Análise de dados de temperatura desde 1951 mostra que termômetros têm marcado índices elevados de temperatura nos últimos anos
Mapa do Hemisfério Norte mostra temperaturas elevadas registradas no ano de 1999 (em laranja e vermelho), análise de dados feita por cientistas da NAsa revelam que os verões 'estremamente quentes' têm sido cada vez mais frequentes
Uma nova análise estatística feita por cientistas da Nasa (agência espacial americana) revelou que áreas continentais da Terra tornaram-se
mais propensas a passar por verões com altas temperaturas do que o
estavam em meados do século 20. A pesquisa foi publicada na revista PNAS (Proceedings of National Academy of Sciences).
Verões quentes - Hansen e seus colegas analisaram a
média de temperaturas de verão desde 1951. A temperatura média da
estação em cada ano foi dividida entre “quente”, “muito quente” e
“extremamente quente”.
Segundo os pesquisadores, os verões "extremamente quentes" estão se
tornando uma rotina no Hemisfério Norte -- eles não analisaram dados do
Hemisfério Sul. Entre 1951 e 1980, menos de 1% da área terrestre
enfrentou temperaturas tão altas. Mas, desde 2006, cerca de 10% da área
continental em todo o Hemisfério Norte tem experimentado estas
temperaturas a cada verão.
No estudo, os pesquisadores empregam uma curva para
mostrar como a área terrestre com temperaturas altas tem crescido a
cada verão. No centro, está o ponto zero, em branco. À direita, em
vermelho, estão as temperaturas mais elevadas e à esquerda, em azul, as
mais baixas. Neste gráfico é possível ver como, ao longo do tempo, os
termômetros têm registrado verões extremamente quentes em áreas cada vez
mais extensas.
Aquecimento global - De acordo com o autor James
Hansen, do GISS (Instituto Goddard para Estudos Espaciais, na sigla em
inglês), da Nasa, as estatísticas mostram que as temperaturas
extremamente altas nos verões que têm ocorrido recentemente são
consequência do aquecimento global.
"Tais anomalias (temperaturas consideradas extremamente altas) não eram
frequentes no clima antes do aquecimento dos últimos 30 anos”, disse
Hansen. “As estatísticas, com um alto grau de confiança, não traria tal
anomalia na ausência do aquecimento global", aponta Hansen.
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