terça-feira, 5 de abril de 2011

Sono curto ou de má qualidade diminui resistência do corpo

Noites mal dormidas podem resultar em quadro frequente de gripe 

A função do sono é restaurar. E um dos motivos pelos quais precisamos restaurar nossas energias é o fato de que, quando o corpo está descansado, sua imunidade aumenta. Logo, o cansaço e a fadiga favorecem o aparecimento de doenças relativas à baixa defesa do organismo.

A partir dessa premissa, foram feitas pesquisas para tentar comprovar se o sono de má qualidade estava relacionado ao aparecimento do resfriado. Os cientistas descobriram que as pessoas que se privam do direito de dormir o suficiente por noite ficam mais suscetíveis a adquirir a gripe.

Um estudo norte-americano traçou um paralelo entre o aparecimento do resfriado e as poucas horas de sono. Os pesquisadores concluíram que os indivíduos que dormem menos de sete horas por dia estão três vezes mais suscetíveis ao vírus causador da doença do que aqueles descansados por uma noite completa de restauração. 
Sono curto ou de má qualidade diminui resistência do corpo - Foto: Getty Images
A chefe da disciplina de Biologia do Sono da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e médica do Instituto do Sono, Lia Rita Azeredo Bittencourt, explica como se dá a deficiência imunológica nos pacientes que não têm um sono adequado e duradouro: "A privação do sono diminui a quantidade e a função das células responsáveis pela imunidade, os linfócitos, monócitos e macrófagos. Isso leva ao aparecimento de doenças infecciosas, câncer e diminuição do efeito das vacinas e tratamentos imunizantes".

Ela ainda afirma que outras doenças decorrentes da deficiência de imunidade podem estar relacionadas às poucas horas de sono. Alguns exemplos são o lúpus, a artrite e os problemas na glândula tireoide. A diabetes e o câncer também podem aparecer com maior facilidade em indivíduos que negligenciam na importância das noites bem-dormidas e trocam as horas de descanso do organismo por outras atividades, como trabalho e diversão. 
Sono curto ou de má qualidade diminui resistência do corpo - Foto: Getty Images
No caso mais especifico do resfriado, há dois fatores que podem favorecer o aparecimento da doença: o número insuficiente de horas e a má qualidade do sono.

No primeiro caso, é preciso dormir pelo menos sete horas, com um ideal de oito horas em média, para sanar o problema. Sobre a qualidade do sono, o principal é evitar acordar demais durante a noite, tratando corretamente problemas como o ronco alto e a apneia do sono.

Como é possível que a privação do sono esteja ocorrendo de forma excepcional, devido a um evento não rotineiro, os médicos recomendam que, nesses casos, os pacientes usem medidas preventivas para impedir que a baixa imunidade se torne uma gripe. 
Uma das formas de realizar isso é investir na ingestão de maior quantidade de vitamina C.

Assim que a quantidade de horas de sono voltar ao normal, recomenda-se, contudo, que o indivíduo continue ingerindo as vitaminas por meio das frutas, para elevar sua imunidade a um nível maior do que aquele anterior ao problema do sono. 

Conheça os riscos do consumo excessivo de energéticos

Não é incomum encontrar homens consumindo latinhas de energético pela manhã para aguentar o ritmo do trabalho após um happy hour animado. Ricos em cafeína, estas bebidas são estimulantes, mas não devem ser consumidas em exagero, pois podem fazer mal à saúde.
A cafeína é um estimulante do sistema nervoso central e, por isso, ajuda a deixar as pessoas mais alertas. "Cada latinha de energético equivale a cerca de três xícaras de café, bebida que também é rica na substância. Por isso, o ideal é que a pessoa consuma, no máximo, uma lata e meia por dia, porque cafeína em excesso pode intoxicar o organismo, levando a náuseas, taquicardia, tremores, insônia, irritabilidade e zumbidos", explicou Vladimir Schraibman, especialista em cirurgia geral e gastrocirurgia, do corpo clínico do Hospital Albert Einstein, da capital paulista.
Alessandra Grisante, nutricionista especializada em Fisiologia do Exercício do Hospital 9 de Julho, da mesma cidade, lembrou que é importante distinguir as bebidas energéticas das bebidas desportivas ou repositoras energéticas. "Estas têm composição diferente, sem cafeína ou estimulantes, com base prioritária de carboidratos (açúcares), visando a reidratação e a reposição da energia perdida durante a prática de esportes, sendo aplicadas de maneira criteriosa e individualizada".
O médico alertou que o consumo de bebidas energéticas industrializadas deve ser limitado, afinal, "não é um isotônico". Além disso, a cafeína pode viciar, levando à necessidade de doses cada vez maiores para se obter o mesmo efeito. "Tem gente que fica até com síndrome de abstinência", afirmou. "É preciso deixar claro que, apesar de as bebidas energéticas conterem cafeína, não devem ser ingeridas como o café na rotina diária", concordou a nutricionista.
Contra-indicações
Alessandra afirmou que, nutricionalmente falando, não há recomendação do consumo de bebidas energéticas, principalmente para pessoas enfermas, crianças, gestantes, idosos etc. "Os efeitos variam de acordo com a dose ingerida e a sensibilidade de cada um. A quantidade que deixa o jovem eufórico, para um idoso hipertenso pode levar ao aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, com maior risco de morte", explicou.

Além disso, a nutricionista do Hospital Nove de Julho comentou que a portaria nº 868/98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) obriga os fabricantes de bebidas energéticas a informar no rótulo que enfermos e idosos devem evitar seu consumo. Segundo ela, isto ocorreu após a descoberta de algumas irregularidades, como excesso de vitaminas e falta de comprovação das funcionalidades (pontecializadora, estimulante, melhora do desempenho etc).
Balada boa
Durante as festas e baladas, muita gente mistura o energético com bebidas alcoólicas para disfarçar o sabor do álcool ou para potencializar o efeito "de alerta" que ela possui. Segundo Schraibman, é justamente aí que está o maior perigo: "temos a depressão do álcool, mascarando seus sintomas, e a potencialização da cafeína. Além disso, a pessoa ingere a mistura e dificilmente se alimenta, levando a casos de desidratação e hipoglicemia. Tem gente que chega a desmaiar!", destacou.

Alessandra demonstrou preocupação com a crescente associação entre os jovens: "o energético pode esconder os sinais de intoxicação do álcool, evitando que a pessoa perceba que já bebeu demais, podendo levá-la ao coma alcoólico, seguido de morte. A longo prazo, esta combinação é um fator de risco para o desenvolvimento de dependência química do álcool".
Essa tal cafeína
Schraibman citou o guaraná e o gengibre como estimulantes naturais, que podem ser usados por aqueles que objetivam se manter mais despertos. Alessandra destacou o café, fonte de cafeína; chocolate (principalmente aqueles com maior teor de cacau); chás verde, mate e preto; e alguns refrigerantes, "cabendo a possibilidade de efeitos adversos no consumo de todos eles".

Embore leve a má fama, a nutricionista contou que a cafeína não é de todo ruim, visto que está presente em alguns medicamentos e estudos demonstraram que entre quatro e seis xícaras de café - grande fonte da substância - por dia são capazes de promover uma melhora do desempenho físico, estado de alerta e melhora neurocognitiva em atletas. Mas, ela também pode ter efeitos negativos, visto que acelera o metabolismo, tem ação diurética (pode levar à desidratação), entre outros. Além da substância, os energéticos também são ricos em açúcares e este é mais um motivo para controlar o consumo: podes colaborar com o aumento do peso.

