Vivemos tempos cheios de desafios. Nesses dias que correm, agitados, é
bastante comum pegar o coração amuado e pulsando enlouquecido. Uma bomba
prestes a explodir parece agitar o peito, a garganta e a cabeça.
Vivemos tempos de intranquilidade desmedida, correrias, angústias,
inseguranças. A sensação é de estarmos constantemente dentro de uma
panela de pressão.
São dias de fúria esses nossos, stress talvez seja a palavra central
da perda de qualidade de vida que temos acompanhado nos últimos anos.
Metade da humanidade trabalha enlouquecida, outra metade vai
enlouquecida por falta de trabalho. Metade da humanidade alimenta-se
enlouquecida, outra metade vai enlouquecida de fome. Metade da
humanidade...
Ora, diante dessas circunstâncias, vem para o bem buscar sossegar,
aquietar. A sugestão que apresento é aprender a dialogar mais
intensamente com o nosso interior - isto é de grande importância para
nossa convivência com as pessoas e para nossas tarefas cotidianas.
Não faz bem viver constantemente sob tensão, é preciso buscar, pelo
menos um pouquinho a cada dia, como uma espécie de recarga, um momento
de quietude, momento de separar nossas verdadeiras necessidades dos
desejos e das coisas, momento de reorganizar a energia em investimentos
necessários, não desperdiçando com coisas secundárias.
A capacidade de simplesmente viver o dia com serenidade pode (e deve!)
ser desenvolvida por todos e cada um de nós. Trata-se de uma capacidade
importante, que reposiciona nossas referências e identidade. Silenciar
as tensões interiores, sobretudo quando o exterior prima por estar
descontrolado, é adequado e produtivo.
Cada vez mais é comum as pessoas viverem em casas quase nuas, despojadas
dos móveis e quinquilharias supérfluas. O espaço assim presente deve
ser ocupado pelo contato com a natureza (mesmo que seja apenas um
pequeno gramado, do tamanho de uma caixa se sapato) e pela possibilidade
de reflexão. Inteligente, não? Experimente e você verá que a recompensa
será proveitosa e edificadora.
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