domingo, 12 de junho de 2011

Entenda por que namorar faz bem à saúde

Amor correspondido provoca uma “explosão” de hormônios que melhoram a vida



Quando o assunto é amor, quem sai ganhando? Os que levam ao pé da letra o verso “Ninguém vai ser feliz sem ser amado”, cantado por Luan Santana, na música Um Beijo, ou quem acredita no refrão “Eu quero mais é beijar na boca”, de Claudia Leitte? Para os médicos, o namorar e o ficar têm suas vantagens, mas é consenso que manter um relacionamento melhora a vida em vários aspectos, principalmente na saúde.
O contato afetivo com alguém envolve uma “explosão” de hormônios causadores das sensações de prazer e felicidade. Além disso, amar e ser amado nos faz mudar a rotina para melhor. Ficamos mais preocupados em manter uma boa aparência, comemos melhor, e tendemos a ver o mundo de uma maneira mais positiva, explica o psiquiatra Alexandre Saadeh, especialista em sexualidade do IPq (Instituto de Psiquiatra da USP).
- Quando você tem vínculo com quem te completa, há um estímulo que faz você se relacionar melhor com o mundo. Isso diminui a ansiedade e o risco de depressão.
Essa “química da paixão” é responsável pelos sintomas tão comuns aos apaixonados: taquicardia, suor e aquela sensação de calor no rosto quando se vê, ouve ou sente o cheiro de quem se gosta. Tudo devidamente coordenado pelo cérebro, responsável pela liberação da adrenalina e noradrenalina, serotonina e ocitocina, hormônios do “circuito de recompensa”, de acordo com a neurologista Sonia Buck, da Academia Brasileira de Neurologia.
- É o mesmo circuito alimentado por qualquer coisa que te dá prazer, seja um chocolate, sexo ou uma droga. Ele te mantém interessado naquele objeto ou pessoa que te dá uma sensação diferente. Mas esse desejo vai diminuindo com o tempo. Em média dura seis meses.
Paixão x amor
Quer dizer que bastam alguns meses para acabar o lado bom da relação? Nada disso. O fim da paixão, além de não ser algo medido com precisão cirúrgica, costuma dar lugar ao afeto, que também ativa os hormônios do bem-estar, em especial os sexuais. O corpo responde à paixão como uma “fissura”, que diminui com o tempo, ao passo que o amor perdura a sensação de aconchego, afirma o endocrinologista João César Castro Soares, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
- Se você tem uma pessoa que te dá alegria, você libera mais serotonina, produz mais os hormônios sexuais [testosterona, estrogênio e ocitocina] no momento da excitação, e tem todo um bem-estar. Ao contrário dos solitários, que tendem a ter níveis mais baixos de serotonina e, por isso, uma imunidade mais baixa.
Melhor só do que mal acompanhado?
Não ter um companheiro, no entanto, não é sinônimo de tristeza, já que muitos solteiros redirecionam o foco em amigos, família e religião, e se sentem felizes com isso, ressalta Soares. Entretanto, o endocrinologista usa a ciência para mostrar o quanto a vida a dois pode ser mais prazerosa, por exemplo.
- Casados têm uma sobrevida maior e o índice de doenças é menor do que entre os solteiros, separados e viúvos. Já a promiscuidade pode expor a várias doenças sexuais.
O psiquiatra Alexandre Saadeh tem uma opinião diferente. Segundo o terapeuta sexual, o lado bom do relacionamento existe “desde que haja preocupação em ser o melhor possível para os dois”, caso contrário as reações biológicas tendem a ser contrárias e fazer muito mal à saúde.
- Pode ser pior do que estar sozinho se você vive um relacionamento destrutivo, com base na competição, porque você passa por estresse e ansiedade que vão te consumindo. E também pode levar à depressão.

Nossa saúde depende da qualidade dos nossos pensamentos

Negatividade é capaz de alterar formação das células e gerar doenças 

Você já parou para pensar quais são os pensamentos negativos que constantemente ocupam a sua mente? O que esses pensamentos querem te dizer? Você tem consciência de como isso atrapalha sua vida, sua saúde e seus relacionamentos? É por esse motivo que um tratamento deve olhar o paciente em todos os seus aspectos: alimentação, funcionamento dos órgãos e, principalmente, emoções e sentimentos.

A vontade de mudar é a chave para o crescimento em todas as áreas da vida, mas, às vezes, mudar dá medo, pois não sabemos o que pode acontecer. O medo paralisa. O novo é o desconhecido e faz com que abandonemos o sonho de mudança para voltar ao comodismo, nossa zona de conforto.