Mais de 100 mil bebês correm risco por conta de grávidas obesas

Grávidas obesas podem causar prejuízos para a vida de seus filhos. De acordo com pesquisa realizada no Reino Unido, mais de 100 mil bebês por ano estão em risco de morte, deformidade ou problemas graves de saúde devido aos muitos quilos a mais de suas mães.
Pesquisadores das universidades Teesside, Newcastle e Durham analisaram dados de mais de 600 mil mulheres que deram à luz em 38 hospitais. Descobriram que a proporção de gestantes classificadas como obesas mais que dobrou nos últimos 20 anos, de 7% passou para 15%. Agora, uma em cada seis é clinicamente obesa.
"Ficamos realmente surpresos ao descobrir altos níveis de obesidade em um grupo tão jovem. Muitas mulheres engravidam sem pensar nas consequências da obesidade durante a gravidez", disse o pesquisador Nicola Heslehurst, da Teesside University, que ajudou na elaboração do relatório.
Segundo o jornal Daily Mail, cerca de 50% das mortes maternas estão ligadas à obesidade ou a complicações relacionadas a ela, como doenças cardíacas ou diabetes. A publicação International Journal of Obesity divulgou os dados do levantamento.
De acordo com outro estudo, divulgado na última semana pelo Centre for Maternal ans Child Enquiries, do Reino Unido, 15% das mães que morreram eram obesas mórbidas ou superobesas mórbidas. As obesas grávidas têm quatro ou cinco vezes maior risco de sofrer de morte decorrente da gravidez ou do parto que uma mulher de peso normal. A mesma proporção é observada para os bebês.

Dificuldade na penetração pode ser vaginismo; saiba mais

O vaginismo pode ter causas orgânicas ou emocionais. Foto: Getty Images
Contração involuntária, chamada vaginismo, atrapalha a sexualidade da mulher

Para algumas mulheres, a penetração, durante o ato sexual, pode ser algo extremamente dolorido ou até mesmo impossível. Vítimas do vaginismo, que é a contração involuntária de grupos de músculos da vagina, elas não conseguem se deixar penetrar, por motivos orgânicos ou emocionais. "A contração involuntária vem da junção de medo e dor. Por isso, é importante tratar as questões orgânicas para poder cuidar atentamente da questão psicológica", destacou Gisele Lelis Vilela de Oliveira, psicóloga de São José do Rio Preto (SP).
Valéria Dória Mendes da Costa, ginecologista e obstetra da mesma cidade, contou que a disfunção atinge de 2 a 6% das mulheres jovens. "Um dos sintomas característicos é a forte rigidez vaginal. Em algumas mulheres esta rigidez é tão forte que não é possível fazer a penetração do especulo ginecológico para a realização de exames, comprometendo até mesmo a saúde mental delas. Náuseas, falta de ar durante o ato sexual e sinais de pânico também podem aparecer", disse.
Mesmo desejando se relacionar sexualmente, o problema pode atrapalhar o casal e, por isso, deve ser investigado por um ginecologista. "Alguns fatores psicológicos também podem 'provocar' a dor, como traumas emocionais e dificuldades para assumir a vida sexual adulta. Isso ocorre por diversos fatores, como crenças religiosas, dificuldades de intimidade etc.", lembrou Gisele.
As principais "vítimas" do vaginismo são mulheres que tiveram uma educação repressora em relação à sexualidade, "elas acreditam que o sexo é sujo, errado e desenvolvem sentimentos de culpa e ansiedade em relação ao sexo", como disse a psicóloga, aquelas que sofreram algum tipo de abuso ou trauma sexual, que tiveram uma primeira relação sexual traumatizante ou dolorosa por algum motivo ou por hostilidade aos homens.
"Muitas delas têm dificuldade em conhecer o próprio corpo e muitas nem se tocam. É preciso incentivar o autoconhecimento nas mulheres, para que saibam o que lhes dá prazer ou não. Além disso, há uma dificuldade muito grande de conversar com o parceiro sobre a sexualidade do casal. Esse bate-papo pode ser muito saudável, pois estimula um relacionamento mais aberto e prazeroso", sugeriu Gisele.
Tem tratamento
Aquelas que sofrem com o problema devem, primeiramente, procurar o ginecologista para descartar outros problemas. "Analisamos se há alguma causa orgânica, como infecções, nódulos ou disfunções hormonais. Todo o histórico da mulher é levado em conta, desde sua história de vida até exames laboratoriais e clínicos", declarou Valéria.

Segundo a ginecologista, o tratamento não é realizado com medicamento, cremes ou técnicas cirúrgicas, mas, sim, por meio da psicoterapia acompanhada de exercícios para que a penetração aconteça aos poucos. "Às vezes é uma questão inconsciente, que deve ser trabalhada para que a mulher reveja e repense suas experiências, buscando soluções para o problema. A psicoterapia irá trabalhar a sexualidade, o significado do sexo e do coito para aquela paciente, minimizando temores e fantasias e proporcionando um autoconhecimento" afirmou Gisele.
Para as profissionais, a disfunção causa muito sofrimento aos casais que, muitas vezes, não sabem a quem recorrer. A participação do parceiro é importante para que ele tenha paciência e auxilie no tratamento. "Mas, caso ela não tenha um parceiro, também pode procurar ajuda caso tenha se identificado com o assunto", concluiu a psicóloga.

Cientistas encontram gene ligado ao consumo de álcool

Rara variante genética faz seu portador beber até 5% menos

Cientistas identificaram um gene que parece ter papel na regulação de quanto álcool uma pessoa bebe. Eles dizem que a descoberta poderia ajudar na busca por tratamentos mais eficazes contra o alcoolismo e as bebedeiras.
Em um estudo com mais de 47 mil voluntários, uma equipe internacional de cientistas descobriu que pessoas que possuem uma rara variante de gene chamado de AUTS2 bebem em média 5% menos álcool do que as com a variante mais comum.
O gene AUTS2, também conhecido como "candidato 2 de suscetibilidade ao autismo", havia sido previamente relacionado ao autismo e à desordem de hiperatividade do déficit de atenção, mas sua função real não está clara, explica Paul Elliott, do Imperial College de Londres, que integrou a equipe do estudo.
- Claro que há uma porção de fatores que afetam o quanto de álcool uma pessoa bebe, mas nós sabemos que os genes desempenham um papel importante. A diferença que esse gene particular produz é somente pequena, mas ao encontrá-la abrimos uma nova era de pesquisa.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o uso prejudicial do álcool resulta em 2,5 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Esse é o terceiro maior fator de risco no mundo para doenças como desordens neuropsiquiátricas, como é o caso do alcoolismo e epilepsia, bem como doença cardiovascular, cirrose do fígado e várias formas de câncer.
Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College, de Londres, disse que a combinação de estudos genéticos e dados comportamentais deve ajudar os cientistas a compreender melhor as bases biológicas dos motivos pelos quais as pessoas bebem, algumas delas em excesso.
- Esse é um primeiro passo importante em direção ao desenvolvimento da prevenção e tratamentos de abuso e dependência de álcool.
No estudo, publicado na revista da National Academy of Sciences, a equipe analisou amostras de DNA de 26 mil voluntários em busca de genes que parecem afetar o consumo de álcool e depois checou suas descobertas em outras 21 mil pessoas.
Em uma parte da pesquisa, depois de identificar o AUTS2, os cientistas analisaram o quanto o gene era ativo em amostras de tecidos do cérebro. Eles descobriram, então, que as pessoas com a variante do gene relacionada ao menor consumo de álcool tinham uma atividade maior no gene.

Brasil vai produzir remédios para Aids, artrite e mal de Parkinson

Parcerias tendem a fortalecer indústria brasileira e gera economia de R$ 700 milhões

Novos medicamentos para doença de Parkinson, Aids, artrite reumatoide e doença de Crohn serão fabricados no país a partir de parcerias entre empresas públicas e privadas articuladas pelo Ministério da Saúde. O anúncio foi realizado nesta terça-feira (5) em reunião com representantes do governo federal e da indústria farmacêutica realizada no auditório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAs), em Brasília.

As quatro novas parcerias envolvem o laboratório público Farmanguinhos e o privado Bristol Myers/Nortec para a produção do antirretroviral Atazanavir (Aids); o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) e o Merck Sharp & Dohme / Nortec para produção do antirretroviral Raltegravir (Aids) e a Fundação para o Remédio Popular e o Boehringer/Nortec para a produção do Pramipexol (mal de Alzheimer). Além disso, o Instituto Vital Brazil e a PharmaPraxis vão se unir em um projeto de pesquisa para a fabricação do medicamento Adalimumabe (artrite reumatoide e doença de Crohn).

As novas PPPs (Parcerias Público-Privadas) tendem a fortalecer o complexo industrial brasileiro e vão resultar em uma economia de R$ 700 milhões no decorrer de cinco anos – período em que o país deverá se tornar autossuficiente na produção destes medicamentos, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.


