No topo do ranking de países mais felizes estão Dinamarca, Noruega, Finlândia e Holanda, enquanto Togo, Benim, Serra Leoa e República Centro-Africana figuram entre os menos felizes.
O relatório foi encomendado ao Instituto da Terra da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e foi coordenado pelo economista Jeffrey Sachs, especialista em combate à pobreza e ex-candidato à presidência do Banco Mundial.
O estudo foi feito com base em pesquisas de opinião colhidas em 150 países e em estudos de caso realizados em localidades onde a felicidade começa a ser medida - caso do Butão, pequeno país encravado no meio da cordilheira do Himalaia que possui um índice para medir sua "Felicidade Interna Bruta."
O estudo mostra grande disparidade entre os países mais felizes, todos localizados no Norte da Europa, e os menos felizes, localizadas nas regiões mais pobres da África. No topo do ranking, a renda per capita é 40 vezes maior do que nos países menos felizes; a expectativa de vida dos mais felizes é 28 anos mais alta e, nos momentos difíceis, 95% da população dos países mais felizes afirmaram ter com quem contar - contra 48% das pessoas nos países menos felizes.
Apesar da evidente disparidade econômica entre os países mais felizes e os menos felizes, não é só a renda per capita que faz diferença na avaliação do quanto uma nação é feliz. Outros aspectos como liberdade de expressão e relações familiares sólidas também entraram na conta dos economistas que participaram do estudo.
"Os países mais felizes tendem a ser mais ricos. Mas além da renda, fatores importante para a felicidade das nações são fatores sociais, como redes de apoio social, a ausência de corrupção nos países e o grau de liberdade individual", sugere o estudo.
DEBATE
O debate sobre o conceito de Felicidade Interna Bruta deve ser um dos grandes temas da Rio+20, a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável que será realizada no Rio em junho. Ás vésperas da conferência, a ONU quer aprofundar as discussões sobre as limitações do PIB (Produto Interno Bruto) para medir o bem-estar e a felicidade da população.
Como medida do crescimento da riqueza, o PIB não é capaz de contabilizar o grau de bem-estar que a geração de riqueza proporciona, nem os impactos ambientais da produção dessa riqueza. Na Rio+20, a proposta é discutir novas metodologias para medir tanto o progresso quanto a felicidade dos países, de modo que seja criado um novo índice.
"Nos últimos 30 anos, o crescimento econômico medido pelo PIB se tornou um mantra para os países", diz o relatório. "Mas a primeira lição desta pesquisa sobre felicidade é a de que o PIB é um objetivo precioso, mas outras coisas devem ser levadas em consideração, tais como a coesão das comunidades, os padrões éticos de produção, a dignidade e o meio ambiente, incluindo a questão climática, que está sob risco. O PIB é importante mas não é tudo o que os países devem almejar", conclui o relatório.
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