quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pesquisa dá um importante passo para explicar por que o cigarro deixa o cérebro mais bobo

Já é bem sabido que o hábito de fumar aumenta o risco de demência, mas os mecanismos para esse efeito nocivo do cigarro ainda não são bem conhecidos. Um maior contingente de lesões vasculares sempre foi o principal candidato para explicar essa associação, mas uma pesquisa publicada na última edição do periódico inglês Brain aponta que a questão envolve não só os vasos sanguíneos.
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Pesquisadores holandeses estudaram mais de 500 voluntários e demonstraram que o tabagismo está associado a alterações da substância branca do cérebro por meio de análise por técnicas de ressonância magnética sensíveis a alterações microestruturais. Mais importante ainda foi o achado de que essas alterações já não estavam mais presentes entre indivíduos que já não fumavam há 20 anos ou mais. Alem disso, aqueles que ainda mantinham o vício apresentavam pior desempenho cognitivo do que os ex-fumantes.
Outro recente estudo acompanhou mais de 10 mil indivíduos na cidade de Londres por mais de uma década e mostrou que tabagistas, já na meia-idade, apresentam menor desempenho em testes de memória e de raciocínio quando comparados à população não fumante. Os ex-fumantes já no início do estudo, quando tinham entre 35 e 55 anos de idade, apresentaram 30% menos risco de perdas cognitivas com o tempo.
Uma em cada cinco pessoas ao redor do mundo fuma e já sabemos que o cigarro diminui a expectativa de vida em 7 a 10 anos e ainda representa a principal causa de morte evitável em muitos países. O que as pesquisas têm demonstrado é que os não fumantes e ex-fumantes, além de viverem uma década a mais, vivem esses anos “extras” com maior qualidade de vida e com um cérebro mais afiado.
Há o outro lado da moeda. Já é bem demonstrado o impacto positivo que têm as imagens associando o tabagismo a problemas da saúde, sejam nos maços de cigarro ou em peças publicitárias como cartazes. Cerca de um quarto dos ex-fumantes declara que essas imagens ajudaram na decisão de largar o vício e a não voltar a fumar. Além disso, as imagens ajudam a reduzir a incidência de novos fumantes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um relatório esta semana chamando a atenção para o fato de que mais países precisam incorporar a estratégia de imagens e que 70% da população mundial não tem contato com esse material antitabagismo, e mesmo nos países em que a prática já foi instituída, as campanhas ainda são muito tímidas. Para fazer efeito, elas precisam ter regularidade e serem mantidas em longo prazo.
A OMS calcula que o tabaco provocará 6 milhões de mortes este ano no mundo todo, sendo que 10% dessas pessoas são aquelas que respiram a fumaça dos outros.
Fumo passivo mexe com o cérebro das crianças
O periódico da Academia Americana de Pediatria publicou um estudo que demonstra que o cérebro das crianças também sofre com o cigarro dos adultos. A pesquisa demonstrou que o fumo passivo aumenta em mais de 50% a chance de transtornos de conduta, déficit de atenção e hiperatividade e dificuldade de aprendizado.

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