- Essas parcerias representam perspectiva de ampliar o acesso da população a medicamentos e, ao mesmo tempo, o nosso compromisso de enfrentar cada passo para o desenvolvimento tecnológico do Brasil.

Aparelho que mede apneia detecta problema do coração durante o sono

Dispositivo consegue detectar alterações no coração e nos vasos sanguíneos

Pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, descobriram que o oxímetro de pulso (aparelho que mede a quantidade de oxigênio no sangue) ao ser ligado ao dedo do paciente, enquanto ele dorme, pode detectar alterações no coração e na função dos vasos sanguíneos.
O aparelho usado em pacientes com apneia do sono (paralisação da respiração enquanto dorme) mostrou ainda ser capaz de identificar pacientes com maior risco de ter doença cardiovascular.

O estudo piloto realizado com 148 pessoas mostrou que mais de 80% dos pacientes com alto risco cardiovascular receberam o diagnóstico ao usar o aparelho de medição simples. Os resultados foram publicados recentemente na revista Chest.


O método pode resultar na identificação mais rápida e fácil de pacientes com risco elevado de doença cardiovascular. Espera-se que ele também possa ser usado para avaliar os efeitos do tratamento para a doença cardiovascular, tais como perda de peso e exercícios que possam ajudar a evitar problemas, sugere Ludger Grote, professor adjunto do Centro de Sono e Distúrbios da Vigilância da Academia Sahlgrenska e consultor sênior da Sahlgrenska University Hospital.


- Agora a equipe está desenvolvendo protótipos para um dispositivo portátil que possa ser usado clinicamente.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cogumelo do sol é eficaz contra leishmaniose

O tratamento de leishmanioses ganha um novo aliado: formulações farmacêuticas produzidas com substâncias do extrato purificado do cogumelo do sol. Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da cooperativa Minasfungi do Brasil estão testando as novas formulações in vitro e em camundongos infectados pela doença, e estão obtendo resultados promissores.
"Após o tratamento por via oral, animais infectados com a espécie Leishmania amazonensis apresentaram, em vários órgãos, redução mais acentuada do número de parasitas do que quando receberam medicamentos convencionais, como a anfotericina B", diz Eduardo Antonio Ferraz Coelho, um dos responsáveis pela pesquisa.
As substâncias que estão sendo testadas apresentam outros benefícios além da eficácia comprovada. Segundo os especialistas, as novas substâncias não apresentam efeitos colaterais. "Os testes indicam que não há prejuízos para células de mamíferos", revela o professor. A medicação à base do cogumelo preserva o macrófago, a principal célula parasitada pela leishmânia no hospedeiro mamífero. "O produto consegue agir diretamente sobre os parasitas dentro da célula hospedeira, sem que ocorra a ativação dos macrófagos parasitados", completa.
O tratamento para a leishmaniose é feito com os chamados antimoniais pentavalentes, que causam toxicidade cardíaca, renal e hepática. "É um protocolo doloroso para o paciente", esclarece Coelho. As aplicações do medicamento são feitas por via endovenosa ou intramuscular. "O tratamento é longo, durante o qual tem sido constatado aumento no número de casos de recidiva (recaída). O paciente pode até apresentar cura clínica, porém, após algum tempo, volta a desenvolver a doença", relata.
O cogumelo do sol, Agaricus brasiliensis, é um fungo típico da biodiversidade brasileira e seu consumo como complemento alimentar é aprovado pelo Ministério da Saúde. De acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a leishmaniose é endêmica em 88 países, e segundo o Ministério da Saúde, Minas Gerais ocupa o segundo lugar no ranking do número de casos no Brasil.
Um pedido de patente para a nova formulação foi depositado pela UFMG. Não há previsão, no entanto, para o início de sua comercialização. Atualmente, os pesquisadores estão finalizando acordos para a realização de testes clínicos em cães.

Fugir dos problemas por pouco tempo pode ser benéfico

O conselho mais comum dado a alguém passando por uma situação difícil é enfrentar o problema, mas pesquisadores canadenses descobriram que fugir das complicações durante algum tempo pode ser benéfico.
Cientistas analisaram estudantes universitários que tinham empregos não relacionados às sua universidades. Eles estudaram como essas pessoas faziam para equilibrar suas vidas acadêmicas, profissionais e pessoais, observando as estratégias que elas usavam para lidar com as diferentes demandas de tempo, energia e atenção. Os estudantes abordavam seus problemas de formas diferentes: buscando ativamente resolvê-los, ‘desabafando’ com amigos ou ignorando os problemas e se distraindo com atividades.
A abordagem mais tradicionalmente bem vista é de busca imediata de solução, mas a pesquisa mostrou que muitas vezes o que resultava disso eram mais problemas. A pessoa se estressava com a situação, ficando exausta e perdendo o tempo que poderia ser usado para se recuperar do problema.
Já os universitários que ignoravam seu problema por algum tempo conseguiam diminuir os conflitos entre as diferentes áreas na sua vida e manter seu bem estar emocional.
“As pessoas precisam de um tempo para se reconcentrarem, para que possam aprender e estudar bem”, explica a co-autora do estudo, Julie McCarthy (University of Toronto Scarborough). “Essa técnica é tradicionalmente vista como ‘fugir dos seus problemas’, mas talvez por se afastarem e tirarem folgas (da situação), os estudantes consigam reabastecer seus recursos”, ela completa.

Site pesquisa comportamento de diferentes idades em primeiros encontros

O site de encontros Match.com encomendou um estudo (realizado pela MarketTool)  que envolveu mais de 5.200 americanos solteiros entre 18 e 65 anos. De acordo com Whitney Casey, expert em relacionamentos do site, “o estudo descobriu que os comportamentos de encontros diferem drasticamente entre as idades”. As regras que orientam solteiros no início de novos relacionamentos mudam de acordo com a idade das pessoas envolvidas, e cada faixa etária segue etiquetas próprias, o que pode confundir as pessoas que não estão atentas a essas mudanças. O estudo também definiu comportamentos mais comuns entre as pessoas.
De acordo com os dados do estudo, 48% das mulheres gostam que o homem ligue para elas após o primeiro encontro, mas apenas 6% deles têm essa atitude 24 horas após o encontro. 68% dos homens que participaram do estudo disseram ligar para as mulheres de um a três dias após a saída. Apesar de 64% estão abertas a conversas por mensagem de texto ou email, 80% ainda preferem conversar com quem estão interessados por telefone.
A principal diferença de regras entre as idades tem a ver com o facebook e quando se deve adicionar o perfil da pessoa como amigo. Enquanto 26% dos solteiros entre 21 e 34 anos acham que já se pode fazer isso após dois ou três encontros, 11% dos solteiros entre 35 e 44 anos só têm essa atitude quando o relacionamento se torna exclusivo.
Casey afirma que o estudo demonstrou que as probabilidades dos solteiros mais jovens adicionarem a pessoa em quem estão interessados como amigos no facebook são maiores do que as dos solteiros mais velhos. “Solteiros mais velhos são mais cuidadosos com o namoro na era digital”, ela completa.

85% da população mundial encontra cura nas plantas medicinais

Chá de boldo para dor no estômago. Extrato de alho para gripe. Camomila para acalmar. Todos sempre têm uma receitinha caseira para aliviar, e até mesmo curar, algum problema de saúde, e, em sua maioria, essas receitas são derivadas de plantas. Conhecidas como ervas medicinais, as folhas e flores que são transformadas em extratos e chás são utilizadas por 85% da população mundial.
Muitas das drogas mais comuns e importantes utilizadas na medicina ocidental são extraídas de plantas. Pelo menos 70 mil plantas são consideradas medicinais e muitas ainda são desconhecidas. Mas os especialistas recomendam cuidados na hora de utilizá-las, pois podem provocar prejuízos à saúde, já que não se conhece bem seu funcionamento.

