percam o desejo por um tempo: "Sexualidade não é uma linha eternamente ascendente. Para se considerar assexuada a pessoa precisa estar numa fase longa de falta de desejo sem motivo de saúde, acima de seis meses", diz Abdo.
A fase prolongada de F. Michele, 30, tem durado sua vida inteira. A funcionária pública baiana já tentou relacionamentos com homens e mulheres só para ter certeza de sua indiferença ao sexo: "Não me faz falta. Mantive relacionamentos quando me senti exigida, mas hoje sei que é contra minha natureza", diz.
Até os 28, Michele conta que levantava suspeitas ao pular Carnaval e frequentar shows e nunca ficar com alguém: "Beijei alguns homens, tive relacionamentos rápidos, sem sexo, mas ainda assim era estranho nunca me verem com alguém".
Quando se submeteu a uma cirurgia de redução de estômago, há cinco anos, a pressão para que namorasse cresceu: "Se você não sai com ninguém porque é gorda, tudo bem, mas ser magra e só é inaceitável", diz.
Para atender à demanda da família, a moça namorou um rapaz por seis meses. Não deu certo. Tentou um caso homossexual, fracassou: "Não gosto da sensação de ser tocada e o suor durante o sexo me incomodava muito, sentia nojo".
Hoje, Michele se diz apaziguada com sua opção: "Duas das minhas irmãs sabem que sou assexuada, falei. Para os outros, não preciso me expor tanto, mas não chego a esconder. Se alguém vem com conversa sobre namoro, deixo claro: não me interessa".
Para a psicóloga Blenda de Oliveira, todo mundo tem libido e é preciso investigar as causas antes de aceitar a assexualidade como saudável: "Há quem tenha baixa libido ou prefira canalizar essa energia para outras coisas. Mas é raro alguém que não tenha problemas com sua falta de desejo".

Último degelo aumentou o nível do mar em 20 metros em 500 anos

O último grande degelo do planeta não aconteceu de forma constante, mas houve um período de aumento abrupto do nível das águas, que subiu cerca de 20 metros em menos de 500 anos, informou nesta quarta-feira a revista científica "Nature". O ponto mais ativo desse degelo, que começou há 15 mil anos e acabou há 12 mil, aconteceu no período entre há 14.650 anos e 14.310 anos, quando, segundo as medições dos analistas, o nível de água subiu no Taiti entre 12 e 22 metros. Os cientistas participantes deste estudo basearam sua pesquisa em medições efetuadas nesta ilha do Pacífico e concluíram também que a maior parte de água veio do degelo da Antártida. Nesse último grande degelo as geleiras derreteram quase totalmente e elevaram o nível dos mares cerca de 120 metros no mundo todo. Este aumento dos mares não foi nem gradual nem uniforme, mas aconteceu de forma especialmente intensa em um período de 500 anos, segundo Pierre Deschamps, geólogo e pesquisador principal do Centro Europeu de Pesquisa e Ensino de Geociências do Meio Ambiente (CEREGE, na sigla em francês). Assim, durante esta etapa, o nível das águas nesta ilha da Polinésia Francesa teria crescido entre 3,5 e 5 metros por século, segundo o estudo da equipe francesa. Para obter estes dados, Deschamps e seus colegas estudaram os fósseis dos corais e de uma espécie de búzio que habitaram no litoral norte, sul e oeste do Taiti. O aumento das águas que este analista observa em seu artigo coincidiu no tempo com a Oscilação de Boelling, uma época na qual o clima se moderou e as massas de gelo continentais liberaram grandes quantidades de água no mar. No entanto, a cronologia exata do degelo e a origem de suas águas seguem sem esclarecer tudo, já que o nível dos mares não ascendeu de forma uniforme, e por isso é necessário estudar os aumentos em distintas costas do planeta. Além disso, os especialistas não só tentam averiguar quanto cresceram os mares, mas também qual foi a fonte que produziu o aumento das águas, ou seja, se o que derreteu foi o Ártico, a Groenlândia ou a Antártida. Os dados da pesquisa liderada por Deschamps, em combinação com outro estudo realizado em Barbados, sugerem que a maior parte desta água procedia do degelo da Antártida. Segundo os analistas, conhecer melhor estes fenômenos permitiria compreender como a mudança climática atual afetará os gelos polares nos próximos anos. Neste sentido, a velocidade com a qual cresceram as águas no período estudado por Deschamps foi "significativamente maior" às estimativas para o século 21, que predizem um aumento inferior a dois metros por século.