Eckhart Tolle em seu excelente livro O Poder do Agora diz: "o medo é sempre de alguma coisa que poderá acontecer, não de alguma coisa que está acontecendo neste momento. Você está no aqui agora ao passo que a sua mente está no futuro. Essa situação cria um espaço de angústia".

Você é o que é porque assim o deseja. Se realmente quisesse ser diferente, estaria buscando uma mudança neste exato momento. E é com você que quer mudar que eu gostaria de falar. Aquilo que prende sua atenção determina suas ações. Onde você se encontra hoje é resultado dos pensamentos que estão na sua mente.

Nossas doenças são essas emoções somatizadas nos nossos órgãos de choque. Cuidar dos pensamentos é fundamental, já que eles geram emoções e estas, quando são negativas, geram doenças. Já está comprovado que os pensamentos são capazes de modificar nossas células. Somos co-criadores da nossa realidade e das doenças que podem afetar nossa saúde.

Vamos citar a depressão, por exemplo. Ela gera uma tristeza que não passa, uma sensação de abatimento que vai tomando conta e faz com que corpo e mente não funcionem bem. Não há apetite, o sono é irregular, o intestino muitas vezes não funciona todos os dias, a autoestima vai para o brejo, nada mais dá prazer, falta concentração, sente-se lentidão física e mental, perde-se interesse pelo que se gostava e falta vontade de viver.

Se analisarmos as causas emocionais para esse comportamento vamos encontrar infinitas justificativas: a perda do emprego, a perda de alguém especial, a morte de um familiar, problemas financeiros, traumas de infância, filhos com problemas, frustrações, falta de perspectiva na vida etc.

De acordo com a medicina chinesa, a depressão pertence ao departamento do fígado. É ele quem diz sim ou não ao que pode ou não entrar na corrente sanguínea. Com isso, proporciona um ambiente tranquilo, inclusive para o sistema nervoso.
Rudolf Steiner, pai da Antroposofia, afirma que o fígado é o órgão da vontade. Quando temos vontade e interesse pela vida, nosso meridiano do fígado fica equilibrado, ou seja, vamos conseguir tomar decisões assertivas. Então tome cuidado com o consumo de álcool, pois ele neutraliza justamente as células encarregadas de filtrar as toxinas que vêm do intestino.

Gorduras e excesso de comida também prejudicam o fígado, porque fazem com que ele fique sempre trabalhando. O fígado é um órgão de planejamento e, por isso, precisa de descanso para conseguir filtrar o sangue.

Preocupações, ideias fixas e comportamento obsessivo prejudicam o fígado, gerando raiva, irritação e instabilidade emocional.

Quem fica vermelho de raiva ou está sempre com os olhos vermelhos está com o fígado intoxicado. Já quem costuma ter o rosto avermelhado está com o fígado congestionado.

Através da doença os pacientes aprendem a ser moderados, a ter paciência e a se controlar no que se refere a excesso de bebida, comida e sexo. A pessoa é obrigada a pensar naquilo que seu corpo consegue suportar e no que é veneno para ela. É bom perceber quando se ultrapassa os limites, voando alto demais, com ilusões.

Por esses motivos um tratamento deve trabalhar em todas essas áreas conjuntamente: o equilíbrio da alimentação, o discernimento das emoções, o limite das atitudes e os pensamentos doentios.

Eu utilizo a terapia ortomolecular, a acupuntura e as sessões de análise transpessoal para criar esse suporte. Precisamos do corpo físico, assim como do corpo emocional e do energético, porque eles são nossos instrumentos de relação com o mundo e precisamos estar bem para trocarmos experiências e afetos. É desta maneira também que nos expressamos, adquirimos valores e ganhamos um sentido para nossa vida.

Temos um aminoácido que contribui diretamente para a estabilização do humor: o triptofano. Ele estimula a produção de serotonina, que é calmante, e dá sensação de bem estar. Hoje já foi confirmado que a maior parte da serotonina fica armazenada no nosso intestino. Portanto, seu mau funcionamento vai influenciar seu humor, sua tolerância e sua paciência.

Precisamos citar também o ferro, o magnésio e o potássio, que são minerais importantes para pessoas com quadros de depressão. Quem apresenta deficiência desses nutrientes sofre interferências relacionadas diretamente com o funcionamento do corpo e das emoções.