Maconha pode piorar desempenho sexual

O uso da maconha pode prejudicar o desempenho sexual masculino, aponta pesquisa realizada pela Universidade de Queens, no Canadá. “A maconha é a droga ilícita mais usada globalmente," diz o Dr. Rany Shamloul, autor do estudo.  Como a relação entre a maconha e a vida sexual é contraditória, Shamloul fez uma revisão bibliografia e descobriu que os prejuízos são maiores que os benefícios.
Estudos em animais in vitro identificaram novas conexões negativas entre o consumo de maconha e a disfunção sexual. A maconha pode afetar determinados receptores no cérebro, agora se acredita que esses receptores também estão presentes no pênis. Assim, o consumo da maconha pode ter um efeito neutralizador sobre esses receptores no pênis, tornando mais difícil para um homem para alcançar e manter uma ereção.

Mulheres menosprezam sua imagem corporal em conversas com amigas

Mulheres que fazem afirmações depreciativas sobre seus próprios corpos em conversas com suas amigas têm maiores chances de serem insatisfeitas com seus corpos do que mulheres que falam menos sobre o assunto.
Pesquisadores americanos estudaram o comportamento de universitárias e descobriram que apesar de as conversas sobre peso estarem associadas à uma visão negativa da mulher em relação à si mesma, as participantes acreditavam que falar sobre o assunto fazia com que elas se sentissem melhores com os seus corpos. Eles perceberam também que muitas vezes mulheres com peso normal reclamavam de sua aparência, mesmo estando saudáveis e na marca ideal de seu índice de massa corporal.
O estudo aponta que os dados recolhidos pelos pesquisadores são preocupantes, já que indicam que as mulheres deturpam sua auto-imagem corporal e exacerbam seus defeitos como uma forma de se confortarem quando se sentem mal consigo mesmas. Na maioria das vezes, as mulheres falavam mal de si mesmas não por serem gordas, mas por se sentirem assim. 

Mulheres aceitariam viver menos se pudessem ser mais magras, afirma estudo

Uma pesquisa realizada com universitárias inglesas fez uma descoberta que os cientistas descreveram como ‘chocante’. Ao analisarem questionários que foram preenchidos por mulheres em um evento de caridade para distúrbios alimentares, eles perceberam que as mulheres entrevistadas trocariam diplomas de educação, milhares de libras de seus salários e sua saúde por um corpo mais magro, aceitando até mesmo perder um ano de suas vidas.
 320 mulheres entre 18 e 65 anos participaram do estudo, e 93% delas afirmaram ter tido pensamentos negativos sobre si mesmas pelo menos uma vez na semana anterior ao questionário. 31% delas também admitiram ter esses pensamentos várias vezes durante o dia e 15% os têm diariamente.
 “Nós sabemos que mulheres que têm uma imagem negativa de seus corpos, ou que são infelizes com sua aparência, têm mais probabilidade de terem baixa auto-estima. Elas têm mais probabilidade de estarem deprimidas e, também em termos de saúde física, tem mais chances de terem relacionamentos doentios com comida, estarem de dieta, comendo compulsivamente ou se exercitando demais”, explica a Dr. Phillippa Diedrichs, autora do estudo.

Alguns medicamentos podem prejudicar a fertilidade

Quem deseja ter filhos deve se preocupar com a saúde desde cedo. Segundo Philip Wolff, biólogo, pesquisador e diretor da GENICS Medicina Reprodutiva e Genômica e do Instituto de Ciências em Saúde (ICS), nos Estados Unidos, vários medicamentos podem alterar a produção dos espermatozóides ou interferir diretamente na ovulação. Além de medicamentos, problemas hormonais, obesidade, diabetes, estresse, doenças sexualmente transmissíveis (DST), exposição à poluição, além do uso excessivo de álcool ou drogas também podem afetar a fertilidade.
“Tanto os homens quanto as mulheres devem tomar cuidado na hora de realizar um tratamento medicamentoso. Precisam observar os efeitos colaterais a longo prazo desse remédio para saber como, e se ele irá interferir de alguma forma, a fertilidade no futuro", afirma Wolff. Para as mulheres, os medicamentos que podem influenciar mais na fertilidade são os utilizados no tratamento contra o câncer. Já para os homens, a lista de princípios ativos é muito maior e os mais usados são os anabolizantes e remédios para calvície.

Boa relação entre os pais influencia na felicidade dos filhos

Quanto mais harmoniosa é a relação entre um casal, mais felizes serão seus filhos. É o que aponta estudo da Economic & Social Research Council, no Reino Unido, realizado com 40 mil famílias. Segundo dados da pesquisa, globalmente, 60% dos jovens se dizem “completamente satisfeitos” com sua situação familiar, mas nas famílias onde a mãe é infeliz, apena 55% dos jovens se considerem “totalmente felizes”, em comparação aos 73% onde as mães são felizes em seus relacionamentos.
A pesquisa também mostra que ter irmãos mais velhos não influencia na felicidade da criança, mas ter irmãos mais novos está associado a menores índices de satisfação dentro de casa. Segundo os resultados, as crianças mais felizes são aquelas que moram com os dois pais, não têm irmãos mais novos, não brigam com os pais regularmente, fazem pelo menos três refeições semanais a noite com a família reunida e cuja mãe é feliz em seu relacionamento.

Diabéticos envelhecem mais rápido

Um novo estudo desenvolvido na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, afirma que adultos acima de 50 anos que desenvolvem diabetes envelhecem mais cedo.
De acordo com a pesquisa, diabéticos entre 50 e 70 anos de idade têm mais tendências a desenvolverem doenças relacionadas à idade do que pessoas que não tem diabetes. As chances de a pessoa passar por problemas como incontinência, quedas, problemas na visão e deficiência física dobram se o paciente é diabético. Mas essa diferença só ocorre até os 80 anos, quando os riscos passam a ser os mesmos para pacientes que têm a doença e os que não têm.
“Nossas descobertas sugerem que adultos na meia-idade com diabetes começam a acumular esses problemas relacionados à idade”, diz a Dra, Christine Cigolle, autora do estudo. “Porque a diabetes afeta múltiplos sistemas de órgãos, ela tem o potencial de contribuir significativamente para o desenvolvimento de um número de problemas que nós associamos ao envelhecimento”, ela competa.

Ter filhos de pais diferentes é comum entre americanas

Nova pesquisa afirma que é comum que mulheres de níveis altos e baixos de educação e classe social tenham filhos de pais diferentes.
“Nós tendemos a pensar que mulheres com fertilidade de múltiplos parceiros como sendo solteiras, com pouca educação e dinheiro”, afirma Cassandra Dorius, pesquisadora da Universidade de Michigan (EUA). Ela analisou dados de mais de 4.000 mulheres americanas e percebeu que a maioria das mulheres que têm filhos de pais diferentes estava casada, trabalhando e estudando. Ou seja, vivendo normalmente e de forma estável. De acordo com a pesquisa, 28% das americanas têm dois ou mais filhos com mais de um parceiro. Esse fato estava mais associado à mulher ter se divorciado do que ser mãe solteira.
Outra descoberta do estudo foi que ter filhos de pais diferentes é mais comum entre mulheres de minorias raciais. 59% das negras, 35% hispânicas e 22% das brancas se encaixam na categoria.

Timidez pode criar barreiras para o desenvolvimento pessoal

Conflito entre o desejo pelo contato social e a inibição pode ser superado 

O coração que dispara, as mãos que tremem, a voz que falha, as palavras que somem, o rubor que toma conta da face, o medo de errar e ser ridicularizado, a insegurança e vergonha são reações e sentimentos familiares aos tímidos diante de determinadas situações sociais.

Frequentemente, o tímido encontra muitas dificuldades ao se expor para um grupo, para uma pessoa importante ou, até mesmo, ao investir afetivamente em alguém. Essas dificuldades e sentimentos são muitas vezes paralisantes e ultrapassar essas barreiras pode ser doloroso, exigindo um grande gasto de energia, principalmente, em uma sociedade onde a extroversão, a exposição e as redes de relacionamento (incluindo o networking) são valorizadas para se obter sucesso e ser reconhecido. 

A timidez é um complexo processo de dificuldades de relacionamento interpessoal, que afeta diferentes áreas da vida: afetiva, profissional, emocional e social; manifestando-se no corpo, na mente, no pensamento e no "eu".

Na maioria das vezes, a autopercepção para o tímido é marcada por distorções negativas associadas a sentimentos, atitudes e comportamentos de menos valia que levam o indivíduo a criar uma série de medos e fantasias a respeito de si mesmo e dos riscos envolvidos na auto-expressão, seja verbal ou gestual.

