segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cientistas descobrem fósseis das bactérias mais antigas da Terra

Micróbios viveram há 3,4 bilhões de anos sem oxigênio

Uma equipe científica encontrou nas rochas do oeste da Austrália micróbios fossilizados que viveram há 3,4 bilhões de anos em um mundo sem oxigênio e que proliferavam graças a compostos à base de enxofre, segundo um estudo publicado neste domingo (21) na revista científica Nature Geoscience.

O professor Martin Brasier, da Universidade de Oxford, que participou destas pesquisas dirigidas por David Wacey, da Universidade da Austrália Ocidental, disse que a descoberta é uma prova importante.

- Temos por fim uma boa prova de vida com mais de 3,4 bilhões de anos. Isso confirma que na época havia bactérias que viviam sem oxigênio.

São os fósseis mais antigos achados na Terra, segundo anúncio da Universidade de Oxford feito por meio de um comunicado.

A Terra tem 4,5 bilhões de anos. A vida surgiu entre 3,5 bilhões e 3,8 bilhões de anos, segundo os pesquisadores anteriores.

Os fósseis descobertos por David Wacey e sua equipe em uma das praias mais antigas da Terra, em um lugar chamado Strandley Pool, estão incrustados em microscópicos cristais de pirita, de minerais à base de sulfeto de ferro, segundo o estudo.

Esses cristais seriam o efeito da atividade biológica (metabolismo) dos micro-organismos fósseis.

Os cientistas acreditam estar certos sobre a idade dos fósseis, já que as rochas sedimentares onde os encontraram foram formadas entre dois episódios vulcânicos, como explica o professor Brasier.

- Isso limita a algumas dezenas de milhões de anos o intervalo de tempo no qual os fósseis puderam se formar.

Ele enfatiza que os microfósseis foram submetidos a provas que demonstram que as formas detectadas na rocha são de natureza biológica e que não são o resultado de um processo de mineralização. Foram observadas estruturas similares a células.

- Pela primeira vez achamos em rochas arqueanas uma associação direta entre uma morfologia celular e subprodutos do metabolismo.

Há 3,4 bilhões de anos, a Terra era um lugar quente, com uma forte atividade vulcânica, e a temperatura dos oceanos alcançava temperaturas de 40ºC a 50°C.

Atualmente, segundo o professor Brasier, continua havendo bactérias que utilizam mais enxofre do que oxigênio para se carregar de energia e proliferar. Elas são encontradas principalmente em lugares quentes como chaminés hidrotermais, no fundo dos oceanos.

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