Envolvimento do pai durante a gravidez favorece vínculo com o bebê

Grau de participação paterno tende a aumentar com a evolução da gestação 

A chegada de um bebê é, por si, um evento único na vida do casal, uma vez que provoca uma reestruturação nos papéis e na dinâmica familiar. As expectativas depositadas em uma gestação são muitas, e inúmeras são as histórias que antecedem a chegada do bebê. As vivências individuais de cada um dos pais e a vida construída a partir da união influenciam diretamente a forma com que cada um vai lidar com a chegada do filho.

Embora seja cada vez mais comum a participação dos homens durante e após o período gestacional, pode ser um pouco mais difícil para o pai criar um vínculo mais concreto por um filho que ainda está sendo gestado, estando neste período mais voltado às necessidades da mulher. 

Algumas mulheres se queixam que, no início da gestação, o pai não parece muito envolvido com a gravidez, mas com o passar do tempo, conforme a chegada do bebê se aproxima, o discurso vai se modificando e é notável a mudança de comportamento de muitos pais, pois, em alguns casos, este vínculo ocorre de forma mais lenta e tende a aumentar após o nascimento.

Apesar de a contribuição ser idêntica para a origem desta vida, as vivências e os sentimentos na mulher e no homem são bastante diferentes: é a mulher quem vai experienciar as mudanças físicas durante toda a gestação, vai sentir o filho crescer dentro de si, senti-lo se mexer, dar à luz e amamentá-lo. Alguns homens sentem-se excluídos por não participarem da gravidez de uma forma tão intensa como a mulher, e chegam a sentir sensações físicas semelhantes como aumento do apetite e do sono, náuseas, tentam sentir os movimentos do filho colocando sua mão sobre a barriga, buscam informações sobre gravidez, e desta forma tentam ter a maior participação que lhes é possível.

Outros se sentem fragilizados, incompreendidos e desamparados em suas dúvidas, pois há uma tendência de o entorno direcionar a maior parte dos cuidados emocionais exclusivamente a mulher, deixando o pai à parte neste processo. É bastante positivo quando o casal consegue participar de grupos que discutam as questões inerentes à gestação, e que esse pai seja cada vez mais incluído nesse processo que está diretamente ligado a mudanças em sua vida. 

Hoje se fala em "depressão pós-parto masculina", um tema que vem despertando o interesse de pesquisadores e que é bastante evidente nos consultórios. A depressão pós-parto masculina causa grande sofrimento para o homem e desestabilidade no ambiente familiar, trazendo também consequências negativas para o desenvolvimento do bebê. Esse é um tema que serve como alerta para que os profissionais de saúde tenham um olhar mais atento também para as questões emocionais do pai.

Apesar de a experiência da gestação de um filho ser vivenciada de forma diferenciada entre o homem e a mulher, a participação do pai é de extrema importância. Muitas pesquisas sobre desenvolvimento precoce do ser humano mostram que os recém-nascidos são sensíveis e receptivos ao contato com o pai: sua voz, as sensações causadas à mãe, seus carinhos na barriga são captados pelo bebê, o que contribui para o aumento do vínculo pai-bebê após o nascimento.

A expressão "Casal Grávido" significa mais do que compartilhar o desenvolvimento da gestação de um filho, significa também, que durante este período, há a construção de uma maternidade e paternidade, com sentimentos que até então não existiam. O período de gestação tem repercussões significativas na vida do pai, é o tempo para se preparar e se organizar emocionalmente para o bebê que está por vir. 

 

Brigas no namoro: como enfrentar 11 motivos de estresse na relação

Conflito entre casal - Foto: Getty Images
Problema: ele(a) nunca se lembra das datas importantes do casal

Solução: se o parceiro costuma se mostrar atencioso na maior parte do tempo, talvez guardar datas seja uma simples dificuldade. Uma saída, sugerida pela psicóloga Lúcia Serrão do Nascimento, de São Paulo, é avisá-lo de forma descontraída, como "Nosso aniversário está chegando, hein?", ou mesmo combinar um programa previamente. Mas, se ele simplesmente não dá valor a algo importante para você, talvez esteja na hora de rever a relação e conversar.
Briga por ciúmes - Foto: Getty Images
Problema: ele(a) é muito ciumento(a)