No dia a dia, encontramos uma quantidade considerável de pessoas que se declaram tímidas ou inibidas em situações sociais. Observamos também diversos níveis, desde as pessoas que se demonstram tímidas em poucas situações até pessoas com comprometimentos sociais significativos.

Porém, é importante ressaltar que a timidez não é uma doença social ou mental, tanto que não está listada no DSM-IV(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4º Ed) e nem no CID-10 (Classificação Internacional de Doenças - 10ª. Rev.), diferentemente da fobia social.  

 

Dor de cabeça aumenta o risco de depressão e distúrbios do sono

Pessoas com cefaleias também tem problemas de memória e déficit de atenção 

Como se não bastassem as crises de dor de cabeça, pessoas com cefaleias, principalmente a enxaqueca, apresentam um risco maior de desenvolver outras doenças. Chamamos essa associação de duas doenças que ocorrem no mesmo indivíduo de comorbidades. Elas também são caracterizadas por dividir uma causa em comum. E quanto maior a frequência das dores de cabeça, maior a presença de comorbidades. Neste artigo, vamos conversar um pouco sobre algumas dessas doenças associadas.

Dor de cabeça e distúrbios psiquiátricos:

Pessoas com enxaqueca e cefaléia do tipo tensional têm maior frequência de transtornos como ansiedade e depressão, principalmente se apresentam dor de cabeça diariamente. Em pesquisa realizada no Setor de Cefaleias da UNIFESP, foi observado também em crianças com enxaqueca uma maior frequência de sintomas psicológicos como preocupação excessiva, oscilações de humor e agressividade. 

Dor de cabeça e distúrbios de sono:

Insônia, dificuldades em manter o sono com despertares recorrentes, mexer-se muito na cama, sonambulismo, bruxismo, são distúrbios de sono mais comuns em pessoas com cefaleias, tanto em adultos como em crianças. Também em pesquisa realizada na UNIFESP, crianças com enxaqueca apresentaram uma diminuição do sono REM, fase do sono mais profunda na qual sonhamos, comprovado pelo exame de polissonografia, o que pode provocar dificuldades de atenção e memória e pior desempenho escolar.

Dor de cabeça e outras dores:

Pessoas com dor de cabeça apresentam com maior frequência e intensidade outros quadros dolorosos como dor lombar, tendinites, dor facial, e a fibromialgia, onde a dor acontece no corpo todo. Cerca de 80% das pessoas com fibromialgia também apresentam dores de cabeça, e já apresentavam a cefaléia antes da fibromialgia.  
Dor de cabeça e crises convulsivas:

Vários estudos comprovaram que pessoas com enxaqueca têm maior risco de sofrer uma crise convulsiva, principalmente se tiveram um tipo de enxaqueca que chamamos enxaqueca com aura, onde além da dor de cabeça, apresentam junto com a cefaléia sintomas visuais, como embaçamento, perda visual ou pontos brilhantes na visão e formigamentos no corpo.

Déficits de atenção e problemas de memória:


Queixas sobre déficit de atenção são muito comuns em pessoas com dores de cabeça, tanto em crianças como adultos. Ainda existem poucos estudos científicos sobre essa associação, porém um estudo brasileiro pioneiro, realizado no Setor de cefaleias da UNIFESP, demonstrou que, crianças com enxaqueca, quando comparadas com crianças sem cefaleia, apresentaram maior dificuldade em atenção e memória. Alguns estudos internacionais também encontraram essas dificuldades em adultos com cefaleia. 
Tonturas:

Pessoas com dor de cabeça apresentam com mais queixas de tonturas, rotatórias (vertigens) ou não, tanto na crise de cefaleia ou mesmo fora dela. Tal situação favorece a ocorrência de diagnósticos equivocados como labirintites e mudanças na pressão arterial e, como consequência, tratamentos inadequados para pessoas com dor de cabeça.

Dor de cabeça e derrames cerebrais:

Estão em grande evidência estudos que encontraram uma maior associação entre a enxaqueca e doenças vasculares como o infarto cardíaco, e principalmente os acidentes vasculares cerebrais (AVC), chamados de derrames. E esse risco é ainda mais alto em pessoas com a enxaqueca com aura, e em mulheres que tem enxaqueca e usam pílulas anticoncepcionais e são fumantes.  
Se você apresenta crises de dor de cabeça, principalmente a enxaqueca, deve observar o aparecimento de outros sintomas ou doenças. A boa notícia é que o tratamento da dor de cabeça, quando bem indicado, pode melhorar também as doenças associadas. O mais importante é não deixar de lado o sinal de alerta que é a cefaleia, achando que dor de cabeça é algo simples e corriqueiro. As doenças associadas tendem a acontecer ainda mais em pessoas que apresentam dores de cabeça frequentes ou há muito tempo. 

Reeducação alimentar é o caminho mais seguro para emagrecer

Estar disposta a provar novos alimentos é uma das atitudes básicas 

Começar uma reeducação alimentar séria significa dar o primeiro passo na direção de uma vida mais saudável. O emagrecimento, a manutenção do peso e o aumento da disposição são bônus dessa nova fase. No início, o foco deve estar em abandonar o radicalismo, que sempre faz com que os quilos perdidos voltem, e adotar novos hábitos alimentares. O processo é eficiente e vale a pena, como confirma a nutricionista Ligia Henriques: "A reeducação é o caminho mais seguro para a perda e a estabilização do peso".

A técnica consiste em mudar costumes e, por meio da repetição, incorporar novas práticas definitivamente à nossa vida. Os princípios básicos são não ficar mais de quatro horas sem comer e ingerir alimentos de qualidade em vez das chamadas "porcarias". Na verdade, é permitido comer de tudo, mas alguns alimentos como doces, frituras e bebidas alcoólicas devem ficar apenas para ocasiões especiais.  
Mude seus hábitos alimentares - Foto: Getty Images
A quantidade diária de calorias ao qual cada um vai tentar se adaptar é definida por meio de uma avaliação física. "Não adianta comer pouco porque isso não garante o emagrecimento. O corpo tem um limite para queimar gordura. Os emagrecimentos instantâneos são irreais. Normalmente são apenas diminuição de água e de músculo", alerta Ligia.

Um dos fatores mais importantes no processo de reeducar a alimentação, ressalta a responsável pela equipe nutricional do Minha Vida, Roberta Stella, é não ser resistente às mudanças. De acordo com ela, muita gente não consome nenhum tipo de legume alegando não gostar. "Algumas pessoas chegam até a ter ânsias de vômito quando ingerem certos vegetais. E, em boa parte dos casos, não há nenhuma atitude favorável à experimentação de novos alimentos".

Para mudar essa realidade, é preciso abrir a boca e a mente para provar itens que antes não faziam parte dos seus pratos ou da sua rotina e são indispensáveis para a saúde, como verduras, legumes e frutas. "Caso o paladar reclame, insista até ele ceder", orienta Roberta. 

Além disso, há algumas dicas que podem ajudar quem está tentando perder quilos dessa forma. Primeiro, fuja dos cardápios monótonos, já que alimentação adequada pede variedade de alimentos. Segundo, tire o foco das calorias porque, ao basear-se apenas no quesito energia, a pessoa pode não atingir a quantidade necessária de nutrientes como carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais. Terceiro, não descuide dos líquidos, pois eles auxiliam no funcionamento do intestino. Quarto, consuma alimentos nutricionalmente poderosos, dando preferência às versões integrais e aos itens com quantidade de gordura saturada menor. Quinto e último, seja flexível consigo mesmo para não se tornar prisioneiro da sua dieta, mas cuide para não exagerar na quantidade e na periodicidade do consumo de pratos que engordam. 
Veja um exemplo de cardápio, de 1.400 calorias, usado para reeducação alimentar:

Café da manhã
- 1 xícara (chá) de leite semi-desnatado com café e adoçante
- 2 fatias de pão integral
- 1/2 mamão papaia

Lanche da manhã
- 1 barrinha de cereais
- 1 unidade de leite fermentado

Almoço
- 4 colheres (sopa) de arroz integral
- 1/2 concha de feijão cozido
- 1 unidade de bife grelhado
- 1 colher (sopa) beterraba crua ralada
- 2 fatias de tomate
- 1/2 colher (sopa) de azeite

Lanche da tarde
- 1 potinho de iogurte

Jantar
- 4 colheres (sopa) de arroz integral
- 1 colher (sopa) de soja cozida
- 4 fatias de cenoura cozida
- 2 fatias de tomate
- 1/2 colher (sopa) de azeite
- 1 maçã 

Previna os problemas que abalam a autoestima

Aprenda a lidar com os sinais da idade de forma saudável 

Envelhecer faz parte do ciclo da vida. No entanto, esta etapa pode ser encarada como um fardo para muitas mulheres. Além dela interferir visivelmente na aparência física, o corpo sinaliza suas limitações e a saúde, se não foi bem cuidada ao longo dos anos, perde a força, abrindo precedentes para uma série de inconvenientes que abalam não só o organismo, mas a autoestima também. Para ficar atenta a essas transformações provocadas por hormônios que se rebelam e hábitos que não priorizaram a saúde, listamos, com ajuda de especialistas, aspectos que você deve considerar para se manter bela e saudável com o decorrer do tempo.

