Pesquisadores holandeses estudaram mais de 19.000 mulheres com idades até 40 anos que fizeram FIV e cerca de 6.000 que visitaram clínicas de fertilidade mas não passaram pelo procedimento.
Depois de um acompanhamento de 15 anos, descobriu-se que mulheres que passaram por FIV estavam mais de quatro vezes mais propensas a terem câncer ovariano limítrofe, um tumor maligno que é tratável e curável.
Os resultados, publicados online em 26 de outubro no periódico Human Reproduction, se mantiveram mesmo com ajustes de idade, ocorrências passadas de gravidez, causa da infertilidade e outros fatores. O risco não aumentou por múltiplos procedimentos ou pelo número de óvulos cultivados, e não houve aumento significativo de câncer invasivo de ovário.
O risco de câncer de ovário de qualquer tipo aos 55 anos é pequeno - aproximadamente 0,45% - e os autores estimam, pelos seus dados, que o risco para mulheres que fizeram FIV aumentaria para 0,71%.
"Isso não deve ser motivo de preocupação para mulheres que fazem FIV", disse Flora E. Van Leeuwen, autora principal do estudo. "Estamos falando de um tumor muito raro e altamente tratável." Van Leeuwen é chefe de epidemiologia no Instituto Holandês de Câncer.
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