Pelos em excesso pode ser sintoma da síndrome do ovário policístico
Todas as manhãs, a norte-americana Marianne Ponsonsby sai da cama e
corre para ver seu rosto no espelho à procura de pelos indesejados.
"Pelo menos uma dúzia de grossos pelos negros tem aparecido nas minhas
bochechas e queixo diariamente" conta. Isso porque ela sofre da síndrome
dos ovários policísticos, um desequilíbrio hormonal em que os ovários
produzem quantidades excessivas de testosterona – o hormônio masculino.
As informações são do Daily Mail.
Marianne não é a única. A síndrome, que afeta 3 milhões de mulheres,
resulta na formação de pequenos cistos inofensivos e sintomas como o
crescimento excessivo de pelos, calvície, menstruação irregular, ganho
de peso e acne. Além disso, cerca de 40% dessas pacientes também têm
infertilidade.
A síndrome dos ovários policísticos pode ser devastadora para a
autoestima das mulheres, diz Rachel Hawkes de Verity, que lidera um
grupo de apoio para essas pacientes. "Eu conheci pessoas que tentavam
suicídio porque elas simplesmente não conseguiam lidar com o excesso de
pelos e aumento de peso”.
De acordo com especialistas, a melhor maneira para driblar os efeitos
indesejados é ter cuidado com a alimentação e controlar o peso. Isso
porque, além de piorar a condição cardíaca e aumentar o risco de
diabetes tipo 2, a gordura produz mais insulina, aumenta a produção de
hormônio masculino e agrava os sintomas.
Apesar de as mulheres já nascerem com a doença, ela é diagnosticada
após os 20 anos na maioria dos casos, quando começa uma mudança no
estilo de vida. "Na idade adulta jovem, muitas mulheres saem de casa.
Elas se alimentam de forma menos saudável, fazem menos exercícios e
param de crescer - todos os fatores que podem levar ao ganho de peso",
justifica Gerard Conway, endocrinologista do Instituto de Saúde da
Mulher, da Universidade College London.
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