Alivie os efeitos da menopausa
A menopausa é o período em que a produção de hormônios pelo ovário diminui gradualmente. Nesta fase, a mulher passa por transformações biológicas e psicológicas, segundo a psicóloga Mara Push. "A tendência é que a mulher se sinta insegura quanto a sua beleza, o que normalmente culmina em depressão e baixa autoestima", explica a profissional.  
Previna os problemas que abalam a autoestima  - Foto: Getty Images
Para aliviar o momento há aliados que podem ser incorporados facilmente em sua rotina diária. Além de praticar exercícios, cuidar da mente (seja com ajuda profissional ou atividades que aliviam o estresse) e aprender a gostar de si, os habitos alimentares contam bastante. De acordo com a ginecologista Maria Helena Bastos, a mulher deve seguir uma dieta rica em soja, pois a leguminosa possui fitoestrogênios, substância com ação igual ao estrogênio. Um outro motivo para incorporar a soja ao cardápio é o seu poder de diminuir os sintomas da menopausa, como insônia, dor de cabeça, melancolia e os calorões típicos da fase.

Controle o seu peso
Depois dos 25 anos fica mais fácil ganhar peso e as cruéis gordurinhas passam a ser difíceis de serem eliminadas. "Existe uma diminuição natural do ritmo do metabolismo, o que leva o corpo a gastar menos calorias", explica Maria Helena. Para turbinar e acelerar o metabolismo, que passa a trabalhar de forma mais lenta, as atividades físicas praticadas com regularidade são recomendadas.
 
Previna os problemas que abalam a autoestima  - Foto: Getty Images
Fracionar as refeições também ajuda. O ideal é fazer de cinco a seis refeições por dia, de preferência a cada três horas. Com isso você evita chegar no estágio em que a fome é grande e o controle diante de um prato é menor. Consumir alimentos ricos em fibras pode ajudar na batalha diária contra a balança.

Varizes sob controle
O surgimento dessas veias está associado às alterações hormonais e ao fator genético. Porém, a falta de atividades físicas e o hábito de fumar contribuem para o surgimento do problema. Portanto, é hora de se mexer. Mantendo alguns cuidados diários e um bom acompanhamento especializado em estética vascular é possível conservar suas pernas belas e saudáveis até na terceira idade, de acordo com o angiologista Edson Neves, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. O profissional recomenda caminhadas matinais e, claro, uma avaliação médica especializada para tratar as varizes com eficácia e segurança, evitando assim os danos à sua saúde. 

Drible a osteoporose
A osteoporose aparece devido a deficiência ou a baixa absorção de cálcio e de vitamina D no organismo. O seu principal dano ao corpo é tornar os ossos mais fracos e sujeitos a fissuras. A nutricionista Juliet Marzalek recomenda um cardápio caprichado em leite e seus derivados, brócolis, couve e gergelim, que são as melhores fontes de minerais responsáveis pelo fortalecimento do esqueleto.

A profissional também indica boas fontes de vitamina D, encontradas na gema do ovo, na carne de fígado e nos peixes de água salgada. A absorção de cálcio também é facilitada com a pratica de atividades físicas e 15 minutos diários de exposição ao sol combinada com protetor solar.

TDPM é mais intensa que a TPM e precisa de tratamento

O tratamento do transtorno disfórico pré-menstrual envolve o alívio dos sintomas 

Diferenças entre TPM e TDPM

A TPM (tensão pré-menstrual) apresenta desconforto, irritabilidade, depressão, cansaço, sensação de inchaço e dor nas mamas e abdômen, cefaléia. Ela atinge cerca de 75% das mulheres em idade reprodutiva. Já o TDPM (transtorno disfórico pré-menstrual) é uma variante da TPM, mais intensa e severa, com a oscilação do humor como manifestação mais perturbadora, podendo prejudicar sua vida pessoal e profissional. Atinge de 3 a 11% das mulheres em idade reprodutiva.

Diagnóstico

Para diagnosticar a TDPM são necessários cinco dos seguintes sintomas e pelo menos um deles deve ser os de número de 1 a 4:

1. Humor deprimido, sentimentos de falta de esperança ou pensamentos autodepreciativos.
2. Ansiedade acentuada, tensão, sentimentos de estar com os "nervos à flor da pele".
3. Significativa instabilidade afetiva.
4. Raiva ou irritabilidade persistente e conflitos interpessoais aumentados.
5. Interesse diminuído pelas atividades habituais.
6. Sentimento subjetivo de dificuldade em se concentrar.
7. Letargia, fadiga fácil ou acentuada falta de energia.
8. Alteração acentuada do apetite, excessos alimentares ou avidez por determinados alimentos.
9. Hipersônia ou insônia.
10. Sentimentos subjetivos de descontrole emocional.
11. Outros sintomas físicos, como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor de cabeça, dor articular ou muscular, sensação de inchaço geral e ganho de peso. 

Entenda as causas! Parece existir uma influência genética no TDPM, mas o consenso atual sugere que a função ovariana normal - e não algum desequilíbrio hormonal - seja o desencadeador dos eventos bioquímicos relacionados ao TDPM no sistema nervoso central e em outros tecidos.

Causas ambientais podem também estar relacionadas à TPM ou ao TDPM. Entre elas, ressalta-se o papel da dieta. Alguns alimentos parecem ter importante implicação no desenvolvimento dos sintomas, como: chocolate, cafeína, sucos de frutas e álcool. As deficiências de vitamina B6 e de magnésio também são consideradas. Porém, até o momento, o papel desses nutrientes na causa ou no tratamento não foi confirmado. Os fatores sociais parecem exercer influência maior no agravamento de sintomas, não havendo estudos consistentes correlacionando-os etiologicamente ao TDPM. 

E o tratamento?

Não há tratamento oficialmente padronizado. O que se propõe são formas de controle dos sintomas que, em alguns casos, podem ser bastante eficazes. As medicações mais usadas são os antidepressivos, inibidores da secreção de prolactina, diuréticos, progesterona e estradiol.

Inúmeras vitaminas, minerais e aminoácidos, quando ministrados de maneira criteriosa, podem abolir os desagradáveis sintomas da TPM/TDPM: elementos do complexo B (B6), minerais (magnésio), alguns aminoácidos e ácidos graxos poliinsaturados, aumento da ingestão de fibras, redução de gorduras saturadas (gorduras animais) e de hidratos de carbono simples (açúcar e mel principalmente); redução do consumo de sal e cafeína (café, chá, refrigerantes do grupo cola, guaraná); limitar a ingestão de produtos lácteos (leite e derivados). Não se deve abusar de bebidas alcoólicas e recomenda-se a redução do estresse e a prática de exercícios. Deve-se limitar o consumo de alimentos gordurosos e o excesso de proteínas. Um tipo especial de gordura, contudo é extremamente útil - o ácido cis-linoleico - encontrado em alguns óleos, especialmente, o de girassol. As verduras, legumes, cereais e leguminosas, e os alimentos integrais fornecem grande parte dos elementos nutricionais que propiciam o adequado equilíbrio entre hormônios femininos.