Terra deve enfrentar secas, ondas de calor e chuvas mais intensas

O planeta deve se preparar para enfrentar mais calor, secas mais fortes e, em algumas regiões, chuvas mais violentas devido ao aquecimento, alertaram especialistas climáticos.
A "mensagem principal" do relatório publicado nesta quarta-feira pelo Painel Intergovernamenal de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), colegiado de cientistas sob o guarda-chuva da ONU, é que "sabemos o suficiente para tomar as decisões adequadas sobre a forma de enfrentar os riscos de catástrofes vinculadas ao clima", afirmou Chris Field, um dos encarregados deste grupo.
O documento de 592 páginas, cujas principais conclusões já foram publicadas em novembro, é a síntese mais completa até agora para explorar melhor os vínculos que podem existir entre a elevação da temperatura global vinculada às emissões de gases causadores de efeito estufa e eventos meteorológicos como furacões, secas, ondas de calor e inundações.
Segundo o IPCC, "há sinais que mostram que as mudanças climáticas provocaram modificações" em certos episódios extremos há 50 anos e os modelos digitais preveem uma intensificação nas próximas décadas.
No futuro é provável que a duração e o número de ondas de calor aumentem "em muitas regiões do mundo", segundo os cientistas.
Eles também preveem uma frequência maior dos episódios de fortes chuvas, em particular nas altas latitudes e nas regiões tropicais.
As secas também serão mais prolongadas e intensas em determinadas regiões, sobretudo no sul da Europa e nos países mediterrâneos, mas também no centro da América do Norte.
"Em quase todas as partes existe um risco, tanto nas regiões desenvolvidas como naquelas em vias de desenvolvimento, nas áreas onde há um problema de excesso de água, assim como onde existe um problema de insuficiência", disse Field durante uma teleconferência.
No entanto, "o relatório distingue regiões particularmente vulneráveis", acrescentou, citando as grandes cidades dos países em vias de desenvolvimento, as zonas costeiras e os pequenos Estados insulares.
O relatório se refere ainda à vulnerabilidade da cidade de Mumbai, onde algumas áreas poderiam se tornar "inabitáveis".
"O mundo deverá se adaptar e reduzir (suas emissões de gases de efeito estufa) se quisermos enfrentar as mudanças climáticas", lembrou o indiano Rajendra Pachauri, presidente do IPCC.
Este relatório específico, que se baseia em mais de mil estudos já publicados, contribuirá para o próximo grande informe do painel intergovernamental, aguardado para 2013-2014 (o último data de 2007).
A revista Nature Climate Change publicou na segunda-feira passada um estudo de dois pesquisadores do Instituto Postdam, que também estabelece vínculos entre o aquecimento global e alguns episódios meteorológicos extremos durante a última década.

Estudo indica que Via Láctea tem bilhões de planetas supostamente habitáveis

Cerca de 40% das estrelas anãs-vermelhas têm uma "Super-Terra" na órbita

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu que a galáxia onde fica a Terra, a Via Láctea, abriga dezenas de bilhões de planetas rochosos que giram em torno de anãs vermelhas - estrelas cuja massa é menor que a do Sol. O estudo, realizado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) e divulgado nesta quarta-feira, contou com dados obtidos pelo espectrógrafo Harps, o "caçador de planetas" instalado em um telescópio de 3,6 metros do observatório La Silla, no Chile.
Segundo a pesquisa, é possível deduzir que nas vizinhanças do Sistema Solar, a distâncias inferiores a 30 anos luz, pode haver uma centena de "Super-Terras" (planetas com massa de uma a dez vezes superior à da Terra). Esta foi a primeira vez que foi medida de forma direta a frequência de Super-Terras em torno de anãs-vermelhas, que representam 80% das estrelas de nossa galáxia.
"Cerca de 40% de todas as estrelas anãs-vermelhas têm uma Super-Terra orbitando em sua zona de habitabilidade, uma região que permite a existência de água líquida sobre a superfície do planeta", explicou o líder da equipe internacional, Xavier Bonfils.

Segundo o astrônomo do Observatório de Ciências do Universo de Grenoble (França), como as anãs vermelhas são muito comuns - há 160 bilhões delas na Via Láctea -, pode-se concluir que "há dezenas de bilhões de planetas deste tipo só em nossa galáxia".
Durante as observações, realizadas durante um período de seis anos no hemisfério sul a partir de uma amostra composta por 102 estrelas anãs-vermelhas, os cientistas descobriram um total de nove Super-Terras. Os astrônomos estudaram a presença de diferentes planetas em torno de anãs-vermelhas e conseguiram determinar que a frequência de Super-Terras na zona de habitabilidade é de 41% em uma categoria que vai de 28% a 95%.
Por outro lado, os planetas gigantes - similares em massa a Júpiter e Saturno no nosso Sistema Solar - não são tão comuns ao redor de anãs-vermelhas, com uma presença inferior a 12%. Segundo Stéphane Udry, do Observatório de Genebra, "a zona de habitabilidade em torno de uma anã-vermelha, onde a temperatura é apta para a existência de água líquida na superfície, está mais perto da estrela do que no caso da Terra em relação ao Sol".
"Mas as anãs-vermelhas são conhecidas por estarem submissas a erupções estelares ou labaredas, o que inundaria o planeta de raios-X ou radiação ultravioleta: isso tornaria mais difícil a existência de vida", acrescentou. Por sua vez, Xavier Delfosse, do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, indicou que agora que se conhece a existência de muitas Super-Terras próximas, "espera-se que algum desses planetas passe em frente à sua estrela anfitriã durante sua órbita em torno desta".
"Isso abrirá a excitante possibilidade de estudar a atmosfera destes planetas e buscar sinais de vida", concluiu. Um dos planetas descobertos pelo espectrógrafo Harps é Gliese 667 Cc, o mais parecido com nosso planeta, e que com quase certeza reúne as condições adequadas para a presença de água líquida em sua superfície, segundo o ESO.
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