Uma equipe da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, chefiada pela pesquisadora brasileira Renata Pasqualini, está desenvolvendo uma nova droga para tratar a obesidade. Os medicamentos atuais para tratamento do problema focam-se na supressão do apetite ou no aumento do metabolismo. O trabalho de Renata usa uma espécie de "código de endereçamento postal" sanguíneo para atacar as células de gordura.
O novo medicamento age sobre o tecido adiposo branco, tipo não-saudável de gordura que se acumula sob a pele e ao redor do abdômen, destruindo seletivamente o suprimento de sangue desse.
Ligando-se a uma proteína na superfície dos vasos sanguíneos que abastecem a gordura, chamada proibitina, o medicamento libera um peptídeo sintético que desencadeia a morte celular. Sem suprimento de sangue, as células de gordura são reabsorvidas e metabolizadas.
A droga foi testada em macacos, que perderam, em média, 11% do seu peso corporal em quatro semanas de tratamento. Foram observadas reduções no índice de massa corporal (IMC) e na circunferência abdominal, além da diminuição significativa na gordura corporal.
"O desenvolvimento deste composto para uso humano pode se tornar uma forma não-cirúrgica para reduzir realmente a gordura branca acumulada, em contraste com os atuais medicamentos para perda de peso, que tentam controlar o apetite ou impedir a absorção de gordura da dieta," comenta Renata.
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