Antidepressivos

Os antidepressivos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) têm sido recomendados como a primeira linha de tratamento para o alívio dos sintomas de alteração do humor na TPM e do TDPM. Sintomas físicos ou a valorização psicológica dos sintomas físicos desse transtorno são também enormemente beneficiados pelos antidepressivos, que atuam favoravelmente nos transtornos disfóricos, na irritabilidade, angústia e depressão.

Acupuntura e homeopatia

Na visão da medicina tradicional chinesa, toda alteração hormonal feminina e suas consequências estão relacionados à energia do fígado. A acupuntura pode normalizar esta energia. A homeopatia tem como objetivo o equilíbrio do indivíduo na totalidade por meio "do medicamento do indivíduo", mas pode-se associar um medicamento que guarde uma relação de semelhança com os sintomas pré-menstruais. Neste caso, as opções homeopáticas são extensas. Procure sempre um médico de sua confiança se você se encaixa no quadro dos sintomas. 

Anorexia atinge crianças a partir dos seis anos, diz estudo

Anorexia e bulimia já não são mais só coisas de adulto: pesquisa aponta a incidência de internações ocasionadas por este tipo de transtorno em .... Foto: Getty Images
Anorexia e bulimia já não são mais só coisas de adulto: pesquisa aponta a incidência de internações ocasionadas por este tipo de transtorno em crianças a partir dos seis anos

A neurose que atinge mulheres no mundo todo, com a ditadura da magreza vendida por modelos e celebridades, agora atinge também as crianças. De acordo com o jornal Daily Mail, um estudo realizado pelo University College London's Institute of Child Health, mostrou que crianças a partir dos seis anos foram hospitalizadas com sintomas relacionados à anorexia e outros distúrbios alimentares.
A pesquisa foi realizada no Reino Unido e na Irlanda, e, ao final de 14 meses de coleta de dados, os pesquisadores se depararam com o alarmante número de 208 casos de crianças, com menos de 13 anos, apresentando precocidade em transtornos deste tipo.
Eles descobriram também que a incidência do problema se concentra essencialmente nas meninas, que representam 82% dos casos, contra 18% de meninos. De acordo com a pesquisa, para cada 100 mil crianças do Reino Unido, três apresentam algum de distúrbio. O número foi publicado no British Journal of Psychiatry.
O Instituto fez mais de três mil contatos para chegar a esse resultado, incluindo hospitais, universidades, pediatras e psiquiatras. Eles descobriram que 37% das crianças apresentam sintomas de anorexia, cerca de 1% bulimia e 43% outras desordens. Os outros 19% também apresentavam problemas, como evitar a comida, mas não necessariamente mostravam preocupação excessiva com o peso.
Quase três quartos da amostra temem ganhar peso, enquanto 67% estão preocupadas com o peso. O estudo constatou que metade das crianças com problemas acabaram sendo internadas. Muitas delas tinham o hábito de usar laxantes, forçar o vômito após comer muito e se recusar a comer.
Uma das preocupações dos especialistas é a forma como essas crianças são influenciadas pela magreza das modelos e celebridades. De acordo com o jornal, ainda não existem ações oficiais para buscar e trabalhar com estes números. Mas os profissionais da área são enfáticos em alertar sobre a importância de uma ação urgente na melhora deste diagnóstico.
Para a Dra. Dasha Nicholls, psiquiatra de crianças e adolescentes que conduziu a pesquisa, ainda é cedo para dizer se houve aumento neste quadro nos últimos anos.
No entanto, ela espera que o estudo possa ser usada como uma base para acompanhar tendências futuras e reforça que, infelizmente, os tratamentos para este tipo de distúrbio ainda são destinado exclusivamente a adolescentes. "Transtornos alimentares na infância não são rápidos e fáceis de serem tratados", avalia, completando: "Para uma minoria de crianças, isso pode ser o início de uma doença grave e duradoura, com índices de mortalidade comparados ao da leucemia", adianta.

Bom humor diminui capacidade de memorizar informações

 . Foto: Getty Images
Divertir-se em uma festa e esquecer os nomes de quem acabou de se apresentar podem ter relação

Divertir-se em uma festa e esquecer os nomes de quem acabou de se apresentar podem ter relação. De acordo com pesquisa realizada nos Estados Unidos, o bom humor diminui a capacidade de gravar informações.
A equipe, liderada pela estudante de doutorado Elizabeth Martin, da Universidade de Missouri, pediu que os participantes assistissem a um vídeo. Metade conferiu a rotina de uma comédia stand-up e a outra, instruções de como instalar pisos. Os que viram as cenas engraçadas apresentaram humor significativamente melhor, enquanto o restante não mostrou mudanças.
Em seguida, todos ouviram vários números, sendo quatro por segundo. A tarefa era lembrar os últimos seis em ordem. Os animados tiveram desempenho pior no teste de memória.
Elizabeth disse ao jornal Daily Mail que o humor positivo pode impactar negativamente a capacidade de armazenar a memória imediata, mas pode aumentar a habilidade criativa para resolver problemas, por exemplo. Estudos futuros pretendem analisar o impacto do humor sobre a memória em situações da vida real, como em uma sala de aula.

Café e gordura podem diminuir tolerância à glicose

Ingerir café após alimentos gordurosos aumenta taxa de glicose no sangue. Foto: Getty Images
Café descafeínado pode ser uma solução


Finalizar a refeição com uma xícara de café pode se tornar um grande problema. Isso porque um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Guelph, no Canadá, descobriram que a ingestão da bebida seguida de alimentos gordurosos pode elevar a taxa de açúcar no sangue de forma preocupante, como divulgado no jornal britânico Daily Mail nesta segunda-feira (4).
O estudo foi conduzido com voluntários saudáveis, que ingeriram uma bebida à base de lipídios, remetendo à uma refeição gordurosa, e duas xícaras de café cinco horas depois. Uma hora mais tarde, lhes foi entregue uma bebida açucarada e as medições foram realizadas.
Quando ingerimos açúcar, o nosso corpo produz insulina para ajudar o sangue a distribuir a energia pelos músculos. Durante a pesquisa os cientistas descobriram que a combinação de café e gordura afeta a capacidade do organismo de realizar esta distribuição, aumentando a concentração de açúcar no sangue 32% a mais do que em homens que não haviam ingerido a bebida.
Marie-Soleil Beaudoin, autora da pesquisa, destacou que os cientistas já sabiam que portadores de diabetes tipo 2 deveriam reduzir o consumo de cafeína, mas também é necessário reduzir a ingestão de comidas processadas, carne vermelha e fast food. "Tomar café descafeínado também ajuda a melhorar a tolerância à glicose", ensinou.