Solução: qualquer excesso é prejudicial e, nesse caso, a culpa não é somente daquele que sente ciúmes, mas também do outro, que permitiu tal comportamento. A melhor forma de resolver é ter uma conversa franca e procurar entender o motivo desse sentimento. Apesar de parecer inofensivo, o ciúme é considerado uma doença pelos psicólogos e, dependendo do estágio, a melhor solução é buscar ajuda profissional. 
Casal - conflito por dinheiro - Foto: Getty Images
Problema: ele(a) gasta demais

Solução: se o casal tem planos de investimento, é justo que ambos contribuam de forma equilibrada. "Todo mundo tem direito a gastos pessoais, mas deve haver um planejamento", explica o psicólogo Antonio Carlos Alves de Araújo, de São Paulo. Quem sabe estabelecer uma cota não seja uma boa ideia? Se os gastos de um incomodam o outro, deve-se pensar se essa compulsão não é uma tentativa de preencher alguma carência talvez do próprio relacionamento. 
Casal - Manter contato com o (a) ex - Foto: Getty Images
Problema: ele(a) mantém contato com o(a) ex

Solução: tente entender quais laços ainda unem seu parceiro ao ex. Se, por exemplo, a relação gerou um filho, é inevitável e até justo que a ligação seja mantida. Outra possibilidade é o ex ser usado apenas para causar ciúme, mas também é possível que tenha restado do relacionamento um vínculo de amizade. Aqui, cabe um questionamento para quem mantém o contato: é realmente essencial manter essa amizade que tanto incomoda o parceiro atual? Tente conversar com seu companheiro sobre isso.
Casal - desentendimentos - Foto: Getty Images
Problema: ele(a) sempre esquece as mesmas coisas

Solução: conviver intimamente com alguém não é fácil. Todo mundo tem manias ou mesmo hábitos que podem incomodar o outro. O essencial é comunicar o aborrecimento, por menor que ele pareça, e quantas vezes for preciso. "Não adianta ficar reclamando. É preciso sentar e conversar seriamente sobre o assunto", conta a psicóloga Lúcia.
Trabalho x namoro - Foto: Getty Images
Problema: ele(a) é viciado(a) em trabalho

Solução: mergulhar de cabeça em uma atividade pode ser uma forma de fugir da realidade. Será que a pessoa realmente quer estar nesse relacionamento? Por outro lado, se o casal tiver planos de comprar um apartamento, por exemplo, alguns sacrifícios se justificam, lembrando que, para tudo, deve haver um limite.
Amigos x namoro - Foto: Getty Images
Problema: ele(a) sempre tem tempo para os amigos, mas não para mim

Solução: é perfeitamente saudável que o casal mantenha sua individualidade, mas "quem realmente quer estar em um relacionamento sério não pode agir como se ainda estivesse solteiro", analisa o psicólogo Antonio. Isso mostra que o parceiro não está pronto para a relação ou que ele está se sentindo sufocado e, por isso, tenta evitar o companheiro. Nesse caso, o melhor é refletir se ainda vale a pena estar em uma relação que pode ter se transformado em um martírio.
Discussão em casal - Foto: Getty Images
Problema: ele(a) sempre acha que está certo(a)

Solução: até mesmo na relação entre um casal de namorados pode existir disputas de poder. Uma prova clara disso é a tendência de um deles sempre ceder mais que o outro. Mas, para existir um controlador, deve haver um submisso. Então, o problema, na verdade, pode estar mais acentuado na pessoa que sempre aceita as coisas do jeito do outro. Será que isso não mostra medo de guiar sua própria vida?
Contar segredos do casal - Foto: Getty Images
Problema: ele(a) não sabe guardar nossa intimidade

Solução: é verdade que as pessoas têm necessidade de partilhar suas vidas. Entretanto, em uma relação a dois, a intimidade deixa de ser do indivíduo e passa a ser do casal. Isso quer dizer que, se o parceiro se sentir incomodado com o excesso de trocas de informação, ele deve expor essa insatisfação e merece ser respeitado.
Casal - ciúmes da roupa - Foto: Getty Images
Problema: as roupas dele(a) me incomodam

Solução: o parceiro deu uma reviravolta no armário por acaso ou foi você quem passou a se sentir incomodado de repente? Na maior parte dos casos, o surgimento do incômodo nada mais é do que ciúme. Há casos, entretanto, em que o parceiro de fato ultrapassou o limite. Por isso, acima de tudo, use o bom senso.

