A teoria dos anos 1970 é largamente reproduzida e ensinada com
frequência em treinamentos de neurolinguística. Contudo, a teoria nunca
foi totalmente comprovada e a nova pesquisa sugere que ela não passa de
pseudociência.
Em um estudo controlado, publicado no "PLos One", pesquisadores
britânicos monitoraram o movimento dos olhos de 32 pessoas destras
enquanto elas contavam a um entrevistador mentiras e verdades sobre
fatos recentes. Os cientistas descobriram que não existia um padrão de
movimento dos olhos que revelasse a mentira.
Num segundo experimento, foi pedido a 50 pessoas que procurassem por
sinais de mentira entre entrevistados. Embora metade do grupo tenha sido
instruída a procurar pelo movimento dos olhos, ela não se saiu melhor
em detectar a mentira do que o grupo de controle destreinado.
Mas o que dizer de situações mais sérias da vida real? Para responder a
essa pergunta, os pesquisadores examinaram vídeos de arquivo de
noticiários de 52 pessoas fazendo apelos públicos pelo retorno a salvo
de um parente desaparecido.
Tempos depois, comprovou-se que metade estava mentindo. Os
pesquisadores não descobriram evidências de que o movimento dos olhos
revelasse mentiras ou verdades.
A conclusão é que a pesquisa sugere que não é possível detectar mentiras com base no movimento dos olhos.
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