As mulheres estão ficando grisalhas mais cedo; saiba por quê

Antigamente, as mulheres começavam a notar os primeiros fios brancos aparecendo por volta dos 30, 40 anos de idade. Atualmente, ao redor dos 25 elas já percebem o surgimento dos temidos brancos. Genética e estilo de vida são os grandes responsáveis por esta mudança que faz a cabeça de muitas. Saiba por que isso acontece e se há como reverter o processo.
Acabou a tinta
"A cor do cabelo é algo genético, assim como a quantidade de fios brancos que temos. Em uma situação normal, o cabelo branqueia porque diminui a quantidade de melanina nos fios. A idade na qual isso acontece é bem variável e está ligada às tendências familiares e ao próprio DNA", explicou Francisco Le Voci, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologistas, Regional São Paulo (SP).
Adriano Almeida, dermatologista e tricologista, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo, da capital paulista, contou que os fios envelhecem de maneira cronológica ou por agentes externos, como poluição, sol, cigarro e tratamentos químicos, afetando assim a coloração das madeixas. "O sol é um grande vilão, pois destrói o cabelo, que é feito basicamente por proteínas (melanina e queratina). Com o tempo, a agressão diária do sol oferece uma fragilidade na haste capilar", contou. Ele lembrou também que, a cada geração, a canície (branqueamento dos cabelos) tem se iniciado mais cedo entre o grupo de pessoas que transfere, geneticamente, esta tendência aos descendentes, o que pode estar relacionado ao estilo de vida que levamos.
Influência do meio
Julio Crepaldi, cabeleireiro do salão Galeria, da capital paulista, e embaixador das tinturas Koleston, tem mais de 25 anos de experiência e destacou que tem notado um aumento de mulheres jovens que aparecem no salão com fios esbranquiçados. Ele relaciona a tendência ao cotidiano: "há dez anos, elas chegavam ao salão para cortar o cabelo às 19 horas e iam direto para casa. Atualmente, chegam às 20h e uma hora depois retornam para o escritório em vez de irem para casa descansar".
Esta é a realidade da estudante universitária Rafaela Oliveira, 29 anos, que descobriu os primeiros brancos há três anos. "Percebi que tem aumentado a quantidade de cabelos brancos e acho que é por causa da minha vida corrida. Eu trabalho, faço faculdade, tenho um filho pequeno e ainda cuido da casa. Minha rotina é uma loucura só e vivo estressada!"
Algumas doenças, como o vitiligo, podem causar o branqueamento dos fios em áreas específicas do couro cabeludo, mas pode ser regredido com o uso de medicamentos. Segundo os dermatologistas, a etnia também exerce influência na canície, porque negros e orientais demoram mais para mostrar fios brancos. "O interessante é que, pela minha experiência, já notei que fios grossos, como aqueles dos orientais, costumam aparecer mais brancos", lembrou Crepaldi. Mas Le Voci frisou que "os mitos populares não têm fundamento: puxar um fio branco não fará surgirem sete no local, lavar o cabelo todos os dias não apodrece a raiz etc", disse Le Voci.
Almeida explicou que existe uma doença que pode deixar a pessoa com a impressão de ter ficado cheia de fios brancos em um período curto de tempo: a alopecia areata. "Diz a história que a rainha francesa Maria Antonieta ficou com os cabelos brancos da noite para o dia, depois de receber a sentença de morte pela guilhotina. Este fato ocorre porque a pessoa perde os cabelos coloridos e apenas os brancos ficam na cabeça, dando esta impressão de branqueamento repentino. Os fios brancos são mais grossos e, por isso, mais resistentes à quedas agudas", contou.
Minimizando o problema
Le Voci contou que ainda não surgiram remédios capazes de recuperar a cor dos cabelos, mas, o jornal britânico Daily Mail divulgou, na semana passada, que os cientistas da empresa L´Oreal descobriram que tanto a pele quanto o cabelo possuem células que lhes dão cor, mas, na pele, ela não "desbota" como nas madeixas. Ao observarem mais de perto, os pesquisadores notaram que as células da pele possuem uma enzima diferente daquela do cabelo e teorizaram que poderão desenvolver uma substância capaz de minimizar os efeitos desta enzima, fazendo com que o cabelo produza pigmentos por mais tempo. A expectativa dos cientistas é produzir um suplemento alimentar ou um shampoo que reduza os fios brancos, em até dez anos.
Philip Kingsley, expert em cabelos e autor do livro The Hair Bible (A Bíblia do Cabelo, indisponível em português), escreveu que o estresse consome vitamina B e alguns experimentos com ratos negros, privados desta vitamina, resultou no branqueamento dos pelos e pesquisas com humanos tentam comprovar que o uso de algumas vitaminas do complexo B podem reverter a canície.
Enquanto isso não acontece, muitas precisam se submeter aos tratamentos com tintura para garantir a cor dos cabelos e a aparência mais jovem. "Depois que meu filho nasceu, passei a esconder os brancos com tinta, porque eles são bem indesejáveis", destacou Rafaela. "É melhor o cabelo ficar branco do que cair", brincou Crepaldi, "na nossa cultura, o cabelo branco é relacionado ao desleixo. Os fios brancos também não ficam bacana em qualquer um. É preciso ter o corpo em dia, um visual bronzeado e bem cuidado para ficar legal".
O cabeleireiro aconselhou aquelas que estão descobrindo os primeiros fios a optar por colorações parciais com tinturas semipermanentes, como um colour touch para dar um resultado suave. "Se a canície for localizada, é bom usar um tom próximo ao do fio natural. Agora, se os brancos estiverem bem distribuídos, o legal é fazer luzes com tons avermelhados e caramelos combinados a uma nuance do tom natural para disfarçar o problema."

Mulheres trocariam um ano de vida por corpo dos sonhos

Que as mulheres são insatisfeitas com seu corpo é fato. E que muitas cometem loucuras na busca pela figura desejada, incluindo personalidades, também. Mas uma pesquisa realizada na Inglaterra trouxe um dado no mínimo curioso: muitas trocariam um ano de suas vidas para conquistar o corpo perfeito.
Uma em cada três mulheres entre 18 e 65 anos preferiria morrer mais cedo por questões estéticas. A afirmação foi feita mesmo por entrevistadas que não apresentam problemas de obesidade e também por aquelas que estão abaixo do peso desejado. Setenta e nove por cento das entrevistas estavam dentro dessa situação.
Dezesseis por cento trocariam um ano de vida pela figura ideal, mas outros 10% estariam dispostas a ceder dois ou cinco anos. Outras mais radicais, cerca de 2%, consideram morrer uma década mais cedo para um corpo mais magro. Mas algumas ainda foram mais longe e disseram preferir morrer duas décadas antes em troca da silhueta desejada.
As entrevistadas ainda foram questionadas sobre outros sacrifícios que estariam dispostas a fazer. Treze por cento aceitariam uma redução salarial e 8% abandonariam uma promoção no emprego.
As mulheres consideram ainda trocar tempo com a família e amigos em benefício da estética e 7% afirmaram que trocariam boas condições de saúde por um corpo mais magro. Em média, as pesquisadas querem perder mais de 6 kg e dizem que criticam suas aparências várias vezes por dia.
O levantamento foi feito pela University of the West e aponta que a confiança em relação ao próprio corpo não aumenta com o passar dos anos e é preocupação em todas as faixas etárias, não apenas na adolescência.
Recentemente, outra pesquisa realizada com mulheres americanas pela revista Fitness apontou que 51% das mulheres ficariam um ano sem sexo se isso significasse ter o corpo perfeito. O estudo foi feito com 2,4 mil pessoas do sexo feminino.

domingo, 3 de abril de 2011

Novo conceito para a camisinha

Com mais de uma década de criado, preservativo feminino entra na segunda geração e foca vulnerabilidade da mulher
A nova consciência feminina de preservar-se sempre, durante o ato sexual, seja no intuito dos auto-cuidados, a fim de evitar contágios de Doenças Sexualmente Transmissíveis- DSTs (como HPV , hepatite B e HIV/Aids), seja para evitar uma gravidez indesejada, passa há mais de uma década também pelo uso do preservativo feminino.

Embora, a princípio, tenha sido vista com bastante estranheza, a camisinha feminina hoje já recebe uma conceituação mais abrangente, dando à mulher autonomia e liberdade, para não ficar à mercê de um possível parceiro inconsciente.

A distribuição do produto destinado às mulheres, no momento bem mais reduzida do que a do preservativo masculino (desde o ano 2000 até 2010, a dispensação gratuita da camisinha feminina, no Brasil, alcançou a casa de 16 milhões), há alguns anos passou a ser melhor avaliada. Isso ocorre, sobretudo, porque as mulheres mantêm um comportamento ainda mais tradicional, em termos de ceder às solicitações masculinas quando eles não entendem a importância de se preservarem, assim como sua parceira sexual.

Sexo seguro
A adoção do sexo seguro é uma premissa para uma vida mais saudável, sem a exclusão de uma dimensão importante dela, que é a sexualidade. No decorrer dos anos, após os primeiros casos de Aids, os grupos que passaram a se cuidar mais foram justamente o das pessoas que descobriram sua sorologia positiva para o HIV, as quais faziam parte dos denominados grupos de risco. Por incrível que pareça, estes são grupos que mais se cuidam desde então, esclarecendo também os que necessitam se submeter à transfusões de sangue e homossexuais. Já os dependentes de drogas são esclarecidos por organizações destinadas à redução de danos.

Conforme a psicóloga e sexóloga Rose Villela, ainda que nos dias atuais se fale abertamente sobre sexo e sexualidade, o tema é tabu e a repressão feminina, um fato. A falta de compreensão e diálogo continua levando as mulheres a crescerem sem conhecimentos básicos sobre sua própria sexualidade, revela.
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