Brasil precisa de nova arma para acabar com o trabalho infantil até 2016, diz OIT

Ministra diz que governo cumprirá meta, mas entidade cobra adesão dos municípios

O Brasil é hoje um dos países-modelo na luta contra o trabalho infantil e pretende, até 2016, acabar com as atividades que mais colocam em risco a vida de crianças e adolescentes. Entretanto, essa meta pode não ser cumprida, caso os municípios deixem de priorizar políticas de proteção à infância, como avaliou Renato Mendes, coordenador do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil da OIT (Organização Internacional do Trabalho) no país.
O alerta vem em boa hora, já que o Brasil acaba de lançar uma campanha sobre o tema, que marca o Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil, lembrado neste domingo (12). Além de tirar todas as crianças e adolescentes das atividades mais perigosas até 2016, o governo tem ainda a meta de acabar com todas as formas de trabalho infantil até 2020.
De acordo com os dados do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), até 2009, cerca de 4 milhões de brasileiros com até 17 anos ainda precisavam trabalhar.
- Não há falta de recursos, mas se os Estados e os municípios não aderirem, não desenvolverem linhas e programas estratégicos de proteção à infância, muito provavelmente o Brasil não conseguirá cumprir seus compromissos internacionais [de erradicação do trabalho infantil]. É necessário avançar no âmbito municipal e no âmbito estadual.
O “puxão de orelha” tem como alvo a falta de políticas para localizar e resgatar crianças que trabalham em lixões e em serviços domésticos – um dos maiores motivos de preocupação da entidade hoje. Na avaliação de Mendes, esse enfrentamento depende ainda de uma “nova metodologia” do governo federal. 
Isso porque um dos carros-chefes para resgatar crianças e adolescentes é a fiscalização de inspetores das secretarias regionais do trabalho. Entretanto, observa Mendes, o perfil dos trabalhadores mirins mudou ao longo dos anos, o que limita o poder de ação desses agentes, que não podem entrar nas casas para verificar se há crianças em serviços domésticos, por exemplo.
- O Brasil, nos últimos 20 anos, tem apostado na inspeção do trabalho, e isso tem sido eficiente, mas nesse momento o trabalho infantil está mudando de características e precisa de uma resposta mais completa, uma nova metodologia de identificação ativa. O Estado não pode esperar a denúncia, é seu dever ir de forma pró-ativa atrás dessas crianças.
Até o início de junho, foram afastadas do trabalho 3.716 crianças e adolescentes no Brasil – mais da metade do total de resgates feitos no ano passado (5.620). De acordo com Luiz Henrique Ramos Lopes, diretor de Fiscalização do Trabalho Infantil do MTE, a meta do governo é resgatar anualmente cerca de 10 mil crianças dessa situação. Para ele, o país tem, sim, condições de atingir a meta estabelecida.
A ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social), destacou que o recém-lançado programa Brasil sem Miséria tem como um dos focos principais justamente tirar do trabalho – e mandar para as escolas – mais de 6,5 milhões de crianças e adolescentes. O número corresponde a 40% dos 16 milhões de brasileiros que o país pretende tirar da extrema pobreza até 2014.
- No Brasil sem Miséria, nós ampliamos a distribuição do Bolsa Família para mais 1,3 milhão de crianças. Como o benefício é condicionado à frequência escolar, isso já é um fator que ajuda a protegê-las dessa condição de trabalhos de risco, já que essas crianças têm de estar na escola.
Como já era de se imaginar, o maior índice de crianças em situação de trabalho infantil se concentra nos Estados do Norte e Nordeste – os mais pobres do Brasil.
O que fazer?
Governo e OIT são unânimes em ressaltar que, embora as políticas governamentais sejam importantes para tirar as crianças das ruas, a população também precisa fazer o seu papel. Uma das formas de ajudar a acabar com o trabalho infantil é denunciar diretamente nos conselhos tutelares das cidades ou por meio do Disque 100 – sistema de denúncias gratuito que funciona diariamente das 8h às 22h.
Além disso, diz Mendes, é preciso acabar com o “mito” de que o trabalho é uma alternativa para a população que vive em extrema pobreza.
- As pessoas tendem a achar que o trabalho infantil é uma alternativa para as crianças pobres. As posições que frequentemente escutamos, inclusive de algumas autoridades, é que é melhor para a criança estar trabalhando que estar na rua, como se a criança tivesse apenas duas opções: ou o crime, ou o trabalho. E não são essas as opções que damos aos nossos filhos. Então, nós precisamos ‘desnaturalizar’ a ideia de que trabalho infantil é uma alternativa para a criança